CONSTITUIÇÃO E NORMAS CONSTITUCIONAIS
CONSTITUIÇÃO E NORMAS CONSTITUCIONAIS
CONSTITUIÇÃO E NORMAS CONSTITUCIONAIS
Direito Constitucional tem como objeto a constituição política do Estado, estabelecer sua estrutura, organização de
suas instituições e orgãos, modo de limitação do poder através da previsão de direitos e garantias fundamentais.
SENTIDOS/ACEPÇÕES:
SOCIOLÓGICO (Lassale): uma Constituição só seria legítima se representasse o efetivo poder social,
refletindo as forças sociais que constituem o poder. Caso isso não ocorresse, ela seria ilegítima,
caracterizando-se como uma simples “folha de papel”. A Constituição seria a somatória dos fatores
reais do poder (influência política, sentimento constitucional) dentro de uma sociedade.
POLÍTICO (Schmitt): busca-se o fundamento da Constituição na decisão política fundamental que
antecede a elaboração da Constituição - aquela decisão sem a qual não se organiza ou funda um
Estado. Ex: Estado unitário ou federação, Estado Democrático ou não, parlamentarismo ou
presidencialismo, quais serão os direitos fundamentais etc (podem estar ou não no texto escrito).
Diferencia Constituição (se refere à decisão política fundamental, estrutura e órgãos do Estado,
direitos individuais, vida democrática etc) de Lei Constitucional (demais dispositivos inseridos no
texto do documento constitucional, mas não contêm matéria de decisão política fundamental).
JURÍDICO ou PURAMENTE NORMATIVO (Hans Kelsen - "Teoria Pura do Direito "): a Constituição é
puro dever-ser, norma pura, não devendo buscar seu fundamento na filosofia, na sociologia ou na
política, mas na própria ciência jurídica.
o Pode ser entendida no sentido:
Lógico-jurídico: norma fundamental hipotética. Fundamental por dar o fundamento
da Constituição e hipotética por não ser posta pelo Estado, apenas pressuposta.
Não está a sua base no direito positivo ou posto.
Jurídico-positivo: é aquela feita pelo poder constituinte, constituição escrita, é a
norma que fundamenta todo o ordenamento jurídico (CF/88). Está no direito
positivo, no topo na pirâmide. A norma infraconstitucional deve observar a norma
superior e a Constituição, por conseqüência. Dessa concepção nasce a idéia de
supremacia formal constitucional e controle de constitucionalidade, e de rigidez
constitucional, ou seja, necessidade de proteger a norma que dá validade a todo o
ordenamento. Para ele nunca se pode entender o direito como fato social, mas sim
como norma, um sistema escalonado de normas estruturas e dispostas
hierarquicamente, onde a norma fundamental fecha o ordenamento jurídico dando
unidade ao direito.
Art. 1º “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
Federal”.
Art. 46 § 1º - Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.
Art. 5º, XIII “É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que
a lei estabelecer”.
Art. 18. “A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.”
§ 2º - “Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao
Estado de origem serão reguladas em lei complementar”.
Normas programáticas:
o Esquemas genéricos que destacam programas a serem desenvolvidos posteriormente pelo
legislador infraconstitucional.
o Objetivo de forçar o legislador a atuar no sentido de elaborar programas e agir na direção
apontada pelas normas programáticas.
o Possuem eficácia jurídica, ou seja, revogam leis incompatíveis, proíbem o legislador de
elaborar normas de sentido contrário (incompatíveis), servem de parâmetro para
inconstitucionalidade de leis infraconstitucionais.
o Exemplos:
Art. 196. “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem
à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação”.
Art. 218. “O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas”.
Art. 5º,§ 2º, CF Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios
por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.