A Analise Pragmatica Em Diferentes Persp (1)
A Analise Pragmatica Em Diferentes Persp (1)
A Analise Pragmatica Em Diferentes Persp (1)
EDITOR-CHEFE
Geison Araujo Silva
CONSELHO EDITORIAL
Ana Carla Barros Sobreira (Unicamp)
Bárbara Olímpia Ramos de Melo (UESPI)
Diógenes Cândido de Lima (UESB)
Jailson Almeida Conceição (UESPI)
José Roberto Alves Barbosa (UFERSA)
Joseane dos Santos do Espirito Santo (UFAL)
Julio Neves Pereira (UFBA)
Juscelino Nascimento (UFPI)
Lauro Gomes (UPF)
Letícia Carolina Pereira do Nascimento (UFPI)
Lucélia de Sousa Almeida (UFMA)
Maria Luisa Ortiz Alvarez (UnB)
Marcel Álvaro de Amorim (UFRJ)
Meire Oliveira Silva (UNIOESTE)
Rita de Cássia Souto Maior (UFAL)
Rosangela Nunes de Lima (IFAL)
Rosivaldo Gomes (UNIFAP/UFMS)
Silvio Nunes da Silva Júnior (UFAL)
Socorro Cláudia Tavares de Sousa (UFPB)
Copyright © Editora Diálogos - Alguns direitos reservados
Copyrights do texto © 2022 Autores e Autoras
A111
A Análise Pragmática em diferentes perspectivas / Organizadoras
Katiuscia Cristina Santana, Ana Paula Albarelli – Tutóia, MA:
Diálogos, 2022.
Formato: PDF
Requisitos de sistema: Adobe Acrobat Reader
Modo de acesso: World Wide Web
ISBN 978-65-89932-53-6
1. Pragmática - pesquisa. 2. Linguagem e línguas I. Santana, Ka-
tiuscia Cristina. II. Albarelli, Ana Paula.
CDD 410
Elaborado por Maurício Amormino Júnior – CRB6/2422
https://doi.org/10.52788/9786589932536
Editora Diálogos
contato@editoradialogos.com
www.editoradialogos.com
Sumário
Apresentação.................................................................................................................... 8
Introdução
Problemas Terminológicos
Cortesia e Descortesia
|--------------------Cortês----------------------------------------------------] [-----Descortês-----]
1. Atos que ameaçam a face positiva do interlocutor: são atos que desgas-
tam a imagem do interlocutor, como desaprovação, insultos, acusações,
sarcasmo, refutações.
2. Atos que ameaçam a face negativa do interlocutor: são atos que inva-
dem a território pessoal e tiram a liberdade de ação, como pedidos, ordens,
perguntas indiscretas, proibições.
3. Atos que ameaçam a face positiva do locutor: são atos autodesgastantes,
como autocrítica, auto-humilhação e autoconfissões.
4. Atos que ameaçam a face negativa do locutor: são atos potencialmente
abertos ao fracasso ou a um dano ao expor bens próprios ou limitar a liber-
dade de ação, como comprometer-se, fazer promessas.
Considerações finais
Conforme foi dito no início, este trabalho tem por objetivo fazer
algumas considerações sobre conceitos fundamentais para quem trabalha
com o tema da (des)cortesia. Sendo assim, procuramos levar a cabo esse
intento, buscando motivar aqueles que já vêm desenvolvendo trabalhos
nessa linha teórica e estimular aqueles que, ainda, estão lendo trabalhos
nessa área.
Não foi nosso objetivo fazer uma exaustiva explanação teórica
nem resenhar as correntes mais utilizadas por pesquisadores brasileiros.
Tivemos, somente, a intenção de revisitar os conceitos teóricos mais
utilizados pelos pesquisadores desse tema.
Considerações iniciais
Isso se deve ao seu impacto nas interações humanas e nas novas formas de
se comunicar. Ainda que haja a falta de marcas de contexto e a ausência da
interação face a face pode levar os interagentes direcionarem a um uso exa-
gerado da cortesia; por outro lado, esses mesmos aspectos podem levá-los a
comportamentos mais próximos da descortesia (LIMA, 2020, p. 65).
3 citação original: “is a negative attitude towards specific behaviours occurring in specific
contexts” (CULPEPER, 2011, p. 23).
4 citação original: Such behaviours always have or are presumed to have emotional consequences
for at least one participant, that is, they cause or are presumed to cause offence. Various factors can
exacerbate how offensive an impolite behaviour is taken to be, including for example whether one
understands a behaviour to be strongly intentional or not (CULPEPER, 2011, p. 23).
5 citação original: “del mismo continuo, o sea, dos valuaciones opuestas de la misma función,
concepto que permite abarcar naturalmente ambos fenómenos, sin plantearlos como simples
opuestos polares (…) sino como extremos de una gradación” (KAUL DE MARLANGEON,
2008, p. 256).
Fonte: UOL.
Fonte: Clarín.
Considerações Finais
Referências
Considerações iniciais
Atos de fala
Definição de Contexto
A escolha do corpus
Esses corpora literários vieram para suprir, muitas vezes, a fala de documen-
tação gravada (que não existia, até recentemente) para registrar variantes da
modalidade oral da língua, testemunhando (por escrito) como as pessoas
falavam nas mais variadas situações de interação. Narradores e personagens
tomaram o lugar de falantes reais, reproduzindo natural ou intencional-
mente, a realidade lingüística.
Análise do corpus
Considerações finais
Referências
AUSTIN, John L. How to do things with words. New York: New York Press,
1965.
BRAVO, D. (2004), Tensión entre universalidad y relatividadenlasteorías
de lacortesía. In: BRAVO, D; BRIZ, A. Pragmática sociocultural: estudios
sobre el discurso de cortesíaenespañol. Barcelona: Ariel, 2004.
BRIZ, A. Cortesía verbal codificada y cortesía verbal interpretada en la
conversación.In: BRAVO, D.; BRIZ, A. (Ed.). Pragmática sociocultural:
estudios sobre el discurso de cortesía en español. Barcelona: Ariel, 2004.
BROWN, p. ; LEVINSON, S. C. Politeness. Some universals in language use.
Cambridge: Cambridge University Press, 1987 [1978].
BROWN, R. e GILMAN, A. (1960). The pronouns of power and solidarity.
In: Style in language. Cambridge: MIT Press, p. 253-276.
CHARAUDEAU, p. Discurso das Mídias. Trad. Angela S. M. Corrêa. São
Paulo: Contexto, 2006.
CULPEPER, Jonathan. Impoliteness: Using Language to Cause Offence. New
York: Cambridge University Press, 2011, p. 19-20.
Culpeper, J. & Terkourafi, M. (2017) Pragmatic approaches (im)politeness.
In The Palgrave Handbook of (im)Politeness. Basingstoke: Palgrave Macmillan,
pp. 11-39.
GUERVÓS, Javier de Santiago. Cortesia Y Descortesia. Pragmática y Discurso
Político. In:
Introdução
Estratégias de Polidez
2. Seja pessimista.
3. Seja evasivo.
4. Peça desculpas.
5. Evite pronomes “eu” e “você”.
Fonte: Brown e Levinson (1987).
Metodologia
Análises e Discussões
Belo Horizonte - MG
ID: 10249000
30/09/14 às 18h03
1 Sr. Gerente
2 Azza boutique
3 Sirvo-me da presente para fazer a seguinte reclamação:
30/09/14 às 21h4
1 Boa noite, Thais
2 Você pode verificar pelo primeiro rastreamento que a loja
cumpriu com o prazo de envio e de
São Paulo - SP
ID: 8477040
07/04/14 às 20h50
1 Esta é a 5ª reclamação que faço aqui neste site sobre a caixa
consórcio, já fiz outras 3
2 no Banco central e uma no PROCON, para todos verem como
essa administradora é
3 [Editado pelo Reclame Aqui], fui contemplado no 24/06/2013,
faz 8 meses que venho
(28/08/14 às 13h39)
1 Sr. Fábio Reis, boa tarde!
2 Pedimos desculpas pelos transtornos causados, estamos traba-
lhando para melhorar
3 nossos processos e atender aos consorciados de forma precisa e
eficaz. Realizamos
4 tentativas de contato em 24/06/2014 16h44min, porém não
tivemos sucesso. Diante da
5 finalização do processo, encerramos esta reclamação e mante-
mo-nos à disposição para
6 maiores esclarecimentos por meio de nossos canais de atendi-
mento:
7 ww.caixaconsorcios.com.br-Fale Conosco ou Atendimento On-
Line ou ainda pela Central de
8 Serviços e Relacionamento, 0800 702 4000, de segunda a sex-
ta-feira, das 8 às 21h.
9 Atenciosamente,
10 Caixa Consórcios
CARTA DE RECLAMAÇÃO
REF:NF 000.002.637 – LAVA LOUÇA NA GARANTIA
COM PROBLEMA CRÔNICO
(NÃO SECA BEM A LOUÇA!)
1 À Brastemp
2 a/c Dpto de reclamação.
6 Ariane Gandine,
7 Atendimento ao Consumidor Brastemp.
Considerações finais
Referências
Considerações iniciais
1 Pragmaticamente, Erving Goffman foi um dos principais estudiosos acerca da imagem pública
do sujeito na sociedade. Para esse mesmo autor, a face tem “um valor social positivo que uma
pessoa reclama efetivamente para si por meio da linha que os outros supõem que ela seguiu
durante determinado contato. A face é a imagem da pessoa delineada em termos de atributos
sociais aprovados” (GOFFMAN, 1967, p. 5).
3 Segundo Galinari (2007), o ethos prévio se constitui pelas impressões acerca do orador que
o auditório já possui antes mesmo da enunciação e abrange os dados situacionais, históricos e
psicológicos, informações preexistentes ao ato enunciativo, sendo considerado discurso. Na
opinião do autor, os termos ethos prévio e ethos presente são igualmente discursivos.
4 Gallinari (2007) adota a expressão ethos presente substituindo a de ethos discursivo, tendo em
vista que esse ethos emerge no ato de enunciação.
5 Na Análise de Discurso, segundo Pêcheux (1975), todo discurso pressupõe outro discurso
que lhe é anterior.
Em xx.xx.xx mais uma vez a ré tratou por agredir o autor na porta da re-
sidência daquela, quando o autor, ao deixar a filha em casa, foi recebido
pela ré com palavras de baixo calão e com agressões físicas tão intensas que
rasgaram a camisa que o autor vestia (BO e fotografia anexos), o que pode
ser confirmado por testemunhas, que por ora deixa-se de indicar para evitar
represálias por parte da ré, mas que serão arroladas no momento oportuno,
a ser determinado por V. Exa.
9 Segundo Figueiredo (2020, p. 37), a paixão da indignação “compreende um pesar pelos que
parecem ser felizes sem o merecer ou que gozam de sucesso imerecidamente”.
Referências
10 Este capítulo é recorte da monografia de conclusão de curso do ano de 2018 intitulada: Os atos
de fala no processo de compra e venda em duas feiras livres de Parintins: uma análise pragmática.
O texto original pode ser encontrado no repositório da Universidade do Estado do Amazonas, ou
através do link a seguir: http://repositorioinstitucional.uea.edu.br/
À luz dessa discussão, não resta dúvida alguma de que Searle tenha habilmente
demarcado – e, do que se observa disso, tenha sido bem sucedido em mantê-
la – uma sólida reputação apoiada nas duas pretensões simultaneamente.
Ele foi muito feliz no incrível feito de comer a fatia da cereja do bolo de
Austin, e ainda, se adonar do bolo todo (RAJAGOPALAN, 2010. p. 118).
[...] concepção do uso da linguagem como uma forma de agir seja estendida
para toda a linguagem, considerando o ato de fala como a unidade básica de
significação e tomando-o, por sua vez, como constituído por três dimensões
integradas ou articuladas: respectivamente os atos locucionário, ilocucioná-
rio e perlocucionário (SOUZA, 2006, p. 224).
Resultados e curiosidades
12 Expressão muito utilizada nos municípios da região norte, que designa barulho, seja de uma
aglomeração de pessoas, carros, músicas e etc.
CENA 1
- Cadê o café?
- “mar” lá na frente.
- “Intão” vá “descurpaaando”.
CENA 2
Conclusão
Kamunjin Tanguele
Introdução
2 Para maiores detalhes acerca dos estudos sobre a “face”, verificar Gofmann (1967 [1955], 1973),
Brown e Levinson (1987), Bravo (2004), Kerbrat-Orecchioni (2006, 2010, 2013), entre outros.
3 Segundo Searle (2002, p. 21), a taxinomia que orienta os atos diretivos é: “Seu propósito
ilocucionário consiste no fato de que são tentativas (em graus variáveis, e por isso são, mais
precisamente, determinações do determinável que inclui tentar) do falante de levar o ouvinte a
fazer algo. (...) A direção de ajuste é mundo-palavra e a condição de sinceridade é a vontade (ou
desejo). O conteúdo proposicional é sempre que o ouvinte O faça alguma ação futura A.” Nos
valeremos desta propositura para nossas análises acerca da produção dos atos diretivos ocorrentes.
Introdução
2 Essa concepção motivou o lógico israelense Bar-Hillel a rotular a Pragmática como o “cesto de
lixo da Linguística”, para dizer que os fenômenos que não pudessem ser tratados no âmbito da
Semântica, seriam relegados aos estudos pragmáticos.
4 Tweet é o nome utilizado para designar as publicações feitas na rede social do Twitter.
5 Bakhtin iniciou suas pesquisas com aproximadamente 25 anos de idade, viveu na Rússia
em 1917, num período de revolução e grandes transformações e foi à primeira nação a adotar
o socialismo como modelo de governo. Foi nesse cenário de grandes modificações que Bakhtin
produziu o que seria seu primeiro ensaio sobre a filosofia do ato responsável. Seus manuscritos
ficaram armazenados por décadas, período em que o autor esteve exilado no Cazaquistão.
Esses documentos foram divulgados por volta dos anos 70, em péssimo estado de conservação.
Finalmente, após pesquisas do Círculo, a língua passou a ser concebida como instância de interação
entre sujeito sócio historicamente situado.
Fonte: https://www.brasil247.com/brasil.
8 O Brasil 247 é um dos maiores sites de notícias do Brasil e defende a democracia plena, ideais
progressistas, valores humanistas, o desenvolvimento da economia nacional, o multilateralismo
na política externa e a informação como um direito de todos os cidadãos. https://www.
brasil247.com/brasil/guedes-tenta-consertar-declaracao-sobre-restos-de-alimentos-para-os-
pobrese-piora-me-referi-a-sobra-limpa.
9 Paulo Guedes (1949) é um economista brasileiro. É o Ministro da Economia do governo do
presidente Jair Bolsonaro. É conhecido por seu pensamento liberal em relação à economia. Paulo
Guedes graduou-se em Economia na Universidade Federal de Minas Gerais. Mais tarde, cursou
sua pós-graduação em economia e depois o mestrado na Fundação Getúlio Vargas. Em 1977,
Paulo Guedes obteve o mestrado pela Universidade de Chicago, através da bolsa concedida pelo
CNPQ. Em 1979 obteve o título de PHD pela mesma universidade. Foi professor da Fundação
Getúlio Vargas, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e do Instituto de
Matemática Pura Aplicada – IMPA. Foi diretor técnico do IBMEC, entre as décadas de 80 e 90.
Na mesma instituição atuou como chefe-executivo e professor da disciplina de macroeconomia.
https://www.ebiografia.com/paulo_guedes/.
Fonte: https://twitter.com/reinaldoazevedo.
11 Nesse caso seria um gênero discursivo na esfera digital que também se ocupa de temas diversos
como o jornalístico.
12José Reinaldo Azevedo e Silva (1961), conhecido como Reinaldo Azevedo, nasceu na cidade
de Dois Córregos, em São Paulo, no dia 19 de agosto de 1961. Formou-se em jornalismo pela
Universidade Metodista de São Paulo. Foi redator chefe da revista Primeira Leitura e da revista
Bravo! Foi editor-adjunto de política da Folha de São Paulo, e redator-chefe do jornal Diário
do Grande ABC. Publicou artigos no Jornal do Brasil. https://www.ebiografia.com/reinaldo_
azevedo/.
13 César Augusto Vilas Bôas conhecido por PELICANO é chargista e seus trabalhos foram
publicados na maioria dos jornais e revistas, além de publicações em jornais como: O Pasquim,
Folha de São Paulo, Jornal da Unesp, Guia das Profissões da Unesp, Correio Popular de Campinas
e Jornal Comércio de Jahu daquela cidade. Publicou em edição nacional a revista Prato Feito pela
editora NovaSampa e desenvolveu, em 1986, charges animada para a EPTV Ribeirão veiculadas
no Jornal Regional. No ano de 2001 produziu a TV Pelica com charges animadas diárias para
o programa Clube-Verdade. A qualidade de seu trabalho fez com que PELICANO recebesse
Fonte: https://www.humorpolitico.com.br/author/pelicano/.
muitas premiações, dentre elas destacamos 5 vezes premiado no Salão Internacional de Humor
de Piracicaba e o Prêmio de Melhor Cartum Nacional no Salão de Humor do Piauí. Atualmente,
produz charge diária para a Rede Bom Dia de Jornais (São José do Rio Preto, Bauru, Jundiaí e
Sorocaba). Em Ribeirão Preto para o Jornal Tribuna; Em Jaú para o jornal Comércio de Jahu e
agora, também, para o Portal Movimento das Artes.
14 Para entender por que as porções em restaurantes de alta gastronomia são tão, digamos,
reduzidas, seria preciso voltar um pouco no tempo. Mais precisamente, para a França da década
de 1970, quando cozinheiros do país criaram um movimento culinário chamado de Nouvelle
Cuisine (Nova Cozinha) defendendo pratos mais leves e delicados, com ênfase na apresentação.
Eles não queriam mais saber de pratos clássicos da comida tradicional francesa, bem servida e com
sustância (pense no cassoulet, por exemplo, ou no boeuf bourguignon). “Foi a partir dessa ideia que
se tornou popular chamar esses pratos [menores] de “pratos franceses”. Fonte: https://www.uol.
com.br/nossa/cozinha/listas/por-que-os-restaurantes-de-alta-gastronomia-servem-porcoes-tao-
pequenas.htm.
15 https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/06/17/paulo-guedes-fala-em-direcionar-
alimentos-desperdicados-a-programas-sociais.ghtml
Considerações finais
Referências
Introdução
Análise do corpus
Exemplo 3
Exemplo 4
3 De acordo com Blas Arroyo (2011), os “três pilares clássicos da retórica aristotélica”, prevalentes
no trabalho de persuasão empreendido pelos oradores, diz respeito ao emprego de três provas
argumentativas, as quais perfazem as práticas discursivas da comunicação política. Trata-se do
apelo ao logos, por meio do qual se recorre às capacidades intelectuais do auditório; a criação de
um pathos, a partir do qual se inspira a comoção do auditório, assim como a construção de um ethos,
pelo qual se erigea imagem do político honesto e competente.
Enfrentem os problemas
Parem de frescura
Não paremos (nós)
Nós em contraposição a um eles (idosos e doentes)
Exemplo 6
Exemplo 7
Exemplo 8
Considerações finais
Introdução
1 Atualmente vem sendo desenvolvida por Ducrot com a colaboração de Marion Carel, no
mesmo centro de pesquisas francês.
Exemplo:
1. Se chover muito (então) a rua ficará alagada.
Exemplo:
2. Passou mal porque bebeu demais.
Nas gramáticas tradicionais e nos livros didáticos, as orações que es-
2 A rigor, é através das escalas argumentativas que Ducrot inaugura a análise dos fenômenos
ligados à argumentação. Do aparelho conceptual aí apresentado — classe argumentativa, valor
argumentativo, orientação argumentativa — e não obstante a importância que tais noções
assumirão no seio da própria teoria, a que mais sobressai, pelo seu carácter fundador, é, sem
dúvida, a de classe argumentativa (GONÇALVES, 2002, p. 207).
9. r = Ele é ambicioso
• Interrogação
27a. A mãe escapou porque famílias de poloneses a esconderam?
28a. O técnico gostou? pois saberá o resultado dos rivais.
• Negação
27b. [A mãe não escapou porque famílias de poloneses não a
esconderam].
28b. [O técnico não gostou], pois saberá o resultado dos rivais.
• Quantificação
ao encadeamento tem-se:
2a. Creio que ele está em casa, pois seu carro está na garagem.
Aqui não foi o bloco p pois q que foi encadeado, mas somente a
proposição p. O que antes era uma espécie de justificação para Ele está em
casa agora o é para a minha crença sobre o fato de ele estar em casa – Creio
que ele está em casa.
Quando sob um quantificador, o enunciado
é modificado para:
Submetido o enunciado
• ser negados;
• ser questionados;
• prestar-se ao encadeamento;
• constituir-se no escopo de um quantificador.
7 Aquilo que temos de maior qualidade, o Lula, querem apresentar como negativo, porque o
Lula é maior que o PT. (Jornal O Globo, Ano LXXXVI, nº 28.163, Rio de Janeiro, 15 set. 2010,
O País, p. 3.)..
9 Jornal O Globo, Ano LXXXVI, nº 28.143, Rio de Janeiro, 26 agosto 2010, Economia, p. 31.
10 Diferentes trabalhos contribuem para a descrição da força dos elementos gramaticais em uma
escala argumentativa, como, por exemplo, Koch (2000, 2008) e Maingueneau (1997).
Introdução
Sociolinguística
Antropologia Linguística
Pragmática
Considerações finais
Introdução
1 Nota-se que, a partir de Brown e Levinson, principalmente, por causa do pioneirismo, prestígio
e ampla aceitação e difusão de sua teoria, cortesia (politeness) e atenuação praticamente viraram
sinônimos, uma vez que, decorrente da visão pessimista dos atos de fala, a maior parte das táticas
de cortesia (tanto positiva como negativa) propostas por eles, são, em sua maioria, táticas de
atenuação. Dessa forma, temos que enfatizar que o conceito de cortesia não necessariamente
forma um par com a atenuação, pois, como esclarece Kerbrat-Orecchioni (1992), nem todo
ato comunicativo de cortesia é atenuador ou mitigador, dado que depende de fatores, como os
socioculturais.
3 Por exemplo, alguns jovens relacionados a algumas comunidades de fala que tem a ver com
o rock na sociedade argentina tratam-se amistosamente com a forma de tratamento “vieja” (no
feminino), para demonstrar proximidade social. Esse uso fora desse contexto comunicativo pode
ser considerado inadequado ou até descortês.
Interferência linguística
4 Esses erros pragmáticos são considerados como aspectos culturais ou até pessoais do
aprendente-falante por parte dos membros da comunidade de fala alvo, principalmente quando
são produzidos por aprendentes com avançada compreensão da gramática da estrutura formal
da língua.
LDEnunciados
FBSim, senhora. Temos vários modelos.
FBBom dia. A senhora tem algum livro sobre a Amazônia?
FBA senhora podia embrulhar para presente?
FLE A senhora já viu os novos modelos da máquina “Alvora-
da”?
BVA senhora põe um monte de roupa na máquina.
FLEDesculpe, senhor, mas a gorjeta não está incluída.
BVO que o senhor me sugere?
MPA mesa já está livre, senhor.
APBE o condomínio, o senhor sabe se é muito caro?
APBPois não. Estamos às suas ordens. O senhor pode passar
aqui hoje, à tarde, para pegar as chaves.
FBO senhor tem algum apartamento de três quartos perto do
Shopping?
-Cortesia + chamamento
LDEnunciados
FBMoça, tem um número maior? Essa ficou um pouco curta.
BVO que vai hoje, freguesa?
LDEnunciados
MPOi, Sô. Tudo bem? (Sô = Solange)
MPOi, Serginho. (Serginho = Sérgio)
LDEnunciados
APBDoutor, quinta-feira, quando saí do colégio ....
APBIh! doutor, injeção não!
FBGente, que tal experimentar um prato típico da região?
MPMeu Deus, que cara é essa, Dora?
Considerações finais
Referências
Introdução
1 Os “role-plays” abertos são uma forma de coleta de dados linguísticos bastante utilizada no
âmbito dos estudos pragmáticos. De acordo com Kasper (2008), consistem na gravação em áudio
e/ou vídeo de uma interação em que duas ou mais pessoas “assumem” determinados papéis em
um cenário específico. Normalmente, os informantes recebem algumas informações sobre o papel
que precisam desempenhar, assim como sobre o contexto e o objetivo da interação.
Referencial Teórico
As aberturas telefônicas
Metodologia
Resultados
9 Cada conversa retirada do LIP foi identificada com uma sigla que corresponde às duas letras
iniciais da cidade (MI corresponde a Milão) e um número de 1 a 6.
Exemplo 2 – MI5
01 A: si” 01 A: sim
02 B: pronto 02 B: alô
03 A: si” 03 A: sim
04 B: ciao 04 B: oi
05 A: ah ciao come va * 05 A: ah oi tudo bem *
Exemplo 3 - RO5
01 A: pronto 01 A: alô
02 B: ciao Bruna 02 B: oi Bruna
03 A: chi e” * 03 A: quem é *
04 B: so” Mimi” 04 B: é Mimì
Exemplo 6 – ESP2
01 A: Pronto? 01 A: Alô?
02 B: Ciao Piera, sono Flavia, come stai? 02 B: Oi Piera, aqui é Flavia,
03 A: Benissimo, sai, sono appena tornata dal bosco… como vai?
03 A: Muito bem, sabe, aca-
bei de voltar do bosque…
Fonte: Ziglio e Rizzo (2008)
Exemplo 7 - LD
01 A: Pronto. 01 A: Alô.
02 B: Giovanna? 02 B: Giovanna?
03 A: Chi parla? 03 A: Quem fala?
04 B: Sono Roberto. 04 B: Aqui é Roberto.
05 A: Ah ciao! Dove sei? 05 A: Ah oi! Onde você está?
Exemplo 8 - NPI
01 Rosa: Pronto? 01 Rosa: Alô?
02 Monica: Ciao Rosa, sono Monica. 02 Monica: Oi Rosa, aqui é Monica.
Come va? Tudo bem?
03 Rosa: Buongiorno, Monica, bene…e 03 Rosa: Bom dia, Monica, tudo bem…e
tu? você?
04 Monica: Senti, ho bisogno del tuo 04 Monica: Aqui, preciso da sua ajuda.
aiuto. 05 Rosa: O que foi?
05 Rosa: Che cӏ?
Fonte: Marin e Magnelli (2009)
Considerações finais
Introdução
Considerações finais
Referências
Introdução
Seleção de estímulos
Imersão contextual
Referências
Introdução
1 Para uma discussão mais aprofundada sobre Teoria da Mente e cognição social ver Korman,
Voiklis & Malle (2014).
Análise do Discurso
Análise da Conversação
3 Segundo Ahlsén (2006), a afasia de Broca se caracteriza pelo agramatismo dos portadores, que
apresentam uma fala telegráfica, constituída de frases ou estruturas simples e esparsas, podem
omitir traços morfológicos e palavras funcionais como conjunções e artigos, sendo assim, seu
discurso é não fluente, além disso, a localização mais frequente das lesões nesse tipo de afasia é
na área de Broca. O termo “leve” refere-se à severidade do quadro da paciente, que no estudo de
Barbosa (2001) era leve.
Considerações finais
Cortesia 5, 8, 9, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 26, 27, 28, 31, 32, 33, 51,
52, 63, 69, 189, 194, 205, 221, 277, 278, 279, 280, 281, 282, 283, 285, 293,
296, 297, 300, 303, 407
D
Descortesia 5, 9, 14, 15, 17, 19, 20, 21, 22, 27, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 39, 45,
47, 48, 50, 52, 53, 54, 55, 56, 58, 59, 61, 62, 201, 202, 203, 205, 206, 207,
208, 209, 210, 212, 213, 214, 216, 217, 218, 278, 279, 281, 282, 283, 285,
297, 300, 303
Discurso 6, 10, 11, 20, 46, 50, 51, 53, 59, 60, 62, 63, 70, 78, 83, 94, 95, 96,
97, 98, 99, 100, 101, 102, 103, 104, 105, 107, 108, 109, 110, 111, 114, 115,
116, 117, 118, 119, 120, 134, 137, 146, 163, 170, 171, 172, 173, 174, 175,
176, 178, 179, 180, 181, 182, 186, 187, 188, 190, 191, 195, 197, 201, 202,
203, 204, 205, 206, 207, 210, 211, 212, 215, 216, 217, 218, 219, 220, 221,
226, 227, 238, 250, 260, 262, 263, 271, 274, 275, 301, 303, 309, 371, 386,
389, 390, 391, 394, 395, 396, 400, 404, 410
Ensino 7, 174, 276, 291, 293, 294, 299, 300, 301, 308, 316, 317, 336, 338,
351, 356, 357, 401, 402, 403, 404, 407, 408, 409
Enunciado 8, 21, 22, 50, 59, 100, 102, 111, 114, 124, 126, 128, 130, 132,
137, 142, 144, 159, 166, 167, 172, 173, 175, 176, 179, 183, 192, 194, 197,
205, 210, 215, 217, 218, 222, 224, 231, 236, 237, 238, 240, 243, 244, 245,
252, 255, 256, 258, 264, 266, 278, 281, 283, 284, 340, 342, 347, 352, 355,
360, 361, 370
Ethos 10, 93, 95, 97, 98, 99, 100, 101, 102, 103, 104, 105, 106, 107, 108,
109, 111, 112, 113, 116, 117, 118, 119, 120, 211, 260, 271
F
Fustigação 5, 45, 48, 53, 54, 57, 58, 59, 61, 202, 207, 209, 210, 216, 217, 218
I
Ideologia 63, 106, 181, 183, 184, 185, 186, 216, 261, 267, 270, 410
Impolidez 15, 16, 17
Interação 8, 10, 11, 14, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 27, 31, 33, 39, 40, 42, 43,
45, 46, 48, 49, 50, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 61, 64, 65, 67, 68, 71, 73, 74,
90, 91, 92, 94, 102, 103, 131, 143, 149, 150, 151, 152, 153, 154, 155, 156,
157, 158, 159, 160, 161, 169, 170, 171, 172, 173, 186, 188, 191, 192, 194,
195, 196, 198, 199, 200, 201, 202, 204, 218, 219, 263, 277, 278, 280, 281,
282, 283, 284, 285, 306, 307, 308, 318, 325, 333, 338, 341, 344, 345, 348,
350, 355, 361, 363, 368, 393, 407
Interactantes 15, 18, 20, 50, 55, 153, 154, 155, 158, 188, 189, 194, 195, 205,
280, 284, 286
L
Linguagem 7, 8, 12, 13, 17, 19, 48, 52, 54, 55, 64, 65, 94, 96, 108, 109, 116,
118, 123, 124, 125, 126, 127, 128, 129, 130, 136, 141, 142, 143, 144, 145,
146, 147, 153, 163, 164, 165, 171, 172, 174, 183, 185, 186, 187, 188, 189,
191, 192, 194, 195, 196, 197, 198, 219, 222, 227, 233, 258, 259, 261, 262,
263, 264, 265, 266, 267, 268, 269, 270, 271, 273, 274, 277, 281, 283, 293,
Pathos 93, 95, 97, 98, 99, 114, 116, 117, 120, 211
PLE 7, 12, 276, 277, 293, 294, 295, 299, 301, 410
Polidez 15, 16, 17, 18, 27, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 75, 77, 79, 80,
83, 88, 90, 91, 354, 362
Pragmática 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 18, 27, 46, 62, 65, 121, 122, 124, 126,
127, 131, 144, 148, 156, 160, 161, 164, 165, 187, 189, 191, 197, 199, 200,
201, 219, 261, 262, 263, 266, 267, 268, 269, 273, 274, 275, 276, 291, 293,
294, 301, 303, 308, 311, 360, 384, 397, 401, 402, 404, 405, 410
R
Retórica 93, 95, 96, 97, 98, 99, 100, 110, 117, 118, 119, 179, 202, 211, 213,
221
S