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NATHALIA SILVEIRA FINCK


Especialista em Prótese Dentária
Mestre em Clínica Odontológica
Doutoranda em Biomateriais e Biologia Oral

RESTAURAÇÕES EM DENTES TRATADOS


ENDODONTICAMENTE 2
DENTES TRATADOS ENDODONTICAMENTE DESAFIO ODONTOLÓGICO

?
QUAL MATERIAL RESTAURADOR IDEAL?

?
QUAL TÉCNICA RESTAURADORA UTILIZAR?

USO OU NÃO PINO?

QUE TIPO DE PINO?

3 QUAL CIMENTO UTILIZAR?


DENTES TRATADOS ENDODONTICAMENTE PROTEÇÃO

GUTA-PERCHA NÃO POSSUI CAPACIDADE DE VEDAMENTO

RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS

ALTERAÇÃO VOLUMÉTRICA / MICRO INFILTRAÇÕES

2 Semanas 4
Sucesso para a Restauração

Dentes com pouca estrutura perdida Restauração direta!

Dentes estruturalmente comprometidos Retentores?


NÚCLEO DE PREENCHIMENTO X PINOS

dentes vitais dentes não vitais

preenchimento preenchimento preenchimento NMF pino


de resina de CIV de resina de fibra de vidro
RETENTORES INTRA
RADICULARES
Esmalte 80 GPa
Módulo de Elasticidade
Propriedade mecânica que indica
rigidez de um corpo sólido

Dentina 18,6 GPa


Resistência a fratura:
Capacidade e deformação da dentina
Esmalte transmite toda a carga que recebe
Remanescente do osso alveola

Osso alveolar Tensão Mecânica Fratura


Naumann et al., 2006
Dimensões médias
TUDO PODE EVOLUIR E MUDAR,
EXCETO A ANATOMIA!

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METAL
FIBRA
Dietshi et al., 2007
Adaptado do prof. Frederico Vasconcellos
ndicações
Dente anterior tratado endodonticamente e a abertura do acesso tenha
enfraquecido o dente significativamente.

Destruição coronal extensa e necessidade de um pino para reter e/ou


restaurar a estrutura coronal.
TÉCNICA DIRETA

Remanescente coronário favorável


Sessão única com isolamento absoluto
Espessa linha de cimentação

PINOS COM DIÂMETROS IGUAIS AOS
DOS CANAIS
PINOS COM
DIÂMETROS IGUAIS
AOS DOS CANAIS
PINOS ACESSÓRIOS
A INSTRUMENTAÇÃO
DO CANAL
RADICULAR
ENFRAQUECE
SIGNIFICATIVAMENTE
A RAIZ.
UMIDADE DOS DENTES

• Dentina dos dentes vitais: 12.35%


• Dentina dos dentes tratados endodonticamente: 12.10%
Huang et al., 1992
Idealmente…
Propriedades físicas semelhantes a dentina

Distribuições de tensões uniforme

Compatibilidade estética com a restauração final

Mínimo estresse durante colocação e cimentação

Radiopacidade
Prognóstico favorável…
Há menos perda de estrutura dental

Presença de férula

Uso de pinos com propriedades semelhantes aos do dente

Uso de técnicas adesivas


FÉRULA
FÉRULA -
PREVISIBILIDADE

UM COLAR DE DENTINA DE 1-2 MM MELHORA SIGNIFICATIVAMENTE A RESISTÊNCIA


À FRATURA DE DENTES COM MÍNIMA ESTRUTURA CORONAL QUE RECEBERÁ
COBERTURA TOTAL APÓS TRATAMENTO ENDODÔNTICO.
DISTRIBUI O STRESS PELO DENTE!
Juloski et al., 2014
FÉRULA

AUMENTO DE COROA
ORTODONTIA
PINOS PRÉ-FABRICADOS

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29
Neste estudo, concluiu-se que NaOCl,
H2O2 e a combinação de NaOCl e H2O2
têm efeito na resistência de união à
dentina do canal radicular. Usando esses
medicamentos, a resistência de união à
dentina diminuiu. A clorexidina é uma
solução irrigante adequada, mas ainda
são necessários mais estudos in vivo e in
vitro sobre o efeito da clorexidina.
Adesão em dentina radicular
CONDICIONAMENTO
COM ÁCIDO
FOSFÓRICO?
DENTINA
Dentina não condicionada Dentina condicionada

Joshi et al., 2013; Perdigão et al., 2013


Dentina condicionada

Van Meerbeek et al., 2003


PREPARO DO CONDUTO

Ultradent
MENOR SENSIBILIDADE TÉCNICA

UNIVERSAIS
ADESÃO UNIVERSAIS

CONDICIONAMENTO AUTOCONDICIONANTE

Hashiomoto M, 2009
SISTEMAS UNIVERSAIS -
ADESÃO MULTIMODAIS

ALL-IN-ONE

PH 2 (MAIORIA)
SISTEMAS UNIVERSAIS -
ADESÃO MULTIMODAIS

Cond. Ácido pode


prejudicar a
adesão:
monômeros se
ligam ao cálcio
das estruturas
dentais
OBS: NÃO SE USA ÁCIDO EM DENTINA ANTES DE MATERIAIS
Grupo fosfato que se COM MDP, POIS NECESSITAMOS DO CA QUE O ÁCIDO REMOVE!
unem a óxidos
metálicos (Al2O3,
ZrO2…)

10 MDP

E também ao Ca Grupo Metacrilato que


existente no co-polimeriza com os
E S M A LT E e n a monômeros da resina
DENTINA ou do cimento.
SISTEMAS UNIVERSAIS -
MULTIMODAIS

Cond. esmalte:
maior resistência
de adesão
Cond. dentina:
Sem significância
Como remover excesso?

Micro pincel

Ou
Jato de ar

Camada mais uniforme e padronizada


MICROBRUSH ENDO TIM
Qualificação dentinária
Desobturar o conduto no comprimento desejado

Promover uma dentina limpa e recém cortada

Largo/ Broca sistema de pinos/ Inserto ultrassom(10seg


Escova Profilática para conduto MK Life
PRÉ-FABRICADO
• Estética favorável
• Tempo reduzido
• Isolamento absoluto
• Falhas ocorrem na cimentação (Cimento resinoso)
• Ajuste oclusal
AS FALHAS DOS PINOS FIBRORESINOSOS ESTÃO LIGADAS À
PROBLEMAS DE CIMENTAÇÃO
• Elevado fator C;
• Características da dentina radicular;
• Incompatibilidade entre os sistemas adesivos e os cimentos duais;
• Sensibilidade da técnica adesiva;
HOMOGENEIDADE CIMENTAÇÃO
GUIDELINES: DENTES ANTERIORES

• Acesso conservador, com cristas marginais presentes: Sem


recomendação para pino ou coroa;
• Sem cristas marginais: Recomendação para pino de fibra de vidro e
coroa;
• Somente a férula: Recomendação para pino de fibra de vidro e coroa;
DENTES POSTERIORES: É COMO
PADRÃO DE BELEZA! PESSOAL E
NÃO PADRONIZÁVEL!

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GUIDELINES: PRÉ-MOLARES

• Acesso conservador, com cristas marginais presentes: Sem recomendação para


pino ou recobrimento de cúspide;
• 2 ou 3 paredes de dentina presentes: Recomendação para pino de fibra de vidro
para prevenção do deslocamento da coroa;
• Somente a férula: Recomendação para pino de fibra de vidro e coroa ou implante
e coroa;
GUIDELINES: PRÉ-MOLARES

• COLOCAR PINO NAS DUAS RAÍZES OU NÃO?


• Sem remanescente = Dois pinos!
• Com remanescente = Colocar onde tem menos
remanescente!
GUIDELINES: MOLARES
• Pinos intrarradiculares devem ser evitados quando possível;
• Usar a câmara pulpar e 2-4 mm dos canais para retenção do núcleo de
preenchimento;
• Em casos de extrema necessidade, pinos devem ser colocados no
canal distal de molares inferiores e palatino de molares superiores;
Sorrentino et al. 2007; Zarow et al., 2018; Roca et al., 2013; Hayes et al., 2017
GUIDELINES: MOLARES

• Em molares não é necessário mais de um pino!


GUIDELINES: MOLARES

• Nivelamento da câmara pulpar com resina flow.


PASSO A PASSO

1. ISOLAMENTO, DESOBTURAÇÃO, LIMPEZA E SELEÇÃO DO PINO

2. CONDICIONAMENTO DO CONDUTO E COROA COM ÁC FOSFÓRICO 37%

3. CONDICIONAMENTO DO PINO COM AC FOSFÓRICO 37% VISANDO LIMPEZA.

4. LAVAR ABUNDANTEMENTE COM UMA SERINGA FINA.

5. SECAGEM DO CONDUTO COM CONE DE PAPEL.

6. APLICAÇÃO DO ADESIVO COM MICROBRUSH LONGO.


PASSO A PASSO

7. REMOÇÃO DO EXCESSO DE ADESIVO COM CONE DE PAPEL;

8. SILANO NO PINO;

9. APLICAÇÃO DE ADESIVO NO PINO;

10. FOTOPOLIMERIZAÇÃO;

11.APLICAÇÃO DO CIMENTO;

12. FOTOPOLIMERIZAÇÃO E INICIO DO PREENCHIMENTO;


Canais curvos?? - sistema apenas com as
fibras
PINOS ANATÔMICOS
HANDS-ON
PINOS ANATÔMICOS
• Melhor embricamento mecânico;
• Diminuição da linha de cimentação (Menos bolhas);
• Presença de bolhas = falha na camada híbrida
• Indicado para canais amplos;
PINOS ANATÔMICOS - PASSO A PASSO
• Desobturação do conduto com
broca Gates;
• Irrigação com soro fisiológico/
água destilada;
ESCOLHA DO PINO
ISOLAMENTO DO CONDUTO

gel hidrossolúvel
DESINFECÇÃO DO PINO

Álcool ou ác. Fosfórico


DESINFECÇÃO DO PINO
SILANIZAÇÃO
SILANIZAR OU NÃO O PINO?

MATRIZ DE DIMETACRILATO PINO DE RESINA EPÓXI


MOLÉCULA BIFUNCIONAL
Grupo silano que se
une a sílica da
superfície da
cerâmica

SILANO
Grupo Metacrilato que
co-polimeriza com os
monômeros da resina
REAÇÃO QUE LIBERA ÁGUA - POR ou do cimento.
ISSO SECAR APÓS APLICAÇÃO
APLICAÇÃO ADESIVO
MICROBRUSH ENDO TIM
FOTOPOLIMERIZAÇÃO
RESINA DE DENTINA

Ativação da resina para


evitar bolhas
• Manipular a resina composta;
• Adaptar no pino;
• Lubrificar o conduto (Natrozol 1%-
manipulação de gel hidrossolúvel);
• Inserir conjunto resina/pino + foto 10/15 seg;
• Remover e fotoativar novamente;
INSERÇÃO E FOTOPOLIMERIZAÇÃO

• fotopolimerizar em tempo constante;


• Não retirar o pino para não gerar bolhas;
FOTOPOLIMERIZAÇÃO
PREPARO DO CONDUTO
APLICAÇÃO DO CIMENTO
FOTOPOLIMERIZAÇÃO
NÚCLEO DE PREENCHIMENTO
NÚCLEO DE PREENCHIMENTO
Por quanto tempo espero para preparar o
dente?

10 MINUTOS (PRINCIPALMENTE QUANDO NÃO TEM FÉRULA)


CONVENCIONAL

AUTOCONDICIONANTE
PREENCHIMENTO
Cimentos Resino!s

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CIMENTOS RESINOSOS
• Resinas compostas com menor volume
de partículas inorgânicas comparadas
às resinas compostas;
• Menor viscosidade;
CIMENTOS RESINOSOS
1. CURA TRATAMENTO DENTINÁRIO

CIMENTOS RESINOSOS CIMENTOS RESINOSOS

-QUÍMICA
-CONVENCIONAIS
-DUALMENTE ATIVADOS
AUTO-ADESIVOS
-FOTOPOLIMERIZÁVEIS
Quimicamente ativados

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CIMENTOS RESINOSOS
AUTOATIVAÇÃO
• Contém dois ou mais componentes, se
polimerizam através de reação base-catalisador;
• Amina terciária + Peróxido de benzoíla;
• Aminassão responsáveis pela alteração de cor
desses cimentos (Pois nem todas reagem);
CIMENTOS RESINOSOS
AUTOATIVAÇÃO
• Indicado para tudo que seja metal;
• Propriedades físicas e químicas melhores do
que CIV;
• Poucas opções de cor;
• Uso em áreas sem acesso à luz;
Cimentos Duais

Autoadesivos 101
Não adesivos
CIMENTOS RESINOSOS
DUAIS
• Conciliam características dos fotoativados e
quimicamente ativados;
• Podem amarelar;
• Indicado para peças indiretas espessura > 2mm
(muito opacas, peças metálicas, núcleos, pinos);
CIMENTOS RESINOSOS
DUAIS
NÃO ADESIVOS: DEPENDEM DE UM AGENTE DE UNIÃO
Cimentos
Duais Convencionais
Odontológicos
Ativação Química Ativação Física
amina Peróxido de Benzoíla Canforoquinona
Com
+ +
Amina terciária Luz visível

Alteração de cor
Sem amina

Ativação Química Ativação Física


Peróxido de Benzoíla Canforoquinona
+ +
UDMA Luz visível
Duais Convencionais

Indicações:

- Inlays
- Onlays
- Pinos de fibra de vidro
- Pinos metálicos
- Coroas Metálicas
- Coroas metal-free
Relyx Ultimate – Sem amina terciária

Amine free
CIMENTOS RESINOSOS
DUAIS • Cimento resinoso formado por
monômeros ácidos responsáveis pela
união química com o Ca2+ da
estrutura dental, metais e zircônia
(10-MDP)
• Nãoé necessário condicionar o
substrato dental
Ferracane JL, et al. Self‐adhesive resin cements – chemistry, properties and clinical considerations. J Oral Rehabil. 2011; 38 (4): 295-314.
CIMENTOS RESINOSOS
DUAIS
• Nãopode haver dentina
ressecada, deve estar úmida
para promover ionização.
• Nãopossui resistência ao
desgaste (reparos).
Ferracane JL, et al. Self‐adhesive resin cements – chemistry, properties and clinical considerations. J Oral Rehabil. 2011; 38 (4): 295-314.
CIMENTOS RESINOSOS
DUAIS
• Difícilefeito
camaleão, por ser
mais ionomérico.
Ferracane JL, et al. Self‐adhesive resin cements – chemistry, properties and clinical considerations. J Oral Rehabil. 2011; 38 (4): 295-314.
Grupo fosfato que se
unem a óxidos
metálicos (Al2O3,
ZrO2…)
E também ao Ca
existente no
E S M A LT E e n a
DENTINA MONÔMERO
U200

Grupo Metacrilato que


co-polimeriza com os
monômeros da resina
ou do cimento.
Cimentos
Duais Autoadesivos
Odontológicos

Indicações:
- Inlays
- Onlays
- Pinos de fibra de vidro
- Pinos metálicos
- Coroas Metálicas
- Coroas metal-free
Cimentos Fotoativados

111
CIMENTOS RESINOSOS FOTOATIVAÇÃO

OPÇÃO DUAL maior que 2mm

SOMENTE FOTOATIVADO até 1,5mm


Cimentos
Fotoativados
Odontológicos

Try-In

Indicações:
- Laminados cerâmicos
- Fragmentos cerâmicos
Melhores propriedades do Silano
Utilizado como sistema autoadesivo ou convencional
ALGUNS
PROBLEMAS!!!
CONTAMINOU COM
SANGUE OU SALIVA!!
ÁLCOOL 70 E ADESIVO NOVAMENTE (NÃO PRECISA DE TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE) !
REMOÇÃO DO
EUGENOL
EDTA / ÁCOOL / ÁC. FOSFÓRICO
ADESIVOS
QUIMICAMENTE
ATIVADOS
Busque o conhecimento. Quanto mais ferramentas você tiver, maiores as chances de conseguir encontrar soluções para os
problemas do seu paciente.

conselho:

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