Filosofia - 1 Ano - Descartes

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René Descartes e o

racionalismo
Quem foi René Descartes (1596-
 1650)?
Principal expoente do racionalismo, enquanto corrente
da Filosofia moderna.

 Foi também matemático.

 Acreditava que a matemática conseguiria nos trazer uma


verdade mais segura, ainda que às vezes questionável,
pois podemos errar as equações.

 Defende métodos científicos para chegarmos à verdade.

 Suas contribuições deram origem à filosofia analítica,


por exemplo, criou o plano cartesiano etc.
 Obra-mestra “Discurso do método.

 “O bom senso é a coisa do mundo


mais bem distribuída entre os
homens.”

 Possuímos ideias Inatas (de dentro da


gente).

 O indivíduo foi criado com todas as


ideias possíveis dentro dele.

Exemplo: Já nascemos com uma ideia de


Deus, pois nascemos com um conceito
de perfeição.
 Descartes é contrário ao empirismo.

 Para os empiristas, o ser humano precisa experimentar


o mundo para obter o conhecimento.

 Para Descarte, o conhecimento já nasce dentro da


nossa cabeça.

 Era desconfiado do mundo material.

 Acreditava que os sentidos poderiam ser fontes de


engano.
 Considerava o pensamento humano a fonte do
conhecimento.

 A razão era considerada evidência da


existência do indivíduo.

 Cogito ergo sum (“penso, logo existo”).

 Propôs a separação entre matéria e


pensamento, identificando o “eu” como sujeito
autônomo capaz de obter conhecimento.
Racionalismo cartesiano
 Propôs um sistema filosófico – ou seja, um conjunto
coerente de conhecimentos – que tornava possível
respostas para as questões filosóficas.

 Antes de Descartes, na Grécia Antiga, Platão e


Aristóteles haviam criado sistemas que foram
atualizados,

 Na Idade Média, por Santo Agostinho e por São


Tomás de Aquino, ambos sob a influência do
cristianismo.
 Seria possível atingir, no conhecimento filosófico, o
mesmo grau de certeza das ciências naturais?

 Se o Universo era descrito como um mecanismo


sofisticado, cujo funcionamento parecia cada vez
mais evidente para a razão humana, não poderia
ocorrer o mesmo com a alma?

 Não haveria uma explicação completa para o


funcionamento do ser humano, para além do corpo
material?

 Qual seria a relação entre corpo e alma? Tais


questões foram abordadas por Descartes.
O PRINCÍPIO DA DÚVIDA (DÚVIDA METÓDICA)

Ponto de partida de Descartes na busca por um conhecimento.


 Para que tomemos algo como certo, é necessário que
esse saber resista a qualquer dúvida. (lembram-se de
Sócrates? “Só sei que nada sei).
 Só então teríamos a fundação para uma nova ciência
verdadeira.
 Na tradição, igualmente, encontramos diversas
posições diferentes sobre um mesmo assunto.
 Como acreditar inteiramente em alguma coisa?
 Questionar de forma ampla e profunda as antigas
ideias e concepções.
 Deveríamos desconfiar não apenas do saber
passado (tradição), mas também daquilo que
nos é oferecido pelos sentidos.

 Cada objeto do mundo material se apresenta de


forma tão diversa e tão mutante diante de nós,
que se torna temerário basear-se somente nos
sentidos para se chegar a qualquer conclusão
definitiva (esse pensamento de Descartes é baseado em Platão).

 A realidade percebida pelos sentidos é


enganosa: “e é de prudência nunca se fiar
inteiramente em quem já nos enganou uma
vez”.
 Além disso, nunca podemos ter certeza de estar
vivendo uma experiência real ou de estar
apenas sonhando.

 Ele aprofunda a dúvida sugerindo uma ficção:


nada impede que imaginemos um ser mais
poderoso que nós.

 Nada impede que imaginemos uma espécie de gênio


maligno, e que, a cada momento que fazemos uma
conta, nos engane quanto ao seu resultado.

 Sendo assim, nem a Matemática resiste à


dúvida.
SOLIPSISMO

 Se estivermos sob domínio de algo maior que nos esconde a


verdade, devemos partir do princípio de que existimos, pois a
nossa consciência está ativa: “Penso, logo existo”.

 Se estivermos possuídos por algo maior que não permite que


cheguemos à verdade.

 Será que estamos dentro de uma caixa e sem acesso à


verdade? Será que tudo que aprendemos pode ser sido
induzido por um gênio maligno ou por algo maior que nós?

 A única certeza que temos são as ideias que nascem com a


gente, as ideias inatas. Pois nascemos como uma
consciência. Você sabe que você existe, mas você não sabe
se os outros existem.
 A partir de então você começa a se valer do
método cartesiano para descobrir as coisas.

 Na verdade, ele está dizendo que devemos


questionar tudo e, assim, contribuirmos para
ciência.

 Somos capazes de duvidar de tudo e de todos, a


única certeza absolutamente incontestável é
justamente a nossa capacidade de duvidar.

 Essa capacidade é fruto da razão; portanto, a


única certeza que temos, e que nos define
enquanto indivíduos, é nossa capacidade de
 O pensamento existe e, como não pode ser separado do
indivíduo, o indivíduo também existe.

 “Penso, logo existo” é a crença de que o Eu pensante é


mais real do que o mundo físico.

 Em outras palavras, a formulação que funda todo o


conhecimento verdadeiro tem origem metafísica (ou
seja, está além da física, do mundo físico): trata-se da
descoberta da alma por si mesma.

 Assim, a expressão “eu sou, eu existo” é verdadeira


porque existe um sujeito pensante capaz de dizê-la.
 É por isso que a existência das coisas guarda relação
com a proximidade que elas têm do pensamento.

 A existência dos objetos materiais – por exemplo,


uma mesa, uma cadeira (mas também o Sol ou a Lua)
– não seria comprovada pela forma como os
percebemos pelos sentidos, mas pelo fato de
poderem ser medidas e expressas racionalmente em
relações matemáticas, como comprimento, largura,
altura (Pitágoras também concordava com isso).
O método racional

 Descartes dedicou-se ao estudo das relações entre as formas, no


campo da geometria (talvez você já conheça o sistema de
coordenadas cartesianas).

 A Matemática, que decompõe problemas complexos em partes


menores e os resolve um de cada vez, era vista por Descartes
como exemplo de método racional.

 Por isso, ele foi o fundador da Filosofia do Eu ou Filosofia do


sujeito, segundo a qual todo conhecimento é visto como
originário de uma elaboração humana, a partir da liberdade e da
autonomia dos sujeitos.

 O pensamento de Descartes retoma a tradição do racionalismo,


cujas origens remontam a Platão.
 Regras para aquisição do conhecimento verdadeiro:
 1) Evidência: aceitar apenas o que é claro e distinto.
Nisso ele está negando o conhecimento empírico. Pois ele está
partindo do pressuposto de que os sentidos do corpo podem nos
enganar.

 2) Análise: dividir um problema em partes e estudá-las.


Então, se você tem um conhecimento filosófico para analisar, você
faz como na matemática para resolução da equação.

 3) Síntese: ir do mais simples ao mais complexo.


Pegar os problemas mais simples, ir pelas beiradas, para depois
juntar tudo e ter uma resolução do todo.

 4) Enumeração: enumerar as partes e revisá-las.


 Antes de passar para o problema seguinte, é preciso
revisar tudo que foi feito anteriormente.

 Cogito cartesiano (primeira conclusão válida que um


ser humano pode chegar).

 Duvidar do conhecimento.

 Ao duvidar, estou pensando.

 Conclusão: penso, logo existo.


(ENEM) Leia o trecho a seguir: “[…] é quase impossível que nossos juízos sejam tão
puros e tão sólidos como teriam sido se tivéssemos tido inteiro uso de nossa razão
desde a hora de nosso nascimento, e se tivéssemos sido conduzidos sempre por
ela.” (DESCARTES, René. Discurso do Método. São Paulo: Martins Fontes. 1996, p.
17).
A Razão Cartesiana inaugurou, na modernidade, uma forma de se pensar a
partir de uma linguagem racionalista, inspirada em modelos matemáticos.
Esse modelo racional pretendia servir como guia para o conhecimento da realidade.
Sobre o método cartesiano, é correto afirmar que:
 a) tem sua formulação mais bem acabada na obra “Crítica da Razão Pura”.
 b) consistia em colocar o mundo, a realidade, “entre parênteses”, operando
assim em uma “redução fenomenológica”.
 c) foi duramente combatido pelos filósofos contemporâneos a Descartes, não
tendo assim exercido influência em nenhuma geração posterior.
 d) consistia em duvidar de tudo e, a partir da dúvida, reconduzir o
pensamento à possibilidade da realidade, processo que se sintetiza na frase:
“penso, logo existo”.
 e) tem seu apogeu no século XV, quando a entra em declínio a filosofia
escolástica.
 (EXTRA) A ideia moderna de razão
 Em seu livro História da Filosofia, Hegel declara que a Filosofia moderna é o
nascimento da Filosofia propriamente dita porque nela, pela primeira vez, os
filósofos afirmam:
 1) que a Filosofia é independente e não se submete a nenhuma autoridade
que não seja a própria razão como faculdade plena de conhecimento. Isto é,
os modernos são os primeiros a demonstrar que o conhecimento verdadeiro
só pode nascer do trabalho interior realizado pela razão, graças a seu
próprio esforço, sem aceitar dogmas religiosos, preconceitos sociais,
censuras políticas e os dados imediatos fornecidos pelos sentidos. Só a
razão conhece e somente ela pode julgar-se a si mesma;
 2) que a Filosofia moderna realiza a primeira descoberta da Subjetividade
propriamente; os modernos partem da consciência do ato de ser consciente.
A consciência é o primeiro objeto do conhecimento;
 3) que a Filosofia moderna é a primeira a reconhecer que, sendo todos os
seres humanos seres conscientes e racionais, todos têm igualmente o
direito ao pensamento e à verdade.

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