Maguito Vilela - Pronunciamento em 02_03_1999 - Senado Federal
Maguito Vilela - Pronunciamento em 02_03_1999 - Senado Federal
Maguito Vilela - Pronunciamento em 02_03_1999 - Senado Federal
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O SR. MAGUITO VILELA (PMDB-GO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, honra-me sobremaneira
assumir, pela primeira vez, a tribuna do Senado Federal. É realmente um privilégio ter a oportunidade de discursar de uma tribuna pela qual passaram e passam os
mais expressivos líderes deste País e as mais caras e brilhantes inteligências da política nacional. Não é sem motivo, portanto, que devo me confessar emocionado
neste momento ímpar de minha trajetória política. Trajetória que começou há 22 anos, em minha querida cidade natal Jataí, cidade localizada no sudoeste de
Goiás.
A política encontrou-me moço ainda, traçando-me caminhos que, no ritmado andar dos anos, transformaram-se em cotidiano serviço e acabaram por forjar em
mim um autêntico sacerdócio. Anos a fio, a vida permitiu-me firmar com o povo de Goiás uma emocionada parceria, traduzida numa honrosa e interminável
seqüência de funções públicas: fui inicialmente Vereador e Presidente da Câmara Municipal de Jataí; quatro anos depois, Deputado Estadual; quatro anos depois,
Deputado Federal; quatro anos depois, Vice-Governador; quatro anos depois, Governador; e agora, para minha honra, Senador da República.
No Governo do Estado, foram tempos de muita luta e intenso trabalho, que acumularam conquistas de fantástico valor para Goiás. Por isso mesmo, embalado pela
verdade das ruas, o generoso povo goiano fez de nosso Governo, por seis vezes consecutivas, o de maior aprovação popular do Brasil, em avaliações feitas pelo
Instituto Datafolha, em quatro oportunidades, e pela revista Istoé, em duas. Assim, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, trazendo nas mãos a esperança e o
carinho de meu povo, respaldado por um 1.260.000 votos - uma das maiores votações proporcionais do País - é que chego a esta augusta Casa de Leis.
Nesse anos todos, minhas intenções foram e são transparentes, sem distorções. Minhas atitudes são e sempre foram pesadas e resolvidas sob o parâmetro da
vontade popular. Falo às claras, sem rodeios ou reticências. Em nenhum momento deixo dúvidas sobre o que penso ou sobre o que farei. Abomino a mentira e a
dissimulação. Entendo e aceito que a política deve ser sempre arte de bem servir ao povo e nada mais. Não aceito transigir sobre isso. Todos os meus dias e todos
os meus atos neste Senado serão pautados por essa irrefutável e necessária verdade.
Não sou homem de meias palavras. Lutei sempre e bravamente pela moralização na vida pública. Quando Deputado Estadual, fui uma voz inclemente contra a
malfadada aposentadoria especial de que gozavam os representantes do povo goiano, até que foi definitivamente expurgada do Legislativo do meu Estado.
Na Câmara Federal, já em 1986, insisti igual e ingloriamente contra a aposentadoria especial para parlamentares. Na época, não conseguimos acabar com o IPC.
Mesmo assim e tendo direito a ela, recusei-me a receber essa aposentadoria, que considero absolutamente injusta com o povo. E a injustiça não integra o
dicionário de minha vida, herdado da generosidade e da honradez de meus pais.
Foi com essa decisão íntima de apoiar e estar ao lado do povo que acabei por assumir a administração de meu Estado, em janeiro de 1995. Em quatro anos,
procuramos escrever algumas das mais belas páginas da história de Goiás.
Na verdade, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Goiás renasceu há pouco, dezesseis anos atrás, pelas mãos e tino administrativo do estadista Iris Rezende.
Naquela época, éramos um Estado que necessitava construir sua infra-estrutura para se tornar competitivo. E foi um tempo de grandes conquistas. Rapidamente,
em dois governos, Iris fez o asfalto cortar os sertões goianos, facilitando o escoamento da produção - foram mais de nove mil quilômetros asfaltados nos dois
governos de Iris Rezende, que tinha ao seu lado, na Presidência do DER, o também grande e brilhante, hoje Senador, Mauro Miranda. A energia trouxe vida nova às
cidades e iluminou o progresso no campo. Obras de saneamento e água tratada se espalharam por todo o Estado.
Goiás se transformou num imenso canteiro de obras. Fomos deixando de ser um canto esquecido no velho mapa do Brasil. Passávamos a ser olhados como uma
nova e importante fronteira de desenvolvimento. Um Estado com invejável infra-estrutura, capaz de acolher um novo tempo de desenvolvimento nesta
nervosíssima virada de século.
Era esse o Estado que me era dado a administrar naquele 1º de janeiro de 1995. Um Estado pronto para as grandes conquistas, mas para quem se desenhava
também uma grave crise nacional.
Estávamos prestes a enfrentar um momento conturbado da história econômica brasileira. Tivemos, então, a coragem e a previdência de implantar um programa de
ajuste e modernização administrativa. O tempo ia provar depois que aquela haveria de ser uma de nossas ações mais importantes. Sete grandes empresas foram
extintas, três mil funcionários fantasmas identificados, seis mil desligados em planos de demissão voluntária. Novas leis cortaram privilégios, e o comprometimento
da receita com despesas de pessoal caiu de 83% para 62%. Renegociamos a dívida, e o comprometimento mensal para pagamento caiu de 21% para 14%. Foram
medidas que reduziram o peso da máquina administrativa e nos deram condições de partir para a solução de outros problemas e desafios.
Tocamos, então, a harmonizar progresso econômico com desenvolvimento social; ativar de vez o processo de industrialização, ao tempo em que se acudia o pobre,
resgatando-lhe a dignidade.
Em janeiro de 1995, começamos a resolver os problemas de famílias carentes: 220 mil deixaram de pagar as taxas mensais de água e luz. Em maio, 144 mil
começaram a receber, a cada mês, uma suculenta cesta com 28 quilos de alimentos. Em outubro daquele ano, era a vez de a criança experimentar o calor solidário
dos novos tempos. Noventa mil crianças pobres, entre zero e seis anos de idade, passaram a receber, a cada manhã, um litro de leite e um pão vitaminado.
Mas, para receber a cesta de alimentos, o pão e o leite, a criança precisava estudar. De imediato, 19 mil voltaram às salas de aula e lá permaneceram. E melhor,
passaram o ano. O índice de aprovação escolar em Goiás ficou 20% acima da média nacional. Há também, segundo o Ministério da Educação, o maior índice de
crianças nas salas de aula: 95%. Os programas sociais constituíram-se em uma sábia conquista, baseada na solidariedade e na força dos goianos.
Nosso setor educacional também experimentou um avanço extraordinário. Saímos da incômoda 21ª posição para a 5ª posição em qualidade de ensino, também
segundo o Ministério da Educação. Nossos professores no nosso governo foram os primeiros do País a receber o piso salarial de R$300,00 como salário. Também
concluímos ou implantamos 28 novas faculdades de nível superior no interior de Goiás. Entendo a educação como a grande base do desenvolvimento e, por isso
mesmo, esse setor ganhou alento e prioridade.
Alentador foi também, nesse período de governo, o processo de industrialização. Aquela velha e histórica timidez de Goiás ficou no passado. Passamos a sentar nas
mesas de decisões. Procuramos os investidores em todo o mundo, enviando missões comerciais que se revestiram de seguidos sucessos. E a corrida para o cerrado
nunca se fez com tanta intensidade.
A Perdigão escolheu o sudoeste de Goiás para investir 500 milhões em um dos cinco maiores projetos industriais anunciados nos últimos quatro anos no Brasil.
Também foram para Goiás ou ampliaram suas indústrias a Parmalat, a Caramuru, a Nestlé, Agrifood, Malharia Manz, Frango Gale, Vicunha, Bouquet, a JMA
portuguesa e a Piu Belle Italiana. Em seguida a Hering e a Gessy Lever engrossaram o número de novas indústrias. Também montadoras de automóveis escolheram
Goiás. A Mitsubishi já se instalou no Sul do Estado e a Honda já anunciou que também fará a opção por Goiás.
Na verdade, Srªs e Srs. Senadores, Goiás hoje ganhou força e cara nova, mesmo que seguidamente arranhada por acusações e perseguições políticas indesejáveis
e irresponsáveis, agora perpetradas pelo novo governo que ali se instalou. Buscam destruir o que se fez e desenhar um cenário de terra arrasada para virem,
depois, com a frágil bandeira da reconstrução. Não perdem por esperar. A história é generosa com os fortes e o povo sabe separar bem o joio do trigo. Daqui a
pouco estarão tropeçando em seu próprio despreparo, sem bandeiras e sem povo ao seu redor. Esse é sempre o preço cobrado dos injustos.
O Sr. Eduardo Siqueira Campos (PFL-TO) - Permite-me V. Exª um aparte?
O SR. MAGUITO VILELA (PMDB-GO) - Ouço o nobre Senador Eduardo Siqueira Campos.
O Sr. Eduardo Siqueira Campos (PFL-TO) - Nobre Senador Maguito Vilela, nesta tarde em que V. Exª estréia na tribuna desta Casa, inserto ao seu
pronunciamento palavras de um Estado-irmão, Tocantins, que nutre por V. Exª esperança e expectativa, pois conhece seu trabalho na Câmara dos Deputados
quando representávamos o povo de nossos Estados. Agora, por decisão soberana de nossa população, estamos com a mesma missão de representar esse Centro-
Norte que tanto tem a oferecer a este País. Espero que possamos dar uma grande contribuição para o processo político deste País e para o desenvolvimento de
nossa região. Portanto, registre em seu pronunciamento, nobre Senador Maguito Vilela, que acompanha os Senadores Mauro Miranda e Iris Rezende na
representação do Estado de Goiás, esta nossa palavra e este nosso depoimento. E que a nossa convivência seja muito profícua para os nossos Estados e para o
País.
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/pronunciamentos/-/p/pronunciamento/238669 1/4
19/11/2024, 22:22 Pronunciamento de Maguito Vilela em 02/03/1999 - Pronunciamentos - Senado Federal
O SR. MAGUITO VILELA (PMDB-GO) - Registro, com muita honra e com muita emoção, sua intervenção. Quero dizer a V. Exª que Tocantins e Goiás - o Centro-
Oeste e o Centro-Norte brasileiros - esperam muito deste jovem e talentoso Senador da República Siqueira Campos.
Aqui chego com a cara limpa, o dever cumprido e as mãos carregadas de esperança. Venho para somar forças em favor de Goiás e da pátria. E haverei de dar o
melhor de mim nos trabalhos desta Casa. Quero contribuir para que o Senado seja sempre o respaldo moral da República, ágil nos trabalhos, essencialmente sábio
nas decisões e, acima de tudo, presente na vida e nos anseios de nossa gente. E gostaria de frisar: o País tem percebido que o Senado, especialmente nos dois
últimos anos, tem sido mais presente e tem atuado com mais firmeza e mais agilidade na defesa dos interesses do povo. O Presidente desta Casa, Senador Antonio
Carlos Magalhães, merece uma referência especial. Não há dúvida de que, com sua coragem e seu prestígio, conseguiu influenciar positivamente muitas questões
importantes para o País e seu povo, e, claro, dessa forma, contribuindo também para a construção de uma imagem positiva do Senado. Não podemos deixar
recrudescer essas conquistas. Ao contrário, temos que avançar sempre.
Lutarei aqui no limite de minhas forças pela necessária e desejada reforma política. A aprovação da fidelidade partidária é fundamental. Outros temas - como o
financiamento de campanhas políticas, o voto facultativo, o voto distrital, eleições gerais -, a meu ver, devem ser avaliados a fundo.
Apresentarei, pelo menos, duas propostas dentro desta discussão, ligadas diretamente ao Senador Federal: a redução do mandato de Senador e também a redução
da idade limite para as candidaturas ao Senado da República. Penso que um senador pode até ficar 50, 80, 100 anos nesta Casa, mas tem que passar mais amiúde
pelo crivo do voto popular e disputar eleições com um menor espaço de tempo. Entendo que oito anos num mundo tão dinâmico, num mundo tão supersônico como
é o mundo de hoje, é um mandato realmente muito longo, o que, a meu ver, precisa ser revisto. São questões que julgo oportunas - algumas já discutidas aqui e
que merecem ser repensadas, vez que é a verdade das urnas que nos respalda e que nos enriquece.
Mesmo estando no PMDB, Partido do bloco de apoio ao Governo Federal, serei uma voz firme no combate a essa política insuportável de juros altos, que destrói o
setor produtivo brasileiro, especialmente o setor agrícola, gerando desemprego e miséria. Só entendo a consolidação de nossa política de estabilidade econômica se
for casada com um projeto forte de desenvolvimento. Um projeto de fato e não de palavras bonitas. E um projeto de desenvolvimento passa, no meu entender,
pela redução das taxas de juros e pela elaboração de uma política concreta de apoio à agricultura, inclusive o seguro rural. Nenhum setor da economia responde
positivamente, e de forma tão rápida, a investimentos, como o setor agrícola. Nesse contexto, é fundamental também a recuperação imediata da malha viária do
País e a criação de novas alternativas de escoamento, algumas, registre-se, já em execução. Quem produz neste País, seja na cidade ou seja no campo, precisa ver
resgatado seu valor.
Ao mesmo tempo, não podemos permitir a redução de investimentos no setor social. Se tem dinheiro até para socorrer bancos mal administrados, tem que ter
dinheiro para investir no combate à fome e à miséria. Esta é uma decisão política. Basta querer e ter vontade para que seja possível investir muito mais do que se
tem investido em projetos sociais no Brasil. Preocupa-me seriamente a notícia veiculada pela imprensa, na semana passada, dizendo que o Governo está cortando
verbas para a distribuição de cestas básicas e da merenda escolar. Pode- se cortar tudo neste País, mas não podemos, em nenhuma hipótese, tirar o alimento da
boca daquele que, na maioria dos casos, não tem mais sequer forças para buscar o seu sustento.
O Sr. Jader Barbalho (PMDB-PA) - Permite-me V. Exª um aparte?
O SR. MAGUITO VILELA (PMDB-GO) - Ouço, com muita honra, o grande Líder do meu Partido, Senador Jader Barbalho.
O Sr. Jader Barbalho (PMDB-PA) - Senador Maguito Vilela, desejo, antes de mais nada, cumprimentar o povo goiano pela escolha de V. Exª. O povo goiano
reconheceu o grande governo que V. Exª realizou. O resultado das urnas, nesta última eleição para o Senado, confirmou apenas aquilo que as pesquisas de opinião
pública já vinham registrando: V. Exª com o melhor índice entre os governantes estaduais no Brasil. Portanto, para nós, não foi surpresa a eleição de V. Exª, que
traz uma grande contribuição ao Senado pela experiência administrativa que possui. A análise que V. Exª faz é precisa e devo dizer-lhe, como Líder e como
Presidente nacional do PMDB, que subscrevo o discurso de V. Exª. Estamos mergulhados, neste momento, em grandes dificuldades econômicas. Todos nós estamos
a ansiar a superação das mesmas. No entanto, também não creio, Senador Maguito Vilela, que iremos resolver os nossos problemas com o sacrifício dos mais
pobres. Comungo com V. Exª. Apoiamos o Governo, mas o nosso apoio incondicional é apenas com a sociedade brasileira. Estranhamos cortes na área social e
manifestaremos a nossa discordância. Não imaginamos privatização do Banco do Brasil, porque ele tem funcionado como um instrumento de política econômica
para a área agrícola. Não imaginamos privatização da Caixa Econômica Federal, porque ela é quem tem cuidado da habitação. Se o Banco do Brasil precisa de
correção, para não dar balanços com prejuízos e atuar da melhor forma, muito bem. Se a Caixa Econômica Federal precisa redimensionar a sua atuação, tudo bem.
Entretanto, eliminar instrumentos que possam diminuir a grave situação social que se apresenta, não terá a concordância do PMDB. Registro, desde já, que - em
relação à Vale do Rio Doce discordamos do valor pelo qual foi vendida - não imaginem que privatizaremos a PETROBRÁS, para ser consumida com pagamento de
dívida, ou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, sem a nossa repulsa, sem o nosso protesto. Quero, desde já, neste aparte a V. EXª, deixar bem claro que
o PMDB não contribuirá para que seja alienado o patrimônio público para ser consumido com pagamento de juros altos. Estamos na expectativa de que a área
econômica dê conta desse recado. Por isso, solidarizo-me com V. Exª quando, ao se referir à questão social, diz que o povo brasileiro -- os mais pobres -- não pode
pagar mais do que já pagou. O Governo deve examinar o alongamento do perfil da dívida interna, esticando o prazo de devolução àqueles que têm dinheiro
aplicado -- e não dando calote. Não dá mais para apertar a parcela mais pobre deste País. É o aparte, com a minha solidariedade e a certeza de que V. Exª terá um
grande mandato nesta Casa.
O SR. MAGUITO VILELA (PMDB-GO) - Estou muito honrado, Senador Jader Barbalho, com o aparte de V. Exª que enriqueceu e valorizou o sobremaneira o meu
pronunciamento.
V. Exª tem razão, o Banco do Brasil sempre foi o grande parceiro dos agricultores brasileiros. Sem ele, a agricultura brasileira não atingiria o nível tecnológico atual.
E a Caixa Econômica Federal, naturalmente, é um patrimônio do nosso povo, que, sem dúvida, precisa ser preservado.
Fico bastante tranqüilo e muito animado com as palavras de V. Exª no que diz respeito ao posicionamento do PMDB nesses futuros embates, se é que virão, com
relação à privatização do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
O Sr. Iris Rezende (PMDB-GO) - Permite-me V. Exª um aparte?
O SR. MAGUITO VILELA (PMDB-GO) - Ouço o grande Líder de Goiás, Senador Iris Rezende
O Sr. Iris Rezende (PMDB-GO) - Alegro-me com este primeiro pronunciamento que V. Ex.ª profere nesta tarde no Senado, a demonstrar que emprestará uma
colaboração muito grande ao País durante o seu mandato. Mas não é simplesmente por isso que eu já antevejo um desempenho muito profícuo durante seus oito
anos de mandato nesta Casa, mas pelo conhecimento que tenho de V. Ex.ª como homem público, que há muitos anos vem-se dedicando à causa pública, ao Estado
de Goiás e sobretudo às camadas mais humildes da sociedade. Se tenho tido méritos no decorrer da minha vida pública, um deles é reconhecer e até antever os
valores das pessoas. Recordo-me que, quando fui eleito Governador de Goiás em 1982, V. Ex.ª se elegia Deputado Estadual, com uma expressiva votação. Pelo seu
desempenho no primeiro ano, já no segundo ano tive a oportunidade como Governador de escolher V. Ex.ª Líder do Governo na Assembléia Legislativa. Fui
convidado para ocupar o Ministério da Agricultura já no ano de 1986, quando V. Exª era eleito Deputado Federal. Quando em 1990 eu voltava candidato ao Governo
de Goiás, não titubeei em convidá-lo para ser meu companheiro de chapa. No Governo de Goiás, V. Exª, na condição de vice, foi um grande parceiro, dividindo
comigo todos os problemas daquela administração, todas as angústias do povo e vibrando pelas vitórias alcançadas. Ninguém em nosso partido hesitou, pois, em
escolhê-lo para a minha sucessão, e vimos que, durante o seu mandato à frente do Governo de Goiás, V. Exª conseguiu realizar um dos mais belos trabalhos que
registra a história político-administrativa daquele Estado. Hoje, no Senado Federal, repito que V. Exª, cheio de entusiasmo, tomado de ideais, preocupado com as
camadas sofridas da sociedade, idealista, puro, prestará grandes serviços a Goiás e ao País. V. Exª se tem caracterizado pela lealdade a seus companheiros, a seu
partido e, sobretudo, ao povo do nosso País. Isto norteará o seu comportamento nesta Casa junto às Srªs e aos Srs. Senadores, pois que todos aqui nos
encontramos sempre imbuídos de um propósito exclusivo: servir a nossa Pátria, conseqüentemente buscando melhores condições de vida para o nosso povo. V. Exª
-- quero aqui registrar nos Anais desta Casa -- será um Senador motivo de alegria e de orgulho para todos nós. Meus cumprimentos, e que Deus o ilumine sempre,
Senador Maguito Vilela.
O SR. MAGUITO VILELA (PMDB-GO) - Agradeço sensibilizado as palavras do maior líder político que Goiás já teve em todos os tempos, e que, sem dúvida
nenhuma, foi a pessoa mais importante em toda a minha vida pública. Se sou o que sou, devo muito a V. Exª. Hoje, para meu gáudio e para minha honra, meu
colega aqui no Senado da República.
Entretanto, discorria eu sobre os cortes orçamentários na área social. Afirmo, Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, sem medo de errar: a fome é o pior de todos
os males do universo. A fome nos envergonha, humilha, minimiza enquanto seres humanos; a fome come a vida das pessoas. Portanto, não podemos nunca
permitir, no Brasil, cortes na área social. E não podemos permitir, enquanto seres humanos, conviver com famintos e miseráveis concentrados nos bolsões de
pobreza, nas favelas, nas sarjetas e nas ruas das cidades brasileiras.
Como Governador, destaquei, religiosamente, 5% do Orçamento para investimentos no combate à fome, à miséria e em busca da proteção das crianças
abandonadas, a fim de socorrer aidéditos, cancerosos e deficientes físicos.
Construímos uma indústria de cadeiras de rodas em Goiás, a qual, agora, está sendo municipalizada pelo atual Governo; construímos o único condomínio da
solidariedade para aidéticos, onde estes podem contar com assistência odontológica, médica e em todos os sentidos, condomínio este que, hoje, o Governo está
refluindo.
Repito: nenhuma família passou fome no Estado de Goiás durante os três anos e três meses em que governei aquele Estado. Desafio qualquer goiano ou brasileiro
a indicar uma única família em Goiás que tenha passado fome durante os três anos e três meses em que estive à frente do Governo.
Na única favela que havia em Goiânia, construímos casas, asfaltamos ruas, iluminamos, construímos escolas, acabando, então, com a única favela, a do Morro do
Aranha.
Dessa forma, penso que um governante, primeiramente, há de priorizar as questões sociais.
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/pronunciamentos/-/p/pronunciamento/238669 2/4
19/11/2024, 22:22 Pronunciamento de Maguito Vilela em 02/03/1999 - Pronunciamentos - Senado Federal
Então, Sr. Presidente, faço um apelo: que se corte qualquer coisa neste País - e há muito o que cortar -, mas não se cortem as verbas das cestas básicas e da
merenda escolar das crianças deste País, por vezes injusto, perverso e mesmo criminoso com os mais pobres.
O Sr. Arlindo Porto (PTB-MG) - Senador Maguito Vilela, V. Exª me concede um aparte?
O SR. MAGUITO VILELA (PMDB-GO) - Com muito prazer, Senador Arlindo Porto.
O Sr. Arlindo Porto (PTB-MG) - Gostaria, neste momento em que V. Exª faz seu pronunciamento inaugural nesta Casa, de cumprimentá-lo pelo seu trabalho, pela
sua trajetória política e, também, de prestar aqui um testemunho. Quando V. Exª foi Vice-Governador do Estado de Goiás - na gestão do então Governador Iris
Rezende - e eu, Vice-Governador do meu Estado, Minas Gerais - na administração do Governador Hélio Garcia -, tivemos a oportunidade de conviver bastante, cada
um na sua área de atuação, mas, principalmente, de aproximarmos politicamente mineiros e goianos, haja vista uma integração muito forte já existente,
notadamente naqueles municípios vizinhos. Naquela oportunidade, tive condição de sentir de perto a integração, a relação respeitosa, cordial, amena do
Governador com seu vice - o que também acontecia comigo no meu Estado - e acompanhar a contribuição que V. Exª dava ao Governo, o que, aliás, já foi aqui
ratificado pelo Senador Iris Rezende. Depois, V. Exª no Governo de Goiás e eu na Pasta da Agricultura, por muitas vezes, estive em Goiás, não apenas pela
importância e pujança do seu Estado, mas pela determinação de V. Exª em dar apoio ao homem do campo, promovendo o seu desenvolvimento e estimulando a
economia daquele Estado. Quantas vezes estivemos juntos, lançando programas no interior; quantas vezes estivemos juntos na capital, debatendo, buscando
alternativas para o desenvolvimento do seu Estado. Por isso, Goiás se colocou tão bem no processo de desenvolvimento, de aumento da produtividade, seja da
pecuária leiteira, da pecuária de corte, da agricultura ou na agroindustrialização. Em segundo lugar, gostaria de cumprimentá-lo pela contribuição que V. Exª está
dando a esta Casa, trazendo propostas. Esta Casa precisa de receber propostas concretas, que nos mostrem uma saída para a crise em que nos encontramos. E V.
Exª, de seu turno, enfatiza, sobretudo, a necessidade da retomada do desenvolvimento. Meus cumprimentos e o testemunho de quem acompanhou de perto sua
trajetória. Que a presença de V. Exª possa valorizar ainda mais o Senado da República. Muito obrigado.
O SR. MAGUITO VILELA (PMDB-GO) - Agradeço, Senador Arlindo Porto.
Tive a oportunidade de conviver com V. Exª, como Vice-Governador e como Ministro da Agricultura, e posso dizer o quanto admiro o trabalho idealista de V. Exª,
que muito fez pelo Brasil como Ministro e por Minas Gerais, em todas as funções públicas que exerceu.
O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT-SP) - V. Exª me permite um aparte, nobre Senador Maguito Vilela?
O SR. MAGUITO VILELA (PMDB-GO) - Pois não, nobre Senador Eduardo Suplicy.
O Sr. Eduardo Suplicy (Bloco/PT-SP) - Cumprimento também V. Exª, Senador Maguito Vilela, por sua eleição e por estar aqui representando tão bem o povo de
Goiás e seu partido, o PMDB. Gostaria de fazer algumas ponderações. Primeiro, solidarizar-me com a sua preocupação de que, no Estado de Goiás e no Brasil,
nenhuma família, nenhuma pessoa venha a passar por necessidades prementes, ou ainda, que nenhuma pessoa passe fome. É necessário erradicarmos a miséria
no País. E isso está ao nosso alcance. V. Exª, como Governador do Estado de Goiás, teve uma experiência relevante nesse sentido, com uma sistemática
distribuição de alimentos, de cestas básicas. Gostaria de ponderar a V. Exª: nós deveríamos estar pensando no melhor instrumento para que todo e qualquer ser
humano em nosso País não passe fome, não viva em condições de miséria, mas, sim, com dignidade, podendo prover o necessário para si próprio e seus familiares.
Precisaríamos estar pensando no melhor desenho de se instituir um mecanismo para isso, que ao mesmo tempo estivesse relacionado à preocupação, hoje tão
grave, com o emprego. O que dizem alguns dos principais pensadores da humanidade e economistas a respeito de qual seria o melhor instrumento? O mecanismo
de cupons de alimentação ou a distribuição de cestas básicas é possível. E de alguma maneira até guarda simpatia, por exemplo, quando num Estado,
particularmente como o de Goiás, muito voltado para a agricultura, isso possa significar uma demanda quase que garantida para os alimentos produzidos pelos
agricultores. Todavia, os diversos estudos realizados sobre programas dessa natureza e programas como o de se assegurar às pessoas uma renda como um direito
à cidadania estão a indicar que, mesmo nessas situações, são os próprios agricultores, os próprios produtores de bens de primeira necessidade que normalmente se
beneficiam, devido à maior demanda por seus produtos. Estarei, certamente, ao longo de mais oito anos, dialogando com V. Exª e com todos os demais Senadores
a respeito da razão de não instituirmos, mais depressa, o direito de todas as pessoas deste País a um mínimo de renda. Inúmeras experiências têm sido efetuadas
localmente, mas precisamos avançar muito mais nessa direção. Finalmente, Senador Maguito Vilela, alegro-me de saber que V. Exª também está apresentando um
projeto, que precisa ser de emenda à Constituição, para reduzir o mandato de Senador. Aqui tentei apresentá-lo, no período 91/94, e gostaria de lhe transmitir que
consegui oito assinaturas. Já no período 95/98, com o empenho também do Senador Lúcio Alcântara, conseguimos 12 ou 14 assinaturas. Com a chegada de V. Exª,
quem sabe consigamos pelo menos 27 assinaturas, para que o tema possa ser realmente discutido no Senado Federal. Muito obrigado.
O SR. MAGUITO VILELA (PMDB-GO) - Muito obrigado, Senador Eduardo Suplicy. Agradeço muito a V. Exª por ter contribuído para enriquecer meu
pronunciamento.
O que eu quis dizer, Senador, é que não interessa a fórmula, se será por meio de renda mínima ou distribuição de renda. O que não pode é haver famintos num
país tão rico, de um povo tão generoso quanto o povo brasileiro.
O Sr. Luiz Estevão (PMDB-DF) - V. Exª me concede um aparte, nobre Senador?
O SR. MAGUITO VILELA (PMDB-GO) - Não sei se ainda há tempo. Não quero abusar da paciência do Sr. Presidente, das Srªs e Srs. Senadores.
O SR. PRESIDENTE (Antonio Carlos Magalhães) - Se os aparteantes fizerem como manda o Regimento - falar apenas por dois minutos -, as coisas ficam mais
fáceis e os apartes serão mais bem recebidos pela Mesa e pelo orador.
O SR. MAGUITO VILELA (PMDB-GO) - Concedo, com muita honra, o aparte ao Senador Luiz Estevão.
O Sr. Luiz Estevão (PMDB-DF) - Nobre Senador Maguito Vilela, representante do querido Estado de Goiás, com muita alegria ouço suas palavras e registro que
tenho muita honra de ser seu colega no Senado. Após o vitorioso governo de V. Exª à frente daquele Estado, com administração reconhecida pela extraordinária
votação obtida nas eleições do último dia 4 de outubro, destacamos, principalmente, dois aspectos: o primeiro quando V. Exª, conforme declaração feita hoje em
reunião da Bancada do PMDB com o Governador Itamar Franco, afirmou que, durante os quatro anos de governo, em nenhum momento endividou o Estado além
do nível em que o recebeu, no dia 1º de janeiro de 1995. Trata-se de um exemplo de austeridade e eficiência que hoje, mais do que nunca, é reclamado por todo
administrador público brasileiro. Em segundo lugar está seu vitorioso programa de solidariedade humana que minorou o sofrimento e a fome de milhares de
famílias do Estado de Goiás, programa reconhecido pela população e adotado pelo nosso Governador, Joaquim Roriz, desde o primeiro momento de sua campanha
eleitoral, como modelo no Distrito Federal. Na próxima sexta-feira 5, nosso Governador o estará lançando, inclusive com a colaboração de V. Exª, por meio de um
dos elementos integrantes do secretariado de Joaquim Roriz. Parabéns pelo Governo de V. Exª. Muito sucesso como representante do Estado de Goiás.
O SR MAGUITO VILELA (PMDB-GO) - Agradeço, Senador Luiz Estevão, com quem compartilhei o trabalho político no entorno de Brasília e moço pelo qual nutro
muito simpatia e muita admiração.
O Sr. Casildo Maldaner (PMDB-SC) - V. Exª me concede um aparte?
O SR. MAGUITO VILELA (PMDB-GO) - Com muita honra, Senador Casildo Maldaner.
O Sr. Casildo Maldaner (PMDB-SC) - Senador Maguito Vilela, quero pegar uma carona no seu discurso e prometo ser breve. Tinha que trazer este testemunho,
não só pelo que V. Exª representa e pelo que fez em Goiás, - é claro, iniciado nos tempos de Iris Rezende, durante as duas vezes que foi Governador -, mas
também pela sua importância hoje, que já se alastrou por todo o Brasil. Após as palavras do nosso Líder, penso que já não haveria mais o que dizer. Todavia, tinha
que trazer o testemunho do Sul, particularmente de Santa Catarina, da preparação do Estado e da irmandade que se expandiu com as várias empresas do meu
Estado, principalmente as do ramo da alimentação, que foram para Goiás. Esse dar-se as mãos, essa parceira em que hoje nos misturamos, catarinenses e goianos,
numa só caminhada, produzindo principalmente alimentos, não só para Goiás, mas para o Brasil e para o mundo. Penso que V. Exª tem destaque muito grande na
preparação desse acontecimento. Por isso, trouxe esse registro em nome nosso e do Sul para cumprimentar V. Exª na estréia do seu mandato.
O SR. MAGUITO VILELA (PMDB-GO) - Agradeço muito, estou extremamente honrado com o aparte de V. Exª.
O Sr. Mauro Miranda (PMDB-GO) - V. Exª me permite um aparte?
O SR MAGUITO VILELA (PMDB-GO) - Com muito prazer, Senador Mauro Miranda.
O Sr. Mauro Miranda (PMDB-GO) - Senador Maguito Vilela, não podia deixar de manifestar a alegria, a satisfação e a honra que tenho em estar ao lado de V. Exª,
representando o Estado de Goiás. V. Exª citou muito bem, é de muita responsabilidade a nossa estada aqui, liderados por Iris Rezende Machado. E V. Exª pegou
essa carona e tornou-se esse grande líder nacional com o grande trabalho que executou no Estado de Goiás. Estamos aqui, também, Senador Maguito, pedindo
parceria. V. Exª realizou o programa de solidariedade, que teve grande reflexo, especialmente notado pelo grande brasileiro Betinho, que foi a Goiás e reconheceu
esse seu trabalho. Temos também do nosso lado o Senador Iris Rezende, que fez o mutirão da moradia, de modo que o Estado de Goiás é um dos que têm o menor
índice de falta de moradia. Há nesta Casa uma proposta nossa de colocar a moradia como direito do cidadão. Também estamos unidos a V. Exª, com a liderança do
Senador Antonio Carlos Magalhães, quando pede que a cesta básica e a ajuda para as crianças se manterem na escola - o leite e o pão - não sejam cortados.
Estamos de acordo com as propostas do Senador Antonio Carlos Magalhães, quando diz que os Tribunais de Contas têm que se ajustar à realidade brasileira, que os
Tribunais de Justiça têm que se adequar à situação nacional. Tenho certeza de que V. Exª estará de bandeira erguida também para dar força ao nosso Presidente
nessa área tão difícil de se alterar hoje. O Presidente colocou-se à frente e tenho certeza de que nós, os três Senadores, estaremos juntos, pensando naqueles que
precisam da cesta básica, pensando naqueles que não têm moradia, aprovando a nossa emenda constitucional que coloca a moradia como direito do cidadão. Por
isso, Senador Maguito, nós de Goiás estamos profundamente orgulhosos com a chegada de V. Exª. Temos orgulho de ter tido um Governador considerado o melhor
Governador do Brasil por quatro vezes consecutivas pela imprensa nacional, um Governador sério, competente e trabalhador, que agora, tenho certeza, meu pares,
será um dos melhores Senadores que este Plenário terá por estes próximos oito anos. Muito obrigado.
O SR. MAGUITO VILELA (PMDB-GO) - Agradeço muito as palavras generosas do meu amigo e companheiro político, Senador Mauro Miranda. Farei comentários a
respeito do que V. Exª disse e também sobre o programa do eminente Governador Joaquim Roriz.
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/pronunciamentos/-/p/pronunciamento/238669 3/4
19/11/2024, 22:22 Pronunciamento de Maguito Vilela em 02/03/1999 - Pronunciamentos - Senado Federal
Mas desejo encerrar, Sr. Presidente, dizendo que me preocupou também a reunião de sexta-feira passada entre o Sr. Presidente Fernando Henrique Cardoso e os
Governadores de Estado. Reunião esta positiva, por um lado, especialmente no aceno dado para a revisão da famigerada Lei Kandir, por outro, ficou no ar um vazio
no que diz respeito ao municípios.
O Fundo de Estabilização Fiscal - FEF, por exemplo, que tira receita de Estados e Municípios, sequer entrou na pauta de discussão. Muito mais que os Estados, os
Municípios brasileiros estão em situação dificílima.
A maioria esmagadora das Prefeituras está à beira de fechar as portas, o que seria o caos para a população brasileira. São as Prefeituras e as Câmaras de
Vereadores que vivem mais de perto o sofrimento do povo, são os prefeitos e os vereadores que socorrem as necessidades imediatas da população. Por isso faço,
desta tribuna, um apelo ao Presidente da República para que Sua Excelência crie um grupo de trabalho, também de alto nível, para avaliar a situação dos
Municípios brasileiros e apontar saídas que resultem em soluções emergenciais para essa situação.
Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, de mim a Pátria pode esperar trabalho incansável e fidelidade absoluta ao nosso povo. Saúdo os nobres Senadores, que,
repito, têm dado exemplos positivos ao País em ações concretas na busca de um futuro melhor. Espero formarmos aqui um grupo muito especial de trabalho pela
cidadania plena.
Que Deus nos ilumine nessa jornada histórica, permitindo-nos contribuir muito para o futuro deste País seguidamente atingido por tantas e tão graves crises.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/pronunciamentos/-/p/pronunciamento/238669 4/4