AULA 10
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AULA 10
Todo processo pode ser iniciado ou (a) de ofício, pela própria administração pública,
por portaria ou por resolução; ou b) pode se dá por provocação do interessado, por
iniciativa do cidadão, pois sempre cabe ao cidadão o direito de petição, essa petição
pode ser uma queixa, uma sugestão, um requerimento. O direito de petição exige o
direito de resposta, a administração precisa dar um retorno ao cidadão, caso contrário, o
direito de petição se reduziria a um direito de falar do cidadão.
Exemplo:
Exemplo: solicitação para retirar carteira de motorista. Inicia-se com uma petição e em
seguida, na fase instrutória: exame psicotécnico, médico, prova de legislação e prova
prática, quando a administração ver atendido todos os requisitos, ela defere o pedido de
do cidadão, mas ainda precisa executar essa concessão, ou seja, a emissão da CNH para
conferir materialidade a outorga da licença.
Exemplo: ato da defesa civil no sentido de desocupar imóvel com risco de desabar, a
materialização do ato é a desocupação da casa que pode ser forçada.
VI- RECURSO ADMINISTRATIVO
Exemplo: na esfera municipal, mesmo que chegue até o prefeito, ainda cabe recurso ao
judiciário.
Espécies:
Obs.: Na UFJF, pode-se ter essa espécie de recurso. O aluno se dirige para o professor,
para o professor da disciplina, depois para a chefia de departamento, depois para o
conselho da unidade e depois para o Congrad, depois vai para o MEC. A UFJF é uma
autarquia e o MEC é uma pessoa jurídica de direito pública distinta.
Exemplo: juiz deu sentença e depois de publica-la se arrepende da decisão por lembrar
de equívocos seus. O juiz não pode alterar. Contudo, na esfera administrativa, a
autoridade pode rever sua decisão.
Obs.: esse prazo pode variar de acordo com a legislação de cada entidade pública.
Obs.: pagamento prévio como condição para recorrer é inconstitucional. Isso não
impede que a dívida não seja constituída. Se a parte perde os juros contam desde o
início.
Súmula Vinculante 21
VII- DECADÊNCIA
VIII - PRECLUSÃO
Obs.: os prazos devem ser observados. Luciana entende que se o direito material que
estiver em risco for um direito mais relevante do que o valor protegido pela definição de
prazos, como segurança jurídica, celeridade no tramite dos processos administrativos,
poderia se ter a prática do ato mesmo depois do prazo. Exemplo: pessoa com grave
enfermidade, mesmo que se perca o prazo, não deveria perder o direito de pleitear,
assim, os prazos não seriam peremptórios, existiria uma relativização da preclusão.
A coisa julgada impede qualquer modificação, seja de ofício, seja por provocação.
Instrumento utilizado para apurar e punir possível conduta irregular de agente público
ou indivíduo a ele relacionado, contra a ordem jurídica. É conduzido por comissão de
servidores constituída para tal fim.
Cada entidade pública pode ter o seu processo administrativo disciplinar, como prazos
próprias e autoridades definidas nesse procedimento.
O artigo 142, Lei 8112/1990, estabeleceu três prazos prescricionais que variam de
acordo com a gravidade da sanção disciplinar:
Obs.: todo o PAD pode ser precedido por uma sindicância. Na sindicância também há
direito de defesa do servidor, mesmo que a sindicância não implique em sanção. Mesmo
que a lei não fale, existe direito de defesa na sindicância. A sindicância não pode punir o
servidor.
✓ Inquisitorial.
A gravidade das sanções previstas na Lei 8.429/1992 deixa claro para o operador do
direito que, em matéria de direito sancionador, deve haver um núcleo comum de
garantias, cuja aplicação não é exclusiva da seara penal.
Para Binenbojm (BINENBOJM, 2014), além das cláusulas do devido processo legal,
do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LIII, LIV e LV), destacam-se as seguintes
garantias que compõem um núcleo comum do direito sancionador: o princípio da
legalidade, sob o viés da tipicidade (arts. 5º, II e XXXIX, e 37, caput); os princípios da
segurança jurídica e da irretroatividade (art. 5º, caput, XXXIX e XL); os princípios da
culpabilidade e da pessoalidade da pena (art. 5.°, XLV); o princípio da individualização
da sanção (art. 5º, XLVI); e os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade (arts.
1º e 5º, LIV)
Nesse contexto, é preciso que o juiz, ao analisar as condutas que se imputam como
ímprobas ao sujeito ativo, verifique a ocorrência de subsunção fático descritiva à
lesividade ou tipicidade material. No caso da improbidade administrativa, a submissão
do conceito legal (tipicidade formal) à lesividade assume uma relevância muito maior,
se compararmos a casos de subsunção a crimes de previsão normativa mais fechada.
(i)a de orientação teleológica do legislador, uma vez que eles impõem balizas e dirigem
a atividade legiferante;
(i)ampla defesa;
(iii) gratuidade;
(iv) transparência;
(vi)formalismo mitigado;
(vii) isonomia;
O princípio da ampla defesa se desdobra em uma série de outros direitos básicos dos
interessados e que podem ser resumidos a:
(i) Direito de petição a todo e qualquer órgão público (art. 5º, XXXIV da
Constituição; art. 3º, III da LPA; art. 9º do Código de Defesa dos Usuários de
Serviços Públicos) (...)
(iii) Direito de produção de provas (art. 2º, parágrafo único, X e art. 3º, III da LPA).
A despeito dessas características comuns com o processo judicial, o direito
administrativo apresenta algumas peculiaridades.
(iv) Direito a permanecer calado, que é extremamente relevante para impedir que
um indivíduo venha a ser forçado a falsamente declarar aquilo que deseja a
Administração Pública.
Princípio do contraditório
(iv) Direito de acesso constante aos autos, que inclui basicamente o direito à
obtenção de vista e de cópias dos autos, bem como a certidões (art. 46).
Princípio da gratuidade
Princípio da transparência
Princípio da oficialidade
Em primeiro lugar, a isonomia exige que os agentes públicos que atuam no processo
administrativo em posição capaz de influenciar a construção da decisão guardem um
mínimo de impessoalidade em relação aos interessados. Em segundo lugar, a
despeito da estruturação usualmente bipartite do processo administrativo, a isonomia
exige que se confira idêntica possibilidade de defesa e de produção de provas aos
interessados e à Administração.
Princípio da Razoabilidade
Grosso modo, a ação estatal será razoável ao observar simultaneamente as regras (i)
da adequação, ou seja, ao mostrar-se capaz de atingir o fim público que justifica sua
prática (correlação lógica entre interesse público primário concretamente
considerado e o conteúdo do ato estatal); (ii) da necessidade, isto é, ao se confirmar
como a ação menos restritiva dos direitos fundamentais dentre as medidas
adequadas disponíveis à Administração Pública no momento da decisão e (iii) da
proporcionalidade em sentido estrito, ao revelar que os benefícios por ela gerados
superam os malefícios.