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INSTITUTRO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

INSTALAÇÕES TÉRMICAS

3º ANO - LEM
Aula 10: Fornos Industriais

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Tópicos
• Introdução

• Classificação dos Fornos

• Fornos Industriais

• Incinerador de lixo

• Fornos de queima indirecta

• Fornos Eléctricos

• Forno tipo Mufla

• Forno de imersão

• Forno de tubo radiante

• Forno de imersão

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10.1 Introdução
A combustão e os fornos são o coração da nossa sociedade. As fornalhas e os
fornos são usados ​para produzir praticamente tudo o que usamos incluindo muitos
dos nossos alimentos e bebidas, seja directamente, como os produtos de metal
utilizados na vida cotidiana e as embalagem para a comida e bebida, ou
indirectamente, como os utensílios que são usados para cultivar os alimentos.
Mesmo um produto natural, como a madeira, requer secagem para torná-lo
adequado à maioria das utilizações, e a secagem ocorre em fornos.

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10.1 Introdução
Desde os primórdios da humanidade que a comida foi cozinhada em fogueiras a céu aberto
e os paus carbonizados com vista ao seu endurecimento. No entanto, com as fogueiras
tinha-se pouco controle do processo de aquecimento, e o nascimento da Idade do Bronze,
cerca de 5000 - 6000 anos atrás, teria exigido a construção de um projecto de forno, com o
fim de atingir a temperatura necessária para fundir o minério de ferro e produzir metal
líquido para a fundição. A produção de metal permaneceu de pequena escala, durante
séculos, devido à escassez de combustível adequado (carvão vegetal) e o elevado custo
da sua produção.

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10.1 Introdução
O calor é libertado pela combustão do combustível com o ar (ou
oxigénio), ou a partir da energia eléctrica, e algum deste calor é
transferido para o produto. O calor remanescente sai no gás de
combustão e através de aberturas tais como portas de
carregamento, ou se perde a partir da superfície externa. A
eficiência do forno pode ser determinada como:

Qp
f 
Onde: Qc
ηf – Rendimento da fornalha
Qp- Calor transferido para o produto
Qc - Calor é libertado pela combustão do combustível com o ar

O calor incorporado no produto muitas vezes é bastante pequeno


se comparado com o calor total fornecido, a quantidade de calor
que é perdido nos gases de combustão e subprodutos ou resíduos
de materiais como escória. Embora a Equação 10.1, seja uma
expressão geral para a eficiência e igualmente aplicável às
caldeiras, etc, ela tem muitas limitações no que diz respeito à
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determinação da eficácia de uma fornalha.
10.2 Classificação dos Fornos
Há um número quase infinito de modos de classificar fornos, por exemplo, por forma,
indústria, produto produzido, etc, mas uma classificação muito simples com base nos
conceitos do tipo de fonte de calor e do tipo de transferência de calor e do dissipador de
calor. Este sistema de classificação é muito simplificado, mas é útil porque a natureza do
produto, o tipo de combustível, e o mecanismo de transferência de calor têm uma grande
influência sobre a disposição física da fornalha. Deve notar-se que muitos fornos têm vários
dissipadores de calor e usam vários combustíveis, seja simultaneamente ou
alternativamente, o que afecta também a concepção da fornalha.

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10.3 Fornos Industriais
• O desempenho de um forno é governado por três processos
relacionados entre si, que são a:

• Combustão;

• Aerodinâmica do forno;

• Transferência de calor.

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10.4 Tipo de fornos industriais
Um forno industrial é um dispositivo cujo propósito é aquecer material,
muitas vezes conhecido por carga, até uma temperatura determinada.

Diferentes materiais e processos requerem condições de operação


diferentes. Muitos processos de aquecimento ocorrem a temperaturas
relativamente altas, por isso, geralmente os fornos consistem de uma
câmara de combustão refractária que contém a carga.

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10.4 Tipo de fornos industriais
O calor é geralmente gerado no interior da câmara de combustão
através da combustão de hidrocarbonatos ou por meio de fontes
eléctricas.

Em muitos fornos o calor é gerado externamente à carga (ex.


através de chama, arco eléctrico ou resistência eléctrica) e
transferido para a carga por radiação e convecção.

Em alguns casos, pouco comuns, o calor necessário pode ser


gerado no interior da carga e transferido internamente por condução
e convecção (ex.: forno eléctrico de indução)

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10.4.1 Forno de Chama Aberta
Nos fornos de chama aberta é usado combustível líquido ou
gasoso. Nestes fornos o material a ser aquecido ocupa parte
da soleira (soalho) do forno e o sistema é aquecido por
grandes queimadores montados na parede de fundo. As
paredes refractárias e a abóbada reduzem as perdas de calor
da chama e dos produtos de combustão para o ambiente. A
camada refractária forma uma cavidade à prova de gás o que
reduz a entrada de ar frio do ambiente para a câmara de
combustão.

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10.4.1 Forno de Chama Aberta
A entrada excessiva de ar frio na câmara de combustão
devido às infiltrações arrefece a chama e aumenta as
perdas com os gases de escape, com a consequente
deterioração do desempenho térmico da forno. Por outro
lado a câmara de combustão refractária mantém os
produtos de combustão dentro da câmara de combustão
durante o tempo necessário de modo a que se evita a
perda excessiva dos gases quentes para o ambiente.

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10.4.1 Forno de Chama Aberta
• Os detalhes dos esquemas ou desenhos de fornos variam
consideravelmente, embora na prática os fornos possam ser
classificados em vários grupos. Neste caso a classificação será
baseada em:

• o método de queima, isto é queima directa ou indirecta;

• o modo de funcionamento do forno (funcionamento contínuo ou


intermitente)

• Outras características, tais como os detalhes sobre o método de


manuseamento da carga dentro do forno, podem ser usado para
subdividir os fornos em classes.

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10.4.1 Forno de Chama Aberta
Gases de Escape

Refractário

Abobada

Queimador Chama

Carga

Soleira Fundamento

Esquema de um forno

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10.4.2.Fornos de queima directa
A maioria dos fornos industriais
encontra-se dentro desta
categoria. Tal como o nome sugere
o combustível é queimado
directamente dentro da câmara de
combustão e a carga é exposta à
chama e aos produtos de
combustão. Estes forno não são
aconselháveis nos casos em que é
preciso usar atmosfera de
protecção. Exemplo de forno de queima directa

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Incinerador de lixo

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10.5. Fornos de queima indirecta
• Fornos de aquecimento indirecto podem ser operados de modo
contínuo ou intermitente. Estes fornos podem ser
convenientemente subdivididos pelo método usado para prevenir o
contacto entre produto de combustão e a carga.

• Uma alternativa é queima-indirecta é o uso de técnicas de


aquecimento eléctricas.

Em alguns fornos é necessário prevenir o contacto entre os


produtos de combustão e a carga que está sendo aquecida.
Estes sistemas são conhecidos como forno de queima
indirecta e a atmosfera do forno é controlada tanto para
proteger a carga ou para promover uma reacção química na
superfície do material que está sendo aquecido.
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10.6. Fornos Eléctricos

fornos eléctricos: (a) arco directo, (b) arco indirecto, e (c) indução

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10.6. Fornos Eléctricos

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10.7. Forno tipo Mufla
•A carga é colocada dentro duma mufla metálica ou refractária
cujo exterior é submetido á queima directa. O fluxo de calor à
atmosfera protectora e depois á carga depende de espessura e
condutividade térmica da muflas. Outra consideração de igual
importância é o tempo de vida do material da mufla e o custo da
sua substituição.

• Os fornos para fusão de metais são normalmente categorizados


como casos especiais dos fornos de muflas. Os lados do forno
protegem o metal fundido enquanto os produtos de combustão
contactam com a superfície superior deste metal.

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10.7. Forno tipo Mufla

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10.8. Forno de tubo radiante
• Grande flexibilidade de operação pode ser atingida se os produtos
de combustão forem muflados por tubos radiantes. Tubos
metálicos podem ser usados para processos a temperatura até
950ºC e construção em cerâmica tem sido usada com sucesso
para temperaturas até 1250ºC.

• Estes fornos podem funcionar tanto continuamente como em


bateladas. O método de manuseamento da carga, é contudo
limitado pela necessidade de atmosfera protectora do forno.

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10.8. Forno de tubo radiante

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10.9. Forno de imersão
A categoria final de fornos de queima directa é aquela em
que a carga é aquecida através da sua imersão num banho
de sal ou metal liquefeitos. O banho está contido num pote
e não entra em contacto com os produtos de combustão. A
imersão da carga em material liquefeito produz uma boa
uniformização da temperatura e altas taxas de
aquecimento. O forno pode ser usado numa base contínua
ou em sistema de bateladas. Estes fornos estão também
disponíveis numa vasta gama de temperaturas dependendo
do sal liquefeito ou do metal que for usado.

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10.9. Forno de imersão

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10.9. Forno de imersão
São conhecidos dois tipos de fornos de imersão, um onde se
deposito no seu interior um cadinho ou pote e a carga
encontra-se dentro deste e outro que se chama forno de poço
onde a carga encontra-se envolto em sais derretidos.

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