PROFESSOR-PESQUISADOR-EM-MATEMÁTICA-FÍSICA
PROFESSOR-PESQUISADOR-EM-MATEMÁTICA-FÍSICA
PROFESSOR-PESQUISADOR-EM-MATEMÁTICA-FÍSICA
1
Sumário
1 Matemática ................................................................................................ 3
1
NOSSA HISTÓRIA
2
1 Matemática
1.1 Introdução
3
Há muito tempo discute-se a disjunção entre o trabalho do professor de matemática
e os resultados de pesquisa em educação matemática. Criticam-se os pesquisadores
como indivíduos que, com o objetivo de atingir rigor metodológico, reduzem a
complexidade da sala de aula. Controlam-se as variáveis humanas, criando-se grupos
de controle e grupos experimentais. Os resultados são conclusões aparentemente
pouco úteis para o professor de sala de aula. A linguagem esotérica utilizada nos
ensaios, as conexões rígidas a certas correntes teóricas, e a falta de implicações para
a prática, condenam os resultados das pesquisas a permanecerem influentes apenas
no âmbito acadêmico.
O uso e abuso da palavra pesquisa nas sociedades modernas merece uma reflexão
sobre o próprio conceito de pesquisa. Muitos cursos de graduação e, praticamente,
todos de pós-graduação, têm como obrigatória a disciplina Metodologia de Pesquisa,
muitas vezes com um outro nome. As escolas fundamentais mais avançadas
envolvem seus alunos, mesmo antes que saibam ler e escrever, em projetos de
pesquisa individual e coletiva.
Para nós, indivíduos da vida acadêmica, pesquisa é parte do nosso dia-a-dia. Discute-
se a validade de uma pesquisa, fala-se em métodos de pesquisa e em linhas de
pesquisa. Trabalhos publicados devem ser enquadrados em linhas de pesquisa já
declaradas, desestimulando a atuação do pesquisador em áreas fora da sua
especialidade, o que é vital para a academia. Muitas vezes, alega-se falta de
experiência e competência do pesquisador na nova área. Para os alunos, a situação
é ainda mais asfixiante. O jovem que se inicia na pesquisa deve deixar bem claro,
antes mesmo de dar início ao trabalho, qual a metodologia que vai seguir, qual a
questão que pretende responder. O resultado é manietar o jovem na exploração do
novo, e o mesmo se passa com o pesquisador estabelecido. No meio acadêmico, o
que tem sido considerado uma boa pesquisa é, muitas vezes, o reflexo da inserção
equivocada, na educação, de um conceito descontextualizado de qualidade.
4
de dados coletados de maneiras diversas, inclusive mesmo entrevistas. Essa é a
pesquisa que comparece nos indicadores de opinião pública e tendência de voto, tão
frequentes no cotidiano. Chamá-la de pesquisa estatística ou pesquisa positivista é
ainda comum. No correr do século XX, a pesquisa quantitativa firmou-se na
Educação, particularmente nos Estados Unidos da América, recebendo um grande
impulso com a fundação, em 1916, da American Educational Research Association
[AERA]. Até recentemente, pesquisa era entendida como pesquisa quantitativa,
particularmente na Educação Matemática.
5
Não há dúvida que existe um mal estar em relação a esta
questão, como acontece, aliás, em relação a (quase) tudo o
que se passa na educação em geral.
Da declaração sustentada por João Pedro da Ponte podemos concluir várias coisas
pertinentes à formação, todavia a que achamos mais importante é a preparação e
instrumentalização do futuro docente em teorias que não explicam e/ou são utilizadas
diretamente em seu ofício diário. Certamente que não tencionamos assumir aqui uma
posição reducionista que prioriza o estudo apenas daquilo que é efetivamente
utilizado em sala de aula pelo professor na escola. Se assim tivesse sido nossa opção,
a primeira medida seria eliminar todas as disciplinas de Cálculo Diferencial e Integral,
Variável Complexa, Estruturas Algébricas, etc.
6
tradicionais, a matemática costumava servir como um
paradigma para o pensamento lógico, de modo que os
conteúdos eram usualmente bastante elementares e os
métodos de ensino enfatizavam aspectos formais; a
matemática escolar tinha um caráter estático e desligado das
aplicações práticas. Por outro lado, a indústria e o comercio
demandavam não apenas uma instrução matemática mais
ampla, mas também conhecimentos mais modernos e
avançados que servissem de base para aplicações técnicas.
Para estas autoras, há outras razões além das apontadas acima que fazem com que
os programas de formação tenham pouco impacto na preparação dos futuros
professores para ensinar Matemática, tais como
(i) não atender às crenças, concepções e conhecimentos que os futuros
professores possuem;
(ii) transmitir a percepção de que para ensinar não é necessário um
conhecimento profissional específico, sendo pouco mais preciso do que
senso comum;
(iii) não evidenciar a importância do conhecimento didático;
(iv) não estabelecer a ligação entre a teoria e a prática; e
(v) dar pouca atenção à prática profissional.
7
Observando o diagrama, prevemos algumas dificuldades, uma vez que os conteúdos
matemáticos no Brasil não são fornecidos ao licenciando com uma grande ênfase ou
preocupação com ensino. Por exemplo, o caso dos conteúdos de Geometria Plana
que são bastante extensos, entretanto, na graduação, aparentemente, tudo parece
ser visto em um semestre. Assim, o aluno precisa percorrer sozinho a seguinte
trajetória:
O percurso acima está longe de ser atingido, pelo menos em grande parte, em um
curso de licenciatura, o que se caracteriza um sério problema que deve ser pensado
por formadores e formandos. Na figura abaixo, ilustramos a concepção de curso de
formação de professores de Matemática em Portugal.
8
Reparamos uma presença marcante de uma Didática direcionada ao ensino de
conteúdos específicos de Matemática integrando os currículos de formação na
Europa. Sua necessidade pode ser evidenciada pelo fato de mobilizarmos ‘modelos
mentais’ distintos quando raciocinamos em termos de Aritmética, Álgebra e
Geometria.
9
Além disso, um raciocínio contém:
O fazer do professor é hoje compreendido segundo várias concepções, mas por muito
tempo se compreendeu que o professor da Educação Básica poderia ser definido
unicamente como o profissional que ministra aulas e que relaciona ou instrumentaliza
os alunos para as aulas em qualquer que seja a área de estudo. Num outro polo,
compreendia-se que apenas o professor universitário deveria (ou poderia) ser
pesquisador, isto é, somente a este tipo de professor caberia a atividade de reunir
informações sobre um determinado problema ou assunto, analisá-las utilizando o
método científico e então, gerar conhecimento. Contudo, na atualidade, tem vigorado
a ideia de que a docência e a pesquisa são atividades que se articulam e se
complementam, assim, o professor-pesquisador deve atuar em todo e qualquer nível
de ensino.
10
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses
que fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto
ensino, continuo buscando, reprocurando. Ensino porque
busco, porque indaguei, porque indago e me indago.
Pesquiso para constatar, constatando intervenho, intervindo
educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não
conheço e comunicar ou anunciar a novidade (FREIRE, 2008,
p.29).
Por esta via, analisa Pamplona (2013, p.55), nas Diretrizes Curriculares
... se firma a ideia de que o cotidiano escolar deva ser objeto
de pesquisa dos próprios professores, pois se tem observado
que, de modo geral, quando as investigações são levadas a
cabo somente por acadêmicos, elas têm pouco ou nenhum
reflexo sobre a sala de aula. (...) Entretanto, esta
reconfiguração da função docente implica mudanças na
formação inicial, no sentido de trazer a pesquisa para as
licenciaturas, permitindo que os futuros professores passem
a incorporar a postura crítica e investigativa que o permita
investigar os complexos fenômenos que envolvem o ensino
e aprendizagem.
Este mesmo documento também preconiza, no Art. 3º, que a pesquisa é essencial
aos cursos de formação. Em vista disto, um dos desafios lançados aos professores
das licenciaturas refere-se à criação de espaços e de momentos por meio dos quais
os licenciandos possam vivenciar a pesquisa. Para tanto, segundo André, é
necessário que “a pesquisa se torne um eixo ou um núcleo do curso, ou seja, integre
o projeto de formação inicial e continuada da instituição construído pelos seus
participantes, levando em conta os recursos e as condições disponíveis” (ANDRÉ,
2011, p.61).
11
Esta tem sido a tônica do curso de Licenciatura em Matemática do CUA/UFMT, e
decorre desta prática a necessidade de analisar o real impacto dos esforços
empreendidos. Para tanto, formulamos a questão de pesquisa: como os diferentes
espaços do Curso de Licenciatura em Matemática do CUA/UFMT têm desenvolvido
competências relacionadas com o processo de investigação em Educação
Matemática?
Esta tem sido a questão abordada em nosso trabalho, cujo objetivo geral é: analisar
como diferentes instâncias, tais como a participação de pesquisas como parte
disciplinar, do Estágio Supervisionado, ou como parte de diferentes programas
ligados à licenciatura têm contribuído para que o licenciando torne-se pesquisador.
12
modos de enriquecer a atmosfera da comunidade onde se
pretende promover determinadas formas de participação.
(MATTOS et all, 2003)
Por isto, compreendemos que alguém vai tornando-se professor desde o momento
que ingressa no curso de licenciatura, visto que passa a fazer parte de uma
comunidade (que é um grupo de pessoas que se reconhecem mutuamente como
associadas a determinados fazeres e está inerentemente relacionado a uma prática
social), começa a apropriar-se de um domínio (é uma base comum de trabalho, que
auxilia a criar e desenvolver uma identidade) e a envolver-se com uma prática (que
se refere ao conhecimento específico que a comunidade desenvolve, partilha e
mantém).
13
geral e sobre a prática docente de modo particular. Mas, de modo especial, é durante
o Estágio Supervisionado que o licenciando toma contato com a ideia de reflexão
sobre a própria prática, afinal, para Klein (2006), na medida em que o professor reflete
sobre sua prática, re-significa suas teorias e busca compreender as bases de seu
pensamento, ele torna-se um pesquisador de sua ação, e poderá modificá-la com
mais propriedade.
Mas, para Nóvoa, falar sobre professor pesquisador é citar o professor reflexivo, pois:
14
modalidade, o processo ainda está em construção -
metodológica e teoricamente.
Daí a nossa proposta de que a primeira autora deste trabalho, que ao longo de sua
graduação envolveu-se em várias das atividades acima citadas, pudesse rever
analiticamente todos os trabalhos que realizou durante o curso de modo a revelar
como cada um destes momentos/trabalhos contribuiu para torná-la uma professora
pesquisadora. Para tanto, metodologicamente, temos optado por um trabalho no
formato multipaper.
15
um elemento essencial à sua vida profissional. De acordo com Goldsmith e Schfter
(1997) a ação do professor se modifica conforme ele altera o seu foco, dando maior
atenção ao pensamento e à ação do aluno do que aos detalhes de sua própria ação
e sua prática. Em outras palavras, o professor passa a “escutar” os seus alunos,
dando-lhes voz e agência na sua própria na sua própria aprendizagem. Esses
professores passam a entender o pensamento dos alunos como o seu guia,
direcionando os seus objetivos e as suas decisões curriculares e metodológicas.
A disposição do professor a escutar os seus alunos de forma a lhes dar voz e agência
é o elemento fundamental ao caracterizar o professor pesquisador (D’Ambrósio,
2002). Esse professor coleta dados na forma de produções de seus alunos,
observações das ações dos alunos, conversas com seus alunos, e analisando tudo,
procura entender a estória da aprendizagem de cada aluno.
Ou seja, esses professores construtivistas analisam a voz do aluno, sua voz pessoal
e a voz da disciplina, tentando entender as construções de seus alunos e assim
planejar a direção de suas ações pedagógicas e curriculares. De acordo com Davis
(1999), existe uma forma de se ouvir intermediária, chamada interpretativa. Esse ouvir
ocorre quando o professor atende à voz do aluno, mas ainda interpreta essa voz em
16
comparação com a voz da disciplina. Esse professor tenta dar razão aos alunos,
contando que essa razão esteja de acordo com o seu conhecimento formal de
matemática. Esse professor não altera sua visão do que vem a ser correto na
matemática para acomodar o conhecimento do aluno. Essas três formas de ouvir, a
avaliativa, a interpretativa e a hermenêutica, utilizadas por professores em sala de
aula, constituem um contínuo de aprendizagem pela qual passam os professores ao
se tornarem mais atentos à voz do aluno e, consequentemente, mais fiéis a um ensino
construtivista.
2 Física
2.1 Introdução
Pesquisa pode ser definida como um processo por meio do qual o pesquisador
adquire ou produz um conhecimento. Assim, para Neto e Maciel (2009), a pesquisa
educacional compreende a capacidade de o professor pesquisador elaborar e
construir conhecimento por si próprio, uma construção pessoal que também pode ser
coletiva, mas que sempre traz benefícios para o coletivo.
17
As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) propõe que as instituições de ensino
superior dos cursos de licenciatura, formem educadores capazes de ir à busca do
conhecimento, desenvolver competências e habilidades para que esses professores
atuem no campo da pesquisa, integrando teoria e prática, procurando refletir sobre
suas ações e transformá-la
A formação do professor deve se dar a partir de uma prática reflexiva, pois como
Schön (1983), apud Ludke (2001) defende, o professor engajado na prática docente
18
reflete tanto sobre suas práticas como também na sua aplicação e nos resultados
obtidos, não se limitando a apenas preparar aulas, ele será capaz de extrair
elementos para melhorá-la.
Concernente a esta ideia, pode-se mencionar Freire (1996, p. 43) ao destacar que “A
prática docente crítica, implicante do pensar certo, envolve o movimento dinâmico,
dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer ... É pensando criticamente a prática
de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática”. Não basta somente
conhecer a realidade, é preciso refletir de forma crítica e transformá-la em prol de
aperfeiçoar a prática pedagógica, melhorando o processo de ensino e aprendizagem.
A respeito dos saberes docentes, Charlot (2005) esclarece que o saber da prática ou
conhecimentos sobre a prática é também um saber específico e são produzidos pela
pesquisa, essa é uma forma de mediação entre duas lógicas, a da prática e a do
discurso. Para o autor, formar professores é trabalhar os saberes e as práticas em
diversos níveis e situá-los em pontos que podem se articular lógicas que são e serão
heterogêneas.
19
do trabalho (lugar de mobilização), do mundo da pesquisa (lugar de produção) e do
mundo escolar (lugar de comunicação dos saberes e competências).
20
nesse processo, trabalho coletivo, participação direta nas reformas curriculares, entre
outras...
Segundo André (2001), a maioria das pesquisas continua sendo produzida nos
programas de pós-graduação strictu sensu, no entanto, as temáticas privilegiadas e
as formas de desenvolvimento desses estudos estão se modificando, nas décadas
de 60 a 70, o interesse eram experimentos realizados em laboratórios, nas décadas
de 80 a 90, as preocupações dos pesquisadores voltaram-se para o cotidiano da
escola e da sala de aula, ocorrendo uma grande valorização do olhar de dentro,
surgindo diversos trabalhos em que se analisa a experiência do professor ou em que
este realiza a pesquisa com a ajuda dos participantes.
Para Sacristán e Gómez (2000), o objetivo destes programas deve ser preparar os
docentes para perspectivas críticas sobre as relações, a escola e as desigualdades
sociais, para que dentro das atividades cotidianas na sala de aula e na própria escola,
sejam criados mecanismos para tentar corrigir essas desigualdades, assumindo um
compromisso moral e social. Ainda para Sácristan (1998), a formação de professores
precisa dotá-los de saberes práticos nos níveis e áreas do currículo que vão atuar,
auxiliá-los a fundamentar esses saberes, para assim desenvolver nos futuros
professores habilidades para desenvolver, avaliar e promover práticas adequadas as
diferentes necessidades dos alunos.
21
que só é realizada na academia, por isso a resistência de muito professores de nível
fundamental em realizá-la, para Zeichner (1998) muitos acadêmicos nas
universidades rejeitam a pesquisa dos professores das escolas por considerá-la trivial
e irrelevante para seus trabalhos. Além de que, para esse autor, há uma negação da
legitimidade dos conhecimentos gerados por essas pesquisas.
Ludke (2001) afirma que falar em produção de conhecimento pelo professor ainda é
tabu, pois as condições concretas do trabalho desses profissionais tornam
improváveis as possibilidades de a pesquisa ser inserida no perfil profissional desses
docentes que atuam no ensino fundamental e médio, tornando-se um fardo
impossível de se carregar, além das resistências entre acadêmicos e formadores em
admitir essa possibilidade. Enquanto não houver uma valorização e as autoridades
não priorizarem a educação, investindo na qualificação docente na melhoria dos
salários, essa realidade torna-se distante, por isso faz-se necessário, além da
inclusão da pesquisa na formação docente, verificar se as condições de trabalho
desses professores estão adequadas a essa prática.
22
práticas, pois essa formação profissional para um professor pesquisador favorece a
aplicação dessas práticas de maneira mais eficaz, uma vez que proporciona
condições de interferir, modificar e melhorar sua ação pedagógica, tornando esse
profissional um ser crítico, apto a fazer comparações de diferentes métodos de
ensino, contrapor teorias, interagir com seus alunos, refletir sobre problemas
encontrados no cotidiano da sala de aula e produzir novos conhecimentos.
23
formação para pesquisa, são comuns a todas as licenciaturas em ciências naturais,
ressaltando a importância desta para a preparação de docentes capazes de refletir e
criticar a sua prática.
24
REFERÊNCIAS
25
D’Ambrósio, B. (a aparecer). Preparing Teachers to Teach Mathematics within
a Constitructivist Framework: The Importance of Listening to Children. Em D.
Thompson e T. Watanabe (Eds.). The Work of Mathematics Teacher educators:
Exchanging Ideas for Effective Practice. Primeira monografia da Association of
Mathematics Teacher Educatiors (AMTE).
26
Professores. In: Cartas Cartográficas do Trabalho Docente: Professor(a)-
Pesquisador(a). Campinas-SP: Mercado das Letras: Associação de Leitura Brasileira
– ALB.
27
MATOS, J. F.; et all. “Aprendizagem como participação em comunidade de
prática: o exemplo da encriptação no projeto weblabs”. In: XIV SIEM – Seminar of
Mathematic Investigation and Education, 14. Actas ... Santarém, Portugal: APM, 2003.
28
Schifter, D. ; Fosnot,C. (1993). Reconstructing mathematics education: Stories
of teachers meeting the challenge of reform. New York: Teachers College Press.
Silver, E. (2004). Ella Minnow Pea: An allegory for our times? Jounal for
Research in Mathematics Education, 35(3), pp. 154-156.
29