Para a Prova

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Regra 3.

“No que respeita aos objetos considerados, há


que procurar não o que os outros pensaram ou
o que nós próprios suspeitamos, mas aquilo de
que podemos ter uma intuição clara e evidente
ou que podemos deduzir com certeza; de nenhum
outro modo se adquire a ciência.”

Não devemos tomar o que os outros falam como verdade, pode-se contaminar com as
manchas dos discursos dos outros;

É errado partir de uma conjectura que, mais provável que esteja, pode estar
errado, o que contamina toda uma dedução futura.

Não devemos usar da conjectura para alcançar a verdade na ciência.

Só chegamos na verdade de duas formas: intuição e dedução

Intuição: Inteligência pura sem ação dos sentidos e nem da memória, é imediata e clara. Ex:
triangulo tem 3 linhas, pensamos, existimos etc. É imediata.

Dedução: Toda conclusão tirada de outras coisas com certeza. Porém ela é menos certa por
depender da memória. Ela não serve para a construção das bases epistemológicas por precisar
da memória que não é um objeto confiável.

“Eu penso” é conhecido por intuição, “eu existo” ora por intuição, ora por dedução; que um
mundo material só existe por dedução.

“Um triângulo é delimitado por três linhas” é concebido como intuição; porém que a soma dos
ângulos de um triangulo é 180º só é conhecida por dedução.

Regra 4.

“O método é necessário para buscar a verdade”.

Não buscar a verdade sem um método. Não ser como um transeunte de uma praça
que vaga sem rumo até encontrar esse tesouro. Agir metodicamente, não gastar energia atoa.

O método é uma maneira de evitar erro e gastar energias atoas. Além de possibilitar chegar ao
resultado desejado de forma mais fácil.

Se você usar o método você terá acesso a todo o conhecimento possível ao ser humano.

Você não pode usar o método na dedução e na intuição, pois ela são os objetos
constituintes do intelecto, eles são as peças mais simples possíveis e naturais da inteligência
humana. O que se pode fazer é desobstruir eliminando-se crenças falsas.

O método constitui de ir das proposições mais simples para as mais complexas via
dedução.

MATEMÁTICA UNIVERSAL
Ciência mais fundamental que as ciências conhecidas. É o que há em comum entras
essas ciências (geometria e álgebra) – ordem e medida -
Para Aristóteles a matemática só serve para ela mesma; Descartes que desenvolver
uma ciência matematizável que possa traduzir os fenômenos naturais de forma matemática e
mensurável.

Essas ciências são só roupagens de uma matemática universal.

Regra 12:

Aplicação do método ao problema do conhecimento. Os dois elementos do


conhecimento são:

Sujeito:

Os elementos do Sujeito são:

Sentidos externos (olfato, tato etc.): Sensações captadas


externamente pelo corpo.

Sentido comum: Coordenação dos sentidos. Dentro do ser humano

Imaginação/Memória: São funções distintas da mesma parte do f


cérebro.

Força motriz ou nervos: O que liga os sentidos externos até o sentido


comum, memória e imaginação. Ligam o externo com o interno.

Entendimento (razão): Mente corpórea, diferente do corpo físico.


Propõe a uma lógica mecanicista.

Objeto (do conhecimento humano e não a natureza ou realidade em si):

1- Considerar os objetos em sua totalidade, sem separar sua dimensão e sua figura
(“Tais como elas se apresentam no conhecimento e não nelas mesma”).
2- Naturezas simples:
a. Puramente intelectual: (Conhecimento, duvida etc). “Conhecidas pelo
entendimento graças à uma luz inata e sem ajuda de nenhuma imagem
corporal”. Sabemos que é algo da mente e nos imediatamente sabemos o
que é.
b. Puramente material (figuras, extensões, movimentos etc). Aristóteles
propõe que a ação das coisas tem uma finalidade, coisa que não é muito
clara para a mente desvendar de imediato. Descartes propõe que os
objetos sejam descritos apenas como eles se apresentam utilizando esses
3 elementos ditos anteriormente, dessa forma essa ação é muito clara
para a mente.
c. Comuns (“existências”, “unidade”, “duração”, etc): O que é comum tanto
ao intelectual quando para o material.

Se o mundo for criado por qualidades primárias (quantificáveis) é possível a ciência exata. Caso
o contrário (não quantificáveis [cores, fins, sabores]), não é possível.

EPÍSTOLAS DAS MEDITAÇÕES

Meditações: Estabelecer fundamentos inabaláveis para a consolidação dessa nova ciência que
o Descartes pretende criar.

Pede a faculdade de Paris:

Defesa do papel da filosofia como serva da teologia.

Anúncio da via demonstrativa cartesiana a partir da mente.

Justificativa do pedido de “proteção”/”Patrocínio” de sua nova filosofia.


Descartes queria que sua filosofia substituísse a Aristotélica que estava em crise, como
subserviente a teologia, e queria o chancelamento dessa seu novo método como a nova
filosofia que seria a base racional que sustentaria a teologia.

Descartes utilizou seus métodos para “demonstrar” a existência de Deus e a imaterialidade da


alma. Por meio do uso das deduções e intuições e queria que a igreja abandonasse os
argumentos de Aquino que eram só prováveis, o que Descartes negava inteiramente “Não
tomar por certo aquilo que é duvidoso” em favor de seus argumentos que de fato conseguiam
provar matematicamente essas conjecturas

Um dos motivos de Descartes também pedir o aceitamento de Sobornne é que a


sociedade estava condicionada no campo metafísico a não aceitar nada como prova, ao
contrário do ramo matemático, o chancelamento de sua teoria como válida daria uma
sustentação e contrabalancearia essa visão social.

Há também que esquecer as ideias pré-concebidas da existência de Deus, pois isso


atrapalhar na sua demonstração.

1º Meditação;

1] candidato: Argumento dos sentidos

Contra-argumento: Já me enganaram (Dúvida sensível)

2] candidato: Estou aqui (Dúvida da existência dos corpos)

Contra-argumento: Posso estar sonhando

3] candidato: Verdades matemáticas (Dúvida do próprio entendimento)

Contra-argumento: Gênio-maligno
2º Meditação

Como Descartes destruiu toda sua base de conhecimento, ele agora precisar achar
uma primeira certeza que vai servir como base.

A primeira certeza é a dúvida. Porém esse pensar fazer parte do “Pensar” logo, o
primeiro conceito concebido é o pensar.

Ele acha esse conceito no eu. “Penso, logo existo”, o gênio maligno não pode fazer
você se enganar que você está pensando.

]
Para Descartes nos concebemos um objeto primeiramente com a mente e depois com os
sentidos, o que explica porque admitimos que uma cera em estados de gosto, texturam sons
etc ainda continua sendo uma cera.

Mas para pensar eu preciso de algo que pense, esse algo é o “eu” que é uma coisa pensante.

“Cogito, ergo sum” -> para duvidar preciso pensar e para pensar preciso existir.

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