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Anotações aulas de Psicanálise

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Anotações das aulas de Desdobramentos da Teoria Psicanalítica

Aula 14/08 - A técnica psicanalítica através do brinquedo, sua história e significado


(1955)

(0 - 4 meses) (4 meses em diante)


Posição Esquizoparanoide Posição Depressiva

⬇️ ⬇️
Eu Eu

↙️ ↘️ ⬇️
cisão integração

seio bom seio mau seio bom e seio mau


(amor) (ódio)
→ Responsabilidade (é esperado na
vida adulta, porém é muito difícil de
alcançar, a maioria das pessoas
vivem nas raízes de sua infância)
● Introjeção → “guardar experiências”
● Projeção → projetar experiências que internalizou
● Ansiedade persecutória → quando a gente sente que alguma coisa de ruim
vai acontecer. É acionada quando o bebê sofre insatisfações.
● A posição esquizoparanoide é uma posição de ataque e defesa. Cisão → não
existe meio termo.
● Na posição depressiva o bebê começa a se preocupar com o outro.

Aula 21/08 - A técnica psicanalítica através do brinquedo / Nosso mundo adulto e


suas raízes na infância

● Melanie Klein baseia seus estudos na observação das crianças e dos bebês.
● Ela entendia que a criança manifestava seus conteúdos inconscientes
através da brincadeira.
● Nas interrupções do brincar, também dizem e mostram alguma coisa sobre
seu inconsciente.
● Conceito de mãe suficientemente boa de Winnicott → ambiente
suficientemente bom → agiria como profilaxia → proporcionando saúde
mental.
● Klein entende que as ansiedades também aparecem por falta de explicações
para a criança. A perigosa ideia de que a criança não entende certas
situações.
Posição Esquizoparanoide Posição Depressiva
(0-4 meses) (4 ou 6 meses em diante)

-ego arcaico -ego arcaico


-ansiedade persecutória -superego arcaico
-cisão: seio bom X seio mau -ansiedade depressiva: culpa
-amor, ódio, voracidade, inveja -integração: seio bom e seio mau
-ataque e defesa -amor e ódio, inveja e gratidão
-reparação

● Fantasias inconscientes → histórias que ficaram marcadas em nós. Ex:


sensação de que alguma coisa vai dar errado quando tudo vai bem (“Está
bom demais para ser verdade”). A nossa forma de interpretar a realidade é
influenciada pelas nossas fantasias inconscientes.
● Relações de objeto → para Freud acontecem na Fase Fálica. Para Melanie
Klein acontece desde o nascimento.
● Introjeção e Projeção.

Aula 28/08 - Nosso mundo adulto e suas raízes na infância / Estágios iniciais do
conflito edipiano / Notas sobre alguns mecanismo esquizoides

● A partir dos 4 / 6 meses de idade, o bebê começa a ter uma realidade mais
integrada, ele começa a se entender. Seio bom e seio mau. (Posição
depressiva).
● A posição esquizoparanoide é uma posição de defesa.
● Na posição depressiva o bebê começa a desenvolver empatia e
responsabilidade em relação à sua agressividade.
● Quando ele começa a ver a realidade mais integrada, começa a sentir culpa.
O sentimento de culpa está relacionado com responsabilidade.
● Melanie Klein quis entender como esses mecanismos influenciam na vida
adulta e na sociedade.
● A introjeção é um processo que continua a vida inteira. Nossa projeção vai se
modificando.
● A gente também introjeta aquilo que odiamos.
● O amor nos enriquece e é a base para memórias grandiosas.
● Quando a gente se afasta do que a gente odeia, as vezes ainda não é
suficiente, porque a parte do outro começou a fazer parte de nós.
● Por mais que o mundo seja bom, pode ser que o bebê não veja o mundo
assim. Ex: bebês vorazes.
● Problemas da educação
○ Educação muito disciplinadora tende a ter visão esquizoparanoide da
realidade. Extremos.
○ Indulgência excessiva também é um problema. Pode fazer com que os
pais sejam vítimas da sua prole, e isso pode gerar um sentimento de
culpa nos filhos, que acabam se sentindo na obrigação de agradar os
pais. (Se sentem explorando os pais). Posição de culpa e tentativa de
reparação.
● Frustração e projeção nas crianças. O que uma criança frustrada com
hostilidade gera nas outras crianças.
○ A criança que recebe muita frustração pode se tornar hostil. Assim
como uma criança poupada demais de frustração também reage de
forma hostil.
● Conflito Edipiano → começa com o desmame e desfralde.
● O bebê tem a ideia de que a mãe tem tudo dentro dela. → Fase de
feminilidade. Gratidão ou inveja. A mãe tudo tem, mas não oferece tudo.
● Bebês meninas (de 1 ano e pouco) quando tem ideia de que a mãe tudo tem,
e começa o desmame, o desfralde, pode ser que elas entendam isso como
frustração. Então ela se volta para a figura do pai como uma possibilidade do
pai ser o provedor. E então ela entra em conflito com a masculinidade do pai,
e começa a querer ter o pênis do pai. Aí começa o Complexo de Castração,
pois percebe que ela não vai ter o pênis. E então a menina vai saindo desse
Complexo de Édipo.
● Em meninos: a mãe tem tudo dentro, mas não provê todos os cuidados. Ele
se volta para o pai e se identifica com o pai. E algo do pai chama a atenção.
E com essa ideia, o menino começa a ver ”superioridade” do homem sobre a
mulher. Claro que isso tem raízes no social.
● É necessário que um terceiro “rompa” com essa ligação e ideia de que a mãe
tudo tem e tudo tem que me dar.
● A função paterna tem a ver com limites, a função materna tem a ver com
cuidados.
● Supereu arcaico atuando a partir do que a criança vai introjetando

Aula 04/09 - Notas sobre alguns mecanismos esquizoides

● Fase de feminilidade (a criança passou da posição esquizoparanoide para a


posição depressiva) → o bebê oscila entre sentimentos de gratidão e inveja.
Na posição depressiva surge o Superego arcaico e ele “atua” na fase de
feminilidade.
● A criança sente a culpa, mas joga a culpa no outro, na mãe.
● Ao nascimento do bebê, nasce ansiedades características de psicoses, a
ansiedade persecutória.
● Primeiro objeto que o bebê se relaciona → o seio (ou a mamadeira)

1º objeto: seio
Ego → introjeção (seio bom) e projeção
A ansiedade persecutória age no Ego e ocorre a cisão. Seio bom (gratificador, amor)
X seio mau (frustração, ódio)

Aula 11/09 - Notas sobre alguns mecanismos esquizoide / O luto e suas relações
com os estados maníaco-depressivos

Posição Esquizoparanoide Posição Depressiva


Ego (arcaico): Introjeção + Projeção Ego: Introjeção + Projeção

⬇️
pulsão de morte pulsão de morte

⬇️
ansiedade persecutória ansiedade depressiva

↙️ ↘️
cisão. integração

seio bom seio mau.


(gratificadora) (frustradora) seio bom e seio mau
● Posição esquizoparanoide→ é a posição que o bebê consegue interpretar o
mundo externo e interno.
● O bebê de alguma forma sabe que se ele não chorar, não reagir à fome por
exemplo, ele sabe que vai morrer. O bebê sente essa pulsão de morte, e isso
desencadeia ansiedade persecutória. Essa ansiedade vai agir no Ego. O Ego
vai sentir a pulsão de morte, que vai desencadear a ansiedade persecutória.
Diante disso, o Ego age e vem a Cisão, a cisão da realidade externa, como
uma forma do Ego se organizar.
● O bebê percebe então que quando essa ansiedade diminui, ele se sente
calmo, e o que a faz diminuir é ser cuidado → então entende que a
experiência é gratificadora.
● Experiência ruim → quando as ansiedades persecutórias não foram
supridas, então ela aumenta, tornando uma experiência ruim (seio mau).
● Como esse Ego é arcaico, o bebê, o Ego, não tem capacidade e condições
de lidar com a frustração. Não consegue entender a mãe como boa e má. Por
isso, a ansiedade persecutória deve ser evitada. Mas também não é bom
ficar apresentando “seio bom” o tempo todo.
● O aumento das ansiedades persecutórias está ligada à psicoses graves.
● Perigo de muitas situações frustradoras→ aciona em excesso o processo de
cisão. O Ego começa a dividir demais. → pessoas agressivas. Também pode
acontecer do Ego negar o mau.
● Espesso de cuidado → mortificação Ego → bebê não sabe identificar o que
quer e precisa, fica muito a par dos cuidados. O Ego não se desenvolve.
● Experiências gratificadoras com um pouquinho de frustração permite o bebê
lidar melhor com a ansiedade persecutória e começar a enxergar melhor a
realidade. → Esse é o desenvolvimento esperado.
● Se os medos persecutórios são muito intensos, o bebê não consegue passar
para a posição depressiva.
● Para passar para a Posição Depressiva, a introdução e projeção precisam ter
MAIS Experiências gratificadoras do que frustradoras. NÃO é a
inexistência/ausência de frustração, mas sim o não excesso, pois é
necessário ter mais gratificadoras.
● Posição Depressiva → bebê começa a integrar as coisas boas e más,
consegue ver a realidade mais integrada, com experiências boas e ruins. Ele
começa a entender que ele também ataca o outro, e desenvolve processos
de culpa. O bebê começa a se sentir culpado pela desorganização que
causou com um choro.
● O bebê começa a lidar de forma diferente com a pulsão de morte →
ansiedade depressiva. A culpa aparece, aparece a tristeza, e o bebê passa a
ter medo de perder, perder o objeto amado.
● Para alguns bebês a culpa é insuportável, e nessa dificuldade de lidar com a
culpa, ele projeta no outro. → ação da ansiedade persecutória que
interrompe os processos da ansiedade depressiva, interrompe o
desenvolvimento. Isso acontece muito na perversão.
● Fixação no processo reparatório → você se sente no direito de atacar porque
depois você leva uma flor. O excesso de reparação faz a pessoa cometer
atrocidades, porque ela sente a culpa só depois.

● Quando entramos na posição depressiva, com o sentimento de culpa, com


esse medo da perda, imaginamos a perda, sentimos Luto.
● Quando passamos por uma experiência de luto, nós revivemos a posição
depressiva. Pois é nossa primeira experiência com o medo da perda do
objeto.
● Por que sofremos quando perdemos alguém? Porque não perdemos só a
pessoa no mundo externo, perdemos também a representação da pessoa no
mundo interno, perdemos o “seio bom” do mundo interno. Nosso psiquismo
enfrenta a perda dos aspectos bons no mundo interno.
● Se conseguimos lidar com o luto, conseguimos guardar as coisas boas que a
pessoa fez e viveu com a gente.
● Se não conseguiu fazer direito os processos da posição depressiva, o mundo
interno fica devastado quando acontece uma perda.
● Estados maníaco-depressivos (mania e depressão). São normais.
● A mania é uma espécie de fuga, a pessoa ri ou compra tentando suprir o
vazio como se não se afetasse com a perda. Acontece uma tentativa de
substituição, que atrapalha o luto.
● No luto normal os estados maníaco-depressivos cessam, eles passam. No
anormal não.
● Existem processos de luto que a pessoa projeta a culpa no outro. Ela culpa o
outro pela morte. E é um processo avassalador quando percebe que fez isso.

Aula 18/09 - O luto e suas relações com os estados maníaco-depressivos/ As


origens da transferência

Posição Depressiva
-ansiedade depressiva
-Ego + integrado projetar a culpa
-Superego arcaico fixado na culpa → depressão/ mania→ reposição
-perda
-culpa → vazio → reparação
-luto → estados maníaco-depressivos

● Teste de realidade→ vivência do dia a dia constatando que a pessoa não


está mais aqui.
● Diferença entre luto normal e anormal.
● Triunfo → Ex: antes ele do que eu. Vem sentimentos de culpa depois de ter
sentido ou pensado isso.
● Ligação entre a posição depressiva infantil com o luto normal.
● Diferenças entre a posição depressiva arcaica e o luto normal.
● Luto normal.

● Transferência para Freud→ repetição de padrões construídos na infância.


● Transferência para Melanie Klein → nas transferências repetimos as posições
esquizoparanoide e depressiva.
● Para Klein a transferência pode representar partes das pessoas, não
necessariamente a pessoa por inteiro. Ex: Tal rosto de julgamento me lembra
o julgamento do meu pai. Mas não que você esteja no lugar do meu pai.
● Melanie fala, inclusive, que o analista pode acabar desempenhando o papel
do Id, Ego e Superego.

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