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Miguel no dia que completava 17 anos de idade, consegue casar com Manuela de 18 anos

sem o consentimento dos pais (Geovani e Rafaela) e sem obter o respetivo suprimento
judicial. O seu Avô Prata, como prenda de casamento ofereceu-lhe um automóvel. 10 meses
depois aconselhado por Bento, vende o automóvel a Firmino por 20 milhões de kwanzas.
Com a entrega das chaves, Firmino adiantou a quantia de 5 milhões de kwanzas, ficando
acordado que o restante seria pago depois de 6 meses. Passados 2 anos, Firmino não saldou a
dívida. Miguel tenciona tornar o negócio inválido.

QUID IURIS?

Resolução
O caso em questão faz referência ao direito civil propriamente na matéria de direito das
obrigações, que é o ramo do direito civil, que regula as relações jurídicas, em que uma parte
se compromete a realizar uma prestação em favor da outra. E como forma de resolução, além
da doutrina ministrada usaremos o código civil, o código da família e a C.R.A.

O caso remete-nos a matéria de incapacidade especificamente a incapacidade de exercício


por menoridade e a matéria sobre caducidade, onde a menoridade é a condição de uma pessoa
que ainda não atingiu a idade legal para ser considerada maior de idade, ou seja, que não
possui plena capacidade civil de acordo ao art.24º da C.R.A ``A maioridade adquire-se com
18 anos´´, onde o seu instituto é legislado também pelo código civil nos seus art. 125º, 127º
entre outros. Outrossim seria então o conceito de caducidade que é uma forma de extinção de
direitos (e dos correspondentes deveres) em consequência do seu não exercício durante um
determinado período. Encontra-se referida no n.º 2 do artigo 298.º e regulada, enquanto
instituto geral, nos artigos 328.º a 333.º do Código Civil
Convém referir, para melhor entendimento especificarmos alguns factos antes de entrarmos
na resolução do caso como o sujeito, o objecto, e o facto jurídico. Portanto:
Como sujeitos: Miguel (sujeito ativo) e Manuela, Prata e Firmino (sujeitos passivos).
Como objecto: Carro
Como factos: Compra e venda, casamento e Doação.

Miguel com 17 anos conseguiu casar-se com Manuela, entretanto, sem autorização de
seus pais que detêm o poder paternal, e sem obter o suprimento judicial e de acordo ao art.24º
do código da família angolano no seu nº1 ``Só podem casar os maiores de 18 anos´´ como
também o nº3 do mesmo artigo remetendo ao artigo 65º do mesmo código que anula o
casamento ainda que formalizado nos termos da lei que: ``Contraído sem a inobservância do
disposto nos artigos 24º, 25º e 26º´´.

Não obstante a isso, o seu avô Prata doou (940º) um automóvel ao seu neto Miguel, no
entanto, 10 meses depois Miguel alienou o automóvel a Firmino por 20 milhões de
kwanzas. Com a entrega das chaves Firmino adiantou a quantia de 5 milhões de
kwanzas, ficando acordado que o restante seria pago daí a 6 meses. De acordo ao artigo

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