C.Rn_022449

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 10

CÁLCULO INTEGRAL

EM Rn
RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS QUE ENVOLVEM INTEGRAIS

ROSA MANJATE
UNISCED MAPUTO
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE LINCECIATURA EM ENSINO DE MATEMÁTICA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

CÁLCULO INTEGRAL EM ℝ𝒏
RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS QUE ENVOLVEM INTEGRAIS

NOME DA ESTUDANTE: ROSA MANUEL MANJATE


CÓDIGO: 21231281

MAPUTO, OUTUBRO DE 2024


Índice
Introdução ......................................................................................................................... 3
Objectivo geral .............................................................................................................. 3
Objectivo específico ..................................................................................................... 3
Condição necessária para que haja integrabilidade de uma função .............................. 4
Resolução de integrais duplas ....................................................................................... 4
Cálculo de volume usando integrais ................................................................................. 5
Resolução de integrais triplas (iterada) ............................................................................ 5
Aplicações das integrais no dia-a-dia ............................................................................... 6
Conclusão ......................................................................................................................... 8
Referência bibliográfica ................................................................................................... 9
INTRODUÇÃO

Neste presente trabalho vou abordar sobre a importância das integrais no nosso dia–a–
dia, bem como demonstrar a resolução de integrais duplas, triplas.
As integrais duplas e triplas são ferramentas para a determinação de áreas, volumes e
outras quantidades geométricas e físicas.
Este trabalho explorara integrais em Rn, focando em cálculos específicos e em
aplicações praticas.

OBJECTIVO GERAL

 Aplicar o conceito de integrais em múltiplas variáveis, enfatizando suas


aplicações e cálculos.

OBJECTIVO ESPECÍFICO

 Definir formalmente o conceito de integrais.


 Resolver exercícios de integrais duplas
 Explorar aplicações de integrais em contextos do dia-a-dia.
 Determinar volumes de sólidos através de integrais.
 CONDIÇÃO NECESSÁRIA PARA QUE HAJA
INTEGRABILIDADE DE UMA FUNÇÃO

1. Uma condição suficiente para a integrabilidade de uma função sobre um


conjunto limitado é que a função seja contínua.

Dizemos que f é integrável segundo RIEMANN, se:


𝑏 𝑏
∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑘, essa condição é suficiente para a integrabilidade
de f no sentido de Rieman, pois garante que que as aproximações inferiores e
superiores das somas de Rieman convergem para o mesmo valor.

O teorema de LEBESGUE, defende que: uma função limitada 𝑓: 𝐴 ⊂ 𝑅 𝑛 ⟶ 𝑅,


definida em conjunto limitado é integrável no sentido de Riemann se e somente
se ela é contínua quase em toda parte em A.

Exemplo: se 𝑓(𝑥) = 𝑐(𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒), 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝑥 ∈ (𝑎, 𝑏), então f é integrável e


𝑏
∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑐(𝑏 − 𝑎).

 RESOLUÇÃO DE INTEGRAIS DUPLAS

2. Cálculo
1 2 2 2 𝑥2 𝑦2𝑥 2 2 22 𝑦 2 𝑥2𝑦2
a) ∫−1 ∫0 𝑥𝑦 2 𝑑𝑥𝑑𝑦 ↔ 𝑦 2 ∫0 𝑥𝑑𝑥 = 𝑦 2 ∫0 2
= 2
∫0 = 2
− 2
= 2𝑦 2

1 1 𝑦3 2𝑦 3 1 2.13 2.(−1)3 4
∫−1 2𝑦 2 𝑑𝑦 = 2 ∫−1 3
𝑑𝑦 = ∫
3 −1
= 3
− 3
=3

2 1 1 1 𝑦3 𝑥𝑦 3 1 𝑥.13 (−1)3 2𝑥
b) ∫0 ∫−1 𝑥𝑦 2 𝑑𝑦𝑑𝑥 = 𝑥 ∫−1 𝑦 2 𝑑𝑦 = 𝑥 ∫−1 = ∫−1 = − =
3 3 3 3 3

2
2𝑥 2 2 𝑥2 2 𝑥 2 2 1𝑥 2 4
∫ 𝑑𝑥 = ∫ 𝑑𝑥 = . ∫ = =
0 3 3 0 2 3 2 0 3 3

3. Para resolver a integral dupla ∬(𝑥 + 𝑦), 𝑑𝑥𝑑𝑦 vamos integrar x+y primeiro em
relação R a x e depois em relação a y
1 2 2 𝑥2 2 22 12
∫0 ∫1 (𝑥 + 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦, em relação a X temos: ∫1 (𝑥 + 𝑦) 𝑑𝑥 = 2
+ 𝑦𝑥 ∫1 = 2
+ 𝑦. 2 − 2
+
𝑦. 1
1 3
↔ 𝑦+2− = 𝑦+
2 2
1 3 3𝑦 𝑦2 1 3 12 3 02
Em relação a Y temos: ∫0 (𝑦 + 2) 𝑑𝑦 = 2
+ ∫
2 0
= 2.1 + 2
− 2.0 + 2
=2

Portanto o valor da integral dupla é ∬(𝑥 + 𝑦), 𝑑𝑥𝑑𝑦 = 2


4.

CÁLCULO DE VOLUME USANDO INTEGRAIS

5. Para determinar o volume do solido, primeiro achamos os pontos de intercessão


das curvas 𝑦 = 2𝑥 𝑒 𝑦 = 𝑥 2 .
Igualando as equações teremos: 𝑥 2 = 2𝑥 ↔ 𝑥 2 − 2𝑥 = 0), portanto os pontos de
interseção são (0,0) e (2,4).

O volume é dado pela integral dupla 𝑉 = ∬𝐷 𝑥 2 + 𝑦 2 𝑑𝐴 onde D, é a região limitada


pelas curvas.
2 2𝑥
Integrando em relação a y primeiro temos: 𝑉 = ∫0 ∫𝑥 2 (𝑥 2 + 𝑦 2 )𝑑𝑦𝑑𝑥
2𝑥 2
𝑦 3 2𝑥
∫ (𝑥 2 + 𝑦 2 )𝑑𝑦𝑑𝑥 ↔ 𝑉 = ∫ 𝑦𝑥 2 + ∫ 𝑑𝑥
𝑥2 0 3 𝑥2
2
8𝑥 3 𝑥6 5𝑥 4 2𝑥 5 𝑥 7 2 80
𝑉 = ∫ (2𝑥 3 + − 𝑥4 − ) ↔ 𝑉 = + − ∫ ↔𝑉=
0 3 3 2 3 21 0 3
80
Portanto o volume do sólido é 3

RESOLUÇÃO DE INTEGRAIS TRIPLAS (Iterada)

2 𝑧3 𝑦−𝑧
6. 𝑎) ∫0 ∫0 ∫0 (2𝑥 − 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧

 Integrar em relação a x
𝑦−𝑧 𝑦−𝑧
∫ (2𝑥 − 𝑦)𝑑𝑥 = ∫ 2𝑥𝑑𝑥 − ∫ 𝑦𝑑𝑥 = 𝑥 2 − 𝑥𝑦 ∫ = (𝑦 − 𝑧)2 − (𝑦 − 𝑧)𝑦 − (02 − 0𝑦)
0 0

= −𝑦𝑧 + 𝑧 2

 Integrar em relação a y
𝑧3 3
𝑦2𝑧 𝑦2𝑧 𝑧
∫ (−𝑦𝑧 + 𝑧 2 )𝑑𝑦 = − ∫(𝑦𝑧)𝑑𝑦 + ∫ 𝑧 2 𝑑𝑦 = − + 𝑦𝑧 2 = (− + 𝑦𝑧 2 ) ∫ =
0 2 2 0

−(𝑧 3 )2 . 𝑧 𝑧7
= + 𝑧3. 𝑧2 − 0 = − + 𝑧5
2 2
 Integrar em relação a z
2
𝑧7 5
𝑧7 5
𝑧8 𝑧6 2 28 26 16
∫ − + 𝑧 𝑑𝑧 = − ∫ 𝑑𝑧 + ∫ 𝑧 𝑑𝑧 = − + ∫ = (− + ) − 0 = −
0 2 2 16 6 0 16 6 3
2 𝑧3 𝑦−𝑧 16
Portanto a integral tripla ∫0 ∫0 ∫0 (2𝑥 − 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧 = − 3

1 2𝑥 𝑦
b) ∫0 ∫𝑥 ∫0 (2𝑥𝑦𝑧)𝑑𝑧𝑑𝑦𝑑𝑥

 Integrar em relação a z
𝑦 𝑦
𝑧2 𝑦 𝑦
∫ (2𝑥𝑦𝑧)𝑑𝑧 = 2𝑥𝑦 ∫ 𝑧𝑑𝑧 = 2𝑥𝑦. ∫ = 𝑥𝑦𝑧 2 ∫ = 𝑥𝑦. 𝑦 2 − 0 = 𝑥𝑦 3
0 0 2 0 0

 Integrar em relação a y
2𝑥 2𝑥
3
𝑥𝑦 4 2𝑥 𝑥. (2𝑥)2 𝑥. 𝑥 4 𝑥. 16𝑥 4 𝑥 5 15𝑥 5
3
∫ 𝑥𝑦 𝑑𝑦 = 𝑥 ∫ 𝑦 𝑑𝑦 = ∫ = − = − =
𝑥 𝑥 4 𝑥 4 4 4 4 4

 Integrar em relação a x
1
15𝑥 5 15 1 𝑥 6 15 𝑥 6 15𝑥 6 1 15 5
∫ 𝑑𝑥 = ∫ = . = ∫ = −0=
0 4 4 0 6 4 6 24 0 24 8
1 2𝑥 𝑦 5
Portanto a integral tripla ∫0 ∫𝑥 ∫0 (2𝑥𝑦𝑧)𝑑𝑧𝑑𝑦𝑑𝑥 =
8

7. Aplicações das integrais no dia-a-dia

A aplicação de integrais é fundamental em diversos aspectos do cotidiano,


especialmente em áreas como física, engenharia, economia e biologia, onde há
necessidade de modelar fenômenos contínuos.

Integrais na Física e Engenharia


Conforme discutido por Azenha e Jerónimo (1995) e Beirão (1992), as integrais são
amplamente utilizadas na física para calcular grandezas como área, volume, trabalho e
energia. Por exemplo, o cálculo do trabalho necessário para deslocar um objeto em um
campo de força exige a integração da força ao longo do percurso. Na engenharia,
integrais são aplicadas para determinar volumes de sólidos de revolução e o centro de
massa de objetos de diferentes formas, o que é essencial em projetos de construção e
manufatura.
Integrais na Economia
Em economia, as integrais ajudam a modelar funções de custo e receita, analisando o
comportamento de variáveis ao longo do tempo. Stewart (2006) exemplifica o uso de
integrais na análise de funções de oferta e demanda, onde se calcula o excedente do
consumidor e do produtor integrando as funções correspondentes. Essas aplicações
auxiliam na tomada de decisões e previsões de mercado.

Integrais na Biologia e Estatística


Piskounov (1979) e Demidovitch (1979) destacam que na biologia, integrais são
aplicadas no estudo de crescimento populacional e em modelos de distribuição de
espécies, permitindo a modelagem do comportamento de populações ao longo do
tempo. Em estatística, integrais são essenciais para calcular probabilidades de eventos
contínuos em distribuições, especialmente na análise de funções densidade de
probabilidade, proporcionando previsões mais precisas.
Conclusão

Na realização do trabalho, exploramos a teoria e a pratica do cálculo de integrais, com


aplicações em diferentes contextos. Na descrição das aplicações das integrais no dia-a-
dia pudemos perceber que a integração é uma ferramenta que, além de descrever
processos naturais e tecnológicos, fornece uma linguagem matemática robusta para
compreender fenômenos que envolvem acumulação e variação contínua.
Os exercícios resolvidos demonstram a utilidade de interais para a determinação de
áreas e volumes, além de destacar como essas ferramentas matemáticas podem ser
aplicadas.
Referência bibliográfica
1. Rudin,W.(1987). Real and Complex Analysis. McGraw-Hill. (Capítulo sobre
integração de Lebesgue)
2. Royden, H. L. & Fitzpatrick,P. M (2010). Real Analysis. Person. (Capítulo
sobre integração e mediação de Lebesgue)

3. Azenha, A., & Jerónimo, M. A. (1995). Elementos de cálculo diferencial e


integral em IR e IRn. Lisboa, Portugal: McGraw Hill.

4. Beirão, J. C. R. (1992). Cálculo integral em Rn. Maputo, Moçambique: ISP.

5. Demidovitch, B. (1979). Problemas e exercícios de análise matemática.


Moscou: MIR.

6. Piskounov, K. (1979). Cálculo diferencial e integral (Vol. 1 e 2). Moscou:


MIR.

7. Stewart, J. (2006). Cálculo (Vol. 1 e 2). São Paulo, Brasil: Thomson

8. Thomas,G. B., & Fnney, R.L. (2009). Calculus and Analytic Geometry (9th
ed). New York, USA: Person.

9. Spivak, M.(2008). Calculus. Houston, USA: Publish or Perish.

Você também pode gostar