Flores e Suas Partes

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1. Biologia

Partes da Flor: verticilos florais,


pedúnculo e pistilo
Biologia - Manual do Enem

Publicado por William Mira

- Última atualização: 31/5/2023

Índice
1) Introdução2) Estruturas3) Classificação das Flores4) Polinização5) Tipos de
Polinização6) Reprodução7) Exercícios

Introdução
A flor é uma estrutura envolvida na reprodução e que está presente em plantas
angiospermas. É formada por estruturas foliares modificadas
chamadas antófilas e a sua presença é um dos fatores que caracteriza esse
grupo de plantas, também chamadas de fanerógamas ou espermatófitas.

A flor é uma estrutura complexa, e conservada evolutivamente, embora


apresente diversidade na morfologia e fisiologia entre as espécies.
Flores.

Estruturas
Como já dito, as flores são compostas por folhas diferenciadas e modificadas para
apresentarem funções específicas. As folhas podem se modificar gerando até
quatro estruturas características, que são chamadas de verticilos florais e que
estão dispostas em formato circular, onde um verticilo se encontra dentro do
arranjo do outro.
 Cálice: Conjunto de sépalas;
 Corola: Conjunto de pétalas;
 Androceu: Órgão reprodutor masculino;
 Gineceu: Órgão reprodutor feminino.

Estrutura da flor: 1) Caule; 2) Pedúnculo


floral; 3) Cálice;
4) Corola; 5) Androceu; 6) Gineceu e 7) Folha.

Os verticilos florais podem ser classificados em inférteis, quando não possuem


função reprodutiva, como o cálice e a corola, ou férteis, quando possuem função
reprodutiva, como é o caso do androceu (estrutura masculina) e gineceu (estrutura
feminina).

Cada verticilo também é composto por um conjunto de estruturas que possuem


nome específico e podem apresentar função de sustentação, proteção, atração
e reprodução:
 Pedúnculo: Eixo de sustentação da flor que liga a estrutura ao caule;
 Receptáculo floral: Porção dilatada do pedúnculo que serve de
sustentação e suporte para os verticilos florais.
 Sépala: Folhas modificadas, geralmente de coloração verde, localizadas
abaixo das pétalas e com função de proteger o botão floral enquanto
ainda não abriu;
 Pétala: Unidade da corola, pode possuir cores vivas e marcantes e sua
função é atrair agentes polinizadores. Inserem-se logo após as sépalas.
 Carpelo: Também chamado de pistilo, é a parte reprodutiva feminina,
geralmente localizada no centro da estrutura floral. Possui uma base
dilatada, chamada de ovário, seguida de uma fina porção superior,
chamada estilete, que a deixa semelhante a um vaso. O estigma é a
porção superior do carpelo, localizado na extremidade do estilete, onde
se depositam os grãos de pólen para se iniciar o processo de
germinação. Uma mesma flor pode apresentar mais de um carpelo.
 Estame: Parte reprodutiva masculina semelhante a um alfinete com
corpo chamado de filete e cabeça de antera, local onde se produz os
grãos de pólen formados pelo gameta masculino.

Alguns constituintes florais podem se agrupar formando um conjunto de estruturas


com nomes específicos:

 Perianto: É o conjunto de corola (pétalas) + cálice (sépalas).


 Tépala: Quando corola e cálice não se diferenciam, possuindo as
mesmas cores, tamanhos e formatos. Devido a serem semelhantes,
geralmente as sépalas são confundidas com as pétalas. As plantas que
possuem essas características são chamadas de Homoclamídeas.
 Androceu: Conjunto de todos os estames;
 Gineceu: Conjunto de todos os carpelos. Se a planta só possui um
carpelo, o próprio pode ser chamado de gineceu.

Estrutura da flor
e seus componentes.

Algumas flores podem ainda apresentar estruturas para produção de néctar. Os


nectários são formados geralmente nos receptáculos e são líquidos açucarados
utilizados para atrair agentes polinizadores.
Classificação das Flores
As flores podem ser classificadas quanto a sua estrutura, analisando a disposição
delas no vegetal e a presença ou ausência de Verticilos. Podem também ser
classificadas quanto a sua simetria, ou seja, disposição das pétalas de forma a
estabelecer eixos simétricos de corte.

Quanto a estrutura, as plantas podem ser:

Simples
Quando são dispostas de forma unitária no vegetal, estando uma flor separada
da outra.

Ainda dentro das flores simples, elas podem ser classificadas em:
 Completas: Quando possuem todos os verticilos florais;
 Incompletas: Ausência de um ou mais verticilos florais.

Geralmente as plantas simples incompletas são dióicas, isto é, possuem sexo


separado.

Dessa forma, as plantas femininas não possuem o androceu nas suas estruturas
florais e as plantas masculinas não possuem o gineceu.

Plantas monóicas ou hermafroditas possuem ambas as estruturas sendo,


geralmente, completas.

Inflorescência
Quando dispostas em agrupamentos, como se fosse um ramo de flores em um
galho.

Dentro da inflorescência, as plantas podem ainda ser classificadas em:


 Definidas: Com flor terminal do eixo principal florindo primeiramente
seguida das flores próximas até a floração da base desse eixo.
 Indefinidas: Eixo principal não possui flor na sua extremidade e sim
uma estrutura chamada de gema com flores localizadas nas laterais e
com floração seguindo da base para as extremidades.

Envolvendo a simetria, as plantas são classificadas em:


 Zigomorfas: Possuem simetria bilateral, possuindo apenas um eixo de
simetria;
 Actinomorfas: Possuem simetria radial, possuindo mais de um eixo de
simetria;
 Assimétricas: Não possuem eixo de simetria (uma metade vai ser
sempre diferente da outra metade).
Polinização
A polinização é o processo de transferência de grãos de pólen localizados no
órgão masculino da flor para a parte feminina, sendo,
portanto, fundamental para o processo reprodutivo dos vegetais superiores.
A partir da polinização ocorre a fecundação, produção de sementes, frutos e
posteriormente o aparecimento de um novo espécime do vegetal.

Muitas vezes, para que o grão de pólen de uma planta consiga entrar em contato
com o estigma de outra flor é necessária a ação de agentes polinizadores, em
fatores que podem ser bióticos ou abióticos, que agem transportando esses grãos
de pólen de uma flor para outra.

Esse tipo de polinização entre flores diferentes é chamado de polinização


cruzada ou indireta, e é classificada de acordo com o agente polinizador. As
próprias características florais são de acordo com o tipo de agente polinizador que
deverá ser atraído para a flor.

Tipos de Polinização

Anemofilia
Polinização através do vento. Geralmente plantas com esse tipo de polinização
possuem filetes longos e flexíveis, grande produção de grão de pólen e maior
abertura do estigma para depósito do grão de pólen. Podem apresentar flores
pequenas e sem cores vivas. As Gimnospermas, embora não apresentam flores,
possuem esse tipo de polinização.

Hidrofilia
Polinização utilizando a água como agente polinizador. Geralmente associada a
plantas aquáticas com grãos de pólen leves que possam boiar até o estigma.

Entomofilia
Tipo de polinização em que insetos atuam como agentes. As flores geralmente
são chamativas, com cores vivas, exalando odores característicos, geralmente
perfumados. Às vezes, podem apresentar nectários para a produção de néctar
bebido pelos insetos como alimento energético (devido a grande concentração de
carboidratos).

Os grãos de pólen podem apresentar estruturas de fixação como ganchos que


grudam nos insetos que se aproximam das flores. Nem sempre apresentam
odores perfumados, por exemplo, existem espécies de angiospermas em que as
flores apresentam odores de carne podre e cores características para atrair
exclusivamente insetos como moscas e outros decompositores.

Ornitofilia
Quando pássaros são os agentes polinizadores. Os grãos de pólen também
apresentam estruturas que se fixam nas aves que se aproximam. As flores
geralmente são grandes e fortes e com grande produção de néctar.

Quiropterofilia
Polinização por morcegos. Semelhante a ornitofilia.
Abelha, exemplo de polinizador.

Borboleta, outro exemplo de polinizador.


Autopolinização
As plantas monóicas (que possuem ambos os órgãos reprodutores) podem
apresentar autopolinização, ou fecundação direta, quando o grão de pólen do
androceu se fixa no estigma do gineceu da mesma flor. Esse tipo de
fecundação não gera variabilidade genética, não sendo vantajosa em termos
evolutivos e, quando possível, é sempre evitada.

Algumas angiospermas podem ainda apresentar estratégias para evitar a


autopolinização. Entre elas pode-se citar:
 Dicogamia: Os órgãos reprodutores da planta amadurecem em épocas
diferentes. Dessa forma, quando o androceu está maduro, o gineceu
ainda está maturando, não permitindo a germinação.
 Dioicia: Plantas dióicas, possuindo apenas um dos órgãos reprodutores.
 Hercogamia: Alguma estrutura da corola geralmente se projeta entre o
Androceu e o Gineceu impedindo o contato entre os dois órgãos.
 Heterostilia: O pistilo é mais alongado que o estame, dificultando o grão
de pólen de adentrar no estigma.
 Auto-Esterilidade: O vegetal é estéril para o seu grão-de-pólen, não
conseguindo ser fecundado.
Reprodução
Os grãos de pólen presentes no estame do androceu são dispersados no
ambiente e, com auxílio de um agente polinizador, pode entrar em contato com o
estigma do gineceu de outra flor. A partir do estigma, o grão de pólen forma o tubo
polínico que percorre o estilete adentrando no óvulo localizado no interior do
ovário.

No interior do óvulo ocorre a fecundação, onde o núcleo espermático (gameta


masculino) adentra a oosfera (gameta feminino) gerando um zigoto que irá se
desenvolver em embrião. As demais células presentes nessa região se fundem
formando uma célula triplóide (3n) que formará o endosperma, estrutura que irá
nutrir o embrião.

Assim que se inicia a fecundação, o tecido do óvulo envolve o embrião e o


endosperma, ficando mais rígido e semelhante a uma casca, formando assim
a semente. Os tecidos do ovário também se modificam tornando-se mais
carnosos, com função de proteger a semente e sendo conhecido como fruto.
Exercício de fixação

Passo 1 de 3
1.
2.
3.
UDESC/2017
Flores desprovidas de pétalas coloridas, sem nectários com grande produção de
grãos de pólen, os quais são pequenos e leves, caracterizam plantas com
polinização do tipo:
AEntomófila.

BOrnitófila.

CArtificial.

DAnemófila.

EHidrófila.

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