e Book Guiao Adaptação Pac

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PARTE 1 06

Solicitações e Orientações para alunos com Transtorno


de Aprendizado-Habilidades Acadêmicas: prejuízos
na leitura, compreensão e na expressão escrita,
habilidades matemáticas.
Sugestões com Adaptações e Flexibilizações para Disciplinas
Curriculares e Conteúdo Programático

1.1 - Fatores relevantes que contribuíram positivamente 09


para um bom desempenho do aluno com adaptações e
flexibilizações:

1.2 - Orientações para melhor desempenho no processo 12


de construção da escrita
1.3 - Sugestões para ajustes nas provas e avaliações 17

1.4 - Orientações de aulas para outros idiomas 25

1.5 - Flexibilizações 37

PARTE 2 43

Solicitações e Orientações para alunos com Transtorno


Específico da Leitura e da Escrita
Sugestões com Adaptações e Flexibilizações para Disciplinas
Curriculares e Conteúdo Programático
PARTE 3 50

Informações e orientações para pais e professores nas


habilidades matemáticas

53
3.1 - Fundamental I
56
3.2 - Fundamental II

PARTE 4 60

Guia de informações e orientações para professores:


Processamento Auditivo Central

4.1 - Orientações para professores com alunos com 64


alterações do Processamento Auditivo Central –
Habilidades auditivas

4.2 - Sugestões para treino em dificuldades de 66


habilidades matemáticas.

4.3 - Sugestões para flexibilizações dos conteúdos 69

Bibliografia 74
Orientações para execução
do guião de adaptações
escolares
Este Guia de orientação multidisciplinar tem por obje-
tivo principal facilitar o processo ensino-aprendizagem
da criança, e fornecer suporte eficaz a toda equipe de re-
abilitação, pais e professores, através da troca de infor-
mações de várias áreas. Esse método colaborativo visa
construir uma base para a transição da qual a criança
precisa transpor os passos necessários para atingir o pro-
cesso de ensino aprendizagem.

Uma criança com dificuldade de aprendizagem, de qual-


quer origem, sofre por não estar aprendendo de maneira
eficiente e a baixa autoestima normalmente está presen-
te. Dessa forma, antes de quaisquer instruções, orienta-
ções ou checklist, queremos enfatizar o poder dos bons
relacionamentos e principalmente mostrar como a gen-
tileza pode promover o desenvolvimento social, emocio-
nal e de aprendizagem destas crianças.
Pesquisas indicam que um estado mental positivo pro-
move a neuroplasticidade, a modelagem do cérebro
necessária para o desenvolvimento de habilidades e
aprendizado. Tudo o que é feito para ajudar a criança
a se sentir segura, calma, e regulada irá promover uma
melhor aprendizagem (Forbes & Post, 2009).

É importante lembrarmos que


“a capacidade” da criança se
desenvolve em uma linha do tem-
po que é única para ela. Forçando
as crianças a fazer algo que elas não
estão prontas para fazer diminui sua
autoestima. De fato, a ansiedade crôni-
ca entre tantas crianças resulta da própria
percepção de que as exigências colocadas
sobre elas, excedem suas capacidades. Quando essas
crianças enfrentam expectativas razoáveis, elas são al-
tamente motivadas e engajadas. Eles se sentem reco-
nhecidos e conectados e seu sucesso gera mais sucesso”
(Daniel Frankling, 2018).

Pretende-se que o Guia promova relacionamentos favo-


ráveis, suporte educacional eficaz e seja fonte de inspi-
ração para todos aqueles que buscam transformar a jor-
nada educacional em uma trajetória de conquistas para
estas crianças.
SOLICITAÇÕES E ORIENTAÇÕES PARA
ALUNOS COM TRANSTORNO DE
APRENDIZADO-HABILIDADES ACADÊMICAS:
prejuízos na leitura, compreensão e na
expressão escrita, habilidades matemáticas.

SUGESTÕES COM ADAPTAÇÕES E FLEXIBILIZAÇÕES PARA


DISCIPLINAS CURRICULARES E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
07

Introdução
“É importante que o corpo pedagógico
saiba como e aceite propor flexibiliza-
ções ou até adaptações de currículo
às crianças e adolescentes de forma
que minimizem ou não tragam ne-
nhuma perda ao conteúdo.”

Em acorde com Russo, 2015 as


dificuldades de aprendizagem podem derivar de causas emocionais,
do nível de pensamento, de diferenças funcionais ou alterações nos
desenvolvimentos das funções.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) 1993, os


transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades es-
colares compreendem grupos de transtornos manifestados por
outros comprometimentos específicos e significativos na apren-
dizagem. Esses comprometimentos não são resultados de outros
transtornos (retardo mental, déficits neurológicos. problemas visu-
ais e auditivos, e perturbações emocionais), embora podem ocorrer
concomitantemente.

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08

Sugestões
A grade curricular deve ser flexível e proporcionar o aten-
dimento às necessidades pedagógicas de cada aluno.

A avaliação deve ser sempre para incluir o aluno e não


para excluir. Direcionando a ação pedagógica do profes-
sor e o repensar de sua prática docente.

A abordagem deve ser preventiva, individualizada, mul-


tissensorial e sequencial.

A equipe pedagógica de escola deve informar aos pro-


fessores sobre as características do quadro diagnóstico
(Tipologia e Descrição do Transtorno) e discutir com cada
um deles, as estratégias e ações que serão implantadas
para que o aluno, alcance efeitos positivos e desejáveis
dentro do processo ensino -aprendizagem e acadêmico.

PERGUNTE-SE
Acima de tudo devemos ter sempre em mente que as perguntas
que devemos fazer diante de uma criança com dificuldades, com
ou sem diagnóstico são: O que esta criança sabe? O que
ela deveria saber? Como ela aprende?

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1.1 09

Fatores relevantes que contribuem


positivamente para um bom desempenho do
aluno com adaptações e flexibilizações:

Apoio incondicional e
sistemático em parceria
com família e escola
Plano com integração da equipe que avalia e trata o
adulto, definindo metas mensuráveis para o acompanha-
mento da intervenção, condutas e prioridades.

Enfatizar o trabalho que a escola esteja disposta a rea-


lizar nas adaptações acadêmicas de acordo como grau
da dificuldade do aluno, trabalhando em parceria com
profissionais e família.

Valorizar sempre os trabalhos pelo seu conteúdo e não


pelos erros de escrita, aguardando o momento que até
que normatize e domine a norma ortográfica.

Plano Individual do Aluno traçado sob assessoria das de-


mandas terapêuticas.

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1.1 10

Agenda Pública, para anotar tudo o


que diz respeito a tarefas para serem
cumpridas em prazo determinado;
trabalhos, terapias, pesquisas, dúvidas
frequentes e pertinentes.

Certifique-se que o aluno anotou as tarefas de casa na


Agenda Pública

Agenda Programada o aluno deverá anotar as tarefas na


agenda, em alguns caso o professor poderá conferir se a
anotação foi realizada.

Indicação de uma habilidade esportiva como prática


semanal (repertório não técnico importante para a
reabilitação). Com orientação e supervisão do professor
de educação física.

Permitir que o aluno acompanhe seu progresso, de


conteúdos que já domina e conteúdos que precisam ser
aprendidos.

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1.1 11

A família deve ser mantida informada sobre a evolução


do aluno, sobre adaptações aplicadas e seus respectivos
resultados.

Desenvolver técnicas de empatia com o grupo da sala


de aula. Colocar em prática a cooperação durante a
realização das atividades propostas, pois os alunos
aprendem não apenas com o professor, mas também com
seus colegas. A cooperação influencia positivamente o
rendimento acadêmico, a autoestima, as relações sociais
assim como o desenvolvimento pessoal. Além disso, ao
facilitar o trabalho autônomo dos alunos, permite que o
professor consiga momentos para fornecer mais atenção
aos que dela necessitam;

VOCÊ SABIA???
Informações relevantes e interessantes para que a aprendizagem
seja potencializada:

“Água é fundamental para a condução “Coma ovos! As gemas coloridas con-


sináptica no cérebro. Concentrações pe- têm toneladas de colina, o que ajuda o
quenas de água diminuem a eficiência cérebro da criança a produzir acetilco-
desse sinal, além de favorecer a transfe- lina, um neurotransmissor, que pode ser
rência do oxigênio dos pulmões para o importante para a lembrança da memó-
sangue.” ria. Os ovos também são ricos em ácidos
graxos ômega-3 e vitaminas B12 e D, que
“Exercícios aumentam o fluxo de oxigê- são imperativos para o poder cognitivo.“
nio no cérebro, o que reduz os radicais John Medina, 2010
livres ligados ao cérebro ... um aumento
no oxigênio é sempre acompanhado por “O circuito social e emocional do cére-
um aumento na nitidez mental.” bro de uma criança aprende através dos
contatos e das conversas com todos que
“A falta do sono prejudica a atenção, a ela conversa durante o dia. Essas intera-
função executiva, o humor, a memória ções moldam o circuito cerebral. Menos
operacional, as habilidades quantitati- horas passadas com gente e mais horas
vas, o raciocínio lógico e até a destreza.” olhando fixamente para uma tela digi-
talizada – são o prenúncio de déficits.”
Daniel Goleman, 2015 VOLTAR AO ÍNDICE
1.2 12

Orientações para melhor desempenho no


processo de construção da escrita

PENSE NISSO
“DISCIPLINA NOS ESTUDOS É UM HÁBITO A SER ADQUIRIDO. Tanto
nos estudos como nos esportes, o hábito é tudo. Ninguém ganha
o jogo ou as medalhas de ouro treinando só quando dá vontade.
É preciso continuidade. Melhor dito, é preciso disciplina pessoal.
Aliás, uma boa definição de disciplina é fazer o que precisa ser fei-
to quando não estamos com vontade.” Moura, 2015

Quando o aluno não domina a caligrafia/digitação, ortografia ou o


vocabulário:
Essas limitações sobrecarregam a sua memória de trabalho e preju-
dicam a realização das tarefas próprias da “redação”.

escrever diariamente;

escrever para uma variedade de propósitos;

dominar e utilizar as diferentes fases do processo da


escrita, tais como planejar e organizar as ideias, redigir,
rever, corrigir e apresentar o texto pronto.

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1.2 13

Procedimentos que podem facilitar o processo de planejamento:

• Listar palavras;
• “brainstorming”;
• definir os principais pontos do texto planejado;
• decidir como será a frase final da história (para que ela
não se perca).

• Realizar uma revisão do que escreveu, à vista do que


pretendia escrever;
• ler para si mesmo o que escreveu;
• ler o que escreveu para o professor ouvir; • interrogar
o próprio texto usando questões como: OLHE (“Isto está
certo?”) OUÇA (“É isto que eu queria escrever?”) PENSE
(“É isto que eu quis dizer?”).

• O uso de legendas como abaixo, auxiliam a lembrar


dos passos a serem executados cada vez que precisa
escrever.

Fazer revisões editoriais com legenda informativa no caderno e de


atividades.

Apagar
LM Verificar maiúsculas

Inserir Começar novo parágrafo

Verificar ortografia Rever/eliminar/juntar

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1.2 14

Caminho da Leitura
( Gregório, Sakata e Zoppetti)

Os alunos devem ser ensinados a:

Manter atitudes positivas no que tange à leitura e


compreensão, por meio de: – continuidade de leitura e
compreensão de um número cada vez maior de livros
de ficção, poesia, peças de teatro, não ficção e livros de
referência ou didáticos;

Ler e Sublinhar no texto as frases não compreendidas e


as palavras desconhecidas e pedir informação e escla-
recimentos ao professor, procurando avançar hipóteses.

Compor o trabalho escrito em notebook ou Ipad pode


ser mais eficiente.

Depois de completar uma tarefa de escrita, seja um


parágrafo ou pequenos textos, lê-lo em voz alta e gravá-
lo no seu celular.

Ouvir o que escreveu ao ler várias vezes pode ajudá-lo a de-


tectar erros e identificar outras edições que gostaria de fazer.
Ouvir enquanto lê suas anotações também ajuda a entender e
lembrar o que aprendeu.

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1.2 15

Utilizar esquemas visuais e modelos de apoio (Mapa


mental) para trabalhar.

Exemplos: use diagramas para capturar a estrutura de uma história;


use marcadores ou codificação de cores para trazer as ideias prin-
cipais em suas anotações, rascunhos ou planilhas; crie símbolos,
iniciais ou rascunhos para ajudá-lo a lembrar conceitos.

QUASE SEMPRE, GOSTAMOS DAQUILO QUE


ENTENDEMOS. O CONHECIMENTO NOS DÁ PRAZER,
DEPOIS QUE SUPERAMOS ALGUMAS BARREIRAS
INICIAIS DE COMPREENSÃO DO ASSUNTO TRATADO”
Moura, 2015

Exemplo de mapa mental:

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1.2 16

Sugestões para o professor

Acervo ou banco de conteúdo programático: o professor


pode dar atividades já prontas para que o aluno tenha o
material em seu caderno e não perder tempo maior que
os outros para copiar textos.

Levar em consideração que a velocidade da escrita do


aluno é mais lenta em razão de dificuldades de orienta-
ção e mapeamento espacial, entre outras razões.

Apresentar em aulas específicas a situação geográfica


da qual o assunto está sendo apresentado.
Exemplo de aulas específicas com marcação dos itens que o aluno precisa saber:

Dividir e esquematizar os itens que a aluna precisa saber.

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1.3 17

PROVAS E AVALIAÇÕES
Sugestões para ajustes nas provas e avaliações

Primeiros passos
Antes de iniciar a prova, o professor deve ler a prova para
todos os alunos, certificar-se de que o aluno compreendeu
as questões e oferecer-lhe assistência frequente.

Em seguida, separado da turma, o professor deve cor-


rigir a prova individualmente com o aluno, permitindo
que responda ou complemente oralmente as questões
erradas ou incompletas, o professor deve ser o leitor e o
escriba nesse momento.

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1.3 18

Para o aluno
As avaliações do aluno devem ser personalizadas com
recursos gráficos que substituem palavras e textos.
Avaliações que contenham exclusivamente textos,
sobretudo textos longos, devem ser evitados.

Facilitar a compreensão dos enunciados utilizando


o menor número de palavras sem necessariamente
comprometer o conteúdo.

Para as questões de falso-verdadeiro evitar o uso da


negativa e expressões absolutas, e construir as afirmações
com bastante clareza e que incluam somente uma ideia
em cada afirmação.

Construa um bom número de afirmações verdadeiras


e em seguida reescreva a metade, tornando-as falsas;
construa as afirmações com bastante clareza e, apro-
ximadamente com a mesma extensão; inclua somente
uma ideia em cada afirmação.

Empregar questões de associações (cuidado com este


tipo de questão) apenas de um único assunto em cada
questão e redigir cuidadosamente os itens para que o
aluno não se atrapalhe com os mesmos.

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1.3 19

Orientações de adaptação
de Provas
1. Usar letra 12 Arial ou “As letras de forma são mais deli-
Times New Roman com neadas, por isso a mente tem mais
espaçamento 1,5 à duplo. facilidade para fotografá-las e
armazená-las.” Buzan, 2009

2. O texto precisa estar destacado da prova para poder ser consulta-


do pelo aluno, se for apresentado de forma integral

3. Dividir textos em parágrafos e colocar a questão imediatamente


após o parágrafo.

4. Usar no máximo três itens em questões de múltipla escolha.

5. Aumentar assistência direta ao aluno, para reforçar o entendi-


mento da questão.

6. Adaptar a forma pela qual a instrução é fornecida ao aluno. Usar


fala direta sem rebuscamento.

Por exemplo:
- Usar recursos visuais variados, como imagens que remetem ao dia de estudo ofere-
cido pelo professor.

- Colocar listagem de termos ou conceitos mais importantes após a aula que podem
ser solicitados em averiguações posteriores.

- Usar imagens e desenhos que auxiliem o aluno a retomar a matéria no momento da


resposta, pois já foram apresentados anteriormente em aula.

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1.3 20

7. Ler a prova para o aluno. Fazer o aluno reler suas respostas antes
de entregar sua tarefa.

8. Oferecer ao aluno mais tempo para concluir sua prova.

9. Atrair a atenção da criança antes de começar a falar (ex.: usar to-


que de forma discreta).
10. Dar instruções claras e diretas

11. Falar de frente para os alunos

12. Checar a compreensão do aluno. Verificar se sabe o que precisa


ser feito.

13. Evitar falar de costas para a sala, pois alunos com grande distra-
bilidade ou dificuldades em Processamento auditivo perderão con-
teúdo da fala.

Quando nossa mente divaga, nosso cérebro ativa uma


porção de circuitos neurais que murmuram sobre coisas
que não tem nada a ver com o que estamos tentando
aprender. Sem foco, nenhuma lembrança clara do que
estamos aprendendo fica armazenada.” Goleman, 2013

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1.3 21

Exemplos de questões
construídas em avaliações
1- Observe a imagem e marque a alternativa correta:

Qual a função da bexiga natatória


Bexiga natatória
para a maioria dos peixes ósseos?

a) percepção
OBS: As parte grifadas em amarelo
são os pontos importantes que
b) flutuação
devem ser ressaltados, grifados ou
chamados para atenção do aluno.

2- Questão: Todas as sociedades organizam e produzem os seus


espaços, por isso, entramos em contato com o estudo da geografia. A
partir das discussões sobre o estudo dos espaços geográficos, responda
as questões a seguir.

a) Identifique (escreva o nome em cada um dos espaços) as imagens


como: lugar, espaço ou paisagem. (3,0)

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1.3 22

3- Preencha a rosa dos ventos com os pontos cardeais

4- Preencha os espaços abaixo com LO para longitude e LA para latitude.


(1,5)

( ) Compreende a distância em graus a partir da Linha do Equador.


( ) Divide o globo terrestre em dois hemisférios – leste e oeste.
( ) Divide o globo terrestre em dois hemisférios – norte e sul.
( ) É a distância em graus a partir do Meridiano de Greenwich.

5- No esquema abaixo, localize (escreva o nome) das camadas da Terra.


(1,0)

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1.3 23

Exemplo de questões
com texto
1- As Américas Central e Sul apresentam grande riqueza natural,
histórica e cultural. Assim como os demais países americanos, essas
nações são influenciadas política, econômica e culturalmente por seu
passado colonial.
Desenvolva o que é pedido sobre esses blocos continental.

Faça a divisão regional da América Central (América ístmica e


América insular). (1,0)

2- A Revolução Cubana, ocorrida em 1959, foi um movimento


guerrilheiro que derrubou o governo ditatorial de Fulgêncio Batista.
A Revolução implantou em Cuba o regime socialista e vinculou a ilha
caribenha política e economicamente à União Soviética.

Com base no texto escreva duas características da Revolução Cubana:

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1.3 24

3- Estabeleça a legenda do mapa a seguir, de


acordo com os critérios de regionalização da
América do Sul. (1,0)

America Latina

4- História para 7o ano


https://pixy.org/5902846
Michelangelo começou cedo na
arte de dissecar (abrir, recortar)
cadáveres. Tinha apenas 13 anos
quando participou das primeiras
sessões. A ligação do artista
com a medicina foi reflexo da
efervescência cultural e científica Imagem de referência
do Renascimento. A prática da pode ser utilizada ou-
dissecação, que se encontrava dormente havia tro tipo de imagem:
1.400 anos, foi retomada e exerceu influência A imagem é uma intro-
decisiva sobre a arte que então se produzia. dução ao aluno sobre o
tema a ser trabalhado.
a) EXPLIQUE como a dissecação de cadáveres,
mencionada no texto, influenciou as artes plásticas
no contexto do Renascimento.

b) IDENTIFIQUE, na imagem acima, duas características da arte


renascentista.

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1.4 25

Orientações de aulas em outros Idiomas

Inglês, Espanhol e
outros idiomas
Os instrumentos avaliativos que devem ser repensados
e as escolhas avaliativas devem ser cuidadosamente
construídas. O grau de disfunção de cada aluno e de
interesse dele pela matéria é a chave para que haja
comprometimento do aluno com a matéria.

Uma flexibilização
curricular ou eventual
dispensa da disciplina deve
ser discutidos com o aluno e
seus pais para evitar prejuízos em
sua autoestima e evolução.

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1.4 26

Em provas escritas, de caráter operatório, contendo


questões objetivas e/ou dissertativas, realizadas indivi-
dualmente e/ou em grupo, sem ou com consulta (resumo
ou Mapa Mental).
Alguns professores podem pensar que perguntas
objetivas são as diretas, porém quando o aluno está no
Fundamental II não é possível fazer uma questão direta
para determinados conteúdos.

Portanto usar o verbo definir é um bom recurso, pois delimita o assunto


e a ação de resposta. Se a questão for “Fale sobre Fungos”, o aluno terá
muitos problemas para organizar esta resposta. Será necessário colocar
os aspectos considerados importantes para que a aprendizagem dele
seja verificada.

Em provas exclusivamente com textos, sobretudo textos


longos, não devem ser aplicados e faz-se necessário, se for
o caso, de aplicar mesclar com questões que apresentem
alternativas (2 ou 3 no máximo) para serem diretas.
Demarcando o parágrafo que sinaliza a resposta e em
seguida indicado a pergunta com marcadores diretos.

Uma observação relevante para professores é que nem sempre estes


alunos tiveram um treinamento com questões / respostas com alterna-
tivas e como o hábito do comportamento atual é conduzir pelo acerto
e erro eles ”chutam“ em vez de pensar.

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1.4 27

Exemplos de provas e
avaliações adaptadas
A Larissa anda bem chateada e preocupada com seu retorno à escola. Ela tem oito anos
e um problema: o cabelo dela é crespo, muito crespo –"horroroso!", diz ela , e a mãe não a
deixa fazer "chapinha" para ficar com os cabelos lisos como a maioria das colegas.

1- Questão objetiva: Perguntas que estabelecem consignas de

Qual é o problema que RELAÇÕES, devem ser repensadas para aplicar,

Larissa pensa em ter? pois confundem o conceito aplicado e a ten-


dência é errar pela dificuldade de estabelecer
relações de comparações entre dois conceitos.

Mais exemplos
1- A sobrevivência humana na Terra e o desenvolvimento dos diversos
setores da economia dependem da disponibilidade dos recursos
naturais. Relacione esses temas para responder questões a seguir:

a) O que são recursos naturais?


b) Como eles estão classificados?

2- O ser humano utiliza diversos recursos naturais como fonte de energia.


Classifique as fontes de energia com R (RENOVÁVEIS)
NR (NÃO RENOVÁVEIS)

( ) Energia Nuclear. ( ) Gás natural.


( ) Termeletricidade. ( ) Energia Eólica
( ) Gás natural.

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1.4 28

3- Exemplo de prova adaptada de geografia 6º ano:

Esta prova foi reformulada na fonte, espaçamento,


e a pergunta c) dividida em duas partes.

b) O ser humano utiliza diversos recursos naturais como fonte de


energia. Classifique as fontes de energia abaixo com R para renováveis
e NR para não renováveis. (0,5)
( ) Energia Nuclear
( ) Termeletricidade
( ) Gás natural
( ) Energia eólica

c) Classifique cada uma das imagens abaixo e apresente todas as


características de cada um dos setores da produção. (2.0)

(Prova de Geografia 6o ano) VOLTAR AO ÍNDICE


1.4 29

Exemplo de
prova comum

O efeito de humor foi um recurso utilizado pelo autor da tirinha para


mostrar que o pai de Mafalda:
a) revelou desinteresse na leitura do dicionário.
b) tentava ler um dicionário, que é uma obra muito extensa.
c) causou surpresa em sua filha, ao se dedicar à leitura de um livro tão
grande.
d) queria consultar o dicionário para tirar uma dúvida, e não ler o livro,
como sua filha pensava.
e) demonstrou que a leitura do dicionário o desagradou bastante, fato
que decepcionou muito sua filha.

Exemplo de
prova adaptada

Veja o humor da tirinha e responda:


a) Mafalda pensou que o pai não ia conseguir terminar de ler um livro
tão grosso
b) Mafalda não conhece dicionários.
c) Mafalda não se interessa por leitura

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1.4 30

Oirentações importantes
Para as perguntas:
Devem ser de ordem diretas, quanto menos informação de lin-
guagem melhor compreensão.

Utilize uma única fonte, simples, em toda a prova (prefe-


rencialmente “Arial 12”):
Evite misturas de fontes e de tamanhos, sobretudo
as manuscritas, as itálicas e as rebuscadas) e com
espaçamento de 1, 5. Os parágrafos devem ter um espaço
de 2,0 entre os intervalos.

As letras de forma são mais delineadas, por isso a mente


tem mais facilidade para fotografá-las e armazená-las.”
Buzan, 2009

Utilizar apenas uma face da folha:


Frente e verso dificulta a busca da informação.

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1.4 31

Dê preferência a avaliações orais:


Através das quais, em tom de conversa, o aluno tenha a
oportunidade de dizer o que sabe sobre o (s) assunto (s)
em questão;
Repense na indicação dos livros paradidáticos para
esses alunos. Quando necessário, proponha outras expe-
riências que possam contribuir para o alcance dos obje-
tivos previstos: assistir a um filme, a um documentário,
a uma peça de teatro; visitar um museu, um laboratório
ou uma instituição; recorrer a versões em quadrinhos,
em animações, em programas de informática; vídeos no
Youtube; Blogs, etc.
Sempre lembrando que o aluno deve fornecer ao
professor algum retorno da atividade executada.

Quando precisar usar um determinado texto:


Subdivida o texto original em partes (não mais do que
cinco ou seis linhas cada uma);
Fracione um texto complexo, do qual decorre uma
questão complexa, em “pequenos” textos acompanha-
dos de suas respectivas questões;
Recorra a símbolos, sinais, gráficos, desenhos, mo-
delos, esquemas e assemelhados, que possam fazer refe-
rência aos conceitos trabalhados;

Não utilize textos científicos ou literários (os poéticos), que sejam densos, carre-
gados de terminologia específica, de simbolismos, de eufemismos, de vocábulos
com múltiplas conotações, para que o aluno os interprete exclusivamente a par-
tir da leitura. Nesse caso, recorra ao discurso oral, apoiados na palavra-chave.

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1.4 32

Leia a prova em voz alta e, antes de iniciá-la:


Verifique se o aluno entendeu o que foi perguntado, se
compreendeu o que se espera que seja feito (o que e
como);

Uso do destaque colorido ou negrito: Destaque o advér-


bio da questão e o verbo (ação que o aluno precisa exe-
cutar ou buscar).

A cor é uma das mais poderosas ferramentas


para intensificarmos a memória e a criativida-
de.” Buzan, 2009

Não registre a nota sem antes retomar a prova:


Verificar, oralmente, o que quis dizer com o que escreveu;
Pesquisar, principalmente, sobre a natureza do (s) erro (s)
cometido (s): ex.: Não entendeu o que leu e por isso não
respondeu corretamente ao solicitado? Leu, entendeu,
mas não soube aplicar o conceito ou a fórmula? Aplicou
o conceito (ou a fórmula) mas desenvolveu o raciocínio
de maneira errada?
Em outras palavras: em que errou e por que errou?

Somente a aplique se entender que terá realmente condições de revelar seu


aproveitamento através dela. Caso contrário, por que aplicá-la?

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1.4 33

Antes de iniciar a aula:


Ative o conhecimento prévio do conteúdo a ser trabalhado.

Produções de textos, justificativas, explicações, reflexões


de Análises críticas; devem ser utilizados como compo-
nentes de metacognição (recursos de ativar conheci-
mento prévio do assunto trabalhado).
Ex; Banco de palavras, Círculo Conceitual dos
conteúdos acadêmicos, Mapa Mental, Checklist e
Fluxograma de informações.
Dessa forma, o aluno terá recursos de apoio para
descrever com melhor propriedade o tema gerado. Se o
aluno utilizar este recurso de apoio, podemos oferecer
maiores chance de compreensão nas consignas pedidas.
Nos casos em que ele não é capaz de copiar por
motivos pessoais pode ser auxiliado por outros colegas
nas construções destes materiais, pois são muito ricos
para o estudo das provas.

PARA AJUDAR
“Faça associações! Use sempre:
SETAS – para guiar os olhos e fazer conexões
CORES – para melhorar a memória, intensificar a criatividade e res-
gatar mais lembranças
CÓDIGOS – como asteriscos, cruzes, triângulos e sublinhados, que
podem funcionar como atalhos, criando associações por todo
mapa mental” Toni Buzan, 2009

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1.4 34

Trabalhos em GRUPO:
e a possibilidade do aluno escolher as atividades nas quais quer
participar são elementos que despertam o interesse e a motivação.
É preciso ter em vista que cada aluno aprende no seu tempo e
que as estratégias deverão respeitar a individualidade e especifi-
cidade de cada um.

Dar aos alunos a oportunidade de tomar decisões sobre


o planejamento do trabalho acadêmico, apresentando
algumas atividades e 5 maneiras como tais atividades
podem ser realizadas e deixando que os alunos escolham
entre as opções apresentadas: Mapa Mental, resumo,
apresentação oral de breve seminário, aula em formato
Youtuber.

Provas ou
atividades
avaliativas
com consulta:
Modelo de
Mapa mental
para apoio.

Mapa mental é uma estratégia para organização visual


das ideias, por meio de palavras-chave, cores, imagens,
símbolos e figuras.” Moura, 2015

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1.4 35

ATENÇÃO

Facilitar a compreensão dos enunciados utilizando um menor nú-


mero de palavras sem necessariamente comprometer o conteúdo.

Empregar questões de associações (Cuidado com este tipo de ques-


tão) apenas de um único assunto em cada questão e redigir cuidado-
samente os itens para que o aluno não se atrapalhe com os mesmos.

Provas escritas:
De caráter operatório, contendo questões objetivas e/ou dissertati-
vas, realizadas individualmente e/ou em grupo, sem ou com consulta.

Provas exclusivamente com textos:


Sobretudo textos longos, não devem ser aplicadas. Mesclar com
questões que apresentem alternativas (2 ou 3) para serem diretas.
Demarcando o parágrafo que sinaliza a resposta e em seguida indi-
cando a pergunta com marcadores diretos.

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1.4 36

Mapeamento (Educação Infantil e Fundamental I):


É uma forma mais visual e criativa de fazer anotações. Você pode
desenhar suas anotações em vez de escrever frases em um formato
linear.
Escreva o assunto principal da aula no centro de um pedaço de pa-
pel. Toda vez que o professor fizer um novo conceito ou informação,
escreva ao redor do tópico central. Desenhe linhas para conectar
ideias diferentes.
O desenho pode substituir a palavra.

Para o cérebro humano, é mui-


to mais fácil resgatar memórias
de imagens do que de palavras.
É por isso que, em um mapa
mental, a ideia central é repre-
sentada por uma imagem. Usar
imagens em diversos lugares do
seu mapa mental também é im-
portante.” Tony Buzan,2009

Exemplo de mapeamento

Bloco de Notas para conteúdos programáticos:


Com objetivo de organizar as informações dos conteúdos das disci-
plinas trabalhadas dentro da proposta acadêmica. O professor pode
criar um bloco de notas para cada semana de sua matéria em que
fiquem escritas as aquisições da semana e as dúvidas e dificuldades
dos alunos.

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1.5 37

Flexibilizações

De forma geral, as flexibilizações podem ser classificadas em 5


categorias:

1. Tempo;
2. Desenvolvimento das tarefas;
3. Contexto;
4. Respostas;
5. Apresentação do conteúdo.

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1.5 38

Tempo
Facilitações relacionadas ao tempo podem incluir várias flexibiliza-
ções. Exemplo:

a) permitir mais tempo nas avaliações;

b) permitir mais tempo nas atividades em classe (que


envolvam a dificuldade em questão);

c) permitir mais tempo para entrega de trabalhos (que


envolvam a dificuldade em questão);

d) permitir intervalos frequentes (em atividades especí-


ficas ou em avaliações);

... descobriu-se que a maioria das pessoas, após 20 ou 25 minutos,


perde a capacidade de manter a atenção em assuntos que exigem
raciocínio e esforço. Assistimos a um jogo de futel por 45 minutos sem
perder a concentração. Mas com os estudos é diferente. A atenção
exigida é muito maior e a cabeça se cansa, se embaralha. Precisamos
de alguns minutos de descanso para depois retomar os estudos, ou
mesmo para acompanhar a aula.” Moura, 2015

e) permitir mais tempo no empréstimo de livros da bi-


blioteca. Aos alunos iniciantes do Fundamental lI ( 6o
ano) organizar o tempo das atividades, precisa ser auxi-
liado, a fim de que o aluno entenda as sequências pro-
postas, as regras da dinâmica da sala, para que não se
perca nos materiais, troca de professores entre outras
atividades. Fazer uma legenda no quadro com o tempo
que o professor vai desenvolver a aula e tudo que está
programado.

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1.5 39

Desenvolvimento das tarefas


Incluir alterações na forma como as atividades são desenvolvidas.
Exemplo:

a) permitir que o aluno grave a aula em áudio (para


dificuldades de atenção, memória ou compreensão);

b) oferecer algum tipo de organizador da informação


durante a aula (esquema impresso, por exemplo);

c) permitir uso de calculadora;

d) evitar atividades de cópia da lousa. Se necessário:


dividir o quadro em partes, numerá-los, usar cores
diferentes nas linhas ou parágrafos;

e) fornece feedback constante e sempre promover a


autoestima dos alunos.

A piadinha que o professor solta no meio da aula


permite ao aluno descansar sua cabeça!” Moura, 2015

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1.5 40

Contexto
Refere-se a modificações no ambiente do aluno. Exemplo:

a) fazer prova em uma sala separada, lembrando que o


aluno precisa concordar com isso.

b) sugerir assistência de um adulto

c) diminuir estímulos distratores visuais ou auditivos;

d) incentivar uso de agendas e outros tipos de registros

Respostas
Flexibilizar a forma do aluno responder ao que é solicitado.
Exemplo:

a) Permitir respostas orais ou de outro tipo


b) Disponibilizar um ‘escriba’ para escrever as questões
ditadas pelo aluno;
c) Permitir gravador para gravar as respostas orais do
aluno;
d) Permitir uso de computador com corretor ortográfico;
e) Oferecer espaço quadriculado, ao invés de espaço
em branco, para resolução de problemas que envolvam
cálculos;
f) Oferecer linhas mais espaçadas;
g) Encorajar diferentes formas de solução de problemas.

VOLTAR AO ÍNDICE
1.5 41

Apresentação do conteúdo
Apresentar o material aos alunos de uma forma diferente da
tradicional;
Incluir mudanças de forma e de organização do conteúdo.

Exemplos de mudanças de forma:

a) fornecer livros falados ou vídeos;


b) apresentar as instruções oralmente;
c) apresentar o material com letras maiores;
d) diminuir o número de itens por página ou por linha;
e) usar indicadores visuais, como desenhos, esquemas,
cores diferentes.

Exemplos de mudanças de organização do conteúdo:

a) Apresentar novas ideias ou conceitos explicitamente;


b) Fornecer sumário do novo tópico antes de iniciar a
matéria (pode ser na aula anterior, para os alunos lerem
em casa);
c) Deixar claro quais são os objetivos e alvos de cada ca-
pítulo da matéria: informação essencial e complementar;
d) Fornecer sumário das informações principais;
e) Listar os fatos principais de um conteúdo e numerá-los;
f) Durante as aulas e nas avaliações: evitar frases dema-
siadamente longas (faladas e escritas);
g) Dar instruções passo a passo;
h) Quebrar tarefas em partes menores;
i) Incentivar revisões frequentes do conteúdo.

VOLTAR AO ÍNDICE
1.5 42

Buscar ensino multissensorial e variedade dos formatos das atividades: ouvir, ver
(texto, figuras, desenhos, diagramas), fazer (texto, diagrama, esquemas, cartões),
conversar com colegas, realizar apresentações orais.

Exemplo de pequeno texto informativo:


Várias questões podem ser retiradas e ele mesmo pode ser dividido
em etapas para facilitar as respostas do aluno. Pode ser interessan-
te construir um mapa mental com as informações.

“As baratas ajudam a reciclar a matéria orgânica que está no meio


ambiente. Para isso, elas se alimentam de restos de animais e de
fezes, decompondo esse material e, então devolvendo nutrientes ao
ambiente. Algumas espécies também consomem papel e plástico,
ajudando a diminuir a quantidade de lixo.

Além disso, as baratas servem de comida para lagartixas, aranhas,


aves, répteis e alguns mamíferos. E sabia que, se elas sumissem do
planeta, sofreríamos um desequilíbrio ecológico? A quantidade de lixo
aumentaria muito e as relações na natureza se alterariam causando a
diminuição de algumas espécies e aumento de outras.”

DICA - AVALIAÇÕES

Alguns estudantes podem não completar uma avaliação tradicional


acumulativa.
Podem progredir num caminho usando atividades tecnológicas
Podem construir um argumento convincente, através de um texto, de
uma fala, um anúncio, vídeo, e o que mais a criatividade nos permitir
Segurança: objetivos e expectativas traçadas anteriormente.

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SOLICITAÇÕES E ORIENTAÇÕES PARA
ALUNOS COM TRANSTORNO ESPECÍFICO
DA LEITURA E DA ESCRITA

SUGESTÕES COM ADAPTAÇÕES E FLEXIBILIZAÇÕES PARA


DISCIPLINAS CURRICULARES E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
44

Orientações International
Dyslexia Association (IDA)
As orientações abaixo foram consultadas e retiradas da International Dyslexia Association

1. Esclareça ou simplifique as instruções escritas.


Algumas instruções são escritas em forma de parágrafo e contêm
muitas unidades de informação. Estes podem ser esmagadores para
alguns alunos. O professor pode ajudar sublinhando ou destacando
as partes significativas das direções. Reescrevendo as instruções é
sempre útil.

2. Apresentar uma pequena quantidade de trabalho.


O professor pode selecionar páginas de livros e materiais para apre-
sentar pequenas tarefas para estudantes que estão preocupados
com a quantidade de trabalho a ser feito. Essa técnica impede que
os alunos examinem uma pasta de trabalho, texto ou material intei-
ro e se desencorajam quantidade de trabalho.

3. Bloqueie estímulos estranhos.


Se um aluno é facilmente distraído por estímulos visu-
ais em uma planilha ou página completa, uma folha de
papel em branco pode ser usada para cobrir seções da
página que não estão sendo trabalhadas no momento.
Além disso, marcadores de linha podem ser usados para
ajudar na leitura, e janelas podem ser usadas para exibir
problemas de matemática individuais. Além disso, usar
tamanhos de fonte maiores e aumentar o espaçamento
podem ajudar a separar as seções.

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45

4. Destaque informações essenciais.


Se um adolescente pode ler um livro normal, mas tem
dificuldade em encontrar informação essencial, o pro-
fessor pode marcar esta informação com uma caneta de
destaque.

5. Use um espaço reservado no material de consumo.


Em materiais consumíveis em que os alunos progridem
sequencialmente (como pastas de trabalho), o aluno pode fazer um
corte diagonal no canto inferior direito das páginas à medida que
são concluídas. Com todas as páginas preenchidas cortadas, o aluno
e o professor podem prontamente localize a próxima página que
precisa ser corrigida ou completada.

6. Forneça atividades práticas adicionais.


Alguns materiais não fornecem atividades práticas suficientes para
alunos com problemas de aprendizagem para adquirir domínio em
habilidades selecionadas. Outros oferecem demais. Regular a quan-
tidade de exercícios que beneficiam a cada aluno atípico é dever do
professor.

7. Forneça um glossário nas áreas de conteúdo.


Os alunos geralmente se beneficiam de um glossário de
termos relacionados ao conteúdo.

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46

8. Desenvolver guias de leitura.


Um guia de leitura ajuda o leitor a entender as principais ideias e
a resolver inúmeros detalhes relacionados às principais ideias. Um
guia de leitura pode ser desenvolvido parágrafo por parágrafo, pá-
gina por página ou seção por seção.

9. Use um dispositivo de gravação de áudio.


Instruções, histórias e lições específicas podem ser
gravadas. O aluno pode repetir a escuta do áudio para
esclarecer a compreensão de direções ou conceitos. Além
disso, para melhorar as habilidades de leitura, o aluno
pode ler as palavras impressas em silêncio enquanto são
apresentadas em áudio.

10. Repetir direções.


Os alunos que têm dificuldade em seguir as instruções são
frequentemente ajudados pedindo-lhes repita as instruções em
suas próprias palavras. O aluno pode repetir as instruções para
um colega quando o professor está indisponível. Se as instruções
contiverem várias etapas, fraccione as direções em subconjuntos.
Simplificar direções, apresentando apenas uma porção de cada vez
e escrevendo cada parte no quadro-negro também como afirmando
oralmente. Ao usar instruções escritas, certifique-se de que os
alunos possam ler e entender as palavras, bem como compreender
o significado das frases.

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47

11. Mantenha rotinas diárias.


Muitos alunos com problemas de aprendizagem precisam da estru-
tura das rotinas diárias para que conheçam e façam o que se espera.

12. Forneça uma cópia das notas da lição.


O professor pode dar uma cópia das notas da lição para
os alunos que têm dificuldade tomando notas durante as
apresentações.

13. Forneça aos alunos um organizador gráfico.


Um esboço, gráfico ou web em branco pode ser dado aos alunos
para preencher durante as apresentações. Isso ajuda os alunos a
ouvir informações importantes e ver as relações entre conceitos e
informações relacionadas.

14. Use instruções passo a passo.


Informações novas ou difíceis podem ser apresentadas em peque-
nos passos sequenciais. Este ajuda os alunos com conhecimento
prévio limitado que precisam de instruções explícitas ou de parte
para todo.

Escreva ponto-chave ou palavras no quadro-negro / quadro branco. Antes de uma


apresentação, o professor pode escrever novas palavras de vocabulário e pon-
to-chave na lousa / quadro branco. Use cores para diferenciar palavras chave.

Uma palavra-chave, ou frase, é aquela que representa uma imagem es-


pecífica ou um conjunto de imagens. Ela aciona a memória analítica do
cérebro esquerdo. DESENHAR uma figura cria uma imagem-chave, que
acionará sua memória visual do lado direito do cérebro.” Buzan,2009

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48

15. Use apresentações e atividades balanceadas.


Um esforço deve ser feito para equilibrar as apresentações orais
com informação visual e atividades participativas. Além disso, deve
haver um equilíbrio entre grande grupo, pequeno grupo e atividades
individuais.

16. Enfatize a revisão diária.


A revisão diária do aprendizado ou das lições anteriores
pode ajudar os alunos a se conectarem informação com
conhecimento prévio. As seguintes acomodações, envol-
vendo o modo de recepção e expressão podem ser usa-
das para melhorar o desempenho dos alunos:

17. Forneça um esboço da lição.


Um esboço permite que alguns alunos sigam a lição com sucesso e
faça notas apropriadas. Além disso, um esboço ajuda os alunos a ver
a organização do material e faça perguntas oportunas.

18. Incentivar o uso de organizadores gráficos.


Um organizador gráfico envolve organizar o material em um forma-
to visual.
Para desenvolver um organizador gráfico, o aluno pode listar o
tópico na primeira linha, coletar e dividir informações em grandes
títulos, listar todas as informações relacionadas a títulos importantes
em fichas de índice, organizar informações em áreas importantes,
coloque as informações em subcategorias apropriadas e coloque
informações no formato de organizador.

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49

19. Use dicas para denotar itens importantes.


Asteriscos ou marcadores podem denotar perguntas ou
atividades que contam fortemente em avaliação. Isso
ajuda os alunos a gastar tempo adequadamente durante
testes ou tarefas.

20. Use aprendizagem mediada por pares.


O professor pode emparelhar pares de diferentes níveis de habilidade
para revisar suas anotações, estudar para um teste, ler em voz alta um
ao outro, escrever histórias ou realizar experimentos de laboratório.
Além disso, um parceiro pode ler problemas de matemática para os
alunos com problemas de leitura para resolver.

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INFORMAÇÕES E ORIENTAÇÕES PARA
PAIS E PROFESSORES NAS HABILIDADES
MATEMÁTICAS
51

Indrodução
As habilidades matemáticas apresentam -se aliadas a alguns trans-
tornos de base, como Dislexia, Transtornos de Aprendizagem entre
outros. O transtorno da Discalculia encontra-se no DSM-V descrito
dentro dos Transtornos Específicos da Aprendizagem. Tem como cri-
térios diagnósticos as dificuldades para dominar o senso numérico,
fatos numéricos ou cálculo.

As dificuldades ocorrem em:


1. Entender números, quantidades, magnitude, relações com tempo
e espaço, desorganiza-se e não sequencializa as relações nos cálcu-
los aritméticos.
2. No raciocínio observam-se graves dificuldades em aplicar con-
ceitos, relacionar fatos, ou operações matemáticas para solucionar
problemas quantitativos. DSM-V (APA,2013)

A Discalculia do Desenvolvimento, do ponto de vista do neu-


rodesenvolvimento vem sendo vista como desordem estrutural (de
origem genética ou congênita) das partes do cérebro que são o
substrato anátomo fisiológico da maturação das habilidades mate-
máticas, sem um transtorno simultâneo das funções mentais gerais.
(iABCD).
Assim como na dislexia, há indivíduos com comorbidades asso-
ciados a atrasos no desenvolvimento, dislexia, TDAH . Clinicamente
são observadas manifestações no perfil das dificuldades de aritmé-
tica. Estudos de imagem mostram as áreas parietais e frontais como
menos ativadas em crianças com discalculia do desenvolvimento.

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52

As noções de números elementares precisam estar dominadas


quanto à habilidade léxica, à produção de novos números, nas
habilidades sintáticas, assim como as noções de ordem, tamanho,
espaço, hierarquia e cálculos com as quatro operações.

Estas descobertas precisam ser oferecidas primeiro de modo não verbal, através
de vivências significativas. Lembrando que nem sempre a significação vem igual
para todos, portanto essas vivências precisam também serem diversificadas,
uma vez que cada aluno tem seu histórico pessoal, cultural e social envolvendo
as experiências. (Rotta, Ohlwieler & Riesgo,2016)’

Nas habilidades visuoespaciais, lateralização, estimar distân-


cias e velocidade, reconhecimento de quantidades sem precisar
contar, estimar a passagem do tempo.
A atuação no mundo destes alunos vai ser sempre menos eficaz
do que os outros, sendo portanto, importante que sejam apresenta-
dos a estratégias para lidar com jogos de tabuleiros, horas, números
de telefone, fazer pagamentos e calcular troco, e organizar-se de
forma a saber lançar mão de recursos que ajudem o aluno nos mo-
mentos de insegurança.

Uma boa base estabelecida facilita o acúmulo de novos conhecimentos, que se


unem às experiências vividas no cotidiano, favorecendo um quadro de capacida-
de de resoluções alternativas.

O diagnóstico da discalculia é basicamente clínico. Testes e son-


dagens são aplicadas e verificam as áreas em que o estudante apre-
senta maiores dificuldades, onde as defasagens estão localizadas.

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3.1 53

Fundamental I

Frente a dificuldades apresentadas desde os primeiros anos escola-


res, os professores e os familiares precisam estar alertas e retomar
os conteúdos básicos da educação infantil quando os sinais de difi-
culdade começam a aparecer.

Sugestão de exemplos:
1- Estou lendo um livro.
Já li 132 páginas.
Faltam, ainda, 80 páginas para eu terminar.
O livro que estou lendo tem ……...páginas.

2- Helena comprou 3 caixas de refrigerante. Cada caixa contém 24


refrigerantes. Nessas condições, responda:
A) Quantas caixas de refrigerante ela comprou? _____
B) Quantos refrigerantes há em uma caixa? ______
C) Quantos refrigerantes Helena comprou? _______

Sugestão de materiais:

Material concreto da Montessori Jogos tabuleiro, como Senha,


Traverse, Lig 4, Dominó, Mancala,
Material dourado
Fecha o Caixa, Batalha Naval ,
Jogos envolvendo dinâmica cor- Rummikub, Hora do Rush, Sudoku
poral, de operações matemáticas entre outros.

Aplicativos e jogos da internet

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3.1 54

Ilustrando a possibilidade de uso de imagens


Pode ser solicitado que o estudante escreva as possibilidades que
acha para depois determinar a quantidade

Observando o quadro abaixo quantas são as possibilidades de escolha


de uma comida típica e uma bebida?

COMIDAS
TÍPICAS

BEBIDAS

Resposta:

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3.1 55

Sugestão de Prática de sala de aula


quando há alunos atípicos

SALA DE AULA AVALIAÇÃO

1. Iniciar aula recordando 1. questões claras e objetivas


conceitos
2. tempo
2. auxiliar na resolução de
problemas 3. quantidade

3. crie atividades que o aluno 4. avaliação oral quando


possa ter sucesso necessário

4. exploração no concreto 5. compreender a estratégia


utilizada pelo aluno e o que
5. permitir tabuada e quis transmitir
calculadora

6. ser tolerante no tempo

7. elogiar o empenho do aluno

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3.2 56

Fundamental II

Identificado o estágio em que o aluno se encontra, no processo da


aprendizagem da matemática, tanto um profissional especializa-
do ou o professor da escola deverá providenciar um Programa de
Ensino Individualizado - PEI para que o aluno possa recuperar o
conteúdo básico ainda não atingido.

Sugestões
Adaptar as quantidades nas 4 operações até que atinja
domínio pessoal.

Apresentar problemas com consignas mais objetivas.

Oferecer uma ficha de apoio para a sequência de ações


nas expressões numéricas

Facilitar o uso tabuada, permitindo que a consulte na


execução do cálculos.

Oferecer exercícios para que o aluno realize em casa


numa quantidade que não o desmotive e gradativamen-
te vá modificando o desafio.

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3.2 57

DICA
Incentive seu aluno a fazer anotações!
“Enquanto o professor fala, para anotar, mantemos um diálogo silencioso com ele.
É como se estivéssemos sempre perguntando: onde está o miolo do assunto e o que
não passa de detalhe? Como se estruturam as ideias apresentadas? Como uma se
liga à outra? É como se indagássemos ao professor quais são os pontos mais im-
portantes. ANOTAR É UM EXERCÍCIO DE SELEÇÃO DE IDEIAS, FATOS E ILUSTRAÇÕES
APRESENTADAS NA AULA” Moura, 2015

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3.2 58

Sugestões de acomodações em sala


de aula que podem ser aproveitadas
em todos os níveis

Introduzir as ideias matemáticas com objetos concretos


e ênfase em linguagem lógica relacionando-as a expres-
sões quantitativas cotidianas.

Evitar sobrecarga da memória de trabalho, designando


tarefas que estejam dentro das habilidades dominadas.

Ter um “tutor” ou “tradutor” para acompanhar o aluno


individualmente na escola e fora dela.

Certificar-se de que o aluno entendeu a matéria ensina-


da, solicitando-lhe que explique o assunto para você, em
situação individual.

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3.2 59

Construir a retenção de conteúdo com revisões constantes.

Providenciar prática supervisionada (exercícios) para


evitar que os alunos inventem práticas erradas.

Reduzir a interferência entre conceitos ou aplicações de


regras separando as oportunidades de prática de cada
um até que a discriminação entre eles seja aprendida.

Fazer a nova matéria ter sentido por meio da aplicação


de conceitos já dominados e relacionando-os aos con-
ceitos futuros.

Ajudar a visualizar os problemas por meio de desenhos


e imagens. Dar tempo extra para os alunos processar in-
formações visuais numa imagem, tabela ou gráfico.

Permitir que o aluno acompanhe seu progresso, que fa-


tos ele domina e quais conteúdos ainda precisam ser
aprendidos. (Weinstein M 2017)

Usar tabuadas que facilitem o domínio do algoritmo da


divisão com apoio visual das cores.

“A atenção é um recurso de fundamental importância para o


aprendizado, para a comunicação, para a retenção de infor-
mações na memória, para o aumento de produtividade nas
tarefas. No entanto, é um recurso limitado, e no mundo atual
torna-se cada vez mais difícil gerenciá-lo e, portanto, cada
vez mais necessário aprender como fazer isso. É importante
ressaltar que ATENÇÃO SE TREINA.” Tieppo, 2019

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GUIA DE INFORMAÇÕES E ORIENTAÇÕES
PARA PROFESSORES:
PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL
61

Introdução
O transtorno do Processamento Auditivo pode
ter um impacto negativo na experiência
escolar do seu filho, se não for diagnosticado
e também se não houver suporte eficiente.
No entanto, com um esforço conjunto
de pais, professores e fonoaudiólogos,
estratégias podem ser empregadas
para reduzir os desafios enfrentados
pela criança e aumentar suas
chances de sucesso.

Alunos com transtorno de Processamento Auditivo não conseguem


processar as informações que ouvem da mesma maneira que os
outros, porque seus ouvidos e cérebro não coordenam totalmente
as informações recebidas.

Segundo Gavin (2014), cinco principais áreas problemáticas podem


afetar os alunos com o Transtorno do Processamento Auditivo
Central:

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62

Problemas de figura-fundo auditivos: quando uma criança


não pode prestar atenção se houver ruído no fundo. Salas de aula
ruidosas e pouco estruturadas podem ser muito frustrantes.

Problemas de memória auditiva: quando uma criança tem


dificuldade em lembrar informações como instruções, listas ou ma-
teriais de estudo.

Problemas de discriminação auditiva: quando uma criança


tem dificuldade em ouvir a diferença entre palavras ou sons seme-
lhantes. Isso pode afetar as direções, a leitura e a ortografia.

Problemas de atenção auditiva: quando uma criança não


consegue manter o foco na audição por tempo suficiente para com-
pletar a tarefa ou exigência, como ouvir um professor na aula.

Problemas de coesão auditiva: quando tarefas auditivas de


nível superior são difíceis. As habilidades de coesão auditiva - extrair
inferências de conversas, compreender enigmas ou compreender
problemas verbais de matemática - exigem processamento auditivo
elevado e níveis de linguagem. Eles se desenvolvem melhor quando
todas as outras habilidades (níveis 1 a 4 acima) estão intactas.

É importante entender que o Transtorno do Processamento Auditivo


é uma questão auditiva e não um distúrbio cognitivo, de fala ou de
linguagem. O aluno pode sentir-se constrangido em informar que
ele não entendeu o que você disse ou as orientações que você deu.

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63

O diagnóstico preciso, obtido apenas através do exame de


Processamento Auditivo, favorece maiores possibilidades de orien-
tações para pais e professores, encaminhamentos mais assertivos e
condutas terapêuticas mais adequadas, minimizando o impacto do
comprometimento apresentado.
Cabe ressaltar que a avaliação do processamento auditivo
é parte do diagnóstico em casos de dificuldades e transtornos de
aprendizagem e é de fundamental importância que os resultados
sejam analisados e integrados com outras avaliações (neuropsico-
lógica, fonoaudiológica de linguagem, psicopedagógica, neuropedi-
átrica, entre outras) de acordo com os antecedentes e a queixa de
cada caso.
O Checklist a seguir direcionado ao professor, como forma de
apoio ao aluno com Transtorno do PAC visa melhorar o desempenho
da criança, fortalecer hábitos que favoreçam a atenção, desenvol-
ver práticas de estudo eficazes e empregar estratégias facilitadoras
que a criança utiliza para compen-
sar as dificuldades. Cabe ressaltar
que o Transtorno do PAC pode ser OBS: Sugere-se que após seis meses

uma dificuldade transitória. Dessa do início do tratamento, o laudo

forma, a comunicação entre fo- seja atualizado pelo profissional

noaudiólogo e professor deve ser responsável e as condutas e

estreita para que as condutas de intervenções pertinentes revisadas.

apoio sejam tomadas de acordo


com a real condição da criança.

Professor, seja dinâmico! Porque...“O cérebro não presta


atenção a coisas chatas.” Medina, 2010

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4.1 64

Orientações para professores com alunos com


alterações do Processamento Auditivo Central.

Habilidades auditivas:
Nome do aluno

Inicio do tratamento para alteração do PAC: ____/____/____


Profissional responsável:

Após seis meses do início do tratamento, o laudo deverá ser atuali-


zado pelo profissional responsável. As condutas e intervenções per-
tinentes deverão ser revisadas.

1- Quanto ao posicionamento em sala de aula e intervenções do professor:

Aluno deve ser posicionado à frente distante de ruídos (portas e janelas),


longe de colegas muito agitados e barulhentos

Atrair a atenção da criança antes de começar a falar (ex.: usar toque de


forma discreta)

Dar instruções claras e diretas

Falar de frente para os alunos

Checar a compreensão do aluno

Evitar falar de costas para a sala

Utilizar círculos conceituais/mapas mentais

Acompanhe a leitura da criança, de preferência oral, correndo o dedo sob


as letras e dando “dicas” mediante suas dificuldades

Em tarefas de elaboração oral ou gráfica, assegure-se de que ele tenha


bem organizada a noção de início, do meio e do fim, de sua história, repe-
tindo várias vezes a sequencia

Trabalhe reforçando a relação dos fonemas com as letras, mesmo que seu
método de alfabetização não siga esta linha, pois estas pistas são impor-
tantes para tais crianças

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4.1 65

2- Quanto a organização do material/ auxilio de estudo:

Realizar checagem da agenda

Em caso de lentidão, fotografar o quadro

Pré ensinamentos de informações novas - estudar o vocabulário/se familia-


rizar com o conteúdo

Gravar o conteúdo das aulas e escutar no tempo morto (no caminho da


escola, ao arrumar o quarto, aguardamos a vez numa fila, etc.)

Gravar a matéria com a própria voz/ouvir várias vezes a mesma gravação

Revisar o conteúdo em forma de vídeo (Youtube)

Estudar com fones de ouvido para abafar o som externo

3- Quanto aos instrumentos avaliativos:

Ler as questões das provas para os alunos

Dar o tempo necessário para a prova ser feita

Permitir que a prova seja feita num lugar com poucas interferências

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4.2 66

Sugestões para treino em dificuldades de


habilidades matemáticas.

As Habilidades Matemáticas constituem uma base im-


portante do desenvolvimento cognitivo do indivíduo.

Professores percebem nos estudantes não somente


dificuldade com cálculos aritméticos , mas também com
senso numérico, desenvolvimento de atividades espaciais
na operações e na escrita, memorização de fatos numéricos
básicos, endereços etc., troco , pagamentos, estimativa de
quantidades e resolução de etapas de problemas.

Faz -se necessário, que sejam apresentados ao alunos


situações bem concretas, e cujo envolvimento ocorra
em partes bem determinadas. O pensamento conjunto é
bastante irregular e é comum não levarem em conside-
ração todos os itens de uma situação de desafio.

Apresentar situações de resolução de problemas de for-


ma contextualizada à realidade do aluno, linguagem,
seu ambiente e momento de aprendizagem.

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4.2 67

Exemplos

Jogo Matrix – auxiliar em montagem de conjuntos, uso de tabelas.


App Apple – podem ser baixados gratuitamente.

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4.2 68

Uso da Tábua de Pitágoras


OBS: Servem de base para o uso da tabuada
oferecendo treino ocular de busca (rastreio)

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4.3 69

Sugestões para flexibilizações dos conteúdos

Exemplos
1 - Diminua os números utilizados em equações e au-
mente aos poucos , quando a aluna mostrar confiança.

Simplifique e resolva as equações:


a) 5x-2∙(x-7)-8-6=17
b) 4∙(3x-1)=2∙(4x+6)+4

2 - Calcule mentalmente: OBS: (deixe algum desafio para


o aluno)

Marque a alternativa correta circulando o resultado certo.


A operação: 534 + 45 / ou quantidades menores dependendo da aluna
O resultado é:
(A) 984 (B) 589 (C) 579

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4.3 70

Exemplo de divisão espacial no papel que


facilita o entendimento

3 - Para pagar as faturas de água, de telefone e de energia elétrica,


Jorge gastou, no total, R$ 196,70.
Sabendo que o valor das faturas de água e de telefone era
de R$ 48,50 e R$ 82,30
Responda:
a)Quanto Jorge gastou para pagar as faturas de
água e de telefone juntas?
a. Calcule o valor pago pela fatura de energia elétrica:

4 - CIÊNCIAS - Os vegetais apresentam várias características diferentes


dos animais a começar pela célula que forma os seus tecidos. Abaixo
temos uma figura que mostra essa célula. Dê o nome de cada uma
das partes que estão sendo apontadas por uma linha, colocando esses
nomes dentro dos retângulos amarelos. (valor = 1,0)

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4.3 71

Os surdos-mudos possuem dois tipos de


5 -AS VÁRIAS FORMAS DE linguagem. Ambas se valem de gestos das
mãos.
COMUNICAÇÃO
Não são apenas os gestos que comunicam
sem palavras.
Quando uma abelha quer contar às outras Até a maneira de uma pessoa se vestir ou
onde ela encontrou uma porção de flores, se enfeitar pode ser considerada uma forma
cheinhas de mel, executa uma espécie de de comunicação.
dança, que é a forma que ela usa para se A música é uma outra forma de
comunicar. comunicação. Ela transmite estados de
Os animais, embora não falem, têm espírito: alegria, tristeza, romantismo ou
formas sofisticadas de comunicação. entusiasmo.
As baleias, por exemplo, emitem um canto Quando a música é acompanhada de letra,
prolongado, que atravessa os oceanos. pode emitir uma mensagem específica, que
Os cães conseguem não só comunicar- vai desde as ingênuas canções infantis até
se entre si, como até mesmo comunicar-se os mais exaltados hinos patrióticos.
com seus donos. O sonho de entendimento universal está
As crianças também se comunicam, ainda longe de se realizar.
antes mesmo de saber falar, por gestos, por No entanto a busca de uma linguagem
ruídos, por expressões. que possa ser compreendida por todos é
O adulto, mesmo sabendo falar, também constante.
se comunica por gestos. O gesto de levantar Hoje, em todas as cidades do mundo,
ou abaixar o polegar é compreendido por encontramos sinais de trânsito, avisos que
todos, desde o tempo dos romanos. O aceno proíbem o fumo, indicações para toaletes
de quem vai embora, o sorriso, o abanar da masculinos ou femininos, praticamente
cabeça, para dizer sim ou não, são formas iguais.
de comunicação que dispensam a palavra, Adaptado de: Ruth Rocha & Otávio Roth. O livro dos
embora variem de significação, de um povo gestos e dos símbolos, São Paulo, Melhoramentos.
para outro.

1 - Responda as questões abaixo:

• De acordo com o texto, podemos afirmar que apenas os seres


humanos se comunicam? Justifique sua resposta com uma frase do
texto.
• Quais os animais citados no texto que conseguem se comunicar?
• Como os cães podem se comunicar com seus donos?
• O que significam os gestos de levantar e abaixar o polegar na nossa
sociedade?
• Que tipo de linguagem ocorre nesse texto: verbal ou não verbal?
• Formal ou informal

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4.3 72

Com este guião de adaptações escolares, esperamos contribuir para


o apoio e desenvolvimento de crianças que sofrem com quaisquer
dificuldades de aprendizagem. Por fim, sugere-se que todas as eta-
pas e atividades sejam acompanhadas pelas frases motivadoras
selecionadas abaixo, as quais são de grande importância, pois im-
primem nas crianças senso de capacidade de valor inestimável, va-
lidado a partir dos bons relacionamentos e sentimentos positivos no
processo de desenvolvimento e aprendizagem.

Frase motivadora Efeito


– Você foi capaz de fazê-lo – Sou capaz
– Muito bem. Eu sei que conseguirá – Sou capaz
– Não duvido da sua boa intenção – Sou bom
– João tem um alto conceito de você – João é meu amigo
– Se precisar de alguma coisa é só pedir – Amigo
– Sei que você fez sem querer – Não o repetirei
– Estou muito orgulhoso de você – Satisfação
– Você sabe que eu te amo muito – Sou amado e querido
– Eu sei que você é bom – Sou bom
– Te parabenizo pelo que você tem feito – Alegria, vontade de melhorar
– Que surpresa tão boa você me deu – Alegria
– Quando precisar de mim, eu te ajudarei – Amor e camaradagem
– Assim eu gosto, você fez muito bem – Satisfação
– Noto que cada dia você é e está melhor – Vontade de ser ainda melhor
– Acredito que tudo o que você me diz, você fará – Confiança
– Você sabe que eu quero o melhor para você – Amor e confiança
– Você merece o melhor – Satisfação
– Não esperava menos de você – Confia em mim
– Você pode chegar onde quiser – Posso fazê-lo
– Com certeza que as próximas notas serão melhores – Estudar mais

(Artigo de Pablo Garrido. Professor do Instituto Europeu de Estudos da Educação)


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73

Comemore cada conquista,


cada ciclo vencido. Nos estudos,
acompanhe o desenvolvimento
do seu aluno. Esta é uma maneira
de valorizarmos seu esforço e
mostrar que está sendo útil.
Esta ação o mantém motivado
e pronto para seguir em frente!”
Cury,2018

VOLTAR AO ÍNDICE
74

Referências Bibliográficas consultadas


Bello, S. F., Machado, A. C., & Almeida, M. A. (2012). Parceria colaborativa entre
fonoaudiólogo e professor: análise dos diários reflexivos. Revista
Psicopedagogia, 29(88), 46-54. Recuperado em 30 de abril de 2019,
de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pi-
d=S0103-84862012000100007&lng=pt&tlng=pt.

Moojen, S (1999). Dificuldades x Transtornos de Aprendizagem. In E. Rubstein(org)


Psicopedagogia: Uma prática e diferentes estilos. SPaulo . Casa do
Psicólogo

OMS Organização Mundial de Saúde. (1993) Classificação de Transtornos Mentais e


de Comportamento - CID 10. Porto Alegre Artes Médicas.

Pereira,R.S.& Melo,D. B.(2018). Manual de Adaptação das Provas para Dislexia. Ed.
Qualconsoante Ltda. ViseuPortugal

Russo,RMT (2015). Neuropsicopedagogia Clínica Introdução e Conceitos Teoria e


Prática Juruá Ed Curitiba

Silva,V.A. (2009)Por que é Para Que Aprender Matemática? a relação com a mate-
mática dos alunos das séries iniciais. Cortez Ed. São Paulo pp196

Rotta, N.T. Ohlweiler, L, & Riesgo, R.S. (2016) Transtornos da Aprendizagem aborda-
gem neurobiológica e multidisciplinar. 2a edição Artmed Porto Alegre
capítulo 14.

Weinstein, M.A. (2017) Transtorno Específico das Habilidades Matemáticas e


Discalculia do Desenvolvimento. Instituto ABCD. Revista Educação.
Edição 241 Capítulo Neurociência ajuda a ensinar Matemática.

Gabanini, A et al (2017) Habilidades Matemáticas: o que são, como avaliar e como


melhorar . Módulo 6. Programa Todos Aprendem-Professores . i ABCD.
www.institutoABC

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AUTORAS

Aliaska P. Aguiar
Avaliação, Diagnóstico e Intervenção em Linguagem Psicopedagogia
Institucional, Assessoria e Consultoria Educacional, Mestre em Saúde da
Comunicação Humana- FCMSCSP, Doutoranda em Estudos da Criança-
Especialidade Saúde Infantil – Universidade do Minho- Braga – Portugal
CV: http://lattes.cnpq.br/4951424288283475

Gloria Maria B. Ferraz


Pedagoga pela Unicamp com habilitação em Orientação Educacional
e Magistério nos Ensinos de 1º e 2° grau. Mestrado na Faculdade de
Ciências Médicas da Unicamp na Neurologia Infantil. Pós graduanda em
Psicomotricidade, Neuro aprendizagem e Cognição – Instituto Saber.

Vaníssia Vendruscolo
Fonoaudióloga, Especialista em Audiologia Clínica pela Santa Casa de
SP, Mestranda em Ciências da Educação pela Universidade do Minho
– Braga/Portugal. Fundadora da empresa PAC Online – treinamento
auditivo cognitivo. Fonoaudióloga clínica em SP. Propierária da empresa
Audiológic – avaliação e reabilitação auditiva.
CV: http://lattes.cnpq.br/4941994462408770

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