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RETA FINAL TRF1 - questões FGV - Prof Antônio Daud

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DIREITO ADMINISTRATIVO

RETA FINAL

TRF 1ª REGIÃO Prof. Antonio Daud


@professordaud t.me/professordaud

Organização Admin.
Prof. Antonio Daud
Estado, governo e administração pública; Conceitos; Elementos. Direito administrativo; Conceito; Objeto;
Fontes. Ato administrativo; Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies; Extinção do ato
administrativo: cassação, anulação, revogação e convalidação. Agentes públicos; Legislação pertinente; Lei n.
8.112/1990; Disposições constitucionais aplicáveis; Disposições doutrinárias; Conceito; Espécies; Cargo,
emprego e função pública; Provimento; Vacância; Efetividade, estabilidade e vitaliciedade; Remuneração;
Direitos e deveres; Responsabilidade; Processo administrativo disciplinar. Poderes da administração pública;
Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia; Uso e abuso do poder. Regime jurídico administrativo;
Conceito; Princípios expressos e implícitos da administração pública. Responsabilidade civil do Estado; Evolução
histórica; Responsabilidade civil do Estado no direito brasileiro; Causas excludentes e atenuantes da
responsabilidade do Estado; Reparação do dano; Direito de regresso. Serviços públicos; Conceito; Elementos
constitutivos; Formas de prestação e meios de execução; Delegação: concessão, permissão e autorização;
Classificação; Princípios. Organização administrativa; Centralização, descentralização, concentração e
desconcentração; Administração direta e indireta; Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de
economia mista; Entidades paraestatais e terceiro setor: serviços sociais autônomos, entidades de apoio,
organizações sociais, organizações da sociedade civil de interesse público. Controle da administração pública;
Controle exercido pela administração pública; Controle judicial; Controle legislativo; Improbidade
administrativa: Lei n. 8.429/1992, com redação dada pela Lei n. 14.230/2021. Processo administrativo; Lei n.
9.784/1999 e alterações. Licitações e contratos administrativos; Legislação pertinente. Lei n. 14.133/2021;
Fundamentos constitucionais. Lei de Acesso à Informação (Lei n. 12.527/2011). Código de Conduta dos
servidores da Justiça Federal (Resolução n. 147/2011, do Conselho da Justiça Federal)
PRINCÍPIOS DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Direito Administrativo – questões FGV


Prof. Antonio Daud Jr
FGV - 2024 - Analista (TJ SC)/Administrativo

A supervisão do almoxarifado de uma organização pública vem controlando os níveis de


estoque visando à redução do volume de compras, com o objetivo de evitar aumento nas
quantidades pedidas e maior necessidade de recursos financeiros. Ou seja, considera-se
que há melhor uso dos recursos de custeio ao se trabalhar com lotes pequenos, que
geram redução do nível de estoque, apesar do acréscimo no número de pedidos e da
redução no intervalo entre dois pedidos.
Essa nova forma de gestão do setor pauta-se, principalmente, na garantia do princípio da
Administração Pública da:
A competitividade;
B eficiência;
C especialidade;
D isonomia;
E publicidade.
CVM/Analista/FGV/2024

A Assembleia Legislativa do estado Alfa descumpriu os limites de gastos com pessoal, razão pela qual
a União proibiu o estado Alfa de realizar operações de crédito e de receber transferências de recursos
federais, com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, não obstante a inexistência de irregularidades
no tema pelo Poder Executivo estadual.
De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a União agiu:
(A) corretamente, pois a Assembleia Legislativa faz parte da administração direta do estado Alfa;
(B) corretamente, pois a Assembleia Legislativa é pessoa jurídica de direito público da administração
indireta do estado Alfa;
(C) corretamente, pois é o ente federativo do estado Alfa que mantém relação jurídica contratual
com a União;
(D) incorretamente, por violação ao princípio da intranscedência, pois o Poder Executivo não tem
competência para intervir na esfera orgânica do Legislativo;
(E)incorretamente, por violação ao princípio da impessoalidade, pois é inconstitucional restrição
imposta pela União aos estados por ilegalidades cometidas por gestores públicos, que devem ser
responsabilizados pessoalmente.
CVM/Analista/FGV/2024
Maria, no ano de 2022, foi condenada judicialmente em definitivo pela prática de determinado crime.
Durante o período em que cumpria pena, ela foi aprovada no concurso público para cargo efetivo na
autarquia federal Alfa. Maria obteve o livramento condicional e, logo em seguida, foi convocada para
nomeação e posse no cargo para o qual foi aprovada, mas a autarquia Alfa, ao receber seus
documentos, a eliminou do concurso, alegando que Maria não preenchia um dos requisitos legais
para investidura no cargo, qual seja, o gozo dos direitos políticos. Inconformada, Maria impetrou
mandado de segurança, pretendendo sua nomeação e posse.
No caso em tela, de acordo com o Supremo Tribunal Federal, a suspensão dos direitos políticos por
condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos:
(A) impede a nomeação e posse de candidato aprovado em concurso público, em observância aos
princípios da legalidade e moralidade, uma vez que o estatuto dos servidores públicos civis da União
dispõe que, entre os requisitos básicos para investidura em cargo público, estão o gozo dos direitos
políticos e a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
(B) impede a nomeação e posse de candidato aprovado em concurso público, em observância ao
texto da Carta Magna que estabelece que é vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou
suspensão só se dará em alguns casos, como na hipótese de condenação criminal transitada em
julgado, enquanto durarem seus efeitos;
(C) impede a nomeação e posse de candidato aprovado em concurso público, em observância aos
princípios da eficiência e razoabilidade, observado o prazo máximo de até cinco anos após a extinção
da pena por seu cumprimento, pois a Constituição da República veda pena perpétua;
(D) não impede a nomeação e posse de candidato aprovado em concurso público, por violação ao
princípio da proibição de pena perpétua, aplicável na esfera administrativa, e o início do efetivo
exercício do cargo ficará condicionado à reabilitação do condenado, com o devido processo legal
tanto na esfera criminal, como na administrativa;
(E) não impede a nomeação e posse de candidato aprovado em concurso público, desde que não
incompatível com a infração penal praticada, em respeito aos princípios da dignidade da pessoa
humana e do valor social do trabalho e ao dever do Estado em proporcionar as condições necessárias
para a harmônica integração social do condenado, e o início do efetivo exercício do cargo ficará
condicionado ao regime da pena ou à decisão judicial do juízo de execuções, que analisará a
compatibilidade de horários.
“A suspensão dos direitos políticos prevista no artigo 15 inciso III da Constituição
Federal - condenação criminal transitada em julgado enquanto durarem seus efeitos -
não impede a nomeação e posse de candidato aprovado em concurso público, desde
que não incompatível com a infração penal praticada, em respeito aos princípios da
dignidade da pessoa humana e do valor social do trabalho (Constituição Federal,
artigo 1°, incisos III e IV) e do dever do Estado em proporcionar as condições
necessárias para harmônica integração social do condenado, objetivo principal da
execução penal, nos termos do artigo 1° da Lei de Execuções Penais (Lei 7.210/84). O
início do efetivo exercício do cargo ficará condicionado ao regime da pena ou à
decisão judicial do Juízo de Execuções, que analisará a compatibilidade de horários”.
FGV/PC-AM – Invstigador - 2022
Marta é a nova Delegada de Polícia Civil que acaba de assumir a titularidade da Xª DP. Marta está realizando
correições internas e editando ordens de serviço, buscando prestar um serviço público à população com
mais qualidade, menos gastos, mais presteza e, acima de tudo, visando a um bom desempenho funcional de
todos os policiais lotados na delegacia, para beneficiar a coletividade. As providências adotadas por Marta se
encaixam no princípio expresso da administração pública da
(A) eficácia.
(B) celeridade.
(C) produtividade.
(D) impessoalidade.
(E) eficiência.
FGV/CGU – Auditor - 2022
João, servidor público federal, recebeu, como parte de seus vencimentos no mês de fevereiro de 2022,
pagamento indevido decorrente de erro administrativo. O valor recebido a maior não foi pago por
interpretação errônea ou equivocada da lei pela Administração Pública Federal, mas se deu devido a erro de
cálculo praticado por servidores do departamento de recursos humanos responsáveis pela folha de
pagamento de pessoal.
No caso em análise, de acordo com a atual jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, João:
a) não deverá proceder à devolução do valor recebido indevidamente, exceto se restar comprovado, em
processo administrativo disciplinar, que João agiu dolosamente em conluio com os servidores responsáveis
pelo pagamento;
b) não deverá proceder à devolução do valor recebido indevidamente, exceto se restar comprovada sua má-
fé, ocasião em que o valor deverá ser restituído em parcelas mensais de até 10% do dano ao erário;
c) deverá proceder à devolução do valor recebido indevidamente, independentemente de sua boa-fé
objetiva, diante dos princípios da indisponibilidade do erário público e da supremacia do interesse público;
d) deverá proceder à devolução do valor recebido indevidamente, independentemente de sua boa-fé
objetiva, para evitar enriquecimento ilícito do servidor público, sob pena de responsabilidade administrativa
e cível;
e) deverá proceder à devolução do valor recebido indevidamente, salvo se restar comprovada sua boa-fé
objetiva, sobretudo com demonstração de que não lhe era possível constatar o pagamento indevido.
FGV/PC-RJ/Aux. Necropsia - 2022
João é auxiliar de necropsia da Polícia Civil do Estado Alfa e está lotado no Instituto Médico
Legal. No exercício de suas funções, João recebeu o cadáver de um homem para limpeza e
preparo para a autópsia. Ao abrir o invólucro onde o corpo estava acondicionado, João
imediatamente reconheceu que o corpo era de seu vizinho José, seu desafeto de longa data.
Tendo em vista que João também se considera inimigo de toda a família do agora falecido José e
com o objetivo de prejudicar os parentes de seu vizinho, o policial resolveu atrasar ao máximo a
autópsia do cadáver e deixou o corpo em local impróprio, por prazo muito superior ao previsto
nas normas aplicáveis. Agindo da forma antes narrada, João violou diretamente o princípio
expresso da administração pública da:
A autotutela, pois deve tratar todos os cidadãos com igualdade, independentemente de serem
seus amigos ou inimigos;
B moralidade, pois, como conhece a família do falecido, deveria ter dado prioridade para a
conclusão da perícia;
C impessoalidade, pois deve agir na busca do interesse da coletividade, sem beneficiar nem
prejudicar alguém em especial;
D finalidade, pois deve conciliar seu interesse particular com o público, de maneira a não
prejudicar seus desafetos ou os familiares destes;
E continuidade, pois, como é inimigo do falecido e de sua família, deveria ter pedido a um
estagiário para prosseguir com as atividades de preparo do corpo.
NOVA LEI DE LICITAÇÕES

Direito Administrativo – questões FGV


Prof. Antonio Daud Jr
FGV/DNIT - 2024
No planejamento de compras, o princípio do parcelamento poderá ser adotado
quando for tecnicamente viável e economicamente vantajoso. A aplicação desse
princípio nas compras públicas deve ser considerada quando
(A) o processo de padronização levar a fornecedor exclusivo.
(B) a divisão do objeto em lotes for viável.
(C) a economia de escala recomendar a compra do item do mesmo fornecedor.
(D) o objeto a ser contratado configurar sistema único e integrado.
(E) a escolha de marca levar a fornecedor exclusivo.

Direito Administrativo
Prof. Antonio Daud
Art. 40 [...] § 2º Na aplicação do princípio do parcelamento, referente às compras, deverão
ser considerados:
I - a viabilidade da divisão do objeto em lotes;
II - o aproveitamento das peculiaridades do mercado local, com vistas à economicidade,
sempre que possível, desde que atendidos os parâmetros de qualidade; e
III - o dever de buscar a ampliação da competição e de evitar a concentração de mercado.

§ 3º O parcelamento não será adotado quando:


I - a economia de escala, a redução de custos de gestão de contratos ou a maior vantagem
na contratação recomendar a compra do item do mesmo fornecedor;
II - o objeto a ser contratado configurar sistema único e integrado e houver a possibilidade
de risco ao conjunto do objeto pretendido;
III - o processo de padronização ou de escolha de marca levar a fornecedor exclusivo.
Direito Administrativo
Prof. Antonio Daud
CGM-BH / AUDITOR / 2024
No exercício de suas atribuições como agente da licitação, Rosângela foi questionada acerca dos
princípios elencados na Lei nº 14.133/2021, bem como quanto aos objetivos do procedimento
licitatório, na forma do mencionado Diploma Legal.
Diante de tal questionamento, Rosângela respondeu corretamente, que
(A) o desenvolvimento sustentável é um dos princípios expressamente consagrados na norma
em questão, cujo incentivo é elencado como objetivo do procedimento licitatório.
(B) assegurar tratamento isonômico entre os licitantes, é um importante princípio da norma em
questão, mas não pode ser considerado um dos objetivos do procedimento licitatório.
(C) para a concretização do princípio da eficiência, é um objetivo da licitação a acumulação de
funções no âmbito do respectivo procedimento, com vistas à sua otimização.
(D) assegurar a seleção da proposta apta a gerar o resultado de contratação mais vantajoso para
a Administração Pública, independentemente do ciclo de vida do objeto, é um dos objetivos
relevantes do procedimento licitatório, sendo elencado também como um de seus princípios.
FGV/MPE-GO - Promotor - 2022
Em dezembro de 2021, o Ministério Público do Estado Ômega está realizando licitação para
aquisição de determinados bens. Ocorre que, durante o processo licitatório, houve empate
entre duas propostas. Utilizando sucessivamente os critérios previstos na nova Lei de Licitações,
o Ministério Público tentou o desempate por meio da disputa final, mas os licitantes empatados
não apresentaram nova proposta em ato contínuo à classificação. Em seguida, tentou-se a
avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, porém manteve-se o empate.
De acordo com a Lei nº 14.133/2021, o próximo critério que deverá ser utilizado pelo Ministério
Público para o desempate é:
A o desenvolvimento pelo licitante de programa de integridade, conforme orientações dos
órgãos de controle;
B a priorização de sociedade empresária que invista em pesquisa e no desenvolvimento de
tecnologia no país;
C o desenvolvimento pelo licitante de ações de equidade entre homens e mulheres no
ambiente de trabalho, conforme regulamento;
D a priorização de sociedade empresária estabelecida no território do Estado Ômega e,
frustrada tal tentativa, em Estado da mesma região do país;
E a priorização de sociedade empresária que comprove a prática de mitigação, conforme a
Política Nacional sobre Mudança do Clima.
FGV - 2022 - TJ-TO - Técnico Judiciário - Apoio Judiciário e Administrativo

Ana, chefe do Setor de Licitações do Município Alfa, foi instada a se manifestar sobre a
possibilidade de, à luz da Lei nº 14.133/2021, ser realizada uma licitação visando à
contratação de serviços, em que haja um diálogo da Administração Pública com os
licitantes.
Ana respondeu, corretamente, que, preenchidos os demais requisitos exigidos:
A é possível a adoção desse modelo, desde que seja assegurada a participação de todos os
licitantes interessados;
B é possível a adoção desse modelo, desde que o diálogo seja realizado com
transparência, no âmbito de audiências públicas;
C esse modelo é incompatível com a ordem jurídica por afrontar o princípio da
impessoalidade, salvo se houver lei específica autorizando-o em cada contratação;
D é possível a adoção desse modelo se os licitantes forem selecionados mediante critérios
objetivos, sendo a proposta final apresentada após o encerramento dos diálogos;
E é possível a adoção desse modelo, desde que o diálogo se limite à negociação do preço,
não ao desenvolvimento da alternativa que atenda às necessidades da Administração.
FGV - 2022 - MPE-SC - Analista em Administração
De acordo com a nova Lei de Licitações (Lei nº 14.133/2021), a modalidade de licitação
diálogo competitivo é restrita a contratações em que a Administração, entre outros,
verifique a necessidade de definir e identificar os meios e as alternativas que possam
satisfazer suas necessidades, com destaque para alguns aspectos.
A alternativa que NÃO contém um desses aspectos é:
A a estrutura financeira do contrato;
B a solução técnica mais adequada;
C a estrutura jurídica do contrato;
D os requisitos técnicos aptos a concretizar a solução já definida;
E o objeto com padrões de desempenho e qualidade que possam ser objetivamente
definidos pelo edital, por meio de especificações usuais de mercado.
FGV - 2024 - Analista (TJ SC)/Administrativo

A Administração deseja vender bem imóvel de sua propriedade pelo maior preço possível.
Nesse caso, deve adotar a seguinte modalidade de licitação:
A leilão;
B concessão;
C concorrência;
D pregão;
E concurso.

Direito Administrativo
Prof. Antonio Daud
Nova Lei de Licitações
Prof. Antonio Daud
Nova Lei de Licitações
Prof. Antonio Daud
Nova Lei de Licitações
Prof. Antonio Daud
Nova Lei de Licitações
Prof. Antonio Daud
Nova Lei de Licitações
Prof. Antonio Daud
FGV/CGE-SC–Auditor-2023
Em matéria de procedimentos auxiliares das licitações e das contratações, há aquele que poderá ser
usado nas seguintes hipóteses de contratação:
I. paralela e não excludente: caso em que é viável e vantajosa para a Administração a realização de
contratações simultâneas em condições padronizadas;
II. com seleção a critério de terceiros: caso em que a seleção do contratado está a cargo do
beneficiário direto da prestação;
III. em mercados fluidos: caso em que a flutuação constante do valor da prestação e das condições de
contratação inviabiliza a seleção de agente por meio de processo de licitação.

Trata-se de processo administrativo de chamamento público em que a Administração Pública


convoca interessados em prestar serviços ou fornecer bens, na forma prevista em lei. De acordo com
a Lei nº 14.133/2021, o procedimento auxiliar acima descrito é denominado
(A) pré-qualificação.
(B) credenciamento.
(C) registro cadastral.
(D) sistema de registro de preços.
(E) procedimento de manifestação de interesse
FGV/DNIT - 2024
A pré-qualificação é um procedimento cujo objetivo é selecionar previamente
licitantes que reúnam condições de habilitação para participar de futura licitação.
Acerca desse assunto, assinale a opção correta quanto ao seu prazo máximo de
validade.
(A) 30 (trinta) dias, podendo ser atualizada a qualquer tempo.
(B) 1 (um) ano, não podendo ser atualizada a qualquer tempo.
(C) 1 (um) ano, podendo ser atualizada a qualquer tempo.
(D) 6 (seis) meses, podendo ser atualizada a qualquer tempo.
(E) 6 (seis) meses, não podendo ser atualizada a qualquer tempo.
Art. 80. A pré-qualificação é o procedimento técnico-administrativo para selecionar
previamente:
I - licitantes que reúnam condições de habilitação para participar de futura licitação ou de
licitação vinculada a programas de obras ou de serviços objetivamente definidos;
II - bens que atendam às exigências técnicas ou de qualidade estabelecidas pela
Administração.

§ 8º Quanto ao prazo, a pré-qualificação terá validade:


I - de 1 (um) ano, no máximo, e poderá ser atualizada a qualquer tempo;
II - não superior ao prazo de validade dos documentos apresentados pelos interessados.
FGV/TJ-AP - 2024

Joyce acabou de ler certo edital que veiculou a realização de um processo administrativo
de chamamento público por meio do qual a Administração Pública convocou profissionais
interessados em prestar determinado serviço, para que, preenchidos os requisitos
necessários devidamente delimitados, se habilitem junto ao órgão ou entidade para
executar o objeto quando convocados, viabilizando a sua contratação direta, mediante
critérios determinados.
No âmbito da Lei nº 14.133/2021, tal edital versa sobre:
(A) credenciamento, que caracteriza hipótese de licitação dispensável;
(B) pré-qualificação, que caracteriza hipótese de licitação inexigível;
(C) catálogo eletrônico de padronização de serviços, que caracteriza hipótese de licitação
inexigível;
(D) credenciamento, que caracteriza hipótese de licitação inexigível;
(E) pré-qualificação, que caracteriza hipótese de licitação dispensável.
FGV/SENADO – ANALISTA - 2022
No que diz respeito ao controle das contratações públicas, a Lei nº 14.133/2021 introduz elementos
de controle preventivo, gestão de riscos e controle social de forma ainda mais assertiva, o que
Thamay et al (2022) chamam de um verdadeiro sistema de compliance. Insere, também, a figura de
linhas de defesa e prescreve critérios a serem observados pelos órgãos de controle. Sobre estas
medidas trazidas pela nova lei das licitações ao controle das contratações públicas, sobretudo no
que diz respeito à atuação dos órgãos de controle, assinale a afirmativa correta.
(A) Para consecução de suas funções como linha imediata de defesa, os órgãos de controle deverão
ter acesso irrestrito aos documentos da contratação, à exceção daqueles classificados como sigilosos
com a devida justificativa.
(B) Na fiscalização de controle, como parte da primeira linha de defesa, os órgãos de controle
deverão oportunizar a argumentação dos gestores, não podendo solicitar, por exemplo, a suspensão
cautelar de processo licitatório.
(C) Somente poderão representar ao Tribunal de Contas competente sobre irregularidades na
aplicação da Lei nº 14.133/2021 os órgãos de controle interno e a assessoria jurídica constantes da
chamada segunda linha de defesa.
(D) A primeira linha de defesa, integrada por servidores e empregados públicos, agentes de licitação
e autoridades que atuam na estrutura de governança, do órgão ou entidade só poderá se manifestar
quando constatar irregularidade que configure dano à Administração após manifestação definitiva
dos órgãos de controle.
(E) Ao analisar as contratações públicas de determinado órgão ou entidade, os órgãos de controle
levarão em conta critérios de oportunidade, materialidade, relevância e risco, e considerarão as
razões apresentadas pelos órgãos e entidades responsáveis e os resultados obtidos com a
contratação realizada
Art. 169 [...] § 2º Para a realização de suas atividades, os órgãos de controle deverão ter acesso
irrestrito aos documentos e às informações necessárias à realização dos trabalhos, inclusive aos
documentos classificados pelo órgão ou entidade nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de
2011, e o órgão de controle com o qual foi compartilhada eventual informação sigilosa tornar-se-á
corresponsável pela manutenção do seu sigilo.
§ 3º Os integrantes das linhas de defesa a que se referem os incisos I, II e III do caput deste artigo
observarão o seguinte:
I - quando constatarem simples impropriedade formal, adotarão medidas para o seu saneamento e
para a mitigação de riscos de sua nova ocorrência, preferencialmente com o aperfeiçoamento dos
controles preventivos e com a capacitação dos agentes públicos responsáveis;
II - quando constatarem irregularidade que configure dano à Administração, sem prejuízo das
medidas previstas no inciso I deste § 3º, adotarão as providências necessárias para a apuração das
infrações administrativas, observadas a segregação de funções e a necessidade de individualização das
condutas, bem como remeterão ao Ministério Público competente cópias dos documentos cabíveis
para a apuração dos ilícitos de sua competência.
Art. 170. Os órgãos de controle adotarão, na fiscalização dos atos previstos nesta Lei, critérios de
oportunidade, materialidade, relevância e risco e considerarão as razões apresentadas pelos órgãos
e entidades responsáveis e os resultados obtidos com a contratação, observado o disposto no § 3º do
art. 169 desta Lei.
1ª linha 2ª linha 3ª linha
• servidores e
empregados
públicos • assessoramen • órgão central
• agentes de to jurídico de controle
licitação interno
• autoridades • controle
que atuam na interno do • tribunal de
estrutura de próprio órgão contas
governança d
o órgão
contratante
FGV/TCE GO – Analista de Controle Externo - Controle Externo - 2024
Após a fase de habilitação em determinado procedimento licitatório, realizado na modalidade concorrência,
que seguiu a sequência estabelecida como regra na Lei nº 14.133/2021, surgiram dúvidas sobre o adequado
encadeamento do certame, bem como quanto à viabilidade de apresentação de recursos administrativos, assim
também acerca das peculiaridades das irresignações previstas na aludida norma.
Nesse contexto, considerando o disposto no mencionado Diploma Legal, é correto afirmar que
A a fase de habilitação em questão é seguida da fase de julgamento, sendo certo que essa última só pode ser
realizada após a apreciação dos recursos apresentados na fase anterior, diante de efeito suspensivo conferido
às irresignações formuladas durante o procedimento.
B a fase de habilitação em questão é seguida da apreciação dos respectivos recursos, sendo certo que aqueles
atinentes ao julgamento das propostas já foram examinados, antes da habilitação, diante do efeito suspensivo
de tais irresignações em sede administrativa.
C a fase de habilitação em questão é seguida da homologação do certame, momento em que serão apreciados
os recursos contra a habilitação e julgamento, mesmo que, em regra, tais irresignações não tenham efeito
suspensivo, para que então possa ser promovido o encerramento do procedimento licitatório.
D a fase de habilitação em questão é seguida da recursal, sendo certo que os recursos são dotados de efeito
suspensivo e apreciados em fase única quanto às questões atinentes à habilitação e ao julgamento,
dependendo, no entanto, da imediata manifestação da intenção de recorrer, sob pena de preclusão.
E a fase de habilitação em questão é seguida da fase de encerramento, que poderá resultar na homologação,
anulação ou revogação da licitação, independentemente da apreciação de recursos administrativos quanto as
questões atinentes à habilitação e ao julgamento, que não são dotados de efeito suspensivo.
Forma eletrônica ou presencial?
Etapa recursal única?
Art. 165. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem: (..)
II - a apreciação dar-se-á em fase única. (..)
§ 1º, I - a intenção de recorrer deverá ser manifestada imediatamente, sob pena de
preclusão, e o prazo para apresentação das razões recursais previsto no inciso I do
caput deste artigo será iniciado na data de intimação ou de lavratura da ata de
habilitação ou inabilitação ou, na hipótese de adoção da inversão de fases prevista no
§ 1º do art. 17 desta Lei, da ata de julgamento;

Art. 168. O recurso e o pedido de reconsideração terão efeito suspensivo do ato ou da


decisão recorrida até que sobrevenha decisão final da autoridade competente.
TCE GO – Analista de Controle Externo - Controle Externo - 2024
Dos atos da Administração decorrentes da aplicação da Lei nº 14.133/2021 é cabível a
manifestação de irresignação do interessado na esfera administrativa, na forma e prazos
estabelecidos na mencionada norma, sendo correto afirmar que o pedido de reconsideração
é pertinente na hipótese de
A julgamento das propostas.
B anulação ou revogação da licitação.
C ato de habilitação ou inabilitação de licitante.
D extinção do contrato, quando determinada por ato unilateral da Administração.
E aplicação da penalidade de declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a
Administração Pública.

Art. 165. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem:
I - recurso, no prazo de 3 (três) dias úteis, contado da data de intimação ou de lavratura da ata, em face de:
a) ato que defira ou indefira pedido de pré-qualificação de interessado ou de inscrição em registro cadastral,
sua alteração ou cancelamento; b) julgamento das propostas; c) ato de habilitação ou inabilitação de licitante;
d) anulação ou revogação da licitação; e) extinção do contrato, quando determinada por ato unilateral e
escrito da Administração;
II - pedido de reconsideração, no prazo de 3 (três) dias úteis, contado da data de intimação, relativamente a
ato do qual não caiba recurso hierárquico.
TCE GO – Analista de Controle Externo - Controle Externo - 2024

Ao estudar a remuneração, direitos e vantagens no âmbito da remuneração dos agentes públicos, Helena
verificou que o subsídio é uma espécie remuneratória que tem definição constitucional, de modo que
decidiu aprofundar os estudos acerca das respectivas peculiaridades. Nesse contexto, considerando o
disposto na CRFB/88 e a orientação do Supremo Tribunal Federal acerca do tema, é correto afirmar que o
subsídio
A não é a espécie remuneratória dos Secretários de Estado.
B não deve obedecer ao teto constitucional de remuneração.
C pode ser instituído e majorado por Decreto.
D não pode ser utilizado para a remuneração dos servidores de carreira.
E não abarca as parcelas indenizatórias pagas aos agentes públicos.

Art. 39, § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os


Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela
única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação
ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.

Art. 37, § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do
caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
FGV/TCU – Auditor - 2022
Em novembro de 2021, o Ministério do Meio Ambiente realizou licitação para registro de preço para
aquisição de quarenta carros. Após a seleção da proposta vencedora e registrada a ata no órgão licitante, o
mencionado Ministério foi consultado pela autarquia federal Alfa, que manifestou interesse em contratar o
licitante vencedor para a aquisição de dez carros, mediante sua adesão à ata de registro de preços. O caso
em tela trata da chamada:
a) licitação carona, em que é prescindível a anuência do Ministério do Meio Ambiente, e o licitante vencedor
da ata de registro de preços está obrigado a celebrar o contrato com a autarquia federal Alfa;
b) licitação carona, em que é imprescindível a anuência do Ministério do Meio Ambiente e o licitante
vencedor da ata de registro de preços não está obrigado a celebrar o contrato com a autarquia federal Alfa;
c) fragmentação de licitação, em que é imprescindível a anuência do Ministério do Meio Ambiente, e o
licitante vencedor da ata de registro de preços está obrigado a celebrar o contrato com a autarquia federal
Alfa;
d) fragmentação de licitação, em que é prescindível a anuência do Ministério do Meio Ambiente, e a
autarquia federal Alfa deve realizar nova licitação, não podendo contratar licitante para fornecimento do
mesmo objeto com valor acima do registrado na ata a que aderiu;
e) licitação carona, em que é prescindível a anuência do Ministério do Meio Ambiente, e a autarquia federal
Alfa deve realizar nova licitação, não podendo contratar licitante para fornecimento do mesmo objeto com
valor acima do registrado na ata a que aderiu.
Art. 86, § 2º Se não participarem do procedimento previsto no caput deste
artigo, os órgãos e entidades poderão aderir à ata de registro de preços na
condição de não participantes, observados os seguintes requisitos:
I - apresentação de justificativa da vantagem da adesão, inclusive em
situações de provável desabastecimento ou descontinuidade de serviço
público;
II - demonstração de que os valores registrados estão compatíveis com os
valores praticados pelo mercado na forma do art. 23 desta Lei;
III - prévias consulta e aceitação do órgão ou entidade gerenciadora e do
fornecedor.
FGV/DNIT - 2024

De acordo com a Lei nº 14.133/2021, na apresentação das propostas e lances, a


administração pública poderá utilizar alguns modos de disputa. Quanto ao modo de
disputa aberto, assinale a opção que aponta o critério de julgamento que não poderá
ser utilizado.
(A) Técnica e preço.
(B) Maior desconto.
(C) Maior lance.
(D) Menor preço.
(E) Maior retorno econômico.

Direito Administrativo
Prof. Antonio Daud
Art. 56. O modo de disputa poderá ser, isolada ou conjuntamente:
I - aberto, hipótese em que os licitantes apresentarão suas propostas por meio de lances
públicos e sucessivos, crescentes ou decrescentes;
II - fechado, hipótese em que as propostas permanecerão em sigilo até a data e hora
designadas para sua divulgação.

§ 1º A utilização isolada do modo de disputa fechado será vedada quando adotados os


critérios de julgamento de menor preço ou de maior desconto.
§ 2º A utilização do modo de disputa aberto será vedada quando adotado o critério de
julgamento de técnica e preço.

Direito Administrativo
Prof. Antonio Daud
Recebimento: modos de disputa (art. 56)

lances públicos e sucessivos


aberto
(crescentes ou decrescentes)

vedado p/ técnica e preço

Modos de propostas sob sigilo até a


disputa fechado
divulgação

vedado p/ menor preço ou


maior desconto (se isolado)

conjunto Combinação de ambos


IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA

Direito Administrativo – questões FGV


Prof. Antonio Daud Jr
FGV/CGE-SC–Auditor-2023
Em junho de 2020, João, ex-Secretário Estadual de Fazenda, foi condenado, com trânsito em
julgado, pela prática de ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao erário, por
ter, culposamente, concedido benefício administrativo ao particular Antônio, sem a
observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie. Em janeiro de
2023, no bojo de processo de cumprimento de sentença, João alegou que as alterações
promovidas pela Lei nº 14.230/21 na Lei de Improbidade Administrativa devem retroagir,
pois não existe mais ato de improbidade culposo.
No caso em tela, de acordo com a atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a tese
de João
(A) não merece prosperar, pois exclusivamente os atos previstos na Lei de Improbidade que
causam prejuízo ao erário ainda são puníveis na modalidade culposa.
(B) não merece prosperar, pois a norma benéfica que revogou a modalidade culposa do ato
de improbidade administrativa é irretroativa para os processos de execução das penas, pela
eficácia da coisa julgada.
FGV/CGE-SC–Auditor-2023
(C) merece prosperar, pela aplicação do princípio da retroatividade da lei mais benéfica em
matéria de direito sancionador, diante da indisponibilidade dos bens jurídicos tutelados pela
lei de improbidade administrativa.
(D) não merece prosperar, pelo princípio tempus regit actum, aplicando-se a regra da
irretroatividade da lei e a preservação dos atos jurídicos perfeitos, seja para os processos de
conhecimento em andamento, seja para os casos em que já houve trânsito em julgado.
(E) merece prosperar, pelo princípio do in dubio pro reo que orienta a aplicação de normas
relativas ao direito administrativo sancionador, haja vista que a nova lei dispõe que se
aplicam ao sistema da improbidade os princípios constitucionais do direito administrativo
sancionador
é irretroativa
norma benéfica condenações transitadas
da Lei em julgado
14.230/2021 não incide sobre execução das penas

culposos
lei 14.230/2021 aos atos de sem condenação
praticados transitada em
aplica-se improbidade antes de sua julgado
publicação

regime é irretroativo
prescricional da
Lei 14.230/21 aplica-se os marcos temporais ocorridos a partir da
publicação da lei
CGM-BH / AUDITOR / 2024
Odorico, ex-prefeito do Município Imaginário, em agosto de 2018, dolosamente, praticou ato proibido em lei ou
regulamento, que estava elencado entre as condutas de improbidade que atentam contra os princípios da Administração
Pública, no Art. 11, inciso I, da Lei nº 8.429/92, que foi revogado pela Lei nº 14.230/2021.
A respectiva ação de improbidade foi ajuizada em dezembro de 2020, sendo certo que a petição inicial buscou apenas a
aplicação das penalidades com base no mencionado dispositivo, sem requerer eventual condenação por ato de
improbidade que importou em enriquecimento ilícito ou que ocasionou lesão ao erário.
Após os trâmites processuais, semana passada, transitou em julgado a decisão condenatória que, de forma proporcional,
aplicou as sanções pleiteadas na exordial, a partir da subsunção da conduta de Odorico exclusivamente ao disposto no Art.
11 da Lei nº 8.429/92.
Diante dessa situação hipotética, à luz da orientação do Supremo Tribunal Federal, assinale a afirmativa correta.
(A) A revogação promovida pela norma alteradora não poderia retroagir para beneficiar a situação de Odorico, na medida
em que a ação foi ajuizada antes da entrada em vigor do respectivo diploma legal.
(B) A inovação legislativa não poderia beneficiar a situação de Odorico, considerando que a aplicação imediata dos novos
ditames legais se restringe às condutas culposas, não podendo abarcar as dolosas.
(C) A revogação realizada pelo novel diploma Legal em nada poderia alterar a situação de Odorico, diante da viabilidade de
enquadramento de sua conduta no caput de tal dispositivo, pois o rol dos atos de improbidade que atentam contra os
princípios da Administração Pública permanece exemplificativo.
(D) A modificação normativa deveria beneficiar a situação de Odorico, considerando que o novo diploma passou a
estabelecer um rol taxativo para os atos de improbidade que atentam contra os princípios da Administração Pública e que a
inicial inviabiliza o seu reenquadramento em outra hipótese prevista na respectiva lei.
FGV/RFB–Auditor-2023
No início do ano de 2023, João, Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, dolosamente, exerceu
atividade de consultoria e assessoramento, recebendo remuneração de dez mil reais, para o contribuinte
José, cuja declaração do imposto de renda de pessoa física estava retida em malha fiscal, pois ocorrem
diferenças de informações entre aquilo que foi informado pelo contribuinte e as demais informações
constantes na base de dados da RFB. É evidente que José tinha interesse suscetível de ser atingido por
ação ou omissão decorrente das atribuições do citado agente público, durante sua atividade funcional,
haja vista que o próprio João faria a posterior análise das informações e documentos a serem
apresentados pelo contribuinte, e ambos tinham conhecimento de tal fato. No caso em tela, consoante
dispõe a Lei nº 8.429/92, com as alterações introduzidas pela Lei nº 14.230/21, em tese
(A) João e José não podem ser responsabilizados por ato de improbidade administrativa, diante da
expressa revogação do tipo que capitulava a conduta narrada como ato ímprobo.
(B) João e José podem ser responsabilizados por ato de improbidade administrativa que importou
enriquecimento ilícito, entre cujas sanções está o pagamento de multa civil equivalente ao valor do
acréscimo patrimonial.
(C) João e José podem ser responsabilizados por ato de improbidade administrativa que atentou contra
os princípios da Administração Pública, entre cujas sanções está o pagamento de multa civil de até cem
vezes o valor da remuneração percebida pelo agente
(D) apenas José, na qualidade de contribuinte, praticou ato de improbidade, e João pode ser
responsabilizado por falta funcional.
(E) apenas João, na qualidade de agente público, praticou ato de improbidade, e José pode ser
responsabilizado por dano moral coletivo.
FGV - 2024 - Analista (TJ SC)/Administrativo

Ignácio, rico empresário de Florianópolis, procura Flavinho, estagiário contratado


temporariamente pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, para lhe propor um negócio
escuso. Segundo essa proposta, Ignácio contrataria os serviços de consultoria do
estagiário para que este acompanhasse, nos sistemas do tribunal, eventuais mandados de
penhora expedidos contra ele ou contra uma de suas empresas, avisando-lhe com
antecedência. Flavinho aceita prestar essa consultoria e convida sua namorada, a
servidora exclusivamente comissionada do mesmo tribunal, Gerusa, que também aceita a
proposta.
Nesse caso, à luz da Lei de Improbidade Administrativa, podem ser considerados agentes
públicos;
A Ignácio e Flavinho;
B Ignácio e Gerusa;
C apenas Gerusa;
D Ignácio, Flavinho e Gerusa;
E Flavinho e Gerusa.
Agente público
(sentido amplo)
sujeitos ativos

equiparado a agente público, convênio, contrato de repasse ou ajuste


pela celebração de equivalente

INDUZIDO à prática do ato


de improbidade
desde que
Particular ou
tenha
CONCORRIDO
dolosamente para o ato
Sujeitos Ativos: agentes públicos
FGV/SENADO – TÉCNICO - 2022
André, técnico legislativo ‐ policial legislativo do Senado Federal, em setembro de 2022, valendo-
se de sua função de supervisor de departamento, de forma dolosa, com vontade livre e
consciente, utilizou, em obra de reforma de sua casa de campo, o trabalho de estagiários da Casa
Legislativa, durante o expediente, em serviços de jardinagem. Assim agindo, em tese, André
praticou ato de improbidade administrativa que
(A) importou enriquecimento ilícito, entre cujas sanções está a suspensão dos direitos políticos
até 14 (catorze) anos.
(B) atentou contra os princípios da administração pública, entre cujas sanções está o pagamento
de multa civil de até 100 (cem) vezes o valor da remuneração percebida pelo agente.
(C) causou prejuízo ao erário, entre cujas sanções está a perda da função pública e o pagamento
de multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da remuneração percebida pelo agente.
(D) importou enriquecimento ilícito, entre cujas sanções está a perda dos bens ou valores
acrescidos ilicitamente ao patrimônio e a cassação dos direitos políticos.
(E) causou prejuízo ao erário, entre cujas sanções está a proibição de contratar com o poder
público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,
ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não
superior a 4 (quatro) anos.
FGV/SENADO – ANALISTA - 2022
Em agosto de 2022, Cássio, servidor público ocupante do cargo de Analista Legislativo do
Senado Federal, no exercício da função, de forma dolosa, facilitou a aquisição de determinados
bens por preço superior ao de mercado, causando lesão ao erário. Consoante dispõe a atual
redação da Lei nº 8.429/92, após o devido processo legal no bojo de ação de improbidade
administrativa, Cássio está sujeito, entre outras, à sanção de
(A) perda da função pública, que atinge apenas o cargo de Analista Legislativo do Senado
Federal.
(B) pagamento de multa civil equivalente a até cem vezes o valor da remuneração percebida
pelo agente.
(C) suspensão dos direitos políticos até 8 (oito) anos, que somente poderá ser executada após o
trânsito em julgado da sentença condenatória.
(D) pagamento de multa civil equivalente ao dobro do valor do dano ao erário, podendo o
magistrado aumentá-la até o quádruplo, se o juiz considerar que, em virtude da situação
econômica do réu, o valor inicial é ineficaz para reprovação e prevenção do ato de
improbidade.
(E) perda da função pública, que atinge, em regra, o cargo de Analista Legislativo do Senado
Federal, podendo o magistrado, contudo, e em caráter excepcional, estendê-la aos demais
vínculos, consideradas as circunstâncias do caso e a gravidade da infração.
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer
ação ou omissão dolosa [...]
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço
superior ao de mercado;
Art. 12, § 1º A sanção de perda da função pública, nas hipóteses dos incisos I e II do
caput deste artigo, atinge apenas o vínculo de mesma qualidade e natureza que o
agente público ou político detinha com o poder público na época do cometimento da
infração, podendo o magistrado, na hipótese do inciso I do caput deste artigo [enriq.
ilícito], e em caráter excepcional, estendê-la aos demais vínculos, consideradas as
circunstâncias do caso e a gravidade da infração.
FGV/SENADO – ANALISTA - 2022
A Lei nº 8.429/1992, recentemente alterada pela Lei nº 14.230/2021, dispõe sobre as sanções
aplicáveis em virtude da prática de atos de improbidade administrativa. A lei também tipifica as
condutas dolosas que configuram atos de improbidade administrativa. De acordo com a Lei nº
8.429/1992, relacione o tipo de ato administrativo à sua descrição.
1. Atos de Improbidade Administrativa que importam enriquecimento ilícito.
2. Atos de Improbidade Administrativa que causam prejuízo ao erário.
3. Atos de Improbidade Administrativa que atentam contra os princípios da Administração Pública.
( ) Revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial,
teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.
( ) Receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem
econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem
tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão
decorrente das atribuições do agente público.
( ) Ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento.
( ) Frustrar, em ofensa à imparcialidade, o caráter concorrencial de concurso público, de chamamento
ou de procedimento licitatório, com vistas à obtenção de benefício próprio, direto ou indireto, ou de
terceiros
( ) Frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com
entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente, acarretando perda patrimonial efetiva.
Assinale a opção que indica a relação correta, na ordem apresentada.
(A) 1, 1, 2, 3 e 3.
(B) 3, 1, 2, 3 e 2.
(C) 3, 1, 1, 3 e 2.
(D) 2, 2, 1, 3 e 3.
(E) 2, 3, 3, 2 e 1.
FGV/PC-AM – Invstigador - 2022
Pedro, Investigador de Polícia Civil do Estado Alfa, de forma dolosa, permitiu e concorreu para que a pessoa jurídica privada,
sociedade empresária Beta, que atua no ramo de vigilância patrimonial, utilizasse bens consistentes em armas e munições
da delegacia de polícia onde está lotado, ao arrepio da lei. Em troca do ato ilícito, Pedro recebia uma mesada mensal, isto é,
propina de dez mil reais todo dia primeiro de cada mês. No caso em tela, além de gerar a responsabilização de Pedro por
ato de improbidade administrativa, a Lei nº 8.429/92 (com as alterações da Lei nº 14.230/21) dispõe que os sócios e os
diretores da pessoa jurídica de direito privado
(A) não respondem pelo ato de improbidade que venha a ser imputado ao agente público, pois não se aplica a quaisquer
particulares, seja pessoa física, seja pessoa jurídica, o regime jurídico previsto na lei de improbidade;
(B) não respondem pelo ato de improbidade que venha a ser imputado ao agente público, pois não se aplica aos
particulares pessoas físicas o regime jurídico previsto na lei de improbidade.
(C) respondem pelo ato de improbidade que venha a ser imputado ao agente público, independentemente de terem
participação e benefícios diretos, bem como de ter ocorrido prejuízo ao erário.
(D) respondem pelo ato de improbidade que venha a ser imputado à pessoa jurídica, independentemente de terem
participação e benefícios diretos, desde que seja comprovado prejuízo ao erário.
(E) não respondem pelo ato de improbidade que venha a ser imputado à pessoa jurídica, salvo se, comprovadamente,
houver participação e benefícios diretos, caso em que responderão nos limites da sua participação.
Art. 3º As disposições desta Lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra dolosamente para a prática do ato de
improbidade.
§ 1º Os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de pessoa jurídica de direito
privado não respondem pelo ato de improbidade que venha a ser imputado à pessoa
jurídica, salvo se, comprovadamente, houver participação e benefícios diretos, caso
em que responderão nos limites da sua participação.
§ 2º As sanções desta Lei não se aplicarão à pessoa jurídica, caso o ato de improbidade
administrativa seja também sancionado como ato lesivo à administração pública de
que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013.
FGV/CGU – Auditor - 2022
Determinada organização não governamental (ONG), por ato de seu presidente, praticou dolosamente ato
tipificado como de improbidade administrativa (mas não previsto na Lei Anticorrupção), quando da execução
de convênio com recursos obtidos (subvenção) da União.
As ilegalidades foram constatadas pela Controladoria-Geral da União (CGU), que as noticiou ao Ministério
Público Federal (MPF). As apurações, tanto da CGU como do MPF, não conseguiram evidenciar a participação
de qualquer agente público responsável pelo repasse ou fiscalização da verba pública, mas tornaram
inequívoco o dolo de João, presidente da ONG, que praticou e se beneficiou do ato ilícito.
De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:
a) não poderá ser ajuizada ação civil pública por ato de improbidade administrativa em face da ONG e de
João, pois é imprescindível a concomitante presença de agente público no polo passivo da demanda;
b) não poderá ser ajuizada ação civil pública por ato de improbidade administrativa em face da ONG e de
João, pois não houve prejuízo direto ao erário da União, e sim ao patrimônio da entidade privada;
c) não poderá ser ajuizada ação civil pública por ato de improbidade administrativa em face da ONG e de
João, pois o ato ilícito praticado não está tipificado pela Lei Anticorrupção como ato lesivo à Administração
Pública;
d) poderá ser ajuizada ação civil pública por ato de improbidade administrativa em face da ONG e de João,
pois a Lei de Improbidade se aplica às entidades privadas que recebem subvenção da União, equiparando
seus dirigentes à condição de agentes públicos;
e) poderá ser ajuizada ação civil pública por ato de improbidade administrativa em face da ONG e de João,
pois, independentemente de haver subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício de entes públicos
ou governamentais, as ONGs se submetem à Lei de Improbidade, por integrarem o chamado terceiro setor.
importam enriquecimento
art. 9º
ilícito
Categorias de atos
de Improbidade causam prejuízo ao erário art. 10
Administrativa

atentam contra os princípios


art. 11
da administração pública
FGV/TJ-AP - 2024
Semana passada, Adroaldo, no exercício das atribuições do cargo efetivo em que está lotado no Estado do
Amapá, praticou a conduta de negar publicidade a determinado ato oficial, sob o fundamento de que ele está
gravado de sigilo, classificado como informação secreta, que, mediante a devida motivação, foi considerada
imprescindível para a segurança da sociedade e do Estado.
Acerca dessa situação hipotética, considerando o disposto na Lei nº 8.429/1992, com a redação conferida pela
Lei nº 14.230/2021, é correto afirmar que:
(A) caso caracterizado o dolo na realização de tal conduta, ficará configurado o ato de improbidade que atenta
contra os princípios da Administração Pública, diante da previsão específica no respectivo dispositivo da Lei de
Improbidade;
(B) independentemente da caracterização de dolo, a conduta em questão não configura ato de improbidade
que atenta contra os princípios da Administração Pública, tanto que excepcionada pela própria Lei de
Improbidade Administrativa;
(C) considerando que o rol atinente aos atos de improbidade que atentam contra os princípios da
Administração Pública é exemplificativo, a conduta em análise deve assim ser caracterizada, ainda que o
servidor tenha agido com culpa;
(D) considerando que a negativa de publicidade não consta do rol taxativo das condutas que configuram o ato
de improbidade que atenta contra os princípios da Administração Pública, a conduta em apreço não poderia ser
assim caracterizada ainda que a informação não estivesse gravada de sigilo;
(E) considerando que a conduta em cotejo não pode ser caracterizada como ato de improbidade que atenta
contra os princípios da Administração Pública, para tanto, é imprescindível o enriquecimento sem causa ou a
lesão ao erário.
FGV/TJ-AP - 2024
Luana, recentemente, foi investida no cargo de analista do Tribunal de Justiça do Estado do
Amapá e tem o verdadeiro pavor de vir a ser responsabilizada por ato de improbidade que
atente contra os princípios da Administração Pública em decorrência do exercício de suas
atribuições, razão pela qual decidiu perquirir quais seriam as condutas passíveis de tal
enquadramento, na forma da Lei nº 8.429/1992, com a redação conferida pela Lei nº
14.230/2021, dentre as quais é correto destacar:
(A) permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior
ao de mercado;
(B) deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo, desde que disponha das
condições para isso, com vistas a ocultar irregularidades;
(C) celebrar parcerias da administração pública com entidades privadas sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
(D) perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou
locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao
valor de mercado;
(E) utilizar, em obra ou serviço particular, qualquer bem móvel, de propriedade ou à
disposição de quaisquer das entidades referidas na respectiva lei, bem como o trabalho de
servidores, de empregados ou de terceiros contratados por essas entidades.
Atos que atentam contra os princípios da
administração pública

frustrar caráter
revelar fato que concorrencial de
negar publicidade deixar de prestar
deva permanecer em concurso público,
aos atos oficiais contas
segredo chamamento ou
proc. licitatório

descumprir sobre promover


revelar teor de Nepotismo
parcerias da personalização de
medida (SV 13)
administração obras (CF, art. 37, §1º)
Enriquecimento ilícito Prejuízo ao erário Violação a princípio

Perda dos bens acrescidos


Perda dos bens acrescidos
ilicitamente (se ocorrer esta -
ilicitamente
circunstância)
ressarcimento integral do dano (se houver dano efetivo)

perda da função pública perda da função pública -

suspensão dos direitos políticos suspensão dos direitos


-
de até 14 anos políticos de até 12 anos
multa civil igual ao acréscimo multa civil igual ao dano ao multa civil de até 24 vezes a
patrimonial erário remuneração do agente

proibição de contratar com Poder proibição de contratar com o proibição de contratar com o
Público ou receber benefícios por Poder Público ou receber Poder Público ou receber
até 14 anos benefícios por até 12 anos benefícios por até 4 anos
FGV/CGM-RJ –2023
Logo após a sua posse como prefeito do Município de Megalópolis, Confúcio, livre e
conscientemente, nomeou sua filha Alexandrina para o cargo de secretária de urbanismo do
mencionado ente federativo, tal como prometido em sua campanha, considerando ser ela uma
renomada arquiteta que ganhou inúmeros prêmios internacionais de urbanismo, de modo que
acredita que seu trabalho possa ser um grande diferencial para a cidade. Diante das alterações
promovidas pela Lei nº 14.230/2021 na Lei nº 8.429/1992, em tese, a conduta de Confúcio:
(A) caracteriza ato de improbidade que causa prejuízo ao erário;
(B) caracteriza ato de improbidade que importa em enriquecimento sem causa;
(C) caracteriza ato de improbidade que viola os princípios da Administração Pública;
(D) não caracteriza ato de improbidade, dado que não abarca a conduta de nepotismo;
(E) não caracteriza, em princípio, ato de improbidade, pois versa sobre cargo político.
FGV/SEFAZ-ES/Cons. Tesouro - 2022
No ano de 2022, João, ocupante do cargo efetivo de Consultor do Tesouro Estadual do Estado Gama,
praticou ato de improbidade administrativa consistente em receber dolosamente, para si, dinheiro, a título
de presente de sociedade empresária que tinha interesse direto que podia ser amparado por ação ou
omissão decorrente de suas atribuições como agente público. O Ministério Público, após investigação por
meio de inquérito civil, ajuizou ação civil pública por ato de improbidade administrativa. Com receio de
perder sua função pública, João pretende pedir exoneração e prestar novo concurso público para o cargo de
Procurador do Estado Gama. No caso em tela, de acordo com a Lei nº 8.429/92 (com redação dada pela Lei
nº 14.230/21), a sanção de perda da função pública
(A) não mais figura como penalidade a ser eventualmente aplicada a João, que pode receber outras sanções,
como suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos.
(B) não mais figura como penalidade a ser eventualmente aplicada a João, que pode receber outras sanções,
como pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente.
(C) atinge automaticamente todo e qualquer cargo, emprego ou função pública exercidos por João no
momento em que ocorrer o trânsito em julgado de eventual decisão condenatória.
(D) atinge automaticamente todo e qualquer cargo, emprego ou função pública exercidos por João no
momento em que for publicada eventual sentença condenatória e eventual apelação não tem, em regra,
efeito suspensivo.
(E) atinge apenas o vínculo da mesma qualidade e natureza que João detinha com o poder público na época
do cometimento da infração, podendo o magistrado, em caráter excepcional, estendê-la aos demais
vínculos, consideradas as circunstâncias do caso e a gravidade da infração
Art. 12, § 1º A sanção de perda da função pública, nas hipóteses dos incisos I e II do
caput deste artigo, atinge apenas o vínculo de mesma qualidade e natureza que o
agente público ou político detinha com o poder público na época do cometimento da
infração, podendo o magistrado, na hipótese do inciso I do caput deste artigo, e em
caráter excepcional, estendê-la aos demais vínculos, consideradas as circunstâncias do
caso e a gravidade da infração.
FGV/RFB–Auditor-2023
A Lei de Improbidade Administrativa (LIA) foi substancialmente alterada pela Lei nº
14.230/21. Desta forma, diante da Reforma de 2021 da LIA, em matéria de sanções pela
prática de ato de improbidade administrativa, é correto afirmar que
(A) as sentenças civis e penais produzirão efeitos em relação à ação de improbidade, exceto
quando concluírem pela inexistência da conduta ou pela negativa da autoria.
(B) as sanções eventualmente aplicadas em outras esferas deverão ser compensadas com as
sanções aplicadas nos termos da LIA.
(C) os atos do órgão de controle interno ou externo não poderão ser considerados pelo juiz
quando tiverem servido de fundamento para a conduta do agente público.
(D) a aplicação das sanções previstas na LIA dependerá da aprovação ou rejeição das contas
pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.
(E) a aplicação das sanções previstas na LIA independerá da efetiva ocorrência de dano ao
patrimônio público, no que tange às condutas previstas nos artigos 9º, 10º e 11º da citada
Lei.
atos que importam
comprovação prejuízo ao erário (art. 10)
do prejuízo ao salvo
erário condenação a
ressarcimento ao
aplicação erário
das não (demais categorias)
sanções da depende de
Rejeição ou
LIA
aprovação das atos, provas e
juiz
contas por considera
decisões dos órgãos
órgãos de de controle
controle
Independência das instâncias

Regra geral Instâncias independentes e cumulativas


trânsito em julgado

Art. 12, § 9º As sanções previstas neste Art. 20. A perda da função pública e a
artigo somente poderão ser executadas suspensão dos direitos políticos só se
após o trânsito em julgado da sentença efetivam com o trânsito em julgado da
condenatória. sentença condenatória.
Repressiva

Caráter sancionatório
Não é ação civil
Vedada p/ controle de
legalidade de política pública,
patrimônio público ou outros
dir. amparáveis por ACP

legitimidade apenas o MP ?
Ação judicial
1º grau
Juízo
competente Local onde ou da P.J.
ocorrer o dano prejudicada

Admitido acordo de
não persecução cível
LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO
FGV - 2024 - Analista (TJ SC)/Administrativo

Como princípio geral, toda informação produzida ou gerenciada pelo governo é pública,
salvaguardando-se as informações pessoais e as exceções previstas na lei.
Nesse contexto, o acesso à informação relativa ao resultado de inspeções e auditorias
realizadas em um tribunal de justiça:
A deve ser precedido de justificativa formal;
B deve ser tratado como um direito;
C é protegido pelas regras de reserva e sigilo;
D está sujeito a autorização superior;
E representa uma exceção à regra.
FGV - 2024 - Procurador Legislativo (CM SP)

Com vistas a realizar determinada pesquisa acadêmica acerca do desenvolvimento e


implementação de políticas públicas na área de saúde, Daniela pretende obter as
informações necessárias junto ao órgão competente da Câmara Municipal de São Paulo.
Diante dessa situação hipotética, é correto afirmar que o acesso à informação de que trata
a Lei nº 12.527/2011 compreende, entre outros, os direitos de obter
A informação primária, íntegra e autêntica, independentemente de estarem atualizadas.
B informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus
órgãos ou entidades, desde que não tenham sido recolhidas a arquivos públicos.
C orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o
local onde poderá ser encontrada ou obtida a informação almejada.
D informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, exceto quanto às
relativas à sua política, organização e serviços.
E informação relativa à implementação, acompanhamento e resultados dos programas,
projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, salvo quanto às metas e indicadores
propostos.
FGV/SENADO – ANALISTA - 2022
Em matéria de disposições gerais sobre restrições de acesso à informação, o texto da Lei nº
12.527/2011 estabelece que
(A) o acesso à informação necessária à tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais
pode ser negado, desde que fundamentado em parecer subscrito por três servidores públicos de
carreira.
(B) as informações ou documentos que versem sobre condutas que impliquem violação dos direitos
humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades públicas não poderão ser objeto
de restrição de acesso.
(C) a classificação da informação em determinado grau de sigilo deve observar o interesse público da
informação e utilizar o critério mais restritivo possível, considerado o prazo máximo de restrição de
acesso de vinte anos.
(D) a informação em poder dos órgãos e das entidades públicas, observado o seu teor e o grau de sua
imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, é classificada como ultrassecreta quando
possuir prazo máximo de restrição de acesso à informação de trinta anos.
(E) o disposto na Lei de Acesso à Informação exclui as hipóteses de segredo industrial decorrentes da
exploração direta de atividade econômica pelo Estado ou por pessoa física ou entidade privada que
tenha qualquer vínculo com o poder público, diante da necessidade de sua ampla publicidade e
transparência.
Art. 21. Não poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial ou
administrativa de direitos fundamentais.

Parágrafo único. As informações ou documentos que versem sobre condutas que


impliquem violação dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de
autoridades públicas não poderão ser objeto de restrição de acesso.
FGV - AGÊNCIA REGULADORA DE ENERGIA E SANEAMENTO
BÁSICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - 2023

André, que atua em uma organização da sociedade civil, solicitou ao órgão estadual
competente informações que constam da repartição pública acerca de matéria de
interesse público, que não estão, nem poderiam ser abarcadas por sigilo, mas
simplesmente não foram divulgadas em sítio eletrônico (Internet).
O mencionado pedido foi indeferido, consoante decisão confirmada em todas as
instâncias administrativas. Em razão disso, André ajuizou ação para obter as informações
almejadas, com fundamento no princípio da transparência.
Acerca do princípio da transparência, considerando a orientação consolidada pelo
Superior Tribunal de Justiça, assinale a afirmativa correta.
(A) O princípio da transparência não pode ser utilizado para justificar o controle judicial
suscitado por André, na medida em que a divulgação de dados se submete à
discricionariedade administrativa.
(B) A situação importa em violação da transparência ativa, que corresponde ao direito
de requerer informação específica à Administração.
(C) As transparências ativa e passiva não foram violadas, pois o Estado não tem
obrigação de divulgar informações em sítios eletrônicos, mas apenas
presencialmente.
(D) O Estado X deveria publicar tais informações em sítios eletrônicos, só podendo
afastar tal dever de transparência ativa mediante motivações concretas e
suficientes para não as divulgar.
(E) A transparência passiva, que corresponde ao dever da Administração de publicar
informações de interesse público não abarcadas por sigilo, foi violada.
"(...)Eis a ordem natural das coisas, em matéria de transparência em uma
democracia:
i) a Administração atende o dever de publicidade e veicula de forma geral e
ativa as informações públicas, na internet;
ii) desatendido o dever de transparência ativa, mediante provocação de
qualquer pessoa, a Administração presta a informação requerida,
preferencialmente via internet;
iii) descumprido o dever de transparência passiva, aciona-se, em último
caso, a Justiça. (..)."
(REsp n. 1.857.098/MS, julgado em 11/5/2022)
FGV/TJ-AP - 2024

Ao estudar a Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação), Elis verificou que, dentre os
conceitos nela expressamente delimitados, há aquele atinente à qualidade da informação
não modificada, inclusive quanto a origem, trânsito, destino, e que corresponde à
definição de:
(A) disponibilidade;
(B) autenticidade;
(C) primariedade;
(D) efetividade;
(E) integridade.
(FGV/SEFAZ-ES – Auditor - 2021)
O Estado Alfa, com base em norma estadual, publicou em seu sítio eletrônico na
internet a relação dos nomes, cargos e remuneração de seus servidores públicos,
como forma de transparência ativa. Inconformada, Maria, servidora pública estadual,
ajuizou ação judicial em face do Estado, pleiteando obrigação de fazer para retirada
das informações relacionadas à sua pessoa, alegando ofensa a seu direito
fundamental à intimidade.
De acordo com o Supremo Tribunal Federal, em tese de repercussão geral, o pleito
de Maria
(A) não merece prosperar, eis que é legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico
mantido pela Administração Pública, dos nomes dos seus servidores e do valor dos
correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias.
(B) não merece prosperar, eis que a Administração Pública possui discricionariedade
em divulgar registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros,
como por exemplo, o valor da remuneração de seus servidores.
(C) merece prosperar, eis que a divulgação de informações pessoais dos servidores
mostra-se infrutífera e desarrazoada, e submete a risco a segurança da servidora, que
vê sua privacidade exposta publicamente, não sendo absoluta a preponderância do
Direito Administrativo
interesse
Prof. Antonio Daud público sobre o particular.
(D) merece prosperar, eis que a publicidade deve ser limitada à divulgação genérica dos
salários correspondentes a cada cargo, levando em conta a progressão vertical e horizontal
na carreira, sem vinculação direta ao nome do servidor, sob pena de ofensa ao direito à
intimidade.
(E) merece prosperar parcialmente, eis que deve ser substituído apenas o nome pela
matrícula de Maria, de maneira a viabilizar a publicidade da remuneração do agente público,
sem ofender a intimidade da servidora, conforme princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade.

É legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela


administração pública, dos nomes dos seus servidores e do valor dos
correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias.
ARE 652.777, rel. min. Teori Zavascki, 23/4/2015, tema 483

Direito Administrativo
Prof. Antonio Daud
(FGV/TCE-AM – Auditor - 2021)
Assegurar o direito fundamental de acesso à informação se inclui entre as
boas práticas de transparência no setor público, baseadas em princípios e
diretrizes que orientam as legislações sobre o tema.
Uma diretriz discrepante das boas práticas de transparência no setor público
é:
(A) desenvolvimento do controle social da administração pública;
(B) divulgação de informações de interesse público, independentemente de
solicitações;
(C) identificação adequada dos solicitantes de informações, mediante
justificativa;
(D) observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como
exceção;
(E) utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da
informação.
Direito Administrativo
Prof. Antonio Daud
publicidade é a regra geral e o sigilo é exceção
diretrizes do acesso à

independentemente
divulgação de informações de interesse público de solicitações
informação

(transparência ativa)
utilização de meios de comunicação viabilizados
pela tecnologia da informação
fomento ao desenvolvimento da cultura de
transparência na administração pública
desenvolvimento do controle social da
administração pública

Direito Administrativo
Prof. Antonio Daud
(FGV/TCE-AM – Auditor - 2021)
A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas considerou imprescindíveis à segurança da
sociedade as informações constantes em um relatório de inteligência sobre organizações
criminosas que atuam no Estado, de maneira que sua divulgação ou acesso irrestrito poderia
comprometer atividades de inteligência, bem como de investigações em andamento,
relacionadas com a prevenção e repressão de infrações. Com base na Lei de Acesso à
Informação, observado o interesse público da informação e utilizados os critérios menos
restritivos possíveis, o mencionado relatório foi classificado quanto ao grau de sigilo como
informação reservada.
De acordo com a Lei Federal nº 12.527/2011, o prazo máximo de restrição de acesso a tal
informação reservada é de:
(A) um ano e, transcorrido esse prazo ou consumado o evento que definiu o seu termo final, a
informação tornar-se-á, automaticamente, de acesso público;
(B) três anos e, transcorrido esse prazo ou consumado o evento que definiu o seu termo final, o
órgão público fará nova análise sobre a conveniência de liberação da informação a acesso
público;
(C) cinco anos e, transcorrido esse prazo ou consumado o evento que definiu o seu termo final,
a informação tornar-se-á, automaticamente, de acesso público;
Direito Administrativo
Prof. Antonio Daud
(D) quinze anos e, transcorrido esse prazo ou consumado o evento que definiu o seu termo
final, o órgão público fará nova análise sobre a conveniência de liberação da informação a
acesso público;
(E) vinte e cinco anos e, transcorrido esse prazo ou consumado o evento que definiu o seu
termo final, o órgão público fará nova análise sobre a conveniência de liberação da informação
a acesso público.

ultrassecreto 25 anos

grau de sigilo -
secreto 15 anos
prazo máximo

reservado 5 anos

Direito Administrativo
Prof. Antonio Daud
FGV - Controladoria Geral do Município do Rio de Janeiro
Caio, agente público municipal, divulgou, sem autorização, informações pessoais de
terceiros, causando-lhes danos, motivo pelo qual os prejudicados pretendem ajuizar
demandas buscando responsabilização.
Considerando-se os dispositivos vigentes na Lei nº 12.527/2011 e no Decreto Rio nº
44.745/2018, é correto afirmar que:
(A) Caio não é passível de qualquer responsabilização, uma vez que a entidade pública à
qual está vinculado responde exclusivamente pelos danos causados;
(B) Caio deve ser responsabilizado diretamente, cabível a responsabilidade subsidiária
do órgão ou entidade pública à qual está vinculado;
(C) a entidade pública à qual Caio é vinculado responde diretamente pelos danos
causados, sendo possível a apuração da responsabilidade funcional de Caio nos
casos de dolo ou culpa, assegurado o direito de regresso;
(D) a entidade pública à qual Caio é vinculado responde diretamente pelos danos
causados, sendo possível a apuração da responsabilidade funcional de Caio
somente nos casos de dolo, assegurado o direito de regresso;
(E) a divulgação de informações pessoais de terceiros somente é possível diante do
consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem.
FGV/DNIT - 2024

A Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011) é uma legislação brasileira


fundamental que estabelece o direito dos cidadãos de acessar informações públicas
produzidas ou custodiadas pelos órgãos e entidades do poder público. Entre as diretrizes
previstas nesta Lei, encontra-se pertinente
(A) a observância da transparência como preceito geral e do sigilo como exceção.
(B) a divulgação de informações de interesse privado, independentemente de
solicitações.
(C) a gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua
divulgação.
(D) o fomento ao desenvolvimento da cultura de publicidade na administração pública.
(E) o desenvolvimento do controle social da administração pública.
Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direito
fundamental de acesso à informação e devem ser executados em conformidade
com os princípios básicos da administração pública e com as seguintes diretrizes:
I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção;
II - divulgação de informações de interesse público, independentemente de
solicitações;
III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da
informação;
IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração
pública;
V - desenvolvimento do controle social da administração pública.
FGV/DNIT - 2024
A Lei de Acesso à Informação representa um importante avanço na promoção da
transparência governamental, permitindo que os cidadãos exerçam um controle mais
efetivo sobre as ações do Estado, contribuindo para a prevenção da corrupção e para o
fortalecimento da democracia. Com relação ao pedido de acesso, analise os itens a seguir.
I. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e
entidades, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a especificação da
informação requerida.
II. Para o acesso a informações de interesse público, a identificação do requerente não pode
conter exigências que inviabilizem a solicitação.
III. São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de
informações de interesse público. Está correto o que se afirma em
(A) I, II e III.
(B) I e II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e II, apenas.
(E) III, apenas.
Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos
órgãos e entidades referidos no art. 1º desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo
o pedido conter a identificação do requerente e a especificação da informação
requerida.
§ 1º Para o acesso a informações de interesse público, a identificação do requerente
não pode conter exigências que inviabilizem a solicitação.
§ 2º Os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar alternativa de
encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus sítios oficiais na internet.
§ 3º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da
solicitação de informações de interesse público.
FGV/DNIT - 2024

A Lei nº 12.527/2011 dispõe sobre os procedimentos com a finalidade de garantir o


acesso às informações públicas. Acerca dessa legislação, analise as afirmativas a
seguir.
I. Integridade é a qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por
indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados.
II. Primariedade é qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de
detalhamento possível, sem modificações.
III. Autenticidade é a qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à
origem, trânsito e destino
Está correto apenas o que se afirma em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) I.
(D) II.
(E) III
Art. 4º, VI - disponibilidade: qualidade da informação que pode ser
conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados;
VII - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida,
expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento
ou sistema;
VIII - integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive quanto
à origem, trânsito e destino;
IX - primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o
máximo de detalhamento possível, sem modificações.
(FGV/TCE-AM – Auditor TI - 2021)
A Lei de Acesso à Informação estabelece que é dever dos órgãos e entidades públicas
promover, independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no
âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles
produzidas ou custodiadas, sendo obrigatória a divulgação por meio da internet.
Nesse contexto, a citada Lei nº 12.527/2011 dispõe que os sítios oficiais da rede mundial de
computadores deverão, na forma de regulamento, atender, entre outros, ao seguinte
requisito:
A atualizar, com periodicidade semanal, as informações disponíveis para acesso, inclusive
remetendo o interessado a outros sítios eletrônicos para informações complementares;
B disponibilizar, apenas mediante senha alfanumérica de seis dígitos, informações classificadas
como sigilosas que possam pôr em risco a segurança das instituições;
C conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à informação de forma
objetiva, transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão;
D manter canal eletrônico como protocolo para recebimento de documentos e requerimentos
de acesso a informações exclusivamente em formato pdf;
E possibilitar o acesso a relatórios em diversos formatos eletrônicos, tais como planilhas e
texto,
Direito de modo a facilitar a análise das informações, vedada a disponibilização técnica de tais
Administrativo
Prof. Antonio Daud
relatórios para gravação.
Art. 8º, § 3º Os sítios de que trata o § 2º deverão, na forma de regulamento, atender,
entre outros, aos seguintes requisitos:
I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à informação de
forma objetiva, transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão;
II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos
e não proprietários, tais como planilhas e texto, de modo a facilitar a análise das
informações;
III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em formatos abertos,
estruturados e legíveis por máquina;
IV - divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturação da informação;
V - garantir a autenticidade e a integridade das informações disponíveis para acesso;
VI - manter atualizadas as informações disponíveis para acesso;
VII - indicar local e instruções que permitam ao interessado comunicar-se, por via
eletrônica ou telefônica, com o órgão ou entidade detentora do sítio; e
VIII - adotar as medidas necessárias para garantir a acessibilidade de conteúdo para
pessoas com deficiência, nos termos do art. 17 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de
2000, e do art. 9º da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada
pelo Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008.
FGV/SEFAZ-MG –2023
A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e em razão de sua
imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta,
secreta ou reservada.
Neste contexto, consoante dispõe a Lei nº 12.527/2011, para a classificação da informação em determinado
grau de sigilo, deverá ser observado o interesse público da informação e utilizado o critério
A mais restritivo possível, em prestígio à supremacia do interesse público, considerado o prazo máximo de
restrição de acesso ou o evento que defina seu termo final.
B mais restritivo possível, em prestígio à supremacia do interesse público, considerada a gravidade do risco
ou dano à segurança da sociedade e do Estado.
C menos restritivo possível, considerados a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do
Estado e o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que defina seu termo final.
D mais restritivo possível e, transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento que defina o seu
termo final, a informação tornar-se-á de acesso público, desde que expressamente autorizada pelo Chefe do
Poder Executivo.
E menos restritivo possível e, transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento que defina o seu
termo final, a informação tornar-se-á de acesso público, desde que expressamente autorizada pela
autoridade que decretou o sigilo.
Prof. Antonio Daud
Lei de Acesso à Informação
Prof. Antonio Daud
FGV - 2024 - Analista (TJ SC)/Administrativo

No contexto da transparência da informação pública, o acesso à informação pessoal, ou


seja, aquela relacionada à pessoa natural identificada ou identificável, relativa à
intimidade, vida privada, honra e imagem:
A deve ser concedido se não houver conflito de interesse por parte do solicitante;
B deve ser restrito apenas nos casos em que a informação for classificada como sigilosa;
C é permitido apenas mediante consentimento expresso da pessoa a que se referir;
D pode ser restrito pelo prazo de até cem anos a contar da data de produção;
E sujeita-se prioritariamente às disposições da Lei Geral de Proteção de Dados.
FGV/CGM-RJ –2023
Tício, devidamente identificado, apresentou pedido de acesso à informação ao Município, adequadamente
especificado. Passados mais de quinze dias, não houve resposta ou qualquer manifestação do ente
federativo.
Considerando os dispositivos em vigor na Lei nº 12.527/2011 e no Decreto Rio nº 44.745/2018, é correto
afirmar que, em regra:
(A) o Município deve conceder o acesso imediato à informação disponível por força de determinação legal;
(B) na hipótese de não ser possível conceder acesso à informação postulada de imediato, o Município deve,
em prazo não superior a quinze dias, entre outras possíveis medidas, comunicar a data, local e modo para se
realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão;
(C) o Município não pode recusar acesso a informações, exceto quando se tratar do valor dos vencimentos
de servidor público;
(D) a hipótese descrita no enunciado caracteriza retardo deliberado do fornecimento de informação,
conduta ilícita passível de responsabilização;
(E) agir com dolo ou qualquer tipo de culpa na análise dos pedidos de acesso à informação enseja
responsabilização.

Prof. Antonio Daud


FGV/CGU – Técnico - 2022
O cidadão João apresentou requerimento de acesso a determinada informação ao departamento de
recursos humanos (DRH) da autarquia federal Beta. O pedido foi indeferido pelo supervisor do setor de
pagamento e João apresentou recurso à autoridade hierarquicamente superior, mas o diretor do DRH negou
provimento ao recurso. Inconformado, João apresentou novo recurso ao presidente da autarquia federal
Beta, que também foi desprovido.
No caso em tela, de acordo com o Decreto nº 7.724/2012, que regulamenta a Lei nº 12.527/2011, João pode
apresentar recurso:
a) ao ministério que exerce a supervisão ministerial sobre a autarquia Beta, que, se prover o recurso, fixará
prazo para o cumprimento da decisão pela autarquia Beta, e, se não prover o recurso, João poderá
apresentar novo recurso à Presidência da República;
b) ao ministério que exerce a supervisão ministerial sobre a autarquia Beta, que, se prover o recurso, fixará
prazo para o cumprimento da decisão pela autarquia Beta, e, se não prover o recurso, não caberá novo
recurso administrativo;
c) ao próprio presidente da autarquia federal Beta, consistente em recurso de reconsideração e, caso
desprovido o recurso, não caberá novo recurso administrativo, pois o pleito já fora decidido por três
autoridades diversas;
d) à Controladoria-Geral da União, que, se prover o recurso, fixará prazo para o cumprimento da decisão
pela autarquia Beta, e, se não prover o recurso, não caberá novo recurso administrativo;
e) à Controladoria-Geral da União, que, se prover o recurso, fixará prazo para o cumprimento da decisão
pela autarquia Beta, e, se não prover o recurso, João poderá apresentar novo recurso à Comissão. Mista de
Reavaliação de Informações.

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