AOVIVO_Curso-literatura-educação-infantil

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 54

CURSO

LITERATURA
NA EDUCAÇÃO
INFANTIL -
Como planejar
atividades
de leitura
BLOCO 1 BLOCO 2 BLOCO 3

O lugar da Crianças Tira-dúvidas


literatura na como com as
Educação leitoras professoras
Infantil
BLOCO 1 BLOCO 2 BLOCO 3

O lugar da Crianças Tira-dúvidas


literatura na como com as
Educação leitoras professoras
Infantil
REFLEXÃO

Qual o lugar da literatura na


Educação Infantil?
Para quem lemos?
Que livros lemos?
Como lemos?
Por que lemos?
ESTUDO DE CASO

Observe os livros a seguir. Eles foram


utilizados em um exercício de escolha entre
um grupo de professores em formação.

A proposta era de que, após analisarem as


capas, os educadores escolhessem uma das
obras para ler com as suas crianças.
ESTUDO DE CASO
PARTE 1

Concepções
de infância,
literatura e leitura
A Leitura e
a literatura na
Educação Infantil
(BNCC)
“As palavras infante, infância e demais cognatos, em sua
origem latina e nas demais línguas daí derivadas,
recobrem um campo semântico estreitamente ligado à
De que ideia de ausência de fala. (…)

infância(s) Assim, por não falar, a infância não se fala e, não se


falando, não ocupa a primeira pessoa nos discursos que

estamos dela se ocupam. E, por não ocupar esta primeira pessoa,


isto é, por não dizer eu, por jamais assumir o lugar de

falando? sujeito do discurso e, consequentemente, por consistir


sempre um ele/ela nos discursos alheios, a infância é
sempre definida de fora.”

Marisa Lajolo
INTELIGÊNCIA IMAGINAÇÃO

BELEZA CRIATIVIDADE

SENSO ESTÉTICO CURIOSIDADE

QUESTIONAMENTO SENSIBILIDADE

DÚVIDAS SENTIMENTOS

INVESTIGAÇÃO SENSAÇÕES
“A imaginação é a verdade da criança.
Para alcançarmos a criança, devemos
compreender que a imaginação é um
mundo. (…) Imaginação requer espaço,
folga, lugares de contemplação, devaneio,
solidão, convívio, lugares desafiadores.
Todas as coisas que tiram esse direito das
crianças são excessos.”

Gandhy Piorsky
"Por que a literatura, como arte, parece perder sua
natureza de bicho majestoso, estranho, selvagem,
quando entra na escola?

A literatura Por que essas práticas, tão antigas, tão frequentes, tão
enraizadas e arraigadas são as que buscamos ao
dentro selecionar um conto para ensinarmos a ser solidários, ou
o poema visual para introduzir o tema dos meios de
da sala de transporte? Por que esses infinitos questionários com
respostas unívocas e controladoras da leitura? Por que
aula essas ações retrógradas de censura, às vezes encobertas,
às vezes escandalosamente explícitas, na seleção de
textos por parte de editores e professores?"

Marcela Carranza
Permitir ao leitor se colocar
na pele de outras pessoas;
Qual a
Construir novos olhares
função da sobre o mundo;
literatura?
Desenvolver a fantasia,
a fabulação;
Construir comunidades em torno
de pessoas que possuem os
mesmos referenciais e que
Qual a compartilham as mesmas leituras;
função da
literatura? Desenvolver o senso estético;

Promover o prazer pelo contato


com o simbólico, com o artístico.
PARTE 2

Como montar um
acervo de livros?
Nossas escolhas
revelam o que
pensamos sobre
literatura,
leitura,
criança.
Só se constrói repertório tendo
acesso à diversidade. E é a
diversidade que possibilita a
construção de critérios de
escolha, descobertas de gostos
pessoais e temas de interesse.
Ninguém gosta daquilo que
não conhece.
DIVERSIDADE:
Paleta de cores Fontes
Temas Projetos gráficos
Formato Ilustradores
Estilos Técnicas
Etnias Gêneros literários
Autores
“Se você não sabe
O objetivo
e a intenção aonde ir, qualquer
definem a ação:
caminho serve.”
Lewis Carrol
Um bom conjunto de livros
permite às crianças
Um acervo, adentrarem o universo da
diferentes literatura por diferentes
possibilidades portas: gêneros, autores,
ilustrações, formatos,
personagens etc.
PARTE 3

Ambiente leitor
Acessibilidade:
Autonomia
Diversidade
Organização que
faça sentido para
as crianças
Visibilidade
Liberdade de escolha
Um ambiente
leitor ideal
é aquele que
favorece o
encontro entre
livros e leitores
Para criar um ambiente leitor, é preciso preocupar-se

+ -
escuta decoração
conversa ambientes especiais
atenção almofadas
troca de ideias tapetes
encontro objetos relacionados à história
acesso ao livro e à leitura fantasias
Livros por toda parte

Biblioteca ou sala de leitura Canto de leitura


espaço organizado para o recorte do acervo
acervo de toda a escola; da escola;
permite o acesso a um seleção de livros representativa
acervo mais amplo; do percurso do grupo;
lugar de encontro entre os acesso frequente
leitores da comunidade ao objeto livro.
escolar.
É preciso acreditar na
potência dos bons livros e
promover o encontro com
e entre os leitores.
Um ambiente leitor
diverso
é fundamental
Foto: Ben Kerckx/Pixabay
BLOCO 1 BLOCO 2 BLOCO 3

O lugar da Crianças Tira-dúvidas


literatura na como com as
Educação leitoras professoras
Infantil
BLOCO 1 BLOCO 2 BLOCO 3

O lugar da Crianças Tira-dúvidas


literatura na como com as
Educação leitoras professoras
Infantil
PARTE 1

Ler sem saber ler


As crianças devem
ser colocadas em
situação de
leitoras mesmo
não sabendo ler
convencio-
nalmente.
Por quê?
A possibilidade da criança estar com livros amplia seu
conhecimento sobre o mundo, o que é especialmente
importante em um período em que ela está desvendando-o;

Permite experimentar o lugar de leitor e, assim, construir


conhecimentos significativos sobre livros, literatura e leitura.
Em situações de leitora, as crianças aprendem sobre:

O objeto livro: capa, quarta capa, orelhas, guarda, título, folha de rosto,
cuidado com o objeto, virar de cada folha etc;

A linguagem literária: sequência narrativa, ilustrações, diagramação,


cores etc;

A linguagem escrita: apropriando-se dela quando escutam a leitura


em voz alta e quando arriscam ler (título, texto); lidando com as letras
como lugar do escrito; com a direção da leitura (de cima para baixo, da
esquerda para a direita) e com a permanência do escrito.
Como leitores de verdade, as crianças podem exercer, desde muito
cedo, os diferentes comportamentos próprios de qualquer leitor e
exercer aquilo que é mais precioso ao leitor: a construção do sentido
daquilo que se lê.

“O necessário é, em suma, preservar o sentido do objeto de ensino


para o sujeito da aprendizagem, o necessário é preservar na escola o
sentido que a leitura e a escrita têm com práticas sociais, para
conseguir que os alunos se apropriem delas possibilitando que se
incorporem à comunidade de leitores e escritores, a fim de que
consigam ser cidadãos da cultura escrita”.

Delia Lerner
PARTE 2

A mediação - encontro entre livro e leitor


Vídeo 1
Mediação: favorecer e qualificar o encontro livro-leitor

Conhecer muito bem o livro para atuar e, principalmente, ouvir sobre ele;

Planejar o encontro: como será a leitura, possíveis perguntas e modo de


apresentar (x antes, durante e depois);

Explorar as diferentes camadas que o livro oferece para permitir ao leitor


“apurar ouvidos e olhares para ter uma leitura atenta e aguçada”. Ideia é
que ele saia diferente do que entrou;

Escolher qual a chave de leitura por onde adentrar cada livro. Ou seja, o que,
no livro, potencializa a conversa e amplia os saberes literários das crianças.
MEDIAÇÃO: duas visões

Uma proposta livre e lúdica de leitura, em que não


haja a obrigação de ler nem a interferência do
professor/a, que é vista como uma intromissão ao
prazer e à liberdade do leitor, e que garanta o
entretenimento das crianças.
MEDIAÇÃO: duas visões

Uma proposta planejada e intencional de leitura, em


que a atuação do professor/a é vista como ajuda de
um leitor mais experiente, que, assim, garante a
continuidade das leituras e uma relação duradoura e
profunda com os textos.
“A partir de uma perspectiva de mediação, essa ajuda supõe, em
primeiro lugar, permitir-lhes superar certas dificuldades e conflitos
associados a uma prática cultural que, como a leitura, nem sempre faz
parte de seu mundo pessoal, familiar e social. E segundo, significa
contribuir para o seu progresso como leitores, de modo a descobrir
textos que, sem a nossa ajuda, dificilmente teriam lido e revelar-lhes
novas maneiras de aproximação a essas obras, ampliando assim suas
possibilidades de fruição e prazer leitor”.
Felipe Munita
Vídeo 2
PARTE 3

O lugar da escuta nas práticas de leitura


A ESCUTA

Está também na escolha: seleção que valoriza os livros e acredita na


criança, garantindo variedade e qualidade;

Envolve representações acerca da literatura/leitura/leitores;


Critérios: estético e literário;
Exercício de poder e responsabilidade, que pode ser compartilhado,
na medida em que abre espaço para as escolhas das crianças e
para discussões sobre os livros.
“A escolha de textos vigorosos, abertos, desafiadores,
que não caiam na sedução simplista e demagógica,
que provoquem perguntas, silêncios, imagens,
gestos, rejeições, atrações, é antessala da escuta.”
Cecilia Bajour
Vídeo 3
A escuta: espaço de diálogo entre o leitor com ele mesmo
e entre leitores
Torna visível para si e para os outros o que se pensa sobre o lido;
Permite encontro com a palavra do outro, palavra compartilhada
que se entrelaça e gera sentido;
Promove horizontalidade entre leitores: predisposição à surpresa,
pois a verdade não está com o professor;
Deve incluir não apenas a escuta da palavra, mas também dos
gestos, dos olhares e das expressões (principalmente com bebês).
Fornece informações para o replanejamento.
Vídeo 4
Observação (avanços nos comportamentos leitores das crianças)

Fazem uso de informações da capa: perguntam o título e quem escreveu e


ilustrou;

Fazem observações sobre as ilustrações;

Buscam informações sobre o autor no final do livro: entendem que elas


ficam no local onde é colocada a foto;

Conferem se o livro tem orelha e guardas;

Sabem escolher poemas de sua preferência para leitura coletiva;

Relembram, de memória, poemas inteiros ou trechos;


Observação (avanços nos comportamentos leitores das crianças)
Conhecem nomes de autores;
Conseguem indicar livros pelo título ou pelo personagem;
Têm preferências entre as obras;
Sabem manusear o livro, virando folha por folha, garantindo a
sequência da história quando leem sozinhos;
Demoram mais tempo na leitura individual;
Pedem a leitura coletiva de algum livro específico;
“Falar dos livros é voltar a lê-los”

Apreciação literária

“Por para fora, para outros a música de nossa leitura pode


nos revelar os realces que conferimos àquilo que lemos (...)
Esses sons saem e se encontram com outros: os da
partitura de outros leitores .(...) esse encontro com a
palavra do outro , ao 'falar juntos' é um voo em direção a
algo até o momento desconhecido.
Cecilia Bajour
BLOCO 1 BLOCO 2 BLOCO 3

O lugar da Crianças Tira-dúvidas


literatura na como com as
Educação leitoras professoras
Infantil
BLOCO 1 BLOCO 2 BLOCO 3

O lugar da Crianças Tira-dúvidas


literatura na como com as
Educação leitoras professoras
Infantil

Você também pode gostar