Manual_8286_Controlo de Custos Na Restauração
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Escolas
D. António Taipa
Eixo 1 – Qualificação Inicial de Jovens
Tipologia de Intervenção 1.6– Cursos Profissionais
Código Administrativo - 9953632
Código da operação: - 811184
Técnico/a de Restaurante/Bar
ENQUADRAMENTO DO MANUAL
Com este capítulo pretende-se demonstrar a importância deste manual, que contém informações
essências acerca da formação em causa. Serão apresentados os objetivos do manual e condições
de utilização.
A DESPENSA DO CHEFE
ORDENS DE COMPRA
Utiliza-se uma folha de “ordem de compra” para as mercadorias de consumo imediato,
que são feitas diariamente pelo comprador diretamente no mercado.
Exemplo:
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Um sector da cozinha muito importante é, sem dúvida, a roda, ponto de serviço onde são
atendidos todos os pedidos de restaurante e onde existirá uma mesa quente (estufa), um
quadro com quantos números quanto os das mesas existentes no restaurante. Cada um deles
terá um grampo, onde irão prender-se os tickets, bons ou comprovantes, que serão
“cantados” pelo chefe de cozinha ou subchefe, comunicando aos diferentes sectores as
iguarias pedidas, para que eles possam proceder à sua finalização e empratamento.
O chefe elaborou as ementas, devendo, portanto, controlar se o que previu está a sair
conforme. Para além deste controlo é também de muita importância o retorno das iguarias,
não completamente consumidas no restaurante e que ficaram nas travessas. Nada deve ser
deitado fora sem o consentimento do chefe. Ele lhes dará o devido encaminhamento, tendo
em vista o seu melhor aproveitamento.
OS TICKETS
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Exemplo:
CONTROLO DE BAR
Para inventariar as diferentes garrafas, pode-se faze-lo quer com a ajuda de um “chablon”,
quer com a ajuda de uma proveta, que indica o número de centilitros e, por vezes, o número
de doses de 3, 5 ou 7 cl.
A proveta deve se lavada depois de cada utilização, a não ser que, previamente, os álcoois
estejam agrupados por natureza. Contudo, depois de cada licor, a proveta deve ser lavada.
O controlador do bar deve ter bons conhecimentos das diferentes quantidades servidas para
esta ou aquela bebida. Além disso, deverá conhecer a composição dos cocktails especiais ou
muito pouco servidos.
Quando o bar começa a trabalhar deverá ser requisitado à cave principal um stock de
bebidas.
À medida que diariamente seja necessário renovar aquele stock, deve ser feita nova
requisição, que será acompanhada dos tickets (bons) de encomenda e as respetivas garrafas
vazias, a fim de que haja a certeza de que as bebidas foram realmente utilizadas e vendidas
aos clientes.
As saídas devem corresponder ao total de tickets de venda. O inventário de controlo será feito
pela existência. Este controlo poderá ser efetuado diariamente ou semanalmente, consoante
o movimento do bar.
O preço de venda da cada bebida ou cocktail, deve ser calculado, tendo em conta:
- O tipo e marca da mercadoria;
- A qualidade;
- A quantidade;
- Os diferentes ingredientes ou mercadorias utilizadas na preparação dos cocktails.
À medida que diariamente seja necessária renovar aquele stock, deve ser feita nova
requisição, que será acompanhada dos tickets (bons) de encomenda e as respetivas garrafas
vazias, a fim de que haja a certeza de que as bebidas foram realmente utilizadas e vendidas
aos clientes.
As saídas devem corresponder ao total de tickets de venda. O inventário de controlo deverá
ser feito pela existência. Este controlo poderá ser efetuado diariamente ou semanalmente,
consoante o movimento do bar.
Lista de preços para departamentos de venda
Uma vez elaborados os preços de venda ao público fazem-se listas – preçários de vendas,
tanto para o conhecimento dos vendedores, como listas/ cartas para conhecimento dos
clientes.
Controlo de Bebidas
A cave do dia deverá possuir um stock fixo de bebidas constantes da carta de vinhos, de
águas minerais e de refrigerantes.
O empregado de vinhos requisita, em comprovante próprio, um determinado vinho que lhe foi
pedido pelo cliente. O original desse comprovante fica na cave do dia e, a partir dele, o
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empregado da cave do dia dá a garrafa que lhe foi requisitada. O duplicado do comprovante
ficará no controlo do restaurante, a fim de ser debitado na conta do cliente.
No final do serviço de jantar o empregado da cave do dia deverá ter as garrafas vazias,
correspondentes aos vinhos que foram servidos e que devem corresponder aos
comprovantes passados.
Preencherá uma folha diária de stock, que lhe servirá posteriormente para fazer uma
requisição à cave principal.
Apresentará para controlo, a requisição, os comprovantes e as respetivas garrafas vazias.
Os originais dos comprovantes seguirão para o escritório e serão conferidos com os
duplicados, que foram enviados pelo controlador do restaurante.
Exemplo de um comprovante:
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No fim de cada mês, verifica-se a existência física dos referidos vinhos e a diferença
considera-se como consumo. Nesta altura o responsável pela cave fornece ao serviço de
controlo uma nota da quantidade de vinho consumido, para aqui se indicar o preço do custo
global e dar a nota à contabilidade.
O ECONOMATO
Esta secção é uma das mais importantes num hotel, assim como para o departamento de
alimentação e bebidas, pois é nela que se armazenam produtos como géneros alimentícios,
bebidas, etc.
O Ecónomo
Qualidades morais:
- Senso intransigente;
- Honestidade;
- Capacidade de trabalho;
- Ser metódico;
- Ser ponderado.
Qualidades profissionais:
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Funções
1ª fase: Compra
Verificação da aquisição dos produtos nas melhores condições de preço e qualidade.
2ª fase: Receção
Controlo da qualidade, do preço, da quantidade e do estado de conservação das
mercadorias recebidas.
3ª fase: Armazenagem
Verificação do acondicionamento dos produtos nos locais apropriados e das suas
condições de higiene e temperatura; gestão dos stocks e valorização das mercadorias.
4ª fase: Distribuição
Controlo da transição dos produtos dos armazéns para as diferentes secções de
produção e venda, conforme requisições internas.
5ª fase: Produção
Verificação da conceção dos pratos conforme padrões de qualidade estabelecidos
(dosagens, apresentação, etc.); análise dos ratios de custo.
A escolha do sistema, bem como a sua implementação, devem ser objeto de um estudo
criterioso, de forma a não originar o efeito contrário ao e para o qual foi concebido.
Consideram-se, então, os seguintes princípios para a implementação de um eficaz sistema de
controlo de F&B: (food and Beverage, comida e bebida).
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1º Exatidão
Os dados obtidos através do cálculo dos valores dos custos e das vendas devem ser
rigorosos.
2º Tempo Útil
O sistema deve ser capaz de projetar a apresentação de uma informação diária, semanal,
mensal, semestral ou anual, consoante as necessidades; o não cumprimento deste princípio
anula a utilidade e o interesse da informação e, por conseguinte, o objetivo do controlo.
3º Objetividade
Implica a criação do melhor sistema de controlo e não necessariamente o mais simples ou o
mais complicado; o seu mecanismo deve proporcionar à operação resultados visíveis e
satisfatórios,
4º Prioridade
O sistema deve relatar os fatores mais importantes para a obtenção dos resultados
desejados.
5º Custo efetivo
O investimento e a manutenção do sistema de controlo deverão ser inferiores à redução de
custos que irá originar.
6º Flexibilidade
Atendendo a que operações estão em constante mutação, o sistema deve ser suficientemente
flexível para se moldar a essas mudanças.
7º Aceitação
O pessoal envolvido na operação de Food&Beverage deve compreender a aceitar o sistema,
tanto quanto possível, e cumprir todos os procedimentos por ele exigidos; de outra forma será
muito difícil aproveitar todo o seu potencial.
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1º Ponto de encomenda
É o momento em que deve ser dada a ordem de compra. Para tal deverá ser estipulado um
stock mínimo para cada produto, em função do seu consumo médio diário (cmd) e do seu
tempo de aprovisionamento (ta), desde a sua encomenda até à sua entrega na unidade
hoteleira (expresso em número de dias).
Quando o produto atinge o stock mínimo significa que chegou a altura de efetuar a
encomenda do produto.
Sm = cmd X ta
Por exemplo, o nosso Hotel tem um consumo médio de 30 garrafas de vinho da casa e um
tempo de aprovisionamento de 5 dias, o stock mínimo será de 150 garrafas.
Assim a encomenda deste produto deverá ser efetuada quando o stock atinge este valor.
Esta análise é valida apenas para os produtos não perecíveis (mercearias, bebidas, etc.) que
se destinam a ser armazenados, uma vez que a compra dos produtos perecíveis ou frescos
(vegetais, frutas, pão, etc.), é feita quase diariamente, devido à necessidade do seu consumo
imediato.
2º Quantidade a comprar
A quantidade de mercadorias a comprar depende, por um lado, da previsão de ocupação dos
diferentes pontos de venda da unidade hoteleira e por outro pelo histórico de consumo dos
produtos em causa. Neste caso a experiência e o bom senso do ecónomo é fundamental para
que sejam evitados excessos.
Assim, impõe uma informação atempada e rigorosa dos departamentos de Front Office
(previsão de pequenos-almoços, pensões, grupos, etc.), e de Food&Beverage (reservas de
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mesa, eventos especiais, etc.), bem como um sistema de informação que permita obter com
rapidez o consumo médio de cada produto.
Utilizando o exemplo anterior, para um consumo mensal de 900 garrafas de vinho da casa o
stock médio ideal será de 225 garrafas. Assim sendo o número de rotações de garrafas de
vinho da casa é de 4 vezes.
4º Prazo de pagamento
A grande vantagem do pagamento a prazo prende-se simplesmente com o facto da
mercadoria ser paga após a sua utilização (vantagem da natureza financeira). Isto significa
que parte do capital gerado com a venda do produto, é posteriormente utilizado no pagamento
desse mesmo produto ao fornecedor, nunca havendo investimento em mercadoria por parte
da empresa compradora.
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5º Escolha do fornecedor
O critério de escolha do fornecedor é um aspeto fulcral em todo o processo da compra.
Assim, é fundamental a existência de mais que um fornecedor para cada tipo de produto,
principalmente para aqueles que de elevado custo, sendo conveniente que a sua compra seja
efetuada alternadamente.
Desta forma cria uma concorrência (saudável) entre fornecedores, altamente benéfica para a
empresa compradora.
A escolha dos potenciais fornecedores deve naturalmente recair sobre aqueles que
apresentem o melhor equilíbrio entre fatores qualidade, preço, condições de pagamento,
prazo de entrega, bem como uma garantia de seriedade e de solidez, que se torna
fundamental em todo o processo.
Também é importante analisar a variedade de produtos que um determinado fornecedor
coloca à disposição do hoteleiro. A escolha de um fornecedor para o fornecimento de um
conjunto alargado de produtos resulta naturalmente em ganhos de tempo e de dinheiro.
Nesta perspetiva, o fornecedor ideal a escolher deverá ser aquele que apresentar o melhor
produto, ao mais baixo preço, concedendo o mais alargado prazo de pagamento e
assegurando a entrega do produto o mais rapidamente possível.
Na prática, o tipo de fornecedor atrás descrito não existe, mas é no saber ponderar todos
estes fatores que deverá residir a sua escolha.
Salvaguardam-se os fornecedores com os quais são estabelecidos contratos de fornecimento
exclusivo para um determinado conjunto de produtos e para um determinado período de
tempo. Por exemplo, negociações com empresas cervejeiras, produtoras de café, etc.
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Nestes casos é fundamental haver uma garantia na estabilidade do preço, da qualidade bem
como das condições de pagamento e de fornecimento.
A compra de produtos “stockáveis”, é realizada quando estes atingem o seu stock mínimo e a
compra dos produtos frescos é efetuada com uma regularidade diária ou quase diária.
Finalmente, a compra dos produtos de consumo esporádico é efetuada à medida das
necessidades decorrentes da própria operação.
Documentação de apoio
Um sistema bem organizado e funcional requer que todos os produtos a comprar, sem
exceção, sejam caracterizados por um conjunto de especificações que indiquem com exatidão
qual o artigo a adquirir.
Este procedimento apresenta vantagens significativas para ambas as partes intervenientes na
compra. O fornecedor é informado sobre as características exatas do produto a fornecer e o
comprador obtém fácil e rapidamente o artigo que pretende, evitando assim a sua troca ou a
sua devolução e garantindo uma uniformização em todos os produtos.
Nesta conformidade, para cada produto deverá ser criada uma ficha de especificação de
produto, com as características apresentadas no seguinte exemplo:
Todas as fichas devem ser utilizadas na unidade hoteleira, devem ser ordenadas
alfabeticamente por categorias ou famílias de produtos (por exemplo: carnes, peixes,
mercearias, etc.) para a sua localização imediata e assim obter todas as características do
produto (inclusivamente quais os seus potenciais fornecedores).
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Quant. N.º Doc. Produto Pr. Unit. Pr. Total Destino Fornecedor
Total 543 є
Cozinha 300 є
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Requisição interna
Economato
Em cada que executa Secção que
original
secção o Depois de e envia com requisitou para
pedido é visto e mercadoria conferência
feito por aprovado pela para
duplicado
cada direção a
Contabilidade
responsável requisição
em livro segue para
triplicado Arquivo do
com um
Economato
original e
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HOTEL
Requisição N.º
Porto, 09 – dezembro - 2014
Esta requisição irá servir ao ecónomo para fazer o lançamento no livro ou folhas de entradas
e saídas.
Requisição externa – é um documento em triplicado, pelo qual alguém com poderes para
requisitar, encomenda a uns fornecedores produtos inexistentes no stock do requisitante, ou
quando se chegar à quantidade considerada de reserva mínima.
Estas requisições externas são pedidas pelo próprio ecónomo. Quando as compras são de
valor ou quantidades superioras ao normal, deverão ser submetidas à apreciação da Direção.
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Fornecedor que
O ROL DA PRAÇA
O rol da praça destina-se a registar todas as compras feitas com dinheiro, efetuadas durante
o dia. Nele encontram-se registados a designação dos géneros, quantidades, valores
unitários, parcial, subtotal e total.
Preenchida a quantidade (x) pelo valor unitário, obteremos o parcial e a soma dos
parciais será transportada para o subtotal ou imediatamente para o total. Feito o
resumo das despesas a dinheiro e registadas as entradas dos produtos, o ecónomo irá
ao fim do dia à contabilidade, a fim de receber o dinheiro dos pagamentos que efetuou,
utilizando para isso o seu fundo de caixa, que deve ser reposto todos os dias.
Deve a contabilidade exigir ao ecónomo que apresente, juntamente com o rol da praça,
documentos comprovativos desses pagamentos, ou sejam notas de balcão, que são
documentos passados pelos fornecedores, geralmente retalhistas, ao comprador, no
momento da compra e que comprovam que efetuou o pagamento ao balcão do fornecedor.
Este documento deve possuir o carimbo da firma, deve mencionar a palavra compra, a
discriminação do que se comprar e as respetivas importâncias, data e assinatura do
empregado que recebeu o dinheiro relativo a essa compra.
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FATURA
NOTA DE DÉBITO
Exmo. Senhor
Atentamente
Nota de crédito
No caso inverso ao anteriormente apresentado, se verificar a necessidade de retificar para
menos o valor inscrito na fatura ou perante a devolução total ou parcial da mercadoria
mencionada na fatura, o fornecedor passará ao comprador uma nota de crédito.
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Este fundo será reservado exclusivamente para as compras a dinheiro, feitas diretamente por
aquele sector. Diariamente, depois de devidamente preenchido o rol da praça, acompanhado
dos documentos comprovativos das compras efetuadas, o responsável por este serviço dirigir-
se-á aos serviços de contabilidade, a fim de prestar contas e receber o dinheiro que lhe é
devido, para repor o fundo de caixa.
Resumo das requisições diárias:
É boletim onde constam os totais das requisições diárias de cada secção, ao economato.
Este boletim é elaborado diariamente pelo economato fazendo uma transferência dia a dia
dos totais de cada secção, existindo para tal quatro colunas interligadas, que são:
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Descrição da secção
- Até ontem- onde vem mencionado discriminadamente o valor total das requisições
feitas até ao dia de ontem;
- Hoje- valor total das requisições do dia;
- Acumulado – é a soma das colunas de hoje com as de “hoje”, mas “até ontem”, valor
este que será transferido para a coluna de “até ontem” do boletim do dia seguintes
Totais
Existência
Entradas
Total
Saídas
Saldo
A EMENTA
O objetivo do menu (ementa) é informar o cliente das comidas e bebidas que pode
escolher a determinado preço. Menu em francês “detalhe num minuto”.
Os menus são um importantíssimo instrumento e ferramenta de marketing dado que estes
refletem o conceito, a imagem, o tipo de cozinha, serviço entre outros.
Independentemente do tipo de menu ou carta, estes devem contemplar os seguintes
requisitos básicos:
Ser atrativo;
Estar limpo;
Ser de fácil leitura;
Estar em sintonia com o local ou evento, isto é, de um estabelecimento de restauração
rápida serão mais coloridos que os de um restaurante clássico;
Satisfazer as necessidades do cliente;
Ter um design adequado.
Existem, pois, vários fatores que devem ser levados em consideração, antes da
compilação de qualquer ementa:
1. TIPO
a) Estabelecimento
b) Refeição
2. CLASSE
c) Mesa Redonda
d) Serviço à Lista
3. MEIOS
e) Humanos
f) Materiais
4. VALOR NUTRITIVO
g) Variações Sazonais
h) Hábitos Alimentares
5. EQUILÍBRIO
i) Sequência
j) Harmonia
O Estabelecimento
Assim, através de um estudo prévio de mercado, deverá ser identificado o tipo de clientela
(segmento de mercado), de modo a se poder avaliar os seus gostos, o seu poder aquisitivo e ajustar,
o mais realisticamente possível a oferta à procura.
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A ementa deverá, pois, ser concebida de acordo com o perfil de quem a lê.
A localização, deve ser, igualmente, um fator a considerar na elaboração de uma ementa,
visto a oferta eno-gastronómica de uma região ser um ingrediente bastante significativo do
produto turístico-hoteleiro, de qualquer zona do país.
A Refeição
Será necessário saber antecipadamente, se a ementa a considerar será dirigida ao serviço
de almoços, jantares, ceias ou qualquer serviço especial, visto as exigências da vida
moderna, terem modificado tanto a composição como o horário das refeições clássicas
servidas na hotelaria. Assim, saber se trata de um almoço outrora considerado como a
refeição principal do dia, é hoje na maior parte dos países uma refeição ligeira, ou de um
jantar que se tornou uma refeição modesta sem deixar de desempenhar a sua importância
relativa ao conjunto das refeições diárias, sobretudo no respeitante à sua função social, são
indicadores imprescindíveis no equilíbrio de qualquer ementa.
Igualmente o número de convivas é uma condicionante significativa, em termos
programáticos, na elaboração de uma ementa. Se uma iguaria pode ser servida a um
reduzido número de convivas, não o é, certamente, num banquete de grandes proporções:
entrecôte grelhado, crepes suzette, etc…
Uma ementa de serviço à lista ou à lá Carte oferece ao cliente a possibilidade de ele próprio
estabelecer a composição da sua refeição e pode ser definida pelos seguintes pontos:
Lista completa de pratos que podem ser preparados pelo estabelecimento;
Cada prato tem um preço de venda separado;
O tempo de preparação deve ser atribuído a cada prato;
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Este tipo de ementa, pode apresentar-se de uma forma mais ou menos complexa ou sofisticada,
de acordo com a categoria e as características do estabelecimento, em função da expectativa criada e
da consistência do tema proposto.
O projeto de Ementa que a seguir se apresenta é exemplo da verdadeira arte na sua elaboração,
onde o perfeito equilíbrio alimentar é notório em toda a sua extensão.
2 – Sopas
A sopa deverá estar em perfeita concordância com o conjunto da ementa. Estas devem atuar,
igualmente como estimulantes dos pratos precedentes.
Numa ementa clássica são, usualmente, consideradas duas sopas, sendo uma ligeira -
“Consommé” - sempre apresentada em primeiro lugar, e uma espessa – puré, creme ou aveludado –
ou mesmo uma sopa especial.
3 – Peixes
O peixe é um alimento rico não só em fósforo como em vitaminas B e D, pobre em cálcio e contém
menos ferro que a carne, sem deixar de ter proteínas na mesma proporção.
O peixe é um alimento leve, fibroso e tenro, de fácil digestão, sobretudo os peixes magros,
ajudando, portanto, a preparar o apetite para os pratos seguintes.
Qualquer que seja o método de preparação, a qualidade ou o tipo de peixe usado, deve ser
acompanhado de molhos especiais, na maior parte das vezes, servidos separadamente.
Filetes de garoupa fritos – Molho Tártaro
Posta de pescada cozida – Molho Holandês
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4- Entradas
Como pode parecer, este termo não significa o primeiro prato da ementa.
A entrada é o conjunto de pratos que na ordem de uma refeição clássica é servida depois
do peixe.
São geralmente preparações bem guarnecidas que vem diretamente da Cozinha prontos a
serem servidos, acompanhados por um molho branco ou escuro.
Rim Salteado
Fígado de Vitela
Vol – au - Vent
Raramente pode figurar uma preparação fria: aspic, chaud-froid, mousses, patês, etc…
Normalmente, a seguir a este conjunto, são considerados os grelhados:
Mutton-Chop
Mixed-Grill
Chateaudbriand
5 - Sorbet
Devido á duração da ementa clássica francesa, este prato é considerado, o descanso culinário de
maneira a possibilitar aos convivas tomarem um segundo alento.
O sorbet deverá, portanto, neutralizar a riqueza dos pratos servidos e estimular o apetite para os
seguintes.
O sorbet é um gelado à base de água, aromatizado com champagne ou licor, (nesta altura da
refeição, é geralmente proferido o primeiro discurso).
Assim procedem, com o mesmo fim, certos povos nórdicos, nomeadamente os suecos, que entre
cada prato bebem aguardente.
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MEIOS HUMANOS
MEIOS MATERIAIS
Esta repartição equilibrada aplica-se também ao equipamento e utensílios disponíveis, visto uma
repetição por vezes, inadequada de modo da confeção, (grelhados, fritos, etc..) ou uma utilização
inadvertida do material, (travessas, pratos, etc..) poderem igualmente, levantar problemas de
qualidade de serviço.
Igualmente, e segundo a própria estrutura da unidade, os circuitos e a proporção de espaços,
podem e devem refletir a maior ou menor eficiência dos serviços.
As disponibilidades de aprovisionamento, devem ser também consideradas, sobretudo, quando
alguns produtos, são difíceis de obter, tanto a níveis de quantidade, como de qualidade e de preço, em
certas épocas do ano e em certas zonas do país.
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VALOR NUTRITIVO
Os princípios da cozinha moderna, embora baseados na cozinha clássica, tem como principais
objetivos, a proteção, a manutenção dos equipamentos e até mesmo a obtenção da saúde, por meio
de uma alimentação racional que responda às necessidades reais do corpo humano.
São estes critérios de alimentação que servem de base ao raciocínio seguinte:
HÁBITOS ALIMENTARES
CALCULAR O IVA
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Regra geral, o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) já está refletido no preço do produto
ou serviço que adquire, mas com base em diferentes taxas. Pode ter, no entanto
de acrescentar o IVA.
Os 11,50 que resultam da multiplicação não são mais do que o correspondente aos 23% de
IVA. Para encontrar o valor final a pagar, basta somar esse valor ao preço base de 50,00
euros.
Pode chegar de forma mais rápida, e mais simples, a este valor final se não tiver interesse em
saber a quanto equivale exatamente a taxa de IVA aplicável. Bastaria efetuar a seguinte
operação:
O primeiro passo para retirar o IVA a um valor pressupõe que saiba qual a taxa de IVA
aplicável. Se tiver à sua frente uma fatura, a informação já lá consta. Caso contrário,
certifique-se em que categoria se classifica o artigo.
No catálogo que folheou para escolher, o equipamento está a 499,00 euros. Sabendo que se
trata de um produto a que se aplica a taxa normal de IVA de 23%, veja como retirar o imposto
a esse valor. A fórmula é simples:
499,00 / 1,23 = 405,70
Ou seja, se comprar esse mesmo computador sem IVA, ficar-lhe-á por apenas 405,70 euros,
em vez dos 499,00 euros.
O cálculo é o mesmo para as restantes taxas de IVA em vigor. Se comprar uma garrafa de
vinho tinto do Alentejo por 7,50 euros, terá que lhe retirar 13% para saber qual o seu custo
sem imposto.
Assim: 7,50 / 1,13 = 6,64 euros é quanto custaria o mesmo vinho sem IVA.
E exatamente igual a fórmula para a maioria dos produtos alimentares ou medicamentos,
sujeitos à taxa reduzida de IVA de 6%. Um quilo de arroz que lhe custa habitualmente 0,85
euros, sem IVA ficaria por 0,81 euros, calculados da seguinte forma:
0,85 / 1,06 = 0,81
Agrupamento de
Escolas
D. António Taipa Eixo 1 – Qualificação Inicial de Jovens
Tipologia de Intervenção 1.6– Cursos Profissionais
Código Administrativo - 9953632
Código da operação: - 811184
Bibliografia
Manual de matérias-primas
Manual de cozinha
História da Vida Privada – Do Império Romano ao ano mil, Vol I, II, Larousse Gastronómico
ESCOFFIER, La Guide Culinaire
Cunqueiro , A Cozinha Cristã do Ocidente
Quitério, José – Livro de bem comer
Maincent , Michel , Tecnholgie Culinaire B.P.I
Semonin, J.P. , Méthode de Tecnologie Culinaire 1 e 2 Jerome Villette
Planche, J. ; Silvestre, J. ; 1985 , Les nouveles de la Cuisine ; Jacques Lanore
Marques Albano – Manual de Gastromomia
AA VV., Guia Técnico: Gestão em Restauração e Bebidas, Ed. Turismo de Portugal, 2006
Covelo, João; Vaz, Paulo, Técnicas de serviço de Mesa, Associação Comercial da Guarda, 2000
Leal, Carmo, Vendas e distribuição, Manual nº 8: Curso de Microcrédito, Ed. Fundação Calouste Gulbenkian, 2006
Marques, J. Albano, Manual de Hotelaria – Políticas e procedimentos, Livraria Civilização Editora, 2003
Marques, J. Albano, Manual do restaurante e do bar, Civilização, 2008
Moreira, Isabel, A excelência no atendimento, Lidel, 2010
Ribeiro, José, Introdução à gestão da restauração, Ed. Lidel, 2011
AA VV., Guia Técnico: Gestão em Restauração e Bebidas, Ed. Turismo de Portugal, 2006
AA VV., Manual de Técnicas de Serviço de Restauração e Bebidas, Ed. Turismo de Portugal, 2010
Caetano, J., Gestão de Alimentação e Bebidas & Banquetes, Sebenta, Universidade do Algarve, s/d
Covelo, J.; Vaz, P., Técnicas de serviço de Mesa, Ed. Associação Comercial da Guarda, 2000
http://www.economias.pt/
Agrupamento de
Escolas
D. António Taipa
Eixo 1 – Qualificação Inicial de Jovens
Tipologia de Intervenção 1.6– Cursos Profissionais
Código Administrativo - 9953632
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