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ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA – ASSESSORIA TÉCNICA

LEI N° 5.731, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1992

DISPÕE SOBRE A ORGANIZAÇÃO BÁSICA DO CORPO DE


BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO PARÁ E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ estatui e eu


sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I - GENERALIDADES
CAPÍTULO ÚNICO - DESTINAÇÃO, MISSÕES E SUBORDINAÇÃO

Art. 1° - O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Pará é uma instituição


permanente, Força Militar e Reserva do Exército, organizado com base na hierarquia e
disciplina militares, subordinando-se diretamente ao Governador do Estado, em
conformidade com o § 6° do art. 144 da Constituição Federal e Art. 200 da Constituição do
Estado do Pará, competindo-lhe realizar os serviços específicos de Bombeiros em todo o
Estado do Pará.
Art. 2° - Compete ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Pará
realizar:
I - planejamento, coordenação e execução de atividades de Defesa Civil;
II - serviço de prevenção e extinção de incêndios;
III - serviço de busca e salvamento de pessoas e bens;
IV - socorro de emergência;
V - perícia de incêndios e explosões;
VI - serviço de guarda-vidas em praias e balneários;
VII - proteção e prevenção de acidentes e incêndios marítimos e fluviais;
VIII - proteção e prevenção contra incêndios florestais;
IX - atividades e pesquisas técnico-científicas, com vistas à obtenção de
produtos e processos, que permitam o desenvolvimento de sistemas de segurança contra
incêndio e pânico;
X - atividades de segurança contra incêndio e pânico, com vistas à proteção
de pessoas, dos bens públicos e privados, incluindo a proteção de locais, o transporte, o
manuseio e a operação de produtos perigosos;
XI - atividades de proteção contra incêndio, com vistas à proteção ambiental;
XII - socorros nos casos de sinistro, calamidades públicas, catástrofes,
sempre que haja ameaça de destruição de haveres, vítimas ou pessoas em iminente perigo
de vida.
Art. 3° - O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Pará subordina-se
diretamente ao Governador do Estado, o qual é seu Comandante Supremo.
Art. 4° - O Comando, a administração e o emprego da Corporação são da
competência e responsabilidade do Comandante Geral da Corporação, assessorado e
auxiliado pelos órgãos de direção.
TÍTULO II - ORGANIZAÇÃO BÁSICA
CAPÍTULO I - ESTRUTURA GERAL

Art. 5° - O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Pará será estruturado


em órgãos de Direção Geral, Direção Setorial, de Apoio e de Execução.
Art. 6° - Os órgãos de direção realizam o comando e a administração da
Corporação. Incumbem-se do planejamento geral, visando à organização da Corporação em
todos os pormenores, às necessidades em pessoal e em material e ao emprego da
Corporação para o cumprimento de suas missões. Acionam, por meio de diretrizes e ordens,
os órgãos de apoio e os órgãos de execução, coordenam, controlam e fiscalizam a atuação
desses órgãos.
Art. 7°- Os órgãos de apoio atendem às necessidades de pessoal e de
material de toda a Corporação, realizando a atividade-meio da Corporação e atuam em
cumprimento das diretrizes e ordens dos órgãos de direção.
Art. 8° - Os órgãos de execução realizam a atividade-fim da Corporação e
cumprem as missões da Corporação. São constituídas pela Unidades Operacionais da
Corporação, pelo Centro de Atividades Técnicas (CAT) e pelo Centro de Operações
Bombeiros Militares (COBOM).

CAPÍTULO II - CONSTITUIÇÃO E ATRIBUIÇÕES DOS ÓRGÃOS


DE DIREÇÃO

Art. 9° - Os órgãos de direção compõem o Comando Geral do Corpo de


Bombeiros Militar do Estado do Pará, que compreende:
I - Comandante Geral (Cmt G);
II - Estado-Maior Geral (EMG), como órgão de direção geral;
III - Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC), como órgão de
direção geral;
IV - Diretorias, como órgãos de direção setorial;
V - Ajudância Geral (Aj G),
VI - Comissões;
VII - Assessorias.

SEÇÃO I - DO COMANDANTE GERAL

Art. 10 - O Comandante Geral é o responsável pelo comando e pela


administração da Corporação. Será um oficial da ativa do último posto do Quadro de
Combatentes, em princípio o mais antigo; caso o escolhido não seja o mais antigo, terá ele
precedência funcional sobre os demais.
Art. 11 - O provimento do cargo de Comandante Geral será feito por ato do
Governador do Estado, observando o disposto na legislação federal, considerada a
formação profissional do oficial para o exercício do comando.
§ 1° - O Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
Pará terá todas as honras, remuneração e outros direitos de Secretário de Estado;
§ 2° - O Subcomandante Geral é o Chefe do Estado-Maior Geral do Corpo
de Bombeiros Militar do Estado do Pará e terá todas as honras, remuneração e outros
direitos de Secretário-Adjunto;
§ 3° - O Comandante Geral disporá de um Oficial Assistente e de um Oficial
Ajudante de Ordens.

SEÇÃO II - ESTADO-MAIOR GERAL (EMG)

Art. 12 - O Estado-Maior Geral, órgão de direção geral, responsável perante


o Comandante Geral, por planejar, coordenar, fiscalizar e controlar todas as atividades da
Corporação, inclusive dos órgãos de direção setorial, constitui o órgão central do sistema de
planejamento administrativo, programação e orçamento encarregado da elaboração de
diretrizes e ordens do Comando que acionam os órgãos de direção setorial e de execução,
no cumprimento de suas atividades.
Art. 13 - O Estado-Maior Geral compreende:
I - Chefe do Estado-Maior Geral (Ch do EMG);
II - Subchefe do EMG (Subch do EMG);
III - Seções:
a) 1ª Seção (BM/1) - Assuntos relativos a pessoal e legislação;
b) 2ª Seção (BM/2) - Assuntos relativos a informações;
c) 3ª Seção (BM/3) - Assuntos relativos à instrução, operação e ensino;
d) 4ª Seção (BM-4) - Assuntos relativos à estatística, à logística,
planejamento administrativo e orçamentação;
e) 5ª Seção (BM/5) - Assuntos civis, comunitários e de relações
públicas;
f) 6ª Seção (BM/6) - Serviços técnicos.
Art. 14 - O Chefe do Estado-Maior Geral acumula as funções de
Subcomandante Geral da Corporação, sendo o substituto eventual do Comandante Geral da
Corporação em seus impedimentos.
Art. 15 - O Chefe do Estado-Maior Geral é o principal assessor do
Comandante Geral, dirige, orienta, coordena e fiscaliza o trabalho do Estado-Maior Geral.
Art. 16 - O Chefe do Estado-Maior Geral será um oficial superior do mais
alto posto existente na Corporação, escolhido pelo Comandante Geral e nomeado pelo
Governador do Estado.
§ 1° - Quando a escolha de que trata este artigo não recair no Oficial BM
mais antigo, o escolhido terá precedência funcional sobre os demais;
§ 2° - O substituto eventual do Chefe de Estado-Maior Geral será o Subchefe
do Estado-Maior Geral.

SEÇÃO III - COORDENADORIA ESTADUAL DE DEFESA CIVIL (CEDEC)

Art. 17 - A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, órgão de direção-geral,


centraliza o Sistema Estadual de Defesa Civil e tem por finalidade estabelecer normas e o
exercício das atividades de integrar, planejar, organizar, coordenar e supervisionar a
execução das medidas preventivas de socorro, assistenciais e de recuperação, considerando
os efeitos produzidos por fatos adversos de qualquer natureza e nas situações de
emergência ou de calamidade pública, bem como daquelas destinadas a preservar a moral
da população e o reestabelecimento da normalidade da vida comunitária em todo o
território do Estado do Pará.
§ 1° - O Sistema Estadual de Defesa Civil constitui o instrumento de
conjugação de esforços de todos os órgãos governamentais, com entidades não-
governamentais ou privadas e, principalmente, com a comunidade em geral para o
planejamento e execução das medidas previstas neste artigo.
§ 2° - A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil terá seu regimento,
estrutura própria e dotação orçamentária específica para os fins que se destina;

SEÇÃO IV - DAS DIRETORIAS

Art. 18 - As Diretorias constituem os órgãos de direção setorial, organizados


sob forma de sistemas, para as atividades de administração financeira, contabilidade,
auditoria, logística, ensino, instrução e serviços técnicos, compreendendo:
I - Diretoria de Finanças (DF);
II - Diretoria de Apoio Logístico (DAL);
III - Diretoria de Ensino e Instrução (DEI);
IV - Diretoria de Serviços Técnicos (DST).
Art. 19 - À Diretoria de Finanças, órgão de direção setorial do Sistema
Financeiro, compete realizar as atividades financeiras dos órgãos da Corporação e a
distribuição de recursos orçamentários e, de acordo com o planejamento estabelecido, será
assim organizada:
I - Diretor;
II - Seção de Expediente (DF/1);
III - Seção de Administração Financeira (DF/2);
IV - Seção de Contabilidade (DF/3);
V - Seção de Auditoria (DF/4);
VI - Pagadoria dos Inativos (DF/5);
VII - Tesouraria Geral (DF/6).
Art. 20 - À Diretoria de Apoio Logístico, órgão de direção setorial do
Sistema Logístico, compete planejar, coordenar, fiscalizar e controlar as necessidades de
apoio, de saúde, de suprimento, de manutenção e de obras. Terá a seguinte organização
básica:
I - Diretor;
II - Seção de Expediente (DAL/1);
III - Seção de Suprimento (DAL/2);
IV - Seção de Manutenção (DAL/3);
V - Seção de Obras e Patrimônio (DAL/4);
VI - Seção de Saúde (DAL/5).
Art. 21 - À Diretoria de Ensino e Instrução, órgão de direção setorial do
Sistema de Ensino e Instrução, compete planejar, coordenar, fiscalizar, controlar as
instruções de manutenção em todas as Unidades de Bombeiro Militar, bem como as
atividades de formação, aperfeiçoamento e especialização de oficiais e praças de outras
corporações e terá a seguinte organização básica:
I - Diretor;
II - Seção de Expediente (DEI/1);
III - Seção Técnica de Ensino (DEI/2);
IV - Seção de Instrução (DEI/3);
V - Seção de Formação (DEI/4);
VI - Seção de Especialização e Aperfeiçoamento (DEI/5).
Art. 22 - À Diretoria de Serviços Técnicos, órgão de direção setorial do
Sistema de Engenharia de Segurança, compete planejar e fiscalizar as atividades atinentes à
segurança contra incêndio e pânico, analisar projetos e perícias, testes de
incombustibilidade, vistorias e emitir pareceres, e será assim organizada:
I - Diretor;
II - Seção de Expediente (DST/1);
III - Seção de Estudos Técnicos (DST/2);
IV - Seção de Planejamento e Fiscalização (DST/3).

SEÇÃO V - DA AJUDÂNCIA GERAL (Aj G)

Art. 23 - À Ajudância Geral, órgão de direção setorial, considerada como


uma Organização de Bombeiros Militares (OBM), à qual compete realizar trabalhos de
secretaria, incluindo correspondência, correio, protocolo geral, arquivo geral, boletim
diário, apoio de pessoal auxiliar (praças) a todos os órgãos do Comando Geral, bem como
segurança, manutenção e serviços gerais do quartel do Comando Geral, administração do
Comando Geral como OBM, supervisão e emprego da Banda de Música e será assim
organizada:
I - Ajudante;
II - Secretaria (AjG/1);
III - Seção Administrativa (AjG/2);
IV - Seção de Comando e Serviço (AG/3);
V - Seção de Segurança (Ajg/4);
VI - Banda de Música.

SEÇÃO VI - DAS COMISSÕES

Art. 24 - As Comissões são órgãos de assessoramento direto do Comandante


Geral, constituídas para assuntos específicos e terão caráter permanente ou temporário.
Parágrafo único - A Comissão de Promoções de Oficiais, presidida pelo
Comandante Geral da Corporação, e a Comissão de Promoção de Praças, presidida pelo
Chefe do Estado-Maior Geral, são de caráter permanente.

SEÇÃO VII - DAS ASSESSORIAS

Art. 25 - As Assessorias constituídas, eventualmente, para determinados


estudos, que escapem às atribuições normais e específicas dos órgãos de direção, destinam-
se a dar flexibilidade à estrutura do Comando da Corporação, particularmente em assuntos
especializados, podendo inclusive serem formados de servidores civis, na forma da lei.

CAPÍTULO III - CONSTITUIÇÃO E ATRIBUIÇÕES DOS


ÓRGÃOS DE APOIO

Art. 26 - Os órgão de Apoio compreendem:


I - Centro de Formação, Aperfeiçoamento e Especialização (CFAE);
II - Centro de Suprimento e Manutenção de Viatura e Material Operacional
(CSMV/Mop);
III - Policlínica (PBM);
IV - Almoxarifado Geral (Almx. G).
Art. 27 - O Centro de Formação, Aperfeiçoamento e Especialização é o
órgão de apoio do Sistema de Ensino e Instrução, subordinado à Diretoria de Ensino e
Instrução, incumbido da formação, do aperfeiçoamento e da especialização de oficiais e
praças da Corporação e eventualmente, de civis ou oficiais e praças de outras corporações.
Art. 28 - O Centro de Suprimento e Manutenção de Viaturas e Material
Operacional (CSMV/Mop) é o órgão de apoio do Sistema Logístico subordinado à
Diretoria de Apoio Logístico, incumbido da obtenção, da estocagem e da distribuição dos
suprimentos específicos e da execução, da manutenção do armamento e do material
especializado do Bombeiro; incumbindo-lhe ainda o suprimento e a manutenção das
viaturas e de todo o equipamento da Corporação, bem como a obtenção e a estocagem de
todo o material necessário a esse fim.
Art. 29 - A Policlínica é o órgão de apoio do Sistema Logístico subordinado
à Diretoria de Apoio Logístico, incumbida de prestar assistência médica, odontológica,
farmacêutica e laboratorial ao pessoal da Corporação, da ativa e inativos, seus dependentes
e pensionistas.
Art. 30 - O Almoxarifado Geral é o órgão de apoio do Sistema Logístico
subordinado à Diretoria da Apoio Logístico incumbido da obtenção, do armazenamento e
da distribuição dos suprimentos específicos do material de intendência; tem, igualmente,
aos seu cargo o apoio de subsistência à Corporação.

CAPÍTULO IV - CONSTITUIÇÃO E ATRIBUIÇÕES DOS ÓRGÃOS


DE EXECUÇÃO

Art. 31 - Os órgãos de execução do Corpo de Bombeiros Militar do Estado


do Pará compreendem:
I - Unidade de Bombeiro-Militar (UBM);
II - Centro de Operações Bombeiro-Militar (COBOM);
III - Centro de Atividades Técnicas (CAT).
§ 1° - As Unidades de Bombeiro-Militar são órgãos de execução e
constituem as unidades operacionais da Corporação, diretamente subordinadas ao
Comandante Geral e, de acordo com as suas peculiaridades de emprego, são encarregadas
do cumprimento das missões específicas de Bombeiro-Militar, nos territórios de suas
jurisdições.
§ 2° - O Centro de operações Bombeiro-Militar é um órgão de execução,
subordinado ao Chefe do Estado-Maior Geral equipado com meios variados de
comunicação, destinado a controlar e coordenar a atuação das Unidades Operacionais da
Corporação, e é estruturado de forma a possibilitar comunicações eficientes com todas as
unidades da Corporação e com os órgãos responsáveis pela segurança do Estado.
§ 3° - O Centro de Atividades Técnicas (CAT) é um órgão de execução
subordinado à Diretoria de Serviços Técnicos, incumbido de estudar, analisar, exigir e
fiscalizar as atividades pertinentes à segurança contra incêndio e pânico, proceder ao exame
de projetos e realizar perícias, testes de incombustibilidade, vistorias e emitir pareceres,
com autoridade para notificar, multar e interditar na forma da lei específica.
Art. 32 - As Unidades de Bombeiro-Militar são dos seguintes tipos:
I - Grupamento de Incêndio (GI);
II - Grupamento Marítimo e Fluvial (GMAF);
III - Grupamento de Incêndio Florestal (GIF);
IV - Grupamento de Busca e Salvamento (GBS).
Art. 33 - O Grupamento de incêndio é órgão de execução do Corpo de
Bombeiros Militar, subordinado ao Comandante Geral; tem a seu cargo as missões de
extinção de incêndio e suas decorrências, em determinadas áreas delimitadas, onde terão
suas subunidades descentralizadas pelas diversas zonas de incêndios se, em Belém, e pelos
diversos municípios de sua área de atuação, quando no interior, e tem basicamente a
seguinte organização:
I - Comandante;
II - Subcomandante;
III - Estado-Maior, organizado com quatro Seções:
a)1ª Seção (B/1) - Pessoal e Assuntos Civis;
b)2ª Seção (B/2) - Informações;
c)3ª Seção (B/3) - Instrução e Operação;
d)4ª Seção (B/4) - Fiscalização e Logística;
IV - Subgrupamento de Incêndio (SGI).
§ 1° - Os Grupamentos de Incêndios com sede fora da capital terão uma
seção para executar os serviços de atividades técnicas.
§ 2° - Os Grupamentos de Incêndios terão tantos subgrupamentos quantos
necessários em função dos riscos existentes na sua área de atuação.
Art. 34 - Os Subgrupamentos de incêndios serão subordinados aos
Grupamentos de Incêndios em que se localizem e terão a seguinte constituição:
I - Comandante;
II - Subcomandante;
III - Seção de Comando e Serviço;
IV - Seção de Segurança;
V - Seção de Incêndio;
VI - Seção de Hidrante.
§ 1° - Os Subgrupamentos dos Grupamentos de Incêndio terão tantas seções
de incêndios quantas forem necessárias, em função da área e dos riscos existentes em sua
área de atuação.
§ 2° - Poderão existir, quando necessário, Subgrupamentos de Incêndios
Independentes (SGI-Ind).
§ 3° - A Seção de Incêndio é a unidade elementar do Corpo de Bombeiros
Militar, é a menor fração que poderá ser descentralizada e é formada de três subseções de
Combate a Incêndio.
§ 4° - A Subseção de Combate a Incêndio é o elemento básico para a
formação das Unidades Operacionais de Combate a Incêndio e a sua composição é o
Socorro Básico de Incêndio.
§ 5° - O Socorro Básico de Incêndio, unidade mais elementar de combate a
incêndio, deverá ser constituído de um Auto-Comando da Área (ACA) ou Auto Bomba
para Inflamáveis (ABI), de um Auto Bomba-Tanque (ABT) ou um Auto Tanque (AT) e de
um Auto de Busca e Salvamento (ABS).
§ 6° - Atendendo aos riscos da área a proteger, o Socorro Básico de incêndio
poderá ser acrescido de um Auto Rápido (AR) para manobras d'água e de um Auto-Escada-
Mecânica (AEM), ficando constituído, desta forma, o socorro completo de Bombeiro.
Art. 35 - O Grupamento marítimo e Fluvial (GMAF) é o órgão de execução
do Corpo de Bombeiros Militar, subordinado diretamente ao Comando Geral, terá a seu
cargo as missões de prevenção de acidentes e incêndios marítimo e fluvial, além de outras
missões específicas de Bombeiros Militares, em todo Estado do Pará, onde terá suas
subunidades destacadas formando sua malha operacional e terá a seguinte organização:
I - Comandante;
II - Subcomandante;
III - Estado-Maior com quatro seções:
a)1ª Seção (B/1) - Pessoal e Assuntos Civis;
b)2ª Seção (B/2) - Informações;
c)3ª Seção (B/3) - Instruções e Operações;
d)4ª Seção (B/4) - Fiscalização e Logística.
IV - Subgrupamentos Marítimos e Fluviais (SGMAF).
Parágrafo Único - Os Grupamentos Marítimos e Fluviais terão tantos
Subgrupamentos Marítimos e Fluviais quantos necessários, em função dos riscos existentes
na sua área de atuação.
Art. 36 - Os Subgrupamentos Marítimos e Fluviais serão subordinados aos
Grupamentos Marítimos e Fluviais em que se localizem, e terão as seguintes constituições:
I - Comandante;
II - Subcomandante;
III - Seção de Comando e Serviço;
IV - Seção de Serviços Técnicos e Fiscalização;
V - Seção de Prevenção e Educação;
VI - Seção de Combate a Incêndio Marítimo e Fluvial;
VII - Seções de Guarda-Vidas.
Art. 37 - Grupamento de Incêndio Florestal é o órgão de execução do Corpo
de Bombeiros Militar, subordinado diretamente ao Comandante Geral, terá a seu cargo a
missão de prevenção e combate a incêndio florestal e queimadas, proteger o ecossistema
em todo o Estado do Pará, e terá a seguinte organização:
I - I - Comandante;
II - Subcomandante;
III - Estado-Maior com quatro seções:
a) 1ª Seção (B/1) - Pessoal e Assuntos Civis;
b) 2ª Seção (B/2) - Informações;
c) 3ª Seção (B/3) - Instrução e Operações;
d) 4ª Seção (B/4) - Fiscalização e Logística.
IV - Subgrupamento de Incêndio Florestal (SGIF).
Parágrafo Único - Os Grupamentos de Incêndio Florestal terão tantos
Subgrupamentos de Incêndio Florestal quantos forem necessários, em função dos riscos
existentes na sua área de atuação.
Art. 38 - Os Subgrupamentos de Incêndio Florestal serão subordinados ao
Grupamento de Incêndio Florestal em que se localizem e terão as seguintes constituições:
I - Comandante;
II - Subcomandante;
III - Seção de comando e Serviço;
IV - Seção de Fiscalização e Educação;
V - Seção de Combate e Incêndio Florestal.
Art. 39 - O Grupamento de Busca e Salvamento é órgão de execução do
Corpo de Bombeiros Militar, subordinado diretamente ao Comandante Geral, e terá a seu
cargo a missão de busca e salvamento e socorro de emergência, além de outras específicas
de Bombeiros Militar, em todo o território do Estado do Pará, e terá a seguinte organização:
I - Comandante;
II - Subcomandante;
III - Estado-Maior com quatro seções:
a) 1ª Seção (B/1) - Pessoal e Assuntos Civis;
b) 2ª Seção (B/2) - Informações;
c) 3ª Seção (B/3) - Instrução e Operações;
d) 4ª Seção (B/4) - Fiscalização e Logística.
IV - Subgrupamento de Busca e Salvamento (SGBS).
Parágrafo Único - Os Grupamentos de Busca e Salvamento terão tantos
Subgrupamentos de Busca e Salvamento quantos forem necessários, em função dos riscos
existentes na sua área de atuação.
Art. 40 - Os Subgrupamentos de Busca e Salvamento serão subordinados ao
Grupamento de Busca e Salvamento e as Seções descentralizadas ficarão sediadas nos
Quartéis da Subunidade dos Grupamentos de Incêndio. Os Subgrupamentos de Busca e
Salvamento terão as seguintes constituições:
I - Comandante;
II - Subcomandante;
III - Seção de Comando e Serviço;
IV - Seção de Busca e Salvamento;
V - Seção de Socorro de Emergências;
VI - Seção de Serviços Especiais.

TÍTULO III - PESSOAL


CAPÍTULO I - DO PESSOAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO
DO PARÁ

Art. 41 - O pessoal do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Pará


compõe-se de:
I - PESSOAL DA ATIVA:
a) Oficiais, constituindo os seguintes Quadros:
1 - Quadro de Oficiais Combatentes BM (QOBM);
2 - Quadro de Oficiais Complementar BM (QOCBM);
3 - Quadro de Oficiais de Saúde BM (QOSBM);
4 - Quadro de Oficiais de Administração BM (QOABM);
5 - Quadro de Oficiais Especialistas BM (QOEBM);
6 - Quadro de oficiais Capelães BM (QOCABM).
b) Praças Bombeiros Militares (Praças BM).
II - PESSOAL INATIVO:
a) Pessoal da Reserva Remunerada, compreendendo os Oficiais e Praças BM
transferidos para a Reserva Remunerada; e
b) Pessoal Reformado, compreendendo os Oficiais e Praças BM
Reformados.
Art. 42 - O Quadro de Oficiais Bombeiros Militares Combatentes (QOBM)
será constituído pelos oficiais possuidores do Curso de Formação de Oficiais Bombeiros
Militares.
Art. 43 - O Quadro de Oficiais de Saúde BM (QOSBM) será constituído
pelos oficiais que, mediante concurso, ingressarem na Corporação, diplomados em
Medicina, Odontologia e Farmácia, por escola oficial ou reconhecida oficialmente.
Art. 44 - O Quadro de Oficiais Complementar BM (QOCBM) será
constituído pelos oficiais que, mediante concurso, ingressarem na Corporação, com
qualificação de nível superior em Arquitetura, Administração de Empresas, Direito,
Bacharel em Ciência da Computação, Comunicação Social, Ciências Contábeis, Educação
Física, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia Química,
Nutrição e Psicologia, por escola oficial ou reconhecida oficialmente.
Art. 45 - Os Quadros de Oficiais de Administração BM (QOABM) e de
Oficiais de Especialistas BM (QOEBM) serão constituídos pelos oficiais oriundos da
situação de praças, mediante curso de habilitação.
Art. 46 - O Quadro de Oficiais Capelães BM (QOCABM) será constituído
pelos oficiais que, mediante concurso, ingressarem na Corporação, com habilitação em
curso específico, ministrado em instituição de ensino superior ou entidade religiosa
competente, de acordo com a Legislação da Educação Nacional.
§ 1° - Além de preencher os requisitos legais, o candidato a capelão deverá
ser apresentado pela autoridade religiosa de seu credo e, nos atos de admissão, será
respeitado o princípio da proporcionalidade entre os Bombeiros Militares que declararem
professá-lo.
§ 2° - O Concurso Público para Capelão BM será específico para cada credo
que tenha alcançado o quociente religioso, o qual é obtido dividindo-se o efetivo geral da
Corporação pelo número de vagas fixadas em lei.
Art. 47 - Os Praças Bombeiros Militares serão grupados em Qualificação
Bombeiro Militar Geral Combatente (QBMG-0) e Qualificação Bombeiro Militar Geral
Especialista (QBMG-1).
§ 1° - A diversificação das qualificações previstas neste artigo será mínima
indispensável, de modo a possibilitar uma ampla utilização dos praças nelas incluídos.
§ 2° - O Governo do Estado baixará, em Decreto, as normas para a
Qualificação de Bombeiro Militar dos Praças, mediante proposta do Comandante Geral da
Corporação.
Art. 48 - O Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do
Pará, na forma da legislação em vigor, poderá contratar pessoal civil para prestar serviço à
Corporação, tanto de natureza técnica ou especializada, como de caráter geral.

DO EFETIVO

Art. 49 - O efetivo do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Pará será


fixado em lei específica - Lei de Fixação do Efetivo do Corpo de Bombeiros Militar do
Estado do Pará - mediante proposta do Governador do Estado do Pará à Assembléia
Legislativa, e observada a Legislação Federal.
Art. 50 - Respeitado o efetivo fixado na Lei de Fixação do Efetivo, cabe ao
Governador do Estado aprovar, mediante Decreto, o Quadro de organização (QO),
elaborado pelo Comandante Geral da Corporação.

TÍTULO IV - DISPOSIÇÕES GERAIS TRANSITÓRIAS E FINAIS

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

SEÇÃO I - ÓRGÃOS DE DIREÇÃO, APOIO E EXECUÇÃO – ALTERAÇÕES

Art. 51 - Fica o Poder Executivo autorizado a promover, através de Decreto,


a criação, transformação, extinção, denominação, localização e a estruturação dos órgãos de
Direção, dos órgãos de Apoio e dos órgãos de Execução do Corpo de Bombeiros Militar do
Estado do Pará, de acordo com a Organização Básica prevista nesta Lei e dentro dos limites
de efetivos fixados na Lei de Fixação de Efetivos, por proposta do Comandante Geral da
Corporação.

SEÇÃO II - PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO

Art. 52 - Compete ao Governador do Estado do Pará baixar normas,


regulamentos e medidas referentes à prevenção contra incêndio e pânico em projetos,
prédios e estabelecimentos diversos, exigindo o emprego de materiais específicos e
disposições gerais que evitem ou dificultem a propagação do fogo e facilitem o combate
por ocasião dos incêndios.
§ 1° - O Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar é o Assessor do
Governador do Estado, pra assuntos do que trata o presente artigo.
§ 2° - Competirá, exclusivamente, ao Corpo de Bombeiros Militar fiscalizar,
emitir normas, laudos de exigências e aprovação de medidas preventivas contra incêndio e
pânico em todo o Estado do Pará, com base na legislação específica.
Art. 53 - A rede de abastecimento d'água do Estado fica à disposição do
Corpo de Bombeiros Militar para os serviços de extinção de incêndio e os hidrantes
somente poderão ser utilizados pela Corporação e pela concessionária dos serviços de
abastecimento de água e tratamento de esgoto da localidade.
Parágrafo Único - Quando houver necessidade poderão ser utilizados, além
dos hidrantes de incêndios, quaisquer outras fontes disponíveis ou depósitos de água,
públicos e particulares.

CAPÍTULO II - DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 54 - A organização básica prevista nesta lei deverá ser efetivada


progressivamente, na dependência da disponibilidade de instalações, de material e de
pessoal, por Ato do Governador do Estado, mediante proposta do Comandante Geral da
Corporação.
Art. 55 - Como decorrência do desenvolvimento da Corporação, fica
autorizado o Poder Executivo, por Ato do Governador do Estado, a criar, mediante proposta
do Comandante Geral, as seguintes Diretorias:
I - Diretoria de Pessoal (DP);
II - Diretoria de Saúde (DS).

CAPÍTULO III - DISPOSIÇÕES FINAIS

SEÇÃO ÚNICA - REGULAMENTAÇÃO COMPLEMENTAR

Art. 56 - Em complementação à presente Lei, disporá a Corporação da


seguinte regulamentação:
I - Regulamento de Administração (RA);
II - Regulamento Interno e dos Serviços Gerais (RISG);
III - Regulamento Disciplinar do Corpo de Bombeiros (RDCB);
IV - Regulamento do Estado-Maior Geral (REMG);
V - Regulamento de Uniformes Bombeiro-Militar (RUBM);
VI - Regulamento da Secretaria de Comissões de Promoções (RSCP);
VII - Regulamento de Promoções de Graduados (RPG);
VIII - Regulamento da Diretoria de Pessoal (RDP);
IX - Regulamento da Diretoria de Ensino e Instrução (RDEI);
X - Regulamento da Diretoria de finanças (RDF);
XI - Regulamento da Diretoria de Apoio Logístico (RDAL);
XII - Regulamento da Diretoria de Serviços Técnicos (RDST);
XIII - Regulamento de Incorporação e Prorrogação de Tempo de Serviço
(RIPTS);
XIV - Regulamento da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (RCEDEC);
XV - Regulamento do Quadro de Oficiais Complementares (RQOC);
XVI - Regulamento do Quadro de Oficiais de Administração (RQOA);
XVII - Regulamento do Quadro de Oficiais Especialistas (RQOE);
XVIII - Regulamento do Quadro de Oficiais da Saúde (RQOS).
Parágrafo Único - Além dos Regulamentos a que se refere o presente artigo,
e em complementação à Lei de promoções de Oficiais (LPO), disporá a Corporação do
Regulamento da Lei de Promoções de Oficiais (RLPO).
Art. 57 - Fica o Poder Executivo autorizado a baixar os atos necessários à
regulamentação desta Lei, no prazo de cento e vinte (120) dias, após sua publicação.
Art. 58 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogados os
dispositivos em contrário.

PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ, 15 de dezembro de


1992.

JADER FONTENELLE BARBALHO


GOVERNADOR DO ESTADO
ADHERBAL MEIRA MATOS
SECRETÁRIO E ESTADO DE JUSTIÇA
GILENO MÜLLER CHAVES
SECRETÁRIO DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO

DOE N° 27.370, de 21/12/1992

TEXTO IDÊNTICO AO PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO PARÁ

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