Missões

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APOSTILA DE MISSÕES

PROFª: LÍDIA GONÇALVES


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I – INTRODUÇÃO

A) O que é “ MISSÕES”?

Vem do latim “Mito ou missio”, significa enviado, convocado,


chamado, vocacionado. A palavra equivalente a missionário na
Biblia é “apóstolo”.

A função da Igreja é realizar a missão de Jesus, como Ele mesmo


fora enviado pelo Pai (João 3:16), enviou também os apóstolos a
todo o mundo mandando-lhes ir pregar a todas as nações...(Mt.
28:18) Daí o dever que cabe à Igreja de propagar a fé e a salvação de
Cristo.

A apresentação da mensagem evangélica não é para a igreja uma


contribuição facultativa, é um dever que lhe incumbe, por mandato
do Senhor Jesus, a fim de que os homens possam acreditar e serem
salvos. Essa mensagem é necessária; ela é única e não poderia ser
substituída.

A Igreja, impelida pelo Espírito Santo deve imitar a Cristo, trilhando


seu caminho de obediência, isto é, cumprindo sua missão sendo fiel
até à morte, da qual Jesus foi vencedor pela ressurreição.

O missionário também é enviado a pregar não a si mesmo, ou suas


idéias pessoais, mas a pregar um Evangelho do qual nem ele, nem a
Igreja são donos absolutos, para dele dispor a seu gosto, mas
ministro, para transmiti-lo com fidelidade.

O que foi pregado uma vez pelo Senhor, ou que Nele se realizou pela
salvação do gênero humano, deve ser proclamado e difundido até os
últimos confins da terra.

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Diferença entre MISSÕES e EVANGELISMO

Missões e Evangelização não são coisas distintas entre si, mas


interligadas e completáveis, integrantes do plano de Deus. A
Evangelização é o ato de proclamação da mensagem; Missões é o
meio de levar esta mensagem.

Missões é entrega de vida sem reservas, sem questionamentos, pondo


toda nossa confiança no Senhor da Obra, que nos chamou para tão
honrosa tarefa.

Esta missão não é de fácil cumprimento. No plano humano parece


impossível, mas o Senhor concedeu à Igreja uma fonte especial de
poder, que é o Espírito Santo, nosso Consolador, capacitador. Jesus
passou seus últimos momentos na terra falando sobre a
evangelização mundial.

No primeiro capítulo do livro de Atos, verso 8, encontramos os


discípulos preocupados quanto ao estabelecimento do reino de Cristo
na terra (v.6). Jesus afastou a atenção deles, lembrando-lhes a
promessa do Pai de enviar o Espírito Santo e que um dos ministérios
do Espírito Santo seria o de conceder poder para eles serem
testemunhas destemidas do Evangelho.

No Dia de Pentencostes, foram batizados no Espírito Santo e


começaram a pregar o Evangelho e 3.000 almas foram convertidas
num só dia.

Temos que nos esforçar para terminar a tarefa à nós confiada há mais
de 2.000 anos atrás pelo Mestre. Precisamos enviar obreiros
urgentemente.

B) PARA QUÊ MISSÕES? (Rm. 10:14)

Missões existe porque há um mundo carente e necessitado do amor


de Deus, que só será salvo pela pregação do Evangelho.

As verdades fundamentais do Evangelho precisam ser anunciadas,


sob pena de chegarmos na presença do nosso Senhor com as mãos
sujas de sangue da nossa geração.

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C - ONDE FAZER MISSÕES? (Mt. 28:19)

Existem 3 tipos de Missões: Urbanas, Nacionais e Estrangeiras


O Evangelho é para todos, em todos os lugares.
Atos 1:8 dá-nos uma visão missionária global e estabelece os lugares
onde devemos proclamar o Evangelho.

JERUSALÉM – é o trabalho missionário em nossos lares, vizinhos, escola,


faculdade, hospital, trabalho, transportes, etc.
JUDÉIA – é o trabalho realizado nas vilas e bairros próximos.
SAMARIA – é o trabalho realizado em estados e cidades mais distantes.
CONFINS DA TERRA – é o trabalho missionário realizado em todo o
mundo, outras nações.

D – COMO FAZER MISSÕES? (Lc. 24:49; Mc. 16:20)


É preciso ter a cooperação do Senhor Jesus na obra missionária, porque
sem Ele nada podemos fazer. É Jesus quem nos manda ir e também, quem
nos oferece princípios orientadores para fazermos Missões (Atos 8: 26-40).
Ser guiado pelo Espirito Santo, não se deixar levar por preconceitos ou
tradições humanas, conhecer a Bíblia Sagrada, não deixar de anunciar a
Cristo e ter um alvo definido, são princípios orientadores do trabalho
missionário.

Para realizar Missões, além de aplicar os princípios, é preciso haver a


prática de três ações, que são:
1) Oração – a oração do crente na Obra missionária tem duas
finalidades:
a) Ela vai na frente do missionário abrindo um caminho por entre a
escuridão espiritual (Is. 62:6-10)
b) Provocar um despertamento missionário na Igreja. A oração
aumenta o envolvimento do crente com a evangelização do
mundo.
2) Contribuição - em Missões envolve, principalmente, a contribuição
através de bens materiais (Fp. 1:5).
3) Ir – o crente deve estar pronto a ir fazer o trabalho missionário, se
ainda não o está realizando. O profeta Isaías (6:8) prontamente
pediu que ele fosse enviado, quando o Senhor perguntou: “A quem
enviarei, e quem irá por nós?

Para proclamar o Evangelho, o Senhor não envia anjos. Ele usa homens e
mulheres, seus discípulos (Hb. 2:16 e I Pd. 1:12)

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E – QUEM DEVE FAZER MISSÕES?
A Bíblia nos ensina que é da Igreja a responsabilidade primária de
executar a Obra missionária. Essa responsabilidade pode ser:
a) Coletiva – da Igreja, como assembléia dos salvos
b) Individual – de cada crente, como um membro integrante da
Igreja.

Em Atos 13:1-3 nos conta que a Igreja em Antioquia separou e


enviou Saulo e Barnabé para fazer a Obra missionária. A Igreja é a
verdadeira agência missionária, responsável elo envio e coordenação
de qualquer projeto missionário. Além de Paulo e Barnabé
exercerem um ministério, terem a chamada divina, a Igreja antes de
enviá-los, jejuou, orou, impôs-lhes as mãos e os despediu.

II – A BÍBLIA E MISSÕES
Missões não é e nunca foi invenção da mente humana. AS Bíblia
inteira enfoca o propósito de se revelar a todos os povos da face da
terra através do seu povo, seja Israel ou a Igreja. A Bíblia não
contém Missões, Missões está no centro da Bíblia.

A Biblia nos dá o mandado da evangelização no mundo. A Bíblia


nos dá a mensagem para a evangelização no mundo. A Bíblia nos dá
o modelo da evangelização do mundo.

Através da Bíblia, o próprio Deus está evangelizando, isto é,


comunicando as Boas Novas ao mundo. A Bíblia nos dá também, o
poder para a evangelização do mundo.

Vamos ver, através da Bíblia, como Deus fez para realizar o seu
plano de resgatar o homem perdido, utilizando outros homens
chamados, ungidos e enviados por Ele. São exemplos vivos de fé a
serem seguidos.

MISSÕES NO VELHO TESTAMENTO

ADÃO – idéia de multiplicação – Gn. 1:28


NOÉ – Frutificai e multilicai-vos – Gn. 9:1
ABRAÃO – Deus chamando um homem para ser benção às nações
ISAQUE – Multiplicação da semente – Gn. 26:1-4
JACÓ – Tua semente será como o pó da terra – Gn. 28:12-14
JOSÉ – Salvou o Egito e outros países da fome
MOISÉS – Renuncia de posição, riquezas, prazeres, etc. – Ex. 3

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A CHAMADA DO POVO DE ISRAEL – Deus escolheu um povo
entre todas as nações do mundo para ser Seu Povo especial, como luz
do mundo em meio àquele mundo pagão. Deus escolheu esse povo a
fim de revelar o seu plano de redenção para toda a humanidade (Ex.
19:5-6). Israel seria o brilhante exemplo para as demais nações. O
povo de Istael frustrou os propósitos divinos ao fracassar no
desempenho de sua missão especial entre as nações da terra. É claro
que Deus não alterou seu plano para salvar a humanidade por causa
deste incidente. O Senhor ainda deseja que os povos e nações sejam
alcançados e que todas as famílias da terra sejam abençoadas.
NOEMI – foi uma benção para duas mulheres moabitas, Rute e Orfã
DAVI – fez com que até mesmo os seus inimigos, os filisteus,
reconhecessem a grandeza de Deus ( O livro dos Salmos).
ELIAS – Foi uma benção para a viúva de Sarepta.
ELISEU – Foi uma benção para Naamã.
JONAS – embora com relutância, tornou-se uma benção para a
população de Nínive.
DANIEL - e seus três companheiros foram benção para os
babilônios.
ESTER – e seu tio Mardoqueu foram uma benção para todo o
Império Persa.
JEREMIAS – (1:5), Isaías (6:8) e outros profetas com a missão de
levarem a Palavra do Senhor a várias nações gentias.
EZEQUIEL – profetizou no cativeiro babilônico como atalaia.

MISSÕES NO NOVO TESTAMENTO:


OS EVANGELHOS – apresentam Jesus, o missionário por
excelênica, o Salvador do mundo.
ATOS DOS APÓSTOLOS – O médico Lucas (Cl. 4:14) é o autor e
também escreveu o Evangelho de mesmo nome. Era amigo e
companheiro das viagens de Paulo. Destinatário: Teófilo. Não
descreve apenas os atos e atitudes dos apóstolos, mas do Espírito
Santo e os atos de toda igreja no início do Cristianismo. É um tratado
acerca da obra missionária de Jesus e da Igreja.

a) O Comissionamento de Paulo – A vida de Paulo é uma riqueza


sem fim. Para qualquer aspecto do ministério dele, que
focalizarmos nosso olhar, não faltará material de pesquisa, seja
estuda-lo como teólogo, escritor, pastor, mestre ou missionário.
Embora, para este último caso não exista ainda um bom acervo da
missiologia de Paulo, é lamentável, porque Paulo, o missionário,
é com certeza, uma das facetas mais importantes do apóstolo.

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Quais eram as verdadeiras motivações, estratégias e perspectivas
missionárias de Paulo?
a) Para Paulo, a vocação e comissão para o apostolado não eram através
dos homens, mas por Jesus Cristo e Deus Pai (Gl. 1:1; Rm.1:1; I
Co.1:1. Tal comissão veio através de um encontro com o Senhor
ressurreto (I Co. 15:7; Cl.1:16) que pessoalmente entregou a ele a
mensagem do evangelho (ICo. 11:23; II Co. 4:6; Gl. 1:12).

b) O apóstolo pregou o evangelho a homens e mulheres como


“embaixador” de Cristo (II Co.5:20), não por capacidade nata do seu
ser (II Co. 3:5), mas pela livre graça de Deus (I Co. 15:9-10; Ef. 3:8).

Resultados das viagens missionárias:


1 – Aqueles cristãos descritos no livro de Atos, davam à Palavra de
Deus seu merecido valor, como resultados (5:12-14; 11:19-21)
2 – Tinham fé na Palavra de Deus (19:9-10; 13:12 e 19:17-18)
3 – a Palavra foi triunfante diante de todos; acontecimentos
sobrenaturais e a Palavra prevalecia.
4 – Ficou evidente o poder e a unção do Espirito Santo na vida dos
apóstolos e da Igreja (19:1-2 e 6; I Co. 2:1,4-5
5 – O nome de Jesus foi engrandecido – 16:18,31 3e 10:43.

c) O Espírito Santo – o propagador das missões – O Espírito Santo tem


tudo a ver com missões, pois Jesus em Atos 1.2 diz que deu
mandamentos aos apóstolos pelo Espírito Santo. E também em Atos
1:8, Jesus diz que os apóstolos iriam receber o Espírito Santo e que
eles seriam testemunhas, e que eles iriam testemunhar primeiro em
Jerusalém, depois na Judéia, em Samaria, até aos confins da terra e
vemos que foi exatamente assim que ocorreu. Em Atos 2:36-41 os
apóstolos testemunharam e pregaram Jesus aos judeus em Jerusalém.
Em Atos 8:1 com a grande perseguição os cristãos que estavam
acomodados, em Jerusalém, foram dispersos, e vemos que Jesus foi
pregado e testemunhado na Judéia e Samaria. Em Atos 11:15-18 os
apóstolos e todos os cristãos judeus, receberam o evangelho, mas não
queriam e não aceitavam dividir com os gentios, que eram
considerados pessoas imundas, então Deus preparou Pedro para ir à
casa de Cornélio, que era homem gentio, mas temente a Deus, e lhe
pregasse e testemunhasse Jesus a eles pois a salvação também era
para os gentios. Pedro batizou Cornélio e todos de sua casa após
receberem o Espírito Santo, assim como os apóstolos no dia de
Pentencostes, em Atos 2:1-4. Se Deus deu a Cornélio e todos os de
sua casa o mesmo dom (presente) que os apóstolos receberam, Pedro
entendeu, como posso resistir à Deus, e não batizá-los, os judeus

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cristãos ouviram estas coisas e aceitaram e reconheceram que
também a graça em Cristo também era para os gentios. Em Atos
11:19-22 relata que diante disso o Evangelho não teve mais barreiras,
os que foram dispersos pela perseguição, saíram e foram anunciando
a Cristo Jesus em todos os lugares começando pelos judeus e depois
para os gentios, e começando a primeira igreja gentílica, a Igreja de
Antioquia. Em Colossenses 1:23, o apóstolo Paulo inspirado pelo
Espírito Santo escreveu e deixou registrado, que o evangelho foi
pregado à todas as criaturas, isso conclui que os apóstolos cumpriram
cabalmente a missão a eles incumbida naquela época. Agora fica
para nós os cristãos atuais, a missão de levar o evangelho para todos
da nossa época e testemunhar, isto é, pregar Jesus, mas só poderemos
fazer isto através do auxílio do Espírito Santo, pois é Ele quem
convence o homem do pecado.

d) A Grande Comissão – Após a Sua ressurreição, Jesus Cristo, teve


uma grande prioridade para ensinar aos seus discípulos: “Ide por
todo o mundo e pregai o Evangelho à toda criatura” (Mc. 16:15).
“Ide fazei discípulos de todas as nações...(Mt. 28:19); “e ser-me-
eis testemunhas tanto em Jerusalém, Judéia e Samaria e até aos
confins da terra” (At. 1:8); Estas três passagens bíblicas já são o
suficiente para descrever qual a prioridade número um do Senhor
Jesus Cristo – a evangelização do mundo. Mesmo antes da
ressurreição, o Senhor Jesus Cristo, via tanto a necessidade e a
urgência da obra missionária, que numa determinada ocasião, ao
olhar para a Seara, faltavam quatro meses para a ceifa, entretanto Ele
já via os campos brancos para a ceifa. (João 4:35).

As Epístolas – cartas escritas pelos missionários, estabelecendo disciplina


e encorajamento as Igrejas às Missões e desafios em relação a posição da
Igreja atual com a obra missionária (Rm. 10:13-15).

O Apocalipse – reitera o princípio da universalidade do Evangelho: “os


que procedem de toda tribo, língua, povo e nação...” Ap. 5:9-14

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III – A HISTÓRIA DE MISSÕES
O Cristianismo é uma das três religiões dominadas por uma idéia
missionária e universal. O Cristianismo conseguiu tornar-se universal, não
que todas as pessoas da terra se tenham tornado cristãs, mas sim que o
Cristianismo encontrou um lar em quase todos os países do mundo.
A geração Pós-Pentencoste tumultuou o mundo propagou o
Cristianismo para além das fronteiras da Palestina e o que “antes era como
uma seita judaica, depois foi considerado uma religião mundial”.
A liderança de cristãos como Pedro e Paulo, os grandes vultos do
Cristianisni no I século e as perseguições (Atos 8) e a destruição do templo
de Jerusalém impeliu ao exterior muitos evangelistas leigos e treinados que
se espalharam ampliando o “ide” de Marcos 16 e levando, destarte, a
mensagem de Cristo.
O ponto de partida das missões cristãs – sabemos com certeza – é a
igreja do N.T., aqueles discípulos que, por ocasião da morte de Cristo na
cruz, fugiram, assustados e inseguros, medrosos até que, no Dia de
Pentecoste foram cheios do Espírito Santo e por Ele capacitados a dar
início, naquela ocasião, à Obra Missionária.
A clara ligação entre os avivamentos históricos e os movimentos
missionários – Comumente os grandes avivamentos missionários começam
em reuniões de oração e jejum. Foi assim com os missionários suecos que
vieram ao Brasil e deram origem às Assembléias de Deus. A boa semente
do evangelho germina com mais intensidade quando regada com lágrimas
daqueles que semeiam (Sl. 126:5-6). E Jesus ensinou que o seu agir é
mediante as nossas orações (Mt. 9:38). Então podemos dizer que missão
começa com oração e jejum e continua com oração e jejum, e não pode
cessar o clamor da Igreja pela salvação do mundo.
Se observarmos os ciclos de avivamentos perceberemos que a
proclamação da Palavra torna-se uma consequência natural desta ação do
Espírito.

VEJAMOS:

Fruto de um avivamento, a partir de 1730 John Wesley durante 50 anos


pregou cerca de 3 sermões por dia, a maior parte ao ar livre, tendo
percorrido 175.000km a cavalo pregando 40.000 sermões ao longo de sua
vida.

Fruto de um avivamento, em 1727 a Igreja Moraviana passa a enviar


missionários para todo o mundo conhecido na época, chegando ao longo de
100 anos enviar mais de 3.600 missionários para diversos países.

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Fruto de um avivamento, em 1784, após ler a biografia do missionário
David Brainard, o estudante William Carey foi chamado por Deus para
alcançar os Indianos. Após uma vida de trabalho conseguiu traduzir a
Palavra de Deus para mais de 20 linguas locais e sua influência permanece
ainda hoje.

Fruto de um avivamento, em 1806, Adoniram Judson tem uma forte


experiência com Deus e se propõe a servir a Cfristo, indo depois para a
Birmânia, onde é encarcerado e perseguido durante décadas, mas deixa
aquele país com 300 igrejas plantadas e mais de 70 pastores. Hoj, Myamar,
a antiga Birmânia, possui mais de 2 milhões de cristãos.

Fruto de um avivamento, em 1882, Moody pregou na Universidade de


Cambridge e 7 homens se dispuseram ao Senhor para a obra missionária e
impactaram o mundo da época. Foram chamaos “os 7 de Cambridge”, que
incluía Charles Studd (sua biografia publicada no Brasil, chama-se “O
homem que obedecia”). Foi para a África, percorreu 17 países e pregou a
mais de meio milhão de pessoas. Fundou a Missão de Evangelização
Mundial (WEC Internacional) que conta hoje com mais de 2.000
missionários no mundo.

Fruto de um avivamento, em 1855, Deus falou ao coração de um jovem


franzino e não muito saudável para se dispor ao trabalho transcultural em
um país idólatra e selvagem. Vários irmãos de sua igreja tentavam
disssuadi-lo dizendo: “para que ir tão longe se aqui na América do Norgte
há tanto o que fazer?” Ele preferiu ouvir a Deus e foi. Seu nome é
Simonton (1833-1867) que veio ao nosso país e fundou a Igreja
Presbiteriana no Brasil.

Fruto de um avivamento em 1950, no Wheaton College cerca de 500


jovens foram chamados para a Obra Mission-ária ao redor do mundo. E
obedeceram. Dentre eles estava Jim Elliot, que foi morto tentando alcançar
a tribo Auca na Amazônia em 1956. S partir de seu martírio houve um
grande avanço missionário em todo o mundo indígena, sobretudo no
Equador. Outro que ali também se dispôs para a obra missionária foi o Dr.
Russel Shedd que é tremendamente usado por Deus em nosso país até o dia
de hoje.

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IV – A IGREJA E MISSÕES

- A Igreja Local
Num conceito neotestamentário “Igreja” é uma comunidade sem fronteiras.
Missões não é um programa eclesiástico, é a respiração da Igreja.
- Visão Missionária da Igreja ultimada na GRANDE COMISSÃO:
1. é uma ordem
2. é para todos 0 abrange todo tipo de pessoa, não faz distinção
3.é para glorificar a Deus
4. anunciar o Evangelho, direcionado pelo Espírito Sato

- O papel do pastor da Igreja


Cabe ao pastor da Igreja conscientizá-la para a sua responsabilidade na
Obra da evangelização mundial. Outros poderão interessar-se pelo
empreendimento, mas só ele tem nas mãos o leme da condução do rebanho
e, se não houver de sua parte qualquer interesse, pouco a igreja poderá
realizar.

- O Departamento de Missões – O Departamento de Missões


instrumentaliza a ação missionária da Igreja Local. É supervisionado pelo
pastor.

- A responsabilidade da Igreja com o missionário – Fp. 4:16


Quando a Igreja se dispõe a enviar alguém, deve prover os meios
suficientes para que ele não venha experimentar necessidades, a ponto de
prejudicar a obra que está sendo iniciada.
Outra responsabilidade da Igreja para com o missionário é proporcionar-
lhe preparação adequada para o exercício de sua chamada. É
contraproducente enviá-lo sem um mínimo de conhecimento do idioma,
das condições políticas e do contexto cultural do país onde vai trabalhar.
Ele precisa estar psicologicamente preparado para enfrentar situações
adversas de toda ordem e, ainda assim, permanecer ativo e confiante,
sabendo que seu trabalho não é vão no Senhor.

- A responsabilidade da Igreja com a oração (Mt. 9:38)


A oração é a força propulsora de todo trabalho missionário. Se você tiver o
cuidade de fazer um levantamento nas páginas da Bíblia, vai descobrir que
as grandes intervenções divinas na história de missões, tiveram como ponto
de partida a oração. Mas não basta apenas teorizar sobre a oração. É preciso
orar.

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- As Juntas e Agências Missionárias:
- Missões Nacionais: são missões dentro do nosso país
Exemplo no N. Testamento:
Sede do trabalho: Jerusalém
Povo alvo: Judeu
Missionários líderes: Pedro e João
Auxiliares: Felipe, Estevão e Barnabé

- Missões Estrangeiras: são missões em outros países


Exemplo no N. Testamento:
Sede do trababalho: Antioquia (Síria)
Povo alvo: os gentios
Missionários líderes: Paulo e Barnabé
Auxiliares: Apolo, Timóteo e Silas

As Agências Missionárias são de grande importância e atuam como


instrumentos de Deus para ajudar a igreja local a fazer missões.
Exemplos: JOCUM, JMM, JMN, MISSÕES PORTAS ABERTAS, JAMI,
etc.
a) Prover treinamento específico para o missionário
b) Orientar quanto às melhores oportunidades
c) Executar o serviço burocrático

Podemos mencionar também os Seminários Evangelicos, que preparam


teologicamentge os obreiros para a realização do trabalho missionário.

- Métodos do trabalho missionário à luz do Novo Testamento:


a) O envio de missionários ao campo pode ser de forma permanente,
ocasional e especial – Rm. 10:15
b) A intercessão – II Tm. 1:3; Is. 3:10; Fp. 1:4; Rm. 15:30-31
c) A contribuição – Fp. 4:16-18; II Co. 9:12-15

V – MISSÕES URBANAS
Atos 1:8 trata de Missões Urbanas (Jerusalém), Missões Nacionais
(Judeia e Samaria) e Missões Estrangeiras ou Transculturais (até aos
confins da Terra).

Missões Urbanas é a ação da evangelização da Igreja na sua própria cidade,


no templo, e de casa-em-casa (At. 5:42 e 8:4). É a Igreja “enviando” seus
membros, é a Igreja “indo” em cumprimento à Grande Comissão.

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A atividade missionária da Igreja deve principiar sempre pelas ruas de sua
própria Cidadw. E isto é Evangelização Urbana ou Urbangelização.

A palavra de Cristo à Igreja não é uma opção e nem deve ser objeto de
discussão. É uma ordem!!! O servo deve obedecer a ordem do seu Senhor
(Mt. 28:19-20).

A Igreja Apostólica foi obediente à ordem dada pela Senhor Jesus. Iniciou
os seus trabalhos justamente fazendo “\Missões Urbanas”, ou seja,
evangelizando a Cidade de Jerusalém. Houve grande e estrondoso
crescimento. Os relatos estão especialmente nos capítulos 01 a 07 do livro
de Atos dos Apóstolos (1:1-3; 2:1,6,14,40,41,46-47; 4:4,31; 5:42 e 8:4)

O desafio das Missões Urbanas

As cidades, com sua complexidade social, cultural, econômica, emocional e


espiritual, constituem-se campo propício para atuação da Igreja ou do
inferno; dos cristãos ou dos feiticeiros; dos homens de bem ou dos
assassinos. A cidade em que vivemos é campo de batalha entre Deus e o
diabo; a cidade pertencerá aos céus ou ao inferno; depende de quem agir
com mais eficiência e eficácia, com forças dos céus ou do inimigo.
Segundo Linthicum, os sistemas sociais, econômicos, políticos,
educacionais e outros, na cidade, estão sob a influência dos demônios, das
potestades das trevas. É preciso muito poder, muita oração, muito jejum e
muita ação para que as estruturas das cidades sejam tomadas do poder do
inimigo. O desafio é grande, mas “o que está conosco é maior do que ele”
(I João 4:4b)

VI – CONTEXTUALIZAÇÃO NA OBRA MISSIONÁRIA


Trata-se da maneira que Deus se manifesta na revelação e na
comunicação ao ser humano, e por analogia consequente, a maneira que o
povo de Deus transmite vivencialmente o Evangelho, dentro de diversos
contextos históricxos e cultutais humanos (Mt. 24:14)

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VII – MISSÕES TRANSCULTURAIS
No sentido de cruzar qualquer fronteira que separa o mensageiro do
ouvinte. Convencionou-se a pensar em transcultural como além-mares.
Todavia, é fato que qualquer missão, seja ela perto ou longe, é missão
transcultural. Além das barreiras mais conhecidas como a da linguística,
costumes, geográfica, étnicas, etc., temos ainda as barreiras sociais, morais,
religiosas, familiares.

O prefixo “trans” deriva-se do latim e significa “movimento para além de”,


“através de”. Portanto, em linhas gerais, missões transculturais é, transpor
uma cultura para levar a mensagem universal do Evangelho. A mensagem
do Evangelho não pode se restringir a uma só cultura, mas ter alcance
abrangente, em todos os quadrantes da terra, onde quer que haja uma etnia
que ainda não a tenha ouvido.

Comunicar o Evangelho através das barreiras culturais é muito mais


complicado e difícil que evangelizar o povo da nossa própria terra. Para
que o missionário intercultural tenha êxito, precisa conhecer a dinâmica
fundamental da comunicação intercultural. Se ele aprender a superar as
barreiras da comunicação, fundamentadas nas diferenças culturais, seu
trabalho será muito mais frutífero.

Os antropólogos definem a cultura como herança total do homem


não transmitida biologicamente. É um sistema de normas de conduta
aprendidas, comuns aos membros de uma sociedade em particular, é o
modo de vida de determinado grupo étnico. Os valores que tem em comum
e a forma de conduta são aceitas como normais em seu meio. Esse
conhecimento nos é transmitido desde a infância até o momento em que
morremos. Essa cultura não é estática, mas está em constante processo de
mudanças que acontecem lentamente. Às vezes essa cultura muda quando
um missionário leva o Evangelho e o povo assimila conhecimentos novos
mudando, muitas vezes, sua maneira de vida. Com o tempo um número
cada vez maior de pessoas adotam essa nova conduta cristã, tornando-a
normal entre o povo.

Os missionários transculturais devem estudar com muito cuidado a


estrutura social dos grupos étnicos aos quais Deus os chamou. Como
hóspedes entre esses povos, devem aprender a fazer a Obra até onde seja
possível através destas estruturas. Usando esse conhecimento
(transcultural) ao planejar a estratégia de trabalho., alguns missionários tem
tido bastante êxito entre esses povos.

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“NÃO É O EVANGELHO QUE SE CURVA À CULTURA, MAS
ESTA SE CURVA AO EVANGELHO”.

Isto é fazer Missões Transculturais. É preciso descobrir o “approach”


de cada cultura, ou seja, os seus pontos de aproximação para comunicar de
maneira adequada as verdades do Evangelho, como fez Paulo entre os
atenienses. Este é, na Bíblia Sagrada, um caso típico de Missões
Transculturais.

O Espírito Santo é criativo, isto é, usa métodos diferentes para


diferentes culturas. Os métodos desempenham um importante papel na
realização das metas do Espírito Santo, para a evangelização de grupos
étnicos não alcançados. Deus tem uma meta especial para cada grupo não
alcançado e conta conosco para descobrirmos essa estratégia e nos
associarmos com Ele para a realização da evangelização.

VIII – POVOS NÃO ALCANÇADOS

O ÚLTIMO E GRANDE DESAFIO MISSIONÁRIO DA IGREJA

Calcula-se que até hoje menos da metade da população mundial com


suas etnias e idiomas tenha sido confrontada com o evangelho. A outra
parte, com sua maioria absoluta a Janela 10/40. O termo “Janela 10/40”
originou-se com Luis Bush, Diretor Internacional AD2000 & Beyonde
Movement durante a 2ª Conferência de Lausanne, em Manila, em Julho de
1989. Desde então, tem sido usado por missiólogos e autoridades
eclesiásticas no mundo. Representa uma grande multidão de cerca de 2,7

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bilhões de pessoas enganadas pelo ensino do: Hinduismo, Budismo e
Islamismo, que ainda são objeto dos empreendimentos missionários dos
Povo de Deus. A área de maior perseguição atualmente fica na JANELA
10/40, a faixa compreendida entre os paralelos 10º e 40º, onde vivem 97%
das pessoas menos evangelizadas do mundo. Essa área retangular se
estende do oeste da África até a Ásia, entre os paralelos 10 e 40 ao norte do
Equador. Há 1,6 bilhões de muçulmanos, hindus e budistas vivendo nessa
“janela” e em alguns países a Igreja foi quase eliminada como resultado da
opressão islâmica. A população cristã lá é menor que 2%, uma pequena,
porém, preciosa minoria. Outra área crítica na Janela 10/40 é a China.
Pastores e evangelistas são detidos todos os dias. Igrejas nos lares são
fechadas e seus líderes ameaçados. Muitos são presos por portarem
simplesmente a Bíblia. E, apesar do declínio do Comunismo na Europa, a
China ainda mantém uma posição ateísta inflexível, piorando a situação da
Igreja lá. Os países com as maiores populações na~-cristãs são: China,
Índia, Indonésia, Japão, Bangladesh, Paquistão, Turquia e Irã, todos na
Janela 10/40.

- A realidade mundial
Vivem no mundo hoje, mais de 2,5 bilhões de pessoas que nunca
ouviram o Nome de Jesus nem sequer uma vez.
Esta vasta multidão representa 15 vezes a população do Brasil
• 1,7 bilhão são considerados cristãos. Destes quantos realmente são
nascidos de novo?
• Existem mais de 200 nações no mundo;
• 12.500 grupos étnicos;
• 10.000 povos ainda não alcançados pelo Evangelho;
• 6.528 línguas;
• 1,1 bilhão são miseravelmente pobres, ou seja, ganham menos que
U$1.000,00 por ano e somente serão salvas se ouvirem e crerem no
Evangelho de Jesus.

• Dos 50 países menos evangelizados do mundo, 37 estão na Janela


10/40.

Segundo estatísticas nascem 370 mil enquanto morrem 150 mil/dia.


Estima-se que mais de 85 mil morrem por dia, sem nunca terem ouvido
falar o nome de Jesus, nem sequer uma vez na vida. Ou seja, 2,5 milhões de
pessoas morrem a cada mês e vão para a eternidade sem terem sido sequer
evangelizadas. Até amanhã a esta hora, mais de 85 mil vidas terão ido para
o inferno.

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AS RELIGIÕES DA JANELA 10 X 40

ISLAMISMO - Uma religião missionária, que está se espalhando


rapidamente pelo mundo. Seus seguidores não creem em Jesus Cristo como
Salvador pessoal. É uma das religiões mais resistentes ao Cristianismo. Seu
número de adeptos chega a cerca de 1.052 bilhão de pessoas.

Os países onde se concentram o maior número de adeptos são:


EUROPA: Albânia
ÁSIA: Afeganistão, Bangladesh, Brunei, Cazaquistão, China, Filipinas,
Indonésia, Laos, Malásia, Maldivas, Miamar, Nepal, Paquistão, Quirguizia,
Seara Oriental, Sudão, Tadjiquistão, Turcumênia, Turquia, Uzbequistão;
ÁFRICA: Argélia, Benin, Burkina, Camarões, Chade, Djibuti, Etiópia,
Gâmbia, Guiné, Guiné-Bissau, Líbia, Mali, Marrocos, Mauritânia, Niger,
Nigéria, Senegal, Somália, Tunísica, Uzbequistão;
GOLFO PÉRSICO: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irã, Iraque,
Kwait, Omã;
ORIENTE MÉDIO: Catar, Egito, Israel, Iêmem, Jordânia, Líbano, Síria.
HINDUISMO – Os hinduístas creem em milhões de deuses que podem
encarnar (os avatares). Adoram animais e praticam rituais de magia e
exorcismo. Sofrem influência do animismo,, espiritismo e ocultismo, com
720 milhões de pessoas adeptas concentradas nos seguintes países:
ÁSIA: Bangladesh, Butão, Índia, Malásia, Nepal, Paquistão, Sri Lanka
ÁFRICA: Mali
ORIENTE MÉDIO: Kuwait

BUDISMO – Seguidores dos ensinamentos de Buda. Os budistas seguem


uma série de preceitos éticos e filosóficos, visando alcançar o “nirvana”
(extinção do ser). Não creem na existência de um Deus pessoal, nem na
salvação da alma. Do budismo derivam o Lamaismo, Zen-budismo,
Sheicho-no-iê, Perfecty Liberty, Nutiren Shoshu e Igreja Messiânica
Mundial. O número aproximado de adeptos dessa religião é de 613 milhões
de pessoas e estão concentradas nos seguintes países:
ÁSIA: Bangladesh, Birmânia, Butão, Camboja, China, Ceilão, Coréia do
Norte, Índia, Indonésia, Japão, Kirghizistan, Laos, Manmá, Mongólia,
Nepal, Sri Lanka, Tailância, Tibete, Vietnã.

ANIMISMO – O animismo é uma religião de origem africana, seus


adeptos seguem em suas subunidades como xamanismo, fetichismo, culto
aos ancentrais. Os animistas creem que por trás dos objetos sensíveis há
uma alma ou espírito capaz de manter relações diretas com o homem. É
uma tentativa de explicar os fenômenos da natureza.

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Atualmente, ligadas a religiões tribais estão cerca de 144 milhões de
pessoas. Países onde se concentram:
ÁFRICA: Benin, Burkina, Burundi Chade, Etiópia, Gâmbia, Guiné, Guiné-
Bissau, Niger, Nigéria, Senegal.
ÁSIA: Malásia, Mianmá, Sudão

No contexto mundial o alvo missionário hoje é a “Janela 10/40”, que


culmina com o potencial da Igreja Brasileira diante de desafios como esse.
Agências missionárias internacionais se preparam para investir no Brasil,
que é considerado hoje no mundo o celeiro das missões mundiais.

IX – A BATALHA ESPIRITUAL (Cl. 1:13; At. 26:16-18)


Devemos entender que estamos numa batalha espiritual. Fazer a Obra de
evangelista, querer ver o mundo todo salvo, servir a Cristo, é atacar
diretamente o inimigo, satanás.

Porém, satanás não quer perder terreno e, então procura enganar os


cristãos, mantendo escondido o conceito da batalha espiritual que mais lhe
incomoda, que é a conquista dos povos ainda não alcançados.

Na maioria dos estudos ou livros sobre batalha espiritual, os autores se


preocupam com as dificuldades espirituais individuais dos crentes. Poucos
tem percebido que a batalha espiritual mais eficaz é aquela que tira vidas
das mãosde satanás e ganha terreno para o reino de Deus.

A nossa posição (Ef. 1:19-22)

Para enfrentar essa batalha precisamos, antes de qualquer coisa,


saber qual é a nossa posição espiritual, para termos ousadia, coragem e
enfrentar o inimigo. Muitos de nós nos sentimos impotentes e incapazes
pafra a luta; por isso precisamos entender o que a Bíblia fala sobre nossa
posição.

De acordo com o texto acima, Deus ressuscitou a Cristo e o colocou


sentado à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado e
potestade, e domínio, e poder, e submeteu tudo aos seus pés, Aleluia!!!
Pois Jesus Cristo é o Dominador de todas as coisas, portanto Ele controla o
poder de satanás. Em Efésios 2:6, diz que nós também ressuscitamos e
estamos assentados nos lugares celestiais em Cristo, o que quer dizer que
estamos também acima de todo domínio e principado e

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potestade....Aleluiaaa! Esta é a posição do crente: ressurreto com Cristo,
assentado nos lugares celestiais, acima de tudo.

O Espírito Santo dá poder a todo crente para realizar as mesmas


obras que Cristo realizou (Lc. 10:19; Mc. 16:17-18). É preciso ter fé e pôr
em prática a Palavra de Deus.

A nossa armadura (Ef. 6:10-20)

Neste trecho da Palavra, o apóstolo Paulo apresenta-nos a armadura de


Deus. No verso 12, a Bíblia afirma que a nosso luta não é física, mas
espiritual. Saiba que a luta está no âmbito espiritual; logo, temos de nos
revestir da armadura de Deus, mas antes temos de estar fortalecidos no
poder do Senhor, com um avida de santidade, oração e cheia do Espírito
Santo; então vestiremos a armadura e estaremos prontos para a batalha.

A nossa estratégia

Para tornarmos efetiva a nossa vitória nesta batalha, precisamos de


uma estratégia bem planejada e estudada. Esta estratégia já está descrita na
Palavra de Deus e constitui-se dos seguintes passos:

1 – Derrubar as portass do inferno – Mt. 16:18


2 – Amarrar o inimigo – Mc. 3:27
3 – Roubar-lhe os bens – Mc 3:27
4 – Garantir os bens saqueados:
a) Discipulando
b) Resistindo a satanás – Tg. 4:7
c) Não dando lugar ao diabo – Ef. 4:27; IITm 2:4

X – ESTRATÉGIA MISSIONÁRIA (Rm. 15:20)


É muito importante que cada Igreja local tenha uma estratégia
missionária, pois isso facilitará o trabalho, promoverá maior concentração
de visão, e os esforços estarão dirigidos para as metas estabelecidas.
A Bíblia ensina que Jesus Cristo é o modelo que devemos imitar, e o
apóstolo Paulo disse: “Sede meus imitadores como também sou de Cristo
(I Co. 1:1). Cremos que o apostolo Paulo é um homem digno de imitação.
Vemos no Novo Testamento, o modo tão extraordinário pelo qual
Deus usava a vida de Paulo e analisando sua vida, temos que admitir que
ele era um homem com dificuldades e fraquezas, igual a mim e você. Por
outro lado, o mesmo Jesus Cristo que operava em Paulo está vivo,

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operando em cada um de nós. O mesmo Espírito que concedia unção,
poder, autoridade e sabedoria ao apóstolo Paulo, habita em nós. A única
coisa que Paulo tinha mais do que nós era a consagração, se nos
consagraremos em dedicação, submissão e dependência absoluta a Deus,
poderemos ser usados da mesma forma.

CARACTERÍSTICAS DA VIDA DE PAULO:

- COMPROMISSO: (Rm 1:14; I Co. 9:16; Fp. 1:21) – Paulo sabia que
Cristo é a única solução para o problema da humanidade.
- COORDENAÇÃO: O apóstolo Paulo, era um homem que queria avançar
mais e mais com a pregação do Evangelho. Em Mt. 28:18-20, onde Cristo
dá a “Grande Comissão” à seus discípulos, Ele diz que devemos “fazer
discípulos de todas as nações. Portanto, o que Jesus tinha em mente não era
a divisão político-geográfica que temos no mundo hoje, mas se referia a
etnias ou grupos étnicos. Por exemplo, aqui no Brasil existem 221 nações
indígenas. Jesus se referia a essas etnias como alvo de sua graça,
misericórdia e salvação.

É claro que o apóstolo Paulo tinha captado a visão de Deus, pois a Bíblia
diz que temos a mente de Cristo e que o Espírito Santo habita em nós. Se
Deus está realmente dirigindo nossa vida, teremos naturalmente a mesma
visão que Ele tem para o mundo.

Veja o que o Senhor Jesus diz em Mt. 24:15, a Palavra de Deus é muito
clara. O fim virá depois que o Evangelho do reino for pregado à todas as
nações, e mais uma vez a palavra “nações”, no original grego, é “ethne” ou
sejua, grupos étnicos.

- COOPERAÇÃO – Paulo respeitava o trabalho dos outros irmãos. Ele


não queria edificar onde outro já estava edificando, por causa da visão
pioneira que possuía. Quando chegava a uma cidade e encontrava algum
irmão trabalhando, simplesmente ia a outro lugar, pois respeitava o
trabalho daquele irmão.

A ESTRATÉGIA DE ADOTAR UM POVO NÃO ALCANÇADO

Deus está promovendo na Igreja Evangélica ao redor do mundo o


milagre da unidade. Havia diversas organizações fazendo estatísticas sobre
os povos não alcançados. Nenhuma divulgava suas informações a não ser
para seu próprio uso. O Espírito Santo começou a convencer os líderes
dessas organização de que deviam trabalhar em unidade e, hoje estão
colocando todas as suas estatísticas em um só computador e divulgando as

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as informações a todo o povo de Deus ao redor do mundo, e isso está
facilitando muito o estabelecimento de uma estratégia mais clara para
alcançar os não alcançados.

XI – BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
- Livro: PLANTAR IGREJAS – David J. Hesselgrave – Ed. Vida Nova
- Livro: Conquistando Almas...lá fora onde os pecadores estão
Autor: T.L. Osborn – Ed. Metodista
- A comunicação transcultural do Evangelho – David Hesselgrave –
Editora Vida Nova
- Heróis da Fé – Orlando Boyer
- O Fator Melquisedeque – Don Richardson – Ed. Vida Nova
- O Totem da Paz – Don Richardson – Ed. Betânia
- A Igreja local e Missões – Edson Queiroz – Ed. Vida Nova

XII – PRÁTICA MISSIONÁRIA


Prática do conhecimento adquirido no Curso através de pesquisas, contatos,
experiências, entrevistas ou estágios, apresentação de trabalho em aula etc.

LEMAS MISSIONÁRIOS:
“Deves ir ou enviar um substituto” – David Livingstone

“O rico morre e deixa milhões, sem poder levar consigo nem um tostão”
William Fatler

“Por que alguém deveria ouvir o evangelho duas vezes, quando há pessoas
que não ouv iram nenhuma vez? Oswald Smith

“A Igreja que deixa de ser evangelista em breve deixará de ser evangélica”


Alexandre Duff

“Deus tinha um único filho e fez Dele um Missionário” – David


Livingstone

“ A minha paróquia é o mundo” – João Wesley

“Nunca me preocupei com onde viveria, nem como viveria, nem que
provações teria que sofrer, desde que assim eu pudesse ganhar mais almas
para Cristo” – David Brainerd

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“Missões está onde você estiver” – Fred Nuckley

“Coloque Missões em primeiro lugar e ]Deus lhe dará as coisas


necessárias” Edson Queiroz

- “Ide por todo mundo e pregai o Evangelho à toda criatura” – Jesus Cristo

“Um ministério que não está envolvido com Missões é um mistério” –


Josué Martins

- “Uma Igreja não existe para si mesma, mas para o mundo” – George
Carey

- “Tem gente que acha que fazer Missões é diferente de evangelizar. A


missão da Igreja é evangelizar, portanto, quem não evangeliza não é
missionário”.

SUMÁRIO
I – INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... . - 2 -
II – A BÍBLIA E MISSÕES ............................................................................................................. - 5 -
III – A HISTÓRIA DE MISSÕES..................................................................................................... - 9 -
IV – A IGREJA E MISSÕES ......................................................................................................... - 11 -
V – MISSÕES URBANAS ........................................................................................................... - 12 -
VI – CONTEXTUALIZAÇÃO NA OBRA MISSIONÁRIA................................................................. - 13 -
VII – MISSÕES TRANSCULTURAIS ............................................................................................ - 14 -
VIII – POVOS NÃO ALCANÇADOS............................................................................................. - 15 -
IX – A BATALHA ESPIRITUAL (Cl. 1:13; At. 26:16-18)............................................................... - 18 -
X – ESTRATÉGIA MISSIONÁRIA (Rm. 15:20) ............................................................................ - 19 -
XI – BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA........................................................................................ - 21 -
XII – PRÁTICA MISSIONÁRIA ........................................................................................... - 21 -
SUMÁRIO................................................................................................................................. - 22 -

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