AULA 1
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Embora a homilética seja ao mesmo tempo uma arte e uma ciência,
vamos trabalhar de maneira a tornar prático os conceitos e técnicas propostas
nesta disciplina, usando vários exemplos e dicas que possam ser facilmente
aplicadas à sua realidade e ministério como comunicadores (as) do evangelho.
Sugiro que além dos textos e vídeos aqui apresentados, vocês também
fiquem atentos à leitura do livro base, especialmente os capítulos 2, sobre
oratória e 3 sobre homilética, que irão complementar e ampliar vários conceitos
e técnicas apresentados aqui. Dessa forma, vocês terão um melhor
aproveitamento da disciplina.
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com eficácia, mas a técnica nos ajuda a comunicar a mensagem com mais
clareza e objetividade.
Recomendo que vocês leiam as páginas 142 até 144 do livro base, onde
é feita uma apresentação mais detalhada do conceito e origem da homilética.
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TEMA 3 – O ESPÍRITO SANTO E O MINISTÉRIO DA PREGAÇÃO
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Humildade e dependência de Deus: o pregador deve reconhecer que por
mais preparado que esteja e capacitado que seja, é um mero instrumento
da graça e bondade de Deus e é Ele que opera por meio da mensagem
gerando vida e transformação.
Vida de comunhão com Deus e estudo da Palavra: esta deve ser uma
dinâmica constante na vida do pregador. Não apenas quando for pregar,
independentemente de ter ou não uma agenda de pregação, ele deve
estar constantemente estudando e meditando na palavra e cultivando
uma disciplina de devocional diário.
Oração: o hábito de ouvir e falar com Deus, apresentar diante dele nossas
súplicas, agradecimentos e louvores. A oração tem sido o segredo do
êxito na preparação e entrega de uma boa mensagem. É a oração que dá
vida e poder à mensagem.
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até bem elabora e apresentado, que até pode impressionar os ouvintes, mas ser
reprovado por Deus por falta de integridade e verdade prática.
A mensagem poderá até ter impacto na vida das pessoas, por ser a
verdade de Deus, mas o pregador certamente não agradará a Deus se seu
coração não for sincero e suas motivações alinhadas ao caráter de Deus.
Isso faz todo sentido. O período de preparo não termina ao fim do curso
teológico. Eu diria que este é só o começo. Devemos pensar em uma formação
continuada. Especialmente nos dias que vivemos, em que as transformações
são rápidas e constantes, precisamos estar sempre atualizados.
Como disse Salomão, “o coração do sábio adquire o conhecimento, e os
seus ouvidos procuram o saber” (Provérbios 18: 15). Portanto, além do espiritual,
o pregador também deve se preparar intelectualmente e culturalmente.
Outras ciências além do estudo teológico também podem ser de grande
ajuda, como a antropologia, filosofia, sociologia, psicologia, comunicação,
história, entre outras. Tudo que puder contribuir para que possamos fazer uma
boa leitura do contexto e cultura para a qual comunicamos é importante.
Portanto, continue estudando e se atualizando sempre. Faça outros
cursos, seja um leitor assíduo e disciplinado e pratique a interdisciplinaridade.
NA PRÁTICA
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“ore como se tudo dependesse de Deus e trabalhe como se tudo dependesse de
si” (Loyola citado por Todescatto, 2018).
Faça bom uso das técnicas e ferramentas disponíveis, como oratória,
homilética, retórica, exegese e outras. Tenha uma vida de intimidade com o
Espírito Santo de Deus. Procure encher-se dele, como Efésios (5: 18)
recomenda: “e não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas
enchei-vos do espírito.”
Portanto, labore: prepare-se, estude, ore, dedique-se, enfim, assuma a
sua responsabilidade e faça a sua parte — e no que você não pode fazer, confie
que Deus fará!
FINALIZANDO
Para finalizar esta aula, vamos recapitular o que aprendemos até aqui.
Sabemos que pregar a palavra de Deus é um grande privilégio, mas também um
grande desafio. Portanto, precisamos fazer uso de todas as ferramentas
possíveis, e a homilética é uma delas.
Ela nos ajuda a organizar as ideias e argumentos, estruturar de maneira
lógica e clara a mensagem, daí sua importância. Mas apenas a técnica não é
suficiente. Precisamos também depender do Espírito Santo e compreender seu
papel fundamental no ministério da pregação.
Contudo, precisamos estar cientes que ele fará a sua função, mas cabe a
nós fazermos a nossa parte com excelência. E isso exige preparo. Preparo
espiritual, com oração, estudo da palavra, vida de comunhão com Deus e
santidade, entre outros. E não devemos esquecer também o preparo intelectual,
como disciplina acadêmica, crescimento pessoal e atualização constante.
Por fim, vale mencionar a importante orientação de Keller (2017, p. 233):
“quando, em vez de simplesmente dar informações ou mostrar o que sabem,
eles (os pregadores) elevam Cristo e mostram às pessoas o seu amor, aí então
se alinham ao Espírito e podem esperar que ele acompanhe a mensagem
proclamada”.
Assim como o Espírito Santo, a pregação bíblica deve ser cristocêntrica,
apontar e glorificar a Cristo. Levando em consideração estas verdades,
certamente seremos um instrumento precioso e pronto para ser usado para a
glória de Deus na proclamação do evangelho do Reino.
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REFERÊNCIAS