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• A análise do risco de auditoria é um processo que acompanha o auditor

ao longo de todo seu trabalho, devendo este ser conduzido, não no


sentido da sua eliminação, mas sim no sentido de reduzi-lo a níveis
aceitáveis.

O auditor não é obrigado e não pode reduzir o risco


de auditoria a zero, e, portanto, não pode obter
segurança absoluta de que as demonstrações
contábeis estão livres de distorção relevante devido
a fraude ou erro.
• O auditor deve ter segurança razoável, isso porque uma auditoria tem
limitações inerentes, e, como resultado, a maior parte das evidências de
auditoria que propiciam ao auditor obter suas conclusões e nas quais baseia
a sua opinião são persuasivas ao invés de conclusivas.
• As limitações inerentes de uma auditoria originam-se da:
✓natureza das informações contábeis;
✓natureza dos procedimentos de auditoria; e
✓necessidade de que a auditoria seja conduzida dentro de um período de
tempo razoável e a um custo razoável.
Procedimentos de avaliação de riscos são os procedimentos de
auditoria aplicados para a obtenção do entendimento da entidade e do
seu ambiente, incluindo o controle interno da entidade, para a
identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante,
independentemente se causados por fraude ou erro, nos níveis das
demonstrações contábeis e das afirmações.
• Os Procedimentos de avaliação de risco para obter evidência de auditoria a
respeito do desenho e implementação dos controles relevantes podem
incluir:
➢indagações junto ao pessoal da entidade;
➢observação da aplicação de controles específicos;
➢inspeção de documentos e relatórios;
➢rastreamento das transações por meio de sistema de informação relevante
para as demonstrações contábeis.

A indagação isolada, porém, não é suficiente


para tais propósitos.
• O auditor deve identificar e avaliar os riscos de distorção relevante:
a) no nível das demonstrações contábeis; e
b) no nível de afirmação para classes de transações, saldos de conta e
divulgações.
Afirmações são declarações da administração, explícitas ou não, que
estão incorporadas às demonstrações contábeis, utilizadas pelo auditor
para considerar os diferentes tipos de distorções potenciais que possam
ocorrer.
• Riscos de distorção relevante no nível geral da demonstração contábil
referem-se aos riscos que se relacionam de forma disseminada às
demonstrações contábeis como um todo e que afetam potencialmente
muitas afirmações.
• Riscos dessa natureza não são necessariamente riscos que possam ser
atribuídos a afirmações específicas na classe de transações, saldo de
contas ou nível de divulgação.

Riscos no nível das demonstrações contábeis podem derivar


especificamente de ambiente de controle deficiente.
Por exemplo, deficiências como a falta de competência da administração
ou falta de supervisão da elaboração das demonstrações contábeis
podem ter efeito mais disseminado sobre as demonstrações contábeis e
podem exigir uma resposta mais abrangente do auditor
• Os riscos de distorção relevante no nível da afirmação são possibilidades
de que classes de transações, saldos de contas e outras divulgações
estejam erradas.
• ELES são avaliados para que se determine a natureza, a época e a
extensão dos procedimentos adicionais de auditoria necessários para a
obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente.
• As afirmações usadas pelo auditor para considerar os diferentes
tipos de distorções potenciais que possam ocorrer podem se
enquadrar nas seguintes categorias:
a) afirmações sobre classes de transações e eventos e divulgações
relacionadas, para o período sob auditoria.
b) afirmações sobre saldos de contas e divulgações relacionadas no
fim do período.
a) afirmações sobre classes de transações e eventos e divulgações relacionadas, para o
período sob auditoria:
i) ocorrência – transações e eventos que foram registrados ou divulgados ocorreram e
tais transações e eventos são da entidade;
ii) integralidade – todas as transações e eventos que deviam ser registrados foram
registrados; e todas as divulgações relacionadas que deveriam ter sido incluídas nas
demonstrações contábeis foram incluídas;
iii) exatidão – valores e outros dados relacionados a transações e eventos registrados
foram registrados adequadamente, e respectivas divulgações foram apropriadamente
mensuradas e descritas;
iv) corte – as transações e eventos foram registrados no período contábil correto;
v) classificação – as transações e eventos foram registrados nas contas corretas;
vi) apresentação – transações e eventos estão apropriadamente agregados ou
desagregados e claramente descritos, e as respectivas divulgações são relevantes e
compreensíveis no contexto dos requisitos da estrutura de relatório financeiro
aplicável.
b) afirmações sobre saldos de contas e divulgações relacionadas no fim do período:
i) existência – ativos, passivos e elementos do patrimônio líquido existem;
ii) direitos e obrigações – a entidade detém ou controla os direitos sobre ativos e os
passivos são obrigações da entidade;
iii) integralidade – todos os ativos, passivos e patrimônio líquido que deviam ser
registrados foram registrados, e todas as divulgações relacionadas que deveriam ter
sido incluídas nas demonstrações contábeis foram incluídas;
iv) exatidão, valorização e alocação – ativos, passivos e patrimônio líquido estão
incluídos nas demonstrações contábeis nos valores apropriados e quaisquer ajustes
resultantes de valorização ou alocação estão adequadamente registrados, e as
respectivas divulgações estão apropriadamente mensuradas e descritas;
v) classificação – ativos, passivos e patrimônio líquido foram registrados nas contas
adequadas;
vi) apresentação – ativos, passivos e patrimônio líquido estão adequadamente
agregados ou desagregados e claramente descritos, e respectivas divulgações são
relevantes e compreensíveis no contexto dos requisitos da estrutura de relatório
financeiro aplicável.
• As informações obtidas na execução de procedimentos de avaliação de
riscos, inclusive as evidências de auditoria obtidas ao avaliar o desenho dos
controles e ao determinar se eles foram implementados, são utilizadas
como evidência de auditoria para apoiar a avaliação de riscos.
• A avaliação de riscos determina a natureza, a época e a extensão de
procedimentos adicionais de auditoria a serem executados.
• A relação entre o risco de auditoria e o nível estabelecido de
materialidade é inversamente proporcional, isto é, quanto maior for o
risco de auditoria, menor será o valor estabelecido como nível de
materialidade e vice-versa.

A ideia é que o auditor examine os itens que, se errados, causam um impacto maior na
situação patrimonial e financeira da empresa.
Isso permite ao auditor independente selecionar procedimentos de auditoria que,
combinados, possam reduzir o risco de auditoria a um nível aceitável, examinando os
valores considerados mais relevantes .

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