Estômago - doenças ulcerosas

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Acadêmica: Kamilly Melo

Doenças Ulcerosas 2023/1

Definição: Úlcera Duodenal:


Aparecem 2-3 horas após a refeição e à noite,
Úlcera Péptica é definida com uma
aliviada pelo uso de anti ácidos ou pelo alimento
continuidade da mucosa gastroduodenal, com
É a que mais sangra
diâmetro > ou = 0,5cm e que ultrapassa a
camada muscular da mucosa Úlcera Gástrica:
Dor desencadeada pela alimentação
Mais comum em idosos
A complicação da UG para HDA está associada aos
Principais diagnósticos diferenciais
AINES
Neoplasia
=> Úlcera duodenais são mais comuns que úlceras Pancreatite
gástricas Doenças da via biliar
Síndrome dispéptica
Causas mais comuns:
H.pylori Indicações de EDA:
AINES ➠Indicação de EDA precoce:

Causas menos comuns: > 45 anos (+ chances de neoplasia)


+
Câncer Sínd. Zollinger Ellison
Sinais de alarme ➜ Perda de peso
Doença de Crohn Sarcoma de Kaposi
Anemia
Pâncreas ectópico Linfoma
Sinais de obstrução (quadro
Cândida
de vômitos)
Fatores de risco: Massa palpável
História familiar
➝ Hiperacidez
H.pylori: inibe as células D ➝ aumentam a
➠Paciente com dor epigástrica? ➝ Pesquisar H.pylori
somatostatina, gastrina e HCl
gastrinoma: aumenta a gastrina e o HCl
Mastocitose, policitemia, leucemia basofilica:
aumentam histamina e HCl

➝ Diminuição da proteção da mucosa gástrica


AAS/AINES: ↓prostaglandinas
Isquemia
Álcool
Tabaco

Quadro Clínico: Exames para diagnóstico ou avaliação da DU:


Perfuração (5% dos casos) EDA (padrão ouro)
➝ bordas lisas, regulares, com base chata e lisa (sempre biopsiar)
HDA (25-40% dos casos)
➝ UD: raro malignidade (não precisa de biopsia)
Obstrução mecânica - retardo no esvaziamento ➝ UG sempre biopsiar
gástrico ➝ anorexia, náuseas e vômitos SEED
Síndrome dispéptica ➝ epigastralgia em ➝ diagnostica 90% das úlceras
queimação, náuseas, plenitude, eructação ➝ mesmo se diagnosticada pela SEED, fazer EDA para biopsiar
frequente (Úlceras gástricas tem altas chances de malignidade)
➝ 70% dos pacientes com dispepsia não tem úlcera ➝ útil para determinar localização, profundidade e deformidade
➝ 40% dos pacientes com úlcera negam dor pela fibrose crônica
Acadêmica: Kamilly Melo
Doenças Ulcerosas 2023/1

Por que biopsiar?


Complicações:
Sangramento (HDA) ➝ mais comum
Perfuração
Obstrução ➝ raro

Tratamento Clínico:
ATB + IBP
➝ IBP inibe a secreção estimulada por todas a substâncias
➝ Se for úlcera aguda mantém o IBP por + 2 sem

➠ Tratamento da H.pylori:
Classificação das Úlceras Gástricas
➠ Tipo I e IV: normo ou hipocloridrica (não faz
tratamento com redutor de ácido)
➠ Tipo II e III: associação com hiperacidez
➠ Tipo I:
mais comum (60-70%)
localiza-se na curvatura menor, próximo a ➠ Indicação de nova EDA para confirmar
incisura no antro cicatrização: Ulcera gástrica
➠ Tipo II: Maioria indica pois, até 10% das
15% úlceras benignas na verdade são
mesmo local da tipo I, porém se associa a úlcera malignas
duodenal Realizar 8-12 semanas após a
secreção excessiva de ácido primeira EDA
Suspender IBP 7-10 dias antes
➠ Tipo III:
20% Indicações de Cirurgia
ocorre no canal pilórico, 2cm do piloro
também está associada a hipersecreção 1. Intratabilidade Clínica
2. Complicações
➠ Tipo IV:
rara ➠ Intratabilidade Clínica:
ocorre na parte proximal do estômago ou cárdia ➝ atualmente quase ninguém mais é submetido a cirurgia por doença ulcerosa

Não cicatrização após 8-12 semanas ou recidiva


➠ Tipo IV: após o tratamento
secundária ao uso prolongado de AINES Confirmar erradicação do H.Pylori
Não ter aderido ao TTO ou estar fazendo uso de
Infecção por H.pylori AINES
Descartar síndrome de Zollinger Ellison
Dos infectados por H.pylori, cerca de 15% irão
desenvolver doença ulcerosa
Responsável por 90% das UD e 75% das UG
Bactéria potente, produtora de uréase e vive
somente o epitélio gástrico

Pesquisa de H.pylori
Não vai fazer EDA ➨ Sorologia
Vai fazer EDA ➨ Teste rápido da uréase
Controle de cura ➨ Teste respiratório
Padrão ouro ➨ Histologia
Acadêmica: Kamilly Melo
Doenças Ulcerosas 2023/1

Tratamento Cirúrgico para Cirurgias


Úlcera Gástrica
➠ Vagotomia
Sempre ressecar a úlcera
1. Troncular
➠ Úlcera Gástrica Intratável: 2. Seletiva
3. Superseletiva

Vagotomia Troncular
➝ Necessita de drenagem: evitar a estase gástrica
➝ Piloroplasitia a Heinecke-Miuliez (para evitar estase
gástrica, abre o piloro)
➝ Gastroduodenostomia
➝ A mais usada em úlceras duodenais
➝ Corta tanto os ramos que vão para o corpo, antro e
região pré-pilórica quanto os ramos que vão para
➠ Úlcera Tipo I:
região hepática
Gastrectomia distal +BI (técnica de Billroth)
➩ Complicações da Piloroplastia:
Não necessita de vagotomia troncular, pois não
Refluxo de bile e suco
depende de ácido pancreático: gastrite alcalina
Esvaziamento acelerado de
➠ Úlcera Tipo II e III:
sólidos: Síndrome de Dumping
Vagotomia troncular + Antrectomia
Vagotomia troncular + Antrectomia
➠ Úlcera Tipo IV: ➝ Úlcera gástrica e Úlcera duodenal Vagotomia: Interrupção da
estimulação das células parietais
Difícil tratamento ➝ Padrão Ouro: < taxa de recidiva pela acetilcolina

Gastrectomia total ➝ Contra indicação eletiva: Antrectomia: Interrupção da


estimulação das células parietais
-Cirrose
➠ Reconstrução de trânsito: -Cicatriz extensa de duodeno proximal Corta o Vago em cima,
corta toda a inervação do
-Coledocoduodenostomia estômago, inervação
Técnica Y de Roux -Muitas complicações
hepática e biliar

➩ Reconstrução intestinal através de BI ou BII:


BI: menos efeitos pós cirúrgicos; melhor; menos chance de
antro retido;
BII: mais efeitos cirúrgicos; diminui tamanho da alça
eferente
Vagotomia Superseletiva
➝ É a mais fisiológica, menos efeitos colaterais
➝ Cirurgia de células parietais e gástrica proximal
Técnica divida em 3 etapas: ➝ Mantém tanto a "bomba" do estômago quando as
1° ➝ uma pequena bolsa é criada no estômago com irrigações para fígado e vesícula
grampos
2° ➝ dividir o intestino delgado em logo abaixo do ➠ Outras cirurgias:
duodeno, a primeira secção do intestino delgado
3° ➝ a segunda seção do intestino delgado, o jejuno, Gastrectomia
é levantado e conectado à nova bolsa criada 1. Distal
2. Hemigastrectomia

Tratamento das Úlceras Duodenais


Laparoscopia X aberta
Objetivo:
➝ diminuição da secreção ácida: vagotomia/antrectomia
➝ só a vagotomia diminui a secreção em 50%
➝ Vagotomia + Antrectomia diminuem em 85%
Acadêmica: Kamilly Melo
Doenças Ulcerosas 2023/1

Úlcera Perfurada Úlceras Duodenais


Local mais comum: Duodeno (justa pilórica- Artéria Gastroduodenal ou pancreatoduodenal
parede anterior Maioria das HDA maciças são por UD
25% das HDA
Tratamento:

Cirurgia Úlcera Duodenal Sangrante


Conservador: ➠ Opções de cirurgia:
➝ Úlcera duodenal perfurada + paciente estável + 1. Abertura do duodeno + rafia da úlcera com
úlcera tamponada demonstrada por EED ponto em U
2. VT + piloroplastia + rafia da úlcera
Tipo de cirurgia para Úlcera perfurada aguda
Sutura da perfuração com ou sem epiploplastia Úlcera Gástrica Sangrante
(Cirurgia de GRaham-Steele) e limpeza da cavidade
Complicação mais grave e letal das doenças
ulcerosas
50% das HDA
Mais frequente → Úlceras duodenais
(são as que mais sangram) → A úlcera vai
corroendo a artéria gastroduodenal que
passa pela parede posterior do bulbo e
incisura angular)
➠ Fatores predisponentes:
Tipo de cirurgia para Úlcera Gástrica
1. H.pylori
2. AINES
Estabilidade 3. Etanol
Hemodinâmica 4. Anticoagulantes
➠ Opções de cirurgia:
1. Antrectomia + BI
Instável Estável
2. Antrectomia + Vagotomia
3. Ressecção em cunha

Rafia da úlcera + Tipo de Úlcera


biópsia + TTO H.pylori

Tipo II: VT +
Tipo I: Gastrectomia distal
Antrectomia
com anastomose a BI

Quando a úlcera sangra abundantemente, onde


está localizada?
➠ Parede posterior do Bulbo

Linfoma Malt
Nas úlceras duodenais, qual artéria responsável
pelo sangramento?
Relacionado com H. pylori
➠ Artéria Gastroduodenal
Maioria com doença limitada
Somente 10% com doença avançada
TTO: erradicação da H. pylori
→ sobrevida de 80% em 5 anos

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