10 Matematica e Raciocinio Logico

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TJ-SP

Tribunal de Justiça de São Paulo

Oficial de Justiça

Matemática e Raciocínio
Lógico
Obra

TJ-SP – Tribunal de Justiça de São Paulo


Oficial de Justiça

Autores

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO • Kairton Batista (Prof. Kaká), Rafael Cardoso e Sérgio Mendes

ISBN: 978-65-5451-401-9

Edição: Agosto/2024

Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos


pela Lei nº 9.610/1998. É proibida a reprodução parcial ou total,
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SUMÁRIO

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO.........................................................................5


OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS.................................................................................................. 5

MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM E MÁXIMO DIVISOR COMUM........................................................... 10

RAZÃO E PROPORÇÃO....................................................................................................................... 12

PORCENTAGEM................................................................................................................................... 20

REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA......................................................................................... 24

MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES E PONDERADA................................................................................ 33

JUROS SIMPLES................................................................................................................................. 35

EQUAÇÃO DO 1º E 2º GRAUS............................................................................................................. 39

SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU.............................................................................................. 41

RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS: TABELAS E GRÁFICOS................................................................. 44

SISTEMAS DE MEDIDAS USUAIS...................................................................................................... 48

NOÇÕES DE GEOMETRIA................................................................................................................... 54

PERÍMETRO........................................................................................................................................................54

FORMA E ÁREA..................................................................................................................................................54

VOLUME.............................................................................................................................................................61

ÂNGULO..............................................................................................................................................................65

TEOREMA DE PITÁGORAS................................................................................................................................67

RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES-PROBLEMA.......................................................................................................68

ESTRUTURA LÓGICA DAS RELAÇÕES ARBITRÁRIAS ENTRE PESSOAS, LUGARES,


COISAS E EVENTOS FICTÍCIOS......................................................................................................... 71

DEDUZIR NOVAS INFORMAÇÕES DAS RELAÇÕES FORNECIDAS E AVALIAR AS CONDIÇÕES


USADAS PARA ESTABELECER A ESTRUTURA DAQUELAS RELAÇÕES........................................................73

SEQUÊNCIAS....................................................................................................................................... 73

REGULARIDADES DE UMA SEQUÊNCIA, NUMÉRICA OU FIGURAL, DE MODO A INDICAR QUAL


É O ELEMENTO DE UMA DADA POSIÇÃO........................................................................................................73

ESTRUTURAS LÓGICAS E LÓGICAS DE ARGUMENTAÇÃO............................................................ 78

DIAGRAMAS LÓGICOS......................................................................................................................................81
MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO

OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS

O conjunto dos números reais inclui todos os números racionais e irracionais. Isso signi-
fica que ele abrange toda a reta numérica e é usado para representar quantidades reais em
qualquer contexto matemático ou científico. Os números reais são densos, o que significa
que, entre dois números reais quaisquer, sempre existe outro número real.

NÚMEROS RACIONAIS

São aqueles que podem ser escritos na forma da divisão (fração) de dois números inteiros.
Ou seja, escritos na forma A/B (A dividido por B), onde A e B são números inteiros.
Exemplos: 7/4 e -15/9 são racionais. Veja, também, que os números 87, 321 e 1221 são racio-
nais, pois são divididos pelo número 1.

Dica
Qualquer número natural é também inteiro e todo número inteiro é também racional.

O símbolo desse conjunto é a letra Q e podemos representar por meio de diagramas a rela-
ção entre os conjuntos naturais, inteiros e racionais, veja:

Z N

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO

Representação Fracionária e Decimal

Há 3 tipos de números no conjunto dos números racionais:

z Frações:

Ex.: 38 3 7 etc.
, 5 , 11

5
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z Números decimais.

Ex.: 1,75

z Dízimas periódicas.

Ex.: 0,33333...

Operações e Propriedades dos Números Racionais

z Adição de números decimais: segue a mesma lógica da adição comum.

Ex.: 15,25 + 5,15 = 20,4

z Subtração de números decimais: segue a mesma lógica da subtração comum.

Ex.: 57,3 – 0,12 = 57,18

z Multiplicação de números decimais: aplicamos o mesmo procedimento da multiplicação


comum.

Ex.: 4,6 × 1,75 = 8,05

z Divisão de números decimais: devemos multiplicar ambos os números (divisor e dividen-


do) por uma potência de 10 (10, 100, 1000, 10000 etc.) de modo a retirar todas as casas
decimais presentes. Após isso, é só efetuar a operação normalmente.

Ex.: 5,7 ÷ 1,3


5,7 × 100 = 570
1,3 × 100 = 130
570 ÷ 130 = 4,38

Ponha em prática seus conhecimentos com alguns exercícios comentados.

1. (FGV– 2010) Julgue as afirmativas a seguir:

a) 0,555... é um número racional.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Repare que o número 0,555... é uma dízima periódica. Vimos na teoria que as dízimas perió-
dicas são um tipo de número racional. Resposta: Certo.

b) Todo número inteiro tem antecessor.

6 ( ) CERTO ( ) ERRADO
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Qualquer número inteiro é possível obter o seu antecessor. Basta subtrair 1 unidade. Veja:
o antecessor de 35 é o 34. O antecessor de 0 é -1. E o antecessor de -299 é o -300. Resposta:
Certo.

2. (FCC – 2018) Os canos de PVC são classificados de acordo com a medida de seu diâmetro em
polegadas. Dentre as alternativas, aquela que indica o cano de maior diâmetro é

a) 1/2.
b) 1 ¼.
c) 3/4.
d) 1 ½.
e) 5/8.

Vamos deixar todos na forma decimal. Ou seja, vamos dividir o numerador pelo denomina-
dor da fração. Veja:
5/8 = 0,625
½ = 0,5
1 ¼ = 1 + 0,25 = 1,25
¾ = 0,75
1 ½ = 1 + 0,5 = 1,5
Logo, o maior diâmetro será 1 ½ polegadas, que corresponde a 1,5 polegadas. Resposta:
Letra D.

3. (FCC – 2017) Sabendo que o número decimal F é 0,8666 . . . , que o número decimal G é 0,7111 .
. . e que o número decimal H é 0,4222 . . . , então, o triplo da soma desses três números decimais,
F, G e H, é igual a

a) 6,111 . . .
b) 5,888 . . .
c) 6
d) 3

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


e) 5,98

Podemos resolver de forma aproximada, somando:


0,8666 + 0,7111 + 0,4222 = 1,9999 (aproximadamente 2)
A soma é aproximadamente 3×2 = 6. Resposta: Letra C.

4. (FGV – 2016) Durante três dias, o capitão de um navio atracado em um porto anotou a altura das
marés alta (A) e baixa (B), formando a tabela a seguir.

A B A B A B A B A B A
1,0 0,3 1,1 0,2 1,3 0,4 1,4 0,5 1,2 0,4 1,0

A maior diferença entre as alturas de duas marés consecutivas foi

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a) 1,0.
b) 1,1.
c) 1,2.
d) 1,3.
e) 1,4.

Vamos calcular as diferenças entre os valores da tabela. Veja:


0,3 – 1 = -0,7
1,1 – 0,3 = 0,8
0,2 – 1,1 = -0,9
1,3 – 0,2 = 1,1
0,4 – 1,3 = -0,9
1,4 – 0,4 = 1
0,5 – 1,4 = -0,9
1,2 – 0,5 = 0,7
0,4 – 1,2 = -0,8
1,0 – 0,4 = 0,6
Note que a maior diferença é 1,1. Resposta: Letra B.

NÚMEROS IRRACIONAIS

Os números decimais infinitos e não periódicos, ou seja, aqueles que não podem ser
representados por meio de frações irredutíveis, são chamados números irracionais. Veja-
mos alguns exemplos clássicos de números irracionais:

2 = 1,414213562373....

3 = 1,732050807568....

Temos, ainda, o Número Pi (π = 3,14159265358979323846…), que é bastante usado na geo-


metria e muito conhecido na matemática.
O Número de Neper, representado por e, aproximadamente igual a e = 2,7182..., é um
outro exemplo de número irracional. Podemos citar, ainda, o Número de Ouro, que é defi-
nido a partir da razão áurea, ou divina proporção. Esse número é encontrado em muitos
elementos da natureza e é representado por Phi (ϕ). Seu valor é ϕ = 1,618033...
Representação na reta numérica:

1, 4142
... –2 –1 0 1 2 3 ...

–3/2 –0,5 1/2 1,5 5/2


Pi = 3,14159...
Reta dos números reais

Dica
O conjunto dos números irracionais é composto por todos os números que não podem ser
escritos na forma de uma fração.
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Sacadas de Prova

z Os números irracionais são aqueles que não são racionais;


z São irracionais todos os decimais infinitos não periódicos;
z Números irracionais notáveis: π = 3,14159265358979... e φ = 1,6180339...;
z Não podem ser representados como uma fração.

Resolva os exercícios a seguir para verificar seus conhecimentos:

1. (NOVA CONCURSOS – 2022) Qual número abaixo é um número irracional, claramente?

a) 1,2323232323…
b) 4,315315315…
c) 6,5151515151…
d) 0,77777777…
e) 6,33225148…

Exceto dízimas periódicas - consideradas números racionais - todo e qualquer número deci-
mal com casas infinitas após a vírgula serão irracionais. Note que ocorrem repetições após a
vírgula caracterizadas como dízimas periódicas das as alternativa A até D, sobrando apenas
a letra E como número irracional. Resposta: Letra E.

2. (NOVA CONCURSOS – 2022) Podemos afirmar que todos os números a seguir são irracionais,
com exceção de:

a) 2,3535412865977….
b) 7
c) — 5
d) 3,141593
e) π

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


Note que entre todas as alternativas, 3,141593, é o único número decimal exato. Portanto, é
a única alternativa que não é irracional.
Resposta: Letra D.

3. (NOVA CONCURSOS – 2022) Julgue as afirmativas a seguir a respeito dos números irracionais:

I. Toda dízima é um número irracional.


II. Não é possível que um número seja racional e irracional ao mesmo tempo.
III. A divisão entre dois números irracionais sempre resultará em um número irracional.

Considerando as afirmativas, assinale a correta:

a) F, F e F.
b) F, V e F.
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c) V, F e F.
d) V, V e V.
e) V, V e F.

I – Falsa, pois toda dízima não periódica é irracional, mas as dízimas periódicas são racionais
II – Verdadeira, pois um número real é racional ou irracional.
III – Falsa, pois quando realizamos as operações básicas entre dois números irracionais, a
resposta nem sempre será um número irracional.
Logo, Falso – Verdadeiro – Falso.
Resposta: Letra B.

MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM E MÁXIMO DIVISOR COMUM

MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM

Os múltiplos de um número X são aqueles números que podem ser obtidos multiplicando
X por outro número natural. Agora, observe os múltiplos dos números 4 e 6:
M(4) = 4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32, 36, ...
M(6) = 6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, ...
Quais são os múltiplos iguais (comuns) entre os números? São eles: 12, 24, 36. E qual o
menor deles? É o número 12. Sendo assim, o número 12 é o menor múltiplo comum entre 4 e
6, ou seja, o MMC entre 4 e 6 é igual a 12.

Cálculo do MMC por Fatoração Simultânea

Podemos calcular o MMC entre 2 ou mais números, de maneira mais rápida, fazendo a
fatoração simultânea dos dois números. Veja:
Ex.: Calcule o MMC entre 6 e 8.

6–8 2 (aqui devemos colocar o menor número primo)

3–4 2 (nesse caso repetimos o número 3, pois ele não é dividido pelo 2)

3–2 2

3–1 3

1–1 MMC = 2 × 2 × 2 × 3 = 24.

Logo, o MMC (6 e 8) = 24.


Com esse método, é possível calcular o MMC entre vários números. Vamos exercitar nova-
mente, dessa vez com mais números.
Ex.: Calcule o MMC entre os números 10, 12, 20.

10 – 12 – 20 2 (aqui devemos colocar o menor número primo)

5 – 6 – 10 2 (nesse caso repetimos o número 3, pois ele não é dividido pelo 2)

5–3–5 3

5–1–5 5

1–1–1 MMC = 2 × 2 × 3 × 5 = 60.

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Logo, o MMC (10, 12 e 20) = 60.
Passos para calcular o MMC (fatoração simultânea):

z Montar uma coluna para os fatores primos e colunas para cada um dos números;
z Começar a divisão dos números pelo menor fator primo (2) e só ir aumentando quando
nenhum dos números puder ser dividido.

Se algum dos números não puder ser dividido, basta copiá-lo para a próxima linha. O obje-
tivo é fazer com que todos os números cheguem ao valor 1. O MMC será a multiplicação dos
fatores primos utilizados.

MÁXIMO DIVISOR COMUM (MDC)

O máximo divisor comum (MDC ou M.D.C.) corresponde ao maior número divisível entre
dois ou mais números inteiros.
Os divisores comuns de 12 e 18 são 1, 2, 3 e 6. Dentre estes, o número maior é o 6. Sendo
assim, o número 6 é o máximo divisor comum entre 12 e 18, ou seja, o MDC entre 12 e 18 é
igual a 6.

Cálculo do MDC por Fatoração Simultânea

Podemos calcular o MDC entre 2 ou mais números fazendo a fatoração simultânea dos
dois números (aqui, é importante ressaltar que a faremos a fatoração até o momento em que
o número 1 for quem divide todos os números envolvidos ao mesmo tempo). Veja:
Ex.: Calcule o MDC entre 60 e 45.

60 – 45 3 (note que 3 é o número que divide o 60 e o 45 ao mesmo tempo)

20 – 15 5 (note que 5 é o número que divide o 20 e o 15 ao mesmo tempo)

1 (aqui, paramos a fatoração, pois o número 1 é quem divide tudo ao


4–3
mesmo tempo

MDC = 3 × 5 × 1 = 15.

Logo, o MDC (60 e 45) = 15.

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


Passos para calcular o MDC (fatoração simultânea):

z Montar uma coluna para os fatores primos e colunas para cada um dos números;
z Começar a divisão dos números pelo número que divide todos os números ao mesmo
tempo;
z Parar a fatoração quando o número 1 for quem divide todo os números ao mesmo tempo;
z O MDC será a multiplicação dos fatores primos utilizados.

NÚMEROS PRIMOS

São números divisíveis somente por 1 e por ele mesmo, distintamente.


Atenção: o número 1 não é primo.
Alguns números primos mais utilizados:
2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, ... 11
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Exemplo: o número 7 é dividido apenas por 1 e por ele mesmo, ou seja, é um número
primo.

Dica
Um número primo tem apenas dois divisores (como dissemos, o 1 e ele mesmo).

RAZÃO E PROPORÇÃO

INTRODUÇÃO

A razão entre duas grandezas é igual à divisão entre elas. Veja:

2
5

Ou podemos representar por 2 ÷ 5 (lê-se 2 está para 5).


Já a proporção é a igualdade entre razões. Veja:

2 4
=
3 6

Ou podemos representar por 2 ÷ 3 = 4 ÷ 6 (lê-se 2 está para 3 assim como 4 está para 6).
Os problemas mais comuns que envolvem razão e proporção é quando se aplica uma
variável qualquer dentro da proporcionalidade e se deseja saber o valor dela. Veja o exemplo:

2 x
= ou 2 ÷ 3 = x ÷ 6
3 6

Para resolvermos esse tipo de problema devemos usar a Propriedade Fundamental da


razão e proporção: produto dos meios pelos extremos.
Meio: 3 e x.
Extremos: 2 e 6.
Logo, devemos fazer a multiplicação entre eles numa igualdade. Observe:

3·X=2·6
3X = 12
X = 12 ÷ 3
X=4

Lembre-se de que a maioria dos problemas envolvendo esse tema são resolvidos utilizan-
do essa propriedade fundamental. Porém, algumas questões acabam sendo um pouco mais
complexas e pode ser útil conhecer algumas propriedades para facilitar. Vamos a elas.

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Propriedade das Proporções

z Somas Externas

a c a+c
= =
b d b+d

Vamos entender um pouco melhor resolvendo uma questão-exemplo:


Suponha que uma fábrica vai distribuir um prêmio de R$ 10.000 para seus dois emprega-
dos (Carlos e Diego). Esse prêmio vai ser dividido de forma proporcional ao tempo de serviço
deles na fábrica. Carlos está há 3 anos na fábrica e Diego está há 2 anos na fábrica. Quanto
cada um vai receber?
Primeiro, devemos montar a proporção. Sejam C a quantia que Carlos vai receber e D a
quantia que Diego vai receber, temos:

C D
=
3 2

Utilizando a propriedade das somas externas:

C D C+D
= =
3 2 3+2

Perceba que C + D = 10.000 (as partes somadas), então podemos substituir na proporção:

C D C+D 10.000
= = = = 2.000
3 2 3+2 5

Aqui cabe uma observação importante!


Esse valor de 2.000, que chamamos de “Constante de Proporcionalidade”, é que nos mostra
o valor real das partes dentro da proporção. Veja:

C
= 2.000
3

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


C = 2.000 · 3
C = 6.000 (esse é o valor de Carlos)
D
= 2.000
2
D = 2.000 · 2
D = 4.000 (esse é o valor de Diego)

Assim, Carlos vai receber R$ 6.000 e Diego vai receber R$ 4.000.

z Somas Internas

a c a+b c+d
= = =
b d b d

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É possível, ainda, trocar o numerador pelo denominador ao efetuar essa soma interna,
desde que o mesmo procedimento seja feito do outro lado da proporção.

a c a+b c+d
= = =
b d a c

Vejamos um exemplo:

x 2
=
14 - x 5
x + 14 - x 2+5
=
x 2
14 7
=
x 2
7 · x = 2 · 14
14 · 2
x= =4
7

Portanto, encontramos que x = 4.

Importante!
Vale lembrar que essa propriedade também serve para subtrações internas.

z Soma com Produto por Escalar

a c a + 2b c + 2d
= = =
b d b d

Vejamos um exemplo para melhor entendimento:


Uma empresa vai dividir o prêmio de R$ 13.000 proporcionalmente ao número de anos
trabalhados. São dois funcionários que trabalham há 2 anos na empresa e três funcionários
que trabalham há 3 anos.
Seja A o prêmio dos funcionários com 2 anos e B o prêmio dos funcionários com 3 anos de
empresa, temos:

A B
=
2 3

Porém, como são 2 funcionários na categoria A e 3 funcionários na categoria B, podemos


escrever que a soma total dos prêmios é igual a R$ 13.000.

2A + 3B = 13.000

Agora, multiplicando em cima e embaixo de um lado por 2 e do outro lado por 3, temos:

2A 3B
=
4 9

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Aplicando a propriedade das somas externas, podemos escrever o seguinte:

2A 3B 2A + 3B
= =
4 9 4+9

Substituindo o valor da equação 2A + 3B na proporção, temos:

2A 3B 2A + 3B 13.000
= = = = 1.000
4 9 4+9 13

Logo,

2A
= 1.000
4
2A = 4 · 1.000
2A = 4.000
A = 2.000

Fazendo a mesma resolução em B:

3B
= 1.000
9
3B = 9 · 1.000
3B = 9.000
B = 3.000

Sendo assim, os funcionários com 2 anos de casa receberão R$ 2.000 de bônus. Já os fun-
cionários com 3 anos de casa receberão R$ 3.000 de bônus.
O total pago pela empresa será:

2 · 2.000 + 3 · 3.000 = 4.000 + 9.000 = 13.000

REGRA DA SOCIEDADE

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


Diretamente Proporcional

Um dos tópicos mais comuns em questões de prova é “dividir uma determinada quantia
em partes proporcionais a determinados números. Vejamos um exemplo para entendermos
melhor como esse assunto é cobrado:
A quantia de 900 mil reais deve ser dividida em partes proporcionais aos números 4, 5 e 6.
A menor dessas partes corresponde a:
Primeiro vamos chamar de X, Y e Z as partes proporcionais, respectivamente a 4, 5 e 6.
Sendo assim, X é proporcional a 4, Y é proporcional a 5 e Z é proporcional a 6, ou seja, pode-
mos representar na forma de razão. Veja:

X Y Z
= = = constante de proporcionalidade.
4 5 6

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Usando uma das propriedades da proporção, somas externas, temos:

X+Y+Z 900.000
= 60.000
4+5+6 15

A menor dessas partes é aquela que é proporcional a 4, logo:

X
= 60.000
4
X = 60.000 · 4
X = 240.000

Inversamente Proporcional

É um tipo de questão menos recorrente, mas não menos importante. Consiste em distri-
buir uma quantia X a três pessoas, de modo que cada uma receba um quinhão inversamente
proporcional a três números. Vejamos um exemplo:
Suponha que queiramos dividir 740 mil em partes inversamente proporcionais a 4, 5 e 6.
Vamos chamar de X as quantias que devem ser distribuídas inversamente proporcionais
a 4, 5 e 6, respectivamente. Devemos somar as razões e igualar ao total que dever ser distri-
buído para facilitar o nosso cálculo, veja:

X X X
+ + = 740.000
4 5 6

Agora vamos precisar tirar o M.M.C. (mínimo múltiplo comum) entre os denominadores
para resolvermos a fração.

4–5–6|2
2–5–3|2
1–5–3|3
1–5–1|5
1 – 1 – 1 | 2 · 2 · 3 · 5 = 60

Assim, dividindo o M.M.C. pelo denominador e multiplicando o resultado pelo numerador


temos:

15x 12x 10x


+ +
60 60 60 = 740.000
37x
= 740.000
60
X = 1.200.000

Agora basta substituir o valor de X nas razões para achar cada parte da divisão inversa.

x 1.200.000
= = 300.000
4 4
x 1.200.000
= = 240.000
5 5
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x 1.200.000
= = 200.000
6 6

Logo, as partes divididas inversamente proporcionais aos números 4, 5 e 6 são, respectiva-


mente, 300.000, 240.000 e 200.000.
Agora vamos treinar o que aprendemos na teoria com exercícios comentados de diversas
bancas. Vamos lá!

1. (FAEPESUL – 2016) Em uma turma de graduação em Matemática Licenciatura, de forma fictícia,


temos que a razão entre o número de mulheres e o número total de alunos é de 5/8. Determine a
quantidade de homens desta sala, sabendo que esta turma tem 120 alunos.

a) 43 homens.
b) 45 homens.
c) 44 homens.
d) 46 homens.
e) 47 homens.

A razão entre o número de mulheres e o número total de alunos é de 5/8:


M 5
=
T 8

A turma tem 120 alunos, então: T = 120


Fazendo os cálculos:
M 5
=
T 8

M 5
=
120 8

8 · M = 5 · 120
8M = 600

M= 600

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


8

M = 75
A quantidade de homens da sala: 120 – 75 = 45 homens. Resposta: Letra B.

2. (VUNESP – 2020) Em um grupo com somente pessoas com idades de 20 e 21 anos, a razão
entre o número de pessoas com 20 anos e o número de pessoas com 21 anos, atualmente, é 4/5.
No próximo mês, duas pessoas com 20 anos farão aniversário, assim como uma pessoa com 21
anos, e a razão em questão passará a ser de 5/8. O número total de pessoas nesse grupo é

a) 30.
b) 29.
c) 28.
d) 27.
e) 26.
17
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A razão entre o número de pessoas com 20 anos e o número de pessoas com 21 anos, atual-
mente, é 4/5.
120
=
4x total de 9x
121 5x

No próximo mês, duas pessoas com 20 anos farão aniversário, assim como uma pessoa com
21 anos, e a razão em questão passará a ser de 5/8.
120 4x - 2
121
= = 5
5x + 2 - 1 8

4x - 2 5
=
5x + 1 8

8 (4x – 2) = 5 (5x + 1)
32x – 16 = 25x + 5
7x = 21
x=3
Para sabermos o total de pessoas, basta substituir o valor de X na primeira equação:
9x = 9 · 3 = 27 é o número total de pessoas nesse grupo. Resposta: Letra D.

3. (IBADE - 2018) Três agentes penitenciários de um país qualquer, Darlan, Arley e Wanderson,
recebem juntos, por dia, R$ 721,00. Arley recebe R$ 36,00 mais que o Darlan, Wanderson recebe
R$ 44,00 menos que o Arley. Assinale a alternativa que representa a diária de cada um, em ordem
crescente de valores.

a) R$ 249,00, R$ 213,00 e R$ 169,00.


b) R$ 169,00, R$ 213,00 e R$ 249,00.
c) R$ 145,00, R$ 228,00 e R$ 348,00.
d) R$ 223,00, R$ 231,00 e R$ 267,00
e) R$ 267,00, R$ 231,00 e R$ 223,00.

D + A + W = 721
A = D + 36
W = A – 44
Substituímos Arley em Wanderson:
W = A – 44
W = 36 + D – 44
W=D–8
Substituímos na fórmula principal:
D + A + W = 721
D + 36 + D + D – 8 = 721
3D + 28 = 721
3D = 721 - 28
D = 693/3
D = 231
Substituímos o valor de D nas outras:
18
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A = D + 36
A= 231+36= 267
W = A – 44
W= 267 – 44
W= 223
Logo, os valores em ordem crescente que Wanderson, Darlan, Arley recebem são, respectiva-
mente, R$ 223,00, R$ 231,00 e R$ 267,00. Resposta: Letra D.

4. (CESPE-CEBRASPE - 2018) A respeito de razões, proporções e inequações, julgue o item


seguinte.
Situação hipotética: Vanda, Sandra e Maura receberam R$ 7.900 do gerente do departamento
onde trabalham, para ser divido entre elas, de forma inversamente proporcional a 1/6, 2/9 e 3/8,
respectivamente. Assertiva: Nessa situação, Sandra deverá receber menos de R$ 2.500.

( ) CERTO ( ) ERRADO

6x 9x 8x
+ + = 7.900
1 2 3

Tirando o MMC entre 1, 2 e 3 vamos achar 6. Temos:


36x 27x 16x
6
+
6
+ 6
= 7.900

79x
= 7.900
6

x = 600
Sendo assim, Sandra está inversamente proporcional a:
9x
2

Basta substituirmos o valor de X na proporção.


9x 9 · 600
2
=
2
= 2.700
(valor que Sandra irá receber é maior que 2.500). Resposta: Errado.

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


5. (IESES - 2019) Uma escola possui 396 alunos matriculados. Se a razão entre meninos e meninas
foi de 5/7, determine o número de meninos matriculados.

a) 183
b) 225
c) 165
d) 154

Total de alunos = 396


Meninos = H
Meninas = M
Razão: H + 5x
M 7x
19
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Agora vamos somar 5x com 7x = 12x
12x é igual ao total que é 396
12x = 396
x = 33
Portanto o número de meninos será:
Meninos = 5X = 5 x 33 = 165. Resposta: Letra C.

PORCENTAGEM

A porcentagem é uma medida de razão com base 100. Ou seja, corresponde a uma fração
cujo denominador é 100. Vamos observar alguns exemplos e notar como podemos represen-
tar um número porcentual.

30
30% = (forma de fração)
100
30
30% = = 0,3 (forma decimal)
100
30 3
30% = = (forma de fração simplificada)
100 10

Sendo assim, a razão 30% pode ser escrita de várias maneiras:

30 3
30% = = 0,3 =
100 10

Também é possível fazer a conversão inversa, isto é, transformar um número qualquer


em porcentual. Para isso, basta multiplicar por 100. Veja:

25 · 100 = 2500%
0,35 · 100 = 35%
0,586 · 100 = 58,6%

NÚMERO RELATIVO

A porcentagem traz uma relação entre uma parte e um todo. Quando dizemos 10% de
1000, o 1000 corresponde ao todo. Já o 10% corresponde à fração do todo que estamos especi-
ficando. Para descobrir a quanto isso corresponde, basta multiplicar 10% por 1000.

10 x 1.000 = 100
10% de 1.000 =
100

Dessa maneira, 1.000 é todo, enquanto 100 é a parte que corresponde a 10% de 1.000.

Dica
Quando o todo varia, a porcentagem também varia!
20
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Veja um exemplo:
Roberto assistiu 2 aulas de Matemática Financeira. Sabendo que o curso que ele comprou
possui um total de 8 aulas, qual é o percentual de aulas já assistidas por Roberto?
O todo de aulas é 8. Para descobrir o percentual, devemos dividir a parte pelo todo e obter
uma fração.

2 1
=
8 4

Precisamos transformar em porcentagem, ou seja, vamos multiplicar a fração por 100:

1 × 100 = 25%
4

SOMA E SUBTRAÇÃO DE PORCENTAGEM

As operações de soma e subtração de porcentagem são as mais comuns. É o que acontece


quando se diz que um número excede, reduziu, é inferior ou é superior ao outro em tantos
por cento. A grandeza inicial corresponderá sempre a 100%. Então, basta somar ou subtrair
o percentual fornecido dos 100% e multiplicar pelo valor da grandeza.
Exemplo 1:
Paulinho comprou um curso de 200 horas-aula. Porém, com a publicação do edital, a esco-
la precisou aumentar a carga horária em 15%. Qual o total de horas-aula do curso ao final?
Inicialmente, o curso de Paulinho tinha um total de 200 horas-aula que correspondiam a
100%. Com o aumento porcentual, o novo curso passou a ter 100% + 15% das aulas inicial-
mente previstas. Portanto, o total de horas-aula do curso será:
(1 + 0,15) · 200 = 1,15 · 200 = 230 horas-aula

Dica
A avaliação do crescimento ou da redução percentual deve ser feita sempre em relação ao
valor inicial da grandeza.

Variação percentual = Final - Inicial

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


Inicial

Veja mais um exemplo para podermos fixar melhor.


Exemplo 2:
Juliano percebeu que ainda não assistiu a 200 aulas do seu curso. Ele deseja reduzir o
número de aulas não assistidas a 180. É correto afirmar que, se Juliano chegar às 180 aulas
almejadas, o número terá caído 20%?
A variação percentual de uma grandeza corresponde ao índice:

Final - Inicial 180 - 200


Variação percentual = = =
Inicial 200
20
– = - 0,10
200

21
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Como o resultado foi negativo, podemos afirmar que houve uma redução percentual de
10% nas aulas ainda não assistidas por Juliano. O enunciado está errado ao afirmar que essa
redução foi de 20%.
Agora vamos treinar o que aprendemos na teoria com exercícios comentados de diversas
bancas. Vamos lá!

1. (CEBRASPE-CESPE – 2020) Em determinada loja, uma bicicleta é vendida por R$ 1.720 à vista
ou em duas vezes, com uma entrada de R$ 920 e uma parcela de R$ 920 com vencimento para o
mês seguinte. Caso queira antecipar o crédito correspondente ao valor da parcela, a lojista paga
para a financeira uma taxa de antecipação correspondente a 5% do valor da parcela.
Com base nessas informações, julgue o item a seguir.
Na compra a prazo, o custo efetivo da operação de financiamento pago pelo cliente será inferior
a 14% ao mês.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Valor da bicicleta = 1.720,00


Parcelado = 920,00 (entrada) + 920,00 (parcela)
Na compra a prazo, o agente vai pagar 920,00 (entrada), logo vai sobrar (1720-920 = 800,00)
No próximo mês é preciso pagar 920,00 ou seja 800,00 + 120,00 de juros. Agora é pegar
120,00 (juros) e dividir por 800,00 resultado:
120,00/800,00 = 0,15% ao mês.
A questão diz que seria inferior a 0,14%, ou seja, está errada. Resposta: Errado.

2. (CEBRASPE-CESPE – 2019) Na assembleia legislativa de um estado da Federação, há 50 par-


lamentares, entre homens e mulheres. Em determinada sessão plenária estavam presentes
somente 20% das deputadas e 10% dos deputados, perfazendo-se um total de 7 parlamentares
presentes à sessão.
Infere-se da situação apresentada que, nessa assembleia legislativa, havia

a) 10 deputadas.
b) 14 deputadas.
c) 15 deputadas.
d) 20 deputadas.
e) 25 deputadas.

50 parlamentares
Deputadas = X
Deputados = 50-X
Compareceram 20% x e 10% (50-x), totalizando 7 parlamentares. Não sabemos a quantidade
exata de cada sexo. Vamos montar uma equação e achar o valor de X.
20% x + 10% (50 – x) = 7
20/100 · x + 10/100 . (50 – x) = 7
2/10 · x + 1/10 · (50 – x) = 7
2x/10 + 50 – x/10 = 7 (faz o MMC)
22 2x + 50 – x = 70
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2x – x = 70 – 50
x = 20 deputadas fazem parte da Assembleia Legislativa. Resposta: Letra D.

3. (VUNESP – 2016) Um concurso recebeu 1500 inscrições, porém 12% dos inscritos faltaram no
dia da prova. Dos candidatos que fizeram a prova, 45% eram mulheres. Em relação ao número
total de inscritos, o número de homens que fizeram a prova corresponde a uma porcentagem de

a) 45,2%.
b) 46,5%.
c) 47,8%.
d) 48,4%.
e) 49,3%.

Veja que se 12% faltaram, então 88% fizeram a prova.


Pessoas presentes (88%) e dessas 45% eram mulheres e 55% eram homens. Portanto, basta
multiplicar o percentual dos homens pelo total:
55% de 88% das pessoas que fizeram a prova; ou
0,55 · 0,88 = 0,484.
Transformando em porcentagem: 0,484 · 100 = 48,4%. Resposta: Letra D.

4. (FCC - 2018) Em uma pesquisa 60% dos entrevistados preferem suco de graviola e 50% suco de
açaí. Se 15% dos entrevistados gostam dos dois sabores, então, a porcentagem de entrevistados
que não gostam de nenhum dos dois é de

a) 80%.
b) 61%.
c) 20%.
d) 10%.
e) 5%.

Vamos dispor as informações em forma de conjuntos para facilitar nossa resolução:

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


Graviola Açai

60% – 15% = 15% 50% – 15% =

45% 35%

Nenhum = X

Vamos somar todos os valores e igualar ao total que é 100%: 45% + 15% + 35% + X = 100%
95% + X = 100%
X = 5%.
Resposta: Letra E.

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5. (FUNCAB - 2015) Adriana e Leonardo investiram R$ 20.000,00, sendo o 3/5 desse valor em uma
aplicação que gerou lucro mensal de 4% ao mês durante dez meses. O restante foi investido em
uma aplicação, que gerou um prejuízo mensal de 5% ao mês, durante o mesmo período. Ambas
as aplicações foram feitas no sistema de juros simples.
Pode-se concluir que, no final desses dez meses, eles tiveram:

a) prejuízo de R$800,00.
b) lucro de R$3.200,00.
c) lucro de R$800,00.
d) prejuízo de R$6.000,00
e) lucro de R$5.000,00.

3/5 de 20.000,00 = 12.000,00


12.000,00 · 4% = 12.000 · 0,04 = 480,00
480 · 10 (meses) = 4.800 (lucro)
O que sobrou 20.000,00 - 12.000,00 = 8.000,00. Aplicação que foi investida e gerou prejuízo de
5% ao mês, durante 10 meses:
8.000,00 · 5% = 8.000,00·0,05 = 400,00
400 · 10 meses= 4.000 (prejuízo)
Logo a aplicação que gerou lucro menos a aplicação que geral prejuízo:
4.800,00 - 4.000,00 = 800,00 (lucro)
Resposta: Letra C.

REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA

REGRA DE TRÊS SIMPLES

A regra de três simples envolve apenas duas grandezas. São elas:

z Grandeza dependente: é aquela cujo valor se deseja calcular a partir da grandeza


explicativa;
z Grandeza explicativa ou independente: é aquela utilizada para calcular a variação da
grandeza dependente.

Existem dois tipos principais de proporcionalidades que aparecem frequentemente em


provas de concursos públicos. Veja a seguir:

z Grandezas diretamente proporcionais: o aumento de uma grandeza implica o aumento


da outra;
z Grandezas inversamente proporcionais: o aumento de uma grandeza implica a redução
da outra;

Vamos esquematizar para sabermos quando será direta ou inversamente proporcionais:


24
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DIRETAMENTE
+ / + OU - / -
PROPORCIONAL

Aqui, as grandezas aumentam ou diminuem juntas (sinais iguais).

INVERSAMENTE
+ / - OU - / +
PROPORCIONAL

Aqui, uma grandeza aumenta e a outra diminui (sinais diferentes).


Agora, vamos esquematizar a maneira que iremos resolver os diversos problemas:

DIRETAMENTE
Multiplica cruzado
PROPORCIONAL

INVERSAMENTE
Multiplica na horizontal
PROPORCIONAL

Vejamos alguns exemplos para fixarmos um pouco mais como funciona.

z Um muro de 12 metros foi construído utilizando 2.160 tijolos. Caso queira construir um
muro de 30 metros nas mesmas condições do anterior, quantos tijolos serão necessários?

Primeiro vamos montar a relação entre as grandezas e depois identificar se é direta ou


inversamente proporcional.

12 m -------- 2160 (tijolos)


30 m -------- X (tijolos)

Veja que de 12m para 30m tivemos um aumento (+) e que para fazermos um muro maior
vamos precisar de mais tijolos, ou seja, também deverá ser aumentado (+). Logo, as grande-
zas são diretamente proporcionais e vamos resolver multiplicando cruzado. Observe:

12 m -------- 2.160 (tijolos)

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


30 m -------- X (tijolos)
12 · X = 30 · 2160
12X = 64.800
X = 5.400 tijolos

Assim, comprovamos que realmente são necessários mais tijolos.

z Uma equipe de 5 professores gastou 12 dias para corrigir as provas de um vestibular. Consi-
derando a mesma proporção, quantos dias levarão 30 professores para corrigir as provas?

Do mesmo jeito que no exemplo anterior, vamos montar a relação e analisar:

5 (prof.) --------- 12 (dias)


30 (prof.) -------- X (dias)
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Veja que de 5 (prof.) para 30 (prof.) tivemos um aumento (+), mas, como agora estamos
com uma equipe maior, o trabalho será realizado de forma mais rápida. Logo, a quantidade
de dias deverá diminuir (-). Desta forma, as grandezas são inversamente proporcionais e
vamos resolver multiplicando na horizontal. Observe:

5 (prof.) 12 (dias)
30 (prof.) X (dias)
30 · X = 5 · 12
30X = 60
X=2

A equipe de 30 professores levará apenas 2 dias para corrigir as provas.

REGRA DE TRÊS COMPOSTA

A regra de três composta envolve mais de duas variáveis. As análises sobre se as grandezas
são diretamente e inversamente proporcionais devem ser feitas cautelosamente levando em
conta alguns princípios:

z as análises devem sempre partir da variável dependente em relação às outras variáveis;


z as análises devem ser feitas individualmente, ou seja, deve-se comparar as grandezas duas
a duas, mantendo as demais constantes;
z a variável dependente fica isolada em um dos lados da proporção.

Vamos analisar alguns exemplos e ver na prática como isso tudo funciona:

z Se 6 impressoras iguais produzem 1000 panfletos em 40 minutos, em quanto tempo 3 des-


sas impressoras produziriam 2000 desses panfletos?

Da mesma forma que na regra de três simples, vamos montar a relação entre as grandezas
e analisar cada uma delas isoladamente duas a duas.

6 (imp.) -------- 1.000 (panf.) -------- 40 (min)

3 (imp.) -------- 2.000 (panf.) -------- X (min)

Vamos escrever a proporcionalidade isolando a parte dependente de um lado e igualando


as razões da seguinte forma — se for direta, vamos manter a razão, agora, se for inversa,
vamos inverter a razão. Observe:

40 ? ?
= ·
X ? ?

Analisando isoladamente duas a duas:


6 (imp.) -------- 40 (min)
26 3 (imp.) ---- ---- X (min)
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Perceba que de 6 impressoras para 3 impressoras o valor diminui (-) e que o tempo irá
aumentar (+), pois agora teremos menos impressoras para realizar a tarefa. Logo, as grande-
zas são inversas e devemos inverter a razão.

40 3 ?
= ·
X 6 ?

Analisando isoladamente duas a duas:

1.000 (panf.) -------- 40 (min)


2.000 (panf.) ------ -- X (min)

Perceba que de 1.000 panfletos para 2.000 panfletos o valor aumenta (+) e que o tempo
também irá aumentar (+). Logo, as grandezas são diretas e devemos manter a razão.

40 3 1000
= ·
X 6 2000

Agora, basta resolver a proporção para acharmos o valor de X.

40 3000
X
= 12000
3X = 40 · 12
3X = 480
X = 160

As três impressoras produziriam 2.000 panfletos em 160 minutos, que correspondem a 2


horas e 40 minutos.
Para fixarmos mais ainda nosso conhecimento, vamos analisar mais um exemplo.

„ Um texto ocupa 6 páginas de 45 linhas cada uma, com 80 letras (ou espaços) em cada
linha. Para torná-lo mais legível, diminui-se para 30 o número de linhas por página e
para 40 o número de letras (ou espaços) por linha. Considerando as novas condições,
determine o número de páginas ocupadas.

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


Já aprendemos o passo a passo no exemplo anterior. Aqui vamos resolver de maneira mais
rápida.

6 (pág.) -------- 45 (linhas) -------- 80 (letras)


X (pág.) -------- 30 (linhas) -------- 40 (letras)
6 ? ?
X
=
?
·?

Analisando isoladamente duas a duas:

6 (pág.) -------- 45 (linhas)


X (pág.) -- ----- 30 (linhas)

27
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Perceba que de 45 linhas para 30 linhas o valor diminui (–) e que o número de páginas irá
aumentar (+). Logo, as grandezas são inversas e devemos inverter a razão.

6 30 ?
= ·
X 45 ?

Analisando isoladamente duas a duas:

6 (pág.) -------- 80 (letras)


X (pág.) ------- 40 (letras)

Veja que de 80 letras para 40 letras o valor diminui (–) e que o número de páginas irá
aumentar (+). Logo, as grandezas são inversas e devemos inverter a razão.

6 30 40
X
=
45
· 80
6 2 1
= ·
X 3 2
6 2
=
X 6
2X = 36
X = 18

O número de páginas a serem ocupadas pelo texto respeitando as novas condições é igual
a 18.
Agora vamos treinar o que aprendemos na teoria com exercícios comentados de diversas
bancas. Vamos lá!

1. (CEBRASPE-CESPE – 2019) No item seguinte apresenta uma situação hipotética, seguida de


uma assertiva a ser julgada, a respeito de proporcionalidade, porcentagens e descontos.
No primeiro dia de abril, o casal Marcos e Paula comprou alimentos em quantidades suficientes
para que eles e seus dois filhos consumissem durante os 30 dias do mês. No dia 7 desse mês,
um casal de amigos chegou de surpresa para passar o restante do mês com a família.
Nessa situação, se cada uma dessas seis pessoas consumir diariamente a mesma quantidade
de alimentos, os alimentos comprados pelo casal acabarão antes do dia 20 do mesmo mês.

( ) CERTO ( ) ERRADO

4 pessoas ------- 24 dias


6 pessoas ------- x dias
Temos grandezas inversas, então é só multiplicar na horizontal:
6x = 4 · 24
6x = 96
x = 96 ÷ 6
x = 16
Como já haviam comido por 6 dias é só somar:
6 dias (consumidos por 4) + 16 dias (consumidos por 6) = 22 dias (a comida acabará no dia
28 22 de abril).
Todos os direitos são reservados à Nova Concursos.
Resposta: Errado.

2. (CEBRASPE-CESPE – 2018) O motorista de uma empresa transportadora de produtos hospi-


talares deve viajar de São Paulo a Brasília para uma entrega de mercadorias. Sabendo que irá
percorrer aproximadamente 1.100 km, ele estimou, para controlar as despesas com a viagem, o
consumo de gasolina do seu veículo em 10 km/L. Para efeito de cálculos, considerou que esse
consumo é constante.
Considerando essas informações, julgue o item que segue.
Nessa viagem, o veículo consumirá 110.000 dm3 de gasolina.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Com 1 litro ele faz 10 km.


Sabendo que 1 L é igual a 1dm³, então podemos dizer que com 1dm³ ele faz 10km.
Portanto,
10 km -------- 1dc³
1.100 km --------- x
10x = 1.100
x = 110dm³ (a gasolina que será consumida).
Resposta: Errado.

3. (VUNESP – 2020) Uma pessoa comprou determinada quantidade de guardanapos de papel. Se


ela utilizar 2 guardanapos por dia, a quantidade comprada irá durar 15 dias a mais do que duraria
se ela utilizasse 3 guardanapos por dia. O número de guardanapos comprados foi

a) 60.
b) 70.
c) 80.
d) 90.
e) 100.

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


x = dias
3 guardanapos por dia -------- x
2 guardanapos por dia -------- x+15
São valores inversamente proporcionais, quanto mais guardanapos por dia, menos dias
durarão. Assim, multiplicamos na horizontal:
3x = 2 · (x+15)
3x = 30+2x
3x – 2x = 30
x = 30
Podemos substituir em qualquer uma das duas situações:
3 guardanapos · 30 dias = 90
2 guardanapos · 45 (30+15) dias = 90. Resposta: Letra D.

29
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4. (FUNDATEC – 2017) Cinco mecânicos levaram 27 minutos para consertar um caminhão. Supon-
do que fossem três mecânicos, com a mesma capacidade e ritmo de trabalho para realizar o
mesmo serviço, quantos minutos levariam para concluir o conserto desse mesmo caminhão?

a) 20 minutos.
b) 35 minutos.
c) 45 minutos.
d) 50 minutos.
e) 55 minutos.

Mecânicos ------ Minutos


5 ---------------- 27
3 ---------------- x
Quanto menos mecânicos, mais minutos eles gastarão para finalizar o trabalho; logo a gran-
deza é inversamente proporcional. Multiplica na horizontal:
3x = 27 · 5
3x = 135
x = 135 ÷ 3
x = 45 minutos. Resposta: Letra C.

5. (IESES – 2019) Cinco pedreiros construíram uma casa em 28 dias. Se o número de pedreiros
fosse aumentado para sete, em quantos dias essa mesma casa ficaria pronta?

a) 18 dias.
b) 16 dias.
c) 20 dias.
d) 22 dias.

5 (pedreiros) ---------- 28 (dias)


7 (pedreiros) ------------- X (dias)
Perceba que as grandezas são inversamente proporcionais, então basta multiplicar na
horizontal.
5 . 28 = 7 · X
7X = 140
X = 140 ÷ 7
X = 20 dias. Resposta: Letra C.

6. (CEBRASPE-CESPE – 2020) Determinado equipamento é capaz de digitalizar 1.800 páginas em


4 dias, funcionando 5 horas diárias para esse fim. Nessa situação, a quantidade de páginas que
esse mesmo equipamento é capaz de digitalizar em 3 dias, operando 4 horas e 30 minutos diá-
rios para esse fim, é igual a

a) 2.666.
b) 2.160.
c) 1.215.
30
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d) 1.500.
e) 1.161.

Primeiro vamos passar para minutos:


5h = 300min.
4h30min= 270min.
min.-----Dias-----Pag.
300 -------4-------1800
270 -------3-------X
Resolvendo, temos:

300 (Simplifica por 30)


1800
= 4· 270 (Simplifica por 30)
X 3

1800
= 4 · 10
X 3 9

4 · X · 10 = 1800 · 3 · 9
X = 1215 páginas que esse mesmo equipamento é capaz de digitalizar. Resposta: Letra C.

7. (VUNESP – 2016) Em uma fábrica, 5 máquinas, todas operando com a mesma capacidade de
produção, fabricam um lote de peças em 8 dias, trabalhando 6 horas por dia. O número de dias
necessários para que 4 dessas máquinas, trabalhando 8 horas por dia, fabriquem dois lotes des-
sas peças é

a) 11.
b) 12.
c) 13.
d) 14.
e) 15.

5 máquinas -------1 lote --------- 8 dias ------------ 6 horas

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


4 máquinas -------2 lotes --------x dias -------------8 horas
Quanto mais dias para entrega do lote, menos horas trabalhadas por dia (inversa), menos
máquinas para fazer o serviço (inversa) e mais lotes para serem entregues (direta).
Resolvendo:
8/x = 1/2 · 8/6 · 4/5 (simplifique 8/6 por 2)
8/x = 1/2 · 4/3 · 4/5
8/x = 16/30 (simplifique 16/30 por 2)
8/x = 8/15
8x = 120
x = 120/8
x = 15 dias. Resposta: Letra E.

31
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8. (CEBRASPE-CESPE – 2018) No item a seguir é apresentada uma situação hipotética, seguida
de uma assertiva a ser julgada, a respeito de proporcionalidade, divisão proporcional, média e
porcentagem.
Todos os caixas de uma agência bancária trabalham com a mesma eficiência: 3 desses caixas
atendem 12 clientes em 10 minutos. Nessa situação, 5 desses caixas atenderão 20 clientes em
menos de 10 minutos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

3 caixas – 12 clientes – 10 minutos


5 caixas – 20 clientes – x minutos.
10 5 12
= #
X 3 20

5 · 12 · X = 10 · 3 · 20
60x = 600
X = 10.
Os 5 caixas atenderão em exatamente 10 minutos, não em menos de 10, como a questão afir-
ma. Resposta: Errado.

9. (VUNESP - 2020) Das 9 horas às 15 horas, de trabalho ininterrupto, 5 máquinas, todas idênticas e
trabalhando com a mesma produtividade, fabricam 600 unidades de determinado produto. Para
a fabricação de 400 unidades do mesmo produto por 3 dessas máquinas, trabalhando nas mes-
mas condições, o tempo estimado para a realização do serviço é de

a) 5 horas e 54 minutos
b) 6 horas e 06 minutos.
c) 6 horas e 20 minutos.
d) 6 horas e 40 minutos.
e) 7 horas e 06 minutos.

Das 9h às 15h = 6 horas = 360 min


360 min ------ 5 máquinas ----- 600 unidades (corta os zeros iguais)
x ------------- 3 máquinas ---- 400 unidades (corta os zeros iguais)
360 3 6
= ·
X 5 4

x · 3 · 6 = 360 · 5 · 4
x · 18 = 7.200
x = 7.200 ÷ 18
x = 400
Logo, transformando minutos para horas novamente, temos:
X = 400min
32
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X = 6h40min. Resposta: Letra D.

10. (VUNESP - 2020) Em uma fábrica de refrigerantes, 3 máquinas iguais, trabalhando com capaci-
dade máxima, ligadas ao mesmo tempo, engarrafam 5 mil unidades de refrigerante, em 4 horas.
Se apenas 2 dessas máquinas trabalharem, nas mesmas condições, no engarrafamento de 6 mil
unidades do refrigerante, o tempo esperado para a realização desse trabalho será de

a) 6 horas e 40 minutos.
b) 6 horas e 58 minutos.
c) 7 horas e 12 minutos.
d) 7 horas e 20 minutos.
e) 7 horas e 35 minutos.

3 máquinas ------------ 5 mil garrafas ------------ 4 horas


2 máquinas ------------ 6 mil garrafas ------------ x
Veja que se aumentar o tempo de trabalho quer dizer que serão engarrafados mais refri-
gerantes (direta) e se aumentar o tempo de trabalho quer dizer que são menos máquinas
trabalhando (inversa).
4 5000 2
= ·
X 6000 3

2·X·5=4·6·3
10X = 72
x = 7, 2 horas (7 horas + 0,2 horas = 7 horas + 0,2 · 60 min = 7 horas e 12 minutos)
Obs.: para transformar horas em minutos, basta multiplicarmos o número por 60 min. Logo,
0,2 horas = 0,2 · 60 = 120 ÷ 10 = 12 min. Resposta: Letra C.

MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES E PONDERADA

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES

A média aritmética é um valor que pode substituir todos os elementos de uma lista sem
alterar a soma dos elementos dessa lista. Considere que há uma lista de n números (x1, x2, x3,
..., xn). A soma dos termos desta lista é igual a (x1 + x2 + x3 + ... + xn).
Para calcular a média aritmética de uma lista de números, basta somar todos os elemen-
tos e dividir pela quantidade de elementos. Ou seja,

X = X1+X2+ ⋯ +Xn
n

Veja um exemplo: calcular a média aritmética dos números 5, 10, 15, 20, 50:

33
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5+10+15+20+50 100
X= = = 20
5 5
.

A média aritmética é igual a 20.

MÉDIA PONDERADA

Para o cálculo da média aritmética ponderada (em que levamos em consideração os pesos
de cada parte), devemos multiplicar cada parte pelo seu respectivo peso, somar tudo e dividir
pela soma dos pesos. Veja:

X = X1P1+X2P2+ ⋯ +XnPn
P1+P2+ ⋯ +Pn

Interpretando a fórmula, temos uma lista de números (x1, x2, x3, ..., xn) com pesos respecti-
vos (p1, p2, p3, ..., pn), então, a média aritmética ponderada é dada pela fórmula apresentada
acima.
Veja um exemplo: Um aluno prestou vestibular para Engenharia e realizou provas de
matemática, Física, Química, História e Biologia. Suponha que o peso de Matemática seja 4,
de Física seja 4, de Química seja 2, de História seja 1 e de Biologia seja 1. Suponha, ainda, que
o estudante obteve as seguintes notas:

MATÉRIAS NOTAS (XI) PESO (PI)


Matemática 9,7 4
Física 8,8 4
Química 7,3 2
História 6,0 1
Biologia 5,7 1

Vamos calcular a média ponderada das notas desse aluno:

9,7 · 4 + 8,8 · 4 + 7,3 · 2 + 6,0 · 1 + 5,7 · 1


X= 4+4+2+1+1

X = 38,8 + 35,2 + 14,6 + 6 + 5,7


12

100,3
X= = 8,3583...
12

34
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JUROS SIMPLES

A premissa que é a base da matemática financeira é a seguinte: as pessoas e as institui-


ções do mercado preferem adiantar os seus recebimentos e retardar os seus pagamentos.
Do ponto de vista estritamente racional, é melhor pagar o mais tarde possível caso não haja
incidência de juros (ou caso esses juros sejam inferiores ao que você pode ganhar aplicando
o dinheiro).
“Juros” é o termo utilizado para designar o “preço do dinheiro no tempo”. Quando você
pega certa quantia emprestada no banco, o banco te cobrará uma remuneração em cima do
valor que ele te emprestou, pelo fato de deixar você ficar na posse desse dinheiro por um
certo tempo. Esta remuneração é expressa pela taxa de juros.
Nos juros simples a incidência recorre sempre sobre o valor original. Veja um exemplo
para melhor entender.
Exemplo 1:
Digamos que você emprestou 1000,00 reais, em um regime de juros simples de 5% ao mês,
para um amigo e que o mesmo ficou de quitar o empréstimo após 5 meses. Então temos o
seguinte:

CAPITAL EMPRESTADO (1000,00) VALOR REAJUSTADO


1° mês = 1.000,00 1000,00 + (5% de 1.000,00) = 1050,00
2° mês = 1.050,00 1050,00 + (5% de 1.000,00) = 1100,00
3° mês = 1.100,00 1100,00 + (5% de 1.000,00) = 1150,00
4° mês = 1.150,00 1150,00 + (5% de 1.000,00) = 1200,00
5° mês = 1.200,00 1200,00 + (5% de 1.000,00) = 1250,00

Ao final do 5° mês você terá recebido 250,00 reais de juros.


Fórmulas utilizadas em juros simples

J=C·i·t

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


M=C+J

M = C · (1 + i ·J)

Onde,
J = juros
C = capital
i = taxa em percentual (%)
t = tempo
M = montante

35
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TAXAS PROPORCIONAIS E EQUIVALENTES

Para aplicar corretamente uma taxa de juros, é importante saber a unidade de tempo
sobre a qual a taxa de juros é definida. Isto é, não adianta saber apenas que a taxa de juros é
de “5%”. É preciso saber se essa taxa é mensal, bimestral, anual etc. Dizemos que duas taxas
de juros são proporcionais quando guardam a mesma proporção em relação ao prazo. Por
exemplo, 12% ao ano é proporcional a 6% ao semestre, e também é proporcional a 1% ao mês.

Basta efetuar uma regra de três simples. Para obtermos a taxa de juros bimestral, por
exemplo, que é proporcional à taxa de 12% ao ano:

12% ao ano ----------------------- 1 ano


Taxa bimestral ------------------ 2 meses

Podemos substituir 1 ano por 12 meses, para deixar os valores da coluna da direita na
mesma unidade temporal, temos:

12% ao ano ---------------------- 12 meses


Taxa bimestral ------------------ 2 meses

Efetuando a multiplicação cruzada, temos:

12% · 2 = Taxa bimestral · 12


Taxa bimestral = 2% ao bimestre

Duas taxas de juros são equivalentes quando são capazes de levar o mesmo capital inicial
C ao montante final M, após o mesmo intervalo de tempo.
Uma outra informação muito importante e que você deve memorizar é que o cálculo de
taxas equivalentes quando estamos no regime de juros simples pode ser entendido assim:
1% ao mês equivale a 6% ao semestre ou 12% ao ano, e levarão o mesmo capital inicial C ao
mesmo montante M após o mesmo período de tempo.

Importante!
No regime de juros simples, taxas de juros proporcionais são também taxas de juros
equivalentes.

Agora vamos treinar o que aprendemos na teoria com exercícios comentados de diversas
bancas. Vamos lá!

1. (FEPESE – 2018) Uma TV é anunciada pelo preço de R$ 1.908,00 para pagamento em 12 parce-
las de 159,00. A mesma TV custa R$ 1.410,00 para pagamento à vista. Portanto o juro simples
mensal incluído na opção parcelada é:

a) Menor que 2%.


b) Maior que 2% e menor que 2,5%.

36
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c) Maior que 2,5% e menor que 2,75%.
d) Maior que 2,75% e menor que 3%.
e) Maior que 3%.

1.908 – 1.410 = 498 (juros durante 12 meses)


J=C·i·t
498 = 1410 · 12 · i / 100
49.800 = 16.920i
i = 49.800/16.920
i = 2,94%. Resposta: Letra D.

2. (CEBRASPE-CESPE – 2018) Uma pessoa atrasou em 15 dias o pagamento de uma dívida de R$


20.000, cuja taxa de juros de mora é de 21% ao mês no regime de juros simples.
Acerca dessa situação hipotética, e considerando o mês comercial de 30 dias, julgue o item
subsequente.
No regime de juros simples, a taxa de 21% ao mês é equivalente à taxa de 252% ao ano.

( ) CERTO ( ) ERRADO

No regime simples, sabemos que taxas proporcionais são também equivalentes. Como temos
12 meses no ano, a taxa anual proporcional a 21%am é, simplesmente:
21% · 12 = 252% ao ano
Esta taxa de 252% ao ano é proporcional e também é equivalente a 21% ao mês. Portanto, o
item está certo. Resposta: Certo.

3. (FUNDATEC – 2020) Qual foi a taxa mensal de uma aplicação, sob regime de juros simples, de
um capital de R$ 3.000,00, durante 4 bimestres, para gerar juros de R$ 240,00?

a) 8%.
b) 5%.
c) 3%.

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


d) 2%.
e) 1%.

J = 240
C = 3.000
i=?
t = 4 bimestres, ou seja, 4 · 2 = 8 meses.
Substituindo:
J=C·i·t
240 = 3.000 · i · 8
240 = 24.000 · i
i = 240 / 24.000
i = 0,01 ou 1%
Resposta: Letra E.
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4. (VUNESP – 2020) Um capital de R$ 1.200,00, aplicado no regime de juros simples, rendeu R$
65,00 de juros. Sabendo-se que a taxa de juros contratada foi de 2,5% ao ano, é correto afirmar
que o período da aplicação foi de

a) 20 meses.
b) 22 meses.
c) 24 meses.
d) 26 meses.
e) 30 meses.

J = c. i. t/100
65 = 1.200 · 2,5 · t/100
65 = 30t
t = 65/30 · 12
t = 26 meses. Resposta: Letra D.

5. (IBADE – 2019) Juliana investiu R$ 5.000,00, a juros simples, em uma aplicação que rende 3%
ao mês, durante 8 meses. Passados 8 meses, Juliana retirou todo o dinheiro e investiu somente
metade em uma outra aplicação, a juros simples, a uma taxa de 5% ao mês por mais 4 meses. O
total de juros arrecadado por Juliana após os 12 meses foi:

a) R$ 1.200,00.
b) R$ 1440,00.
c) R$ 620,00.
d) R$ 1820,00.
e) R$ 240,00.

J=C·i·t
J= 5.000 · 0,03 · 8
J= 150 · 8
J = 1.200 de lucro
Montante do aplicado com lucro M= C + J
M = 5.000 + 1.200
M = 6.200 montante inicial e lucro
Nova aplicação de metade que lucrou 6.200 / 2 = 3.100
J=C·i·t
J = 3.100 · 0,05 · 4
J = 155 · 4
J = 620 lucro da nova aplicação
Somatório dos lucros:
M = 1.200 + 620 = 1.820 dos lucros. Resposta: Letra D.

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EQUAÇÃO DO 1º E 2º GRAUS

EQUAÇÃO DO PRIMEIRO GRAU

A forma geral de uma equação do primeiro grau é: ax + b = 0.


O termo “a” é o coeficiente de “x” e o termo “b” é chamado de termo independente.
Para resolver uma equação do 1º grau, devemos isolar todas as partes que possuem incóg-
nitas de um lado igual e, do outro, os termos independentes. Veja um exemplo:
10x = 5x + 20 (vamos achar o valor de “x”)
10x – 5x = 20 (passamos o “5x” para o outro lado do igual com o sinal trocado)
5x = 20
20
x = 5 (isolamos o “x” transferindo o seu coeficiente “5” dividindo)
x=4

O valor de x que torna a igualdade correta é chamado de “raiz da equação”. Uma equação
de primeiro grau sempre tem apenas 1 raiz. Veja que se substituirmos o valor encontrado de
“x” na equação ela ficará igual a zero em ambos os lados. Observe:

Para x = 4
10x = 5x + 20
10 · 4 = 5 · 4 + 20
40 = 40
40 – 40 = 0

EQUAÇÃO DO SEGUNDO GRAU

Equações do segundo grau são equações nas quais o maior expoente de x é igual a 2.
Sua forma geral é expressa por: ax2 + bx + c = 0, em que a, b e c são os coeficientes da
equação.

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


„ a é sempre o coeficiente do termo em x²;
„ b é sempre o coeficiente do termo em x;
„ c é sempre o coeficiente ou termo independente.

As equações de segundo grau têm 2 raízes, isto é, existem 2 valores de x que tornam a
igualdade verdadeira.

Cálculo das Raízes da Equação

Vamos achar as raízes por meio da fórmula de Bhaskara. Basta identificar os coeficientes
a, b e c e colocá-los na seguinte expressão:

2
–b ! b – 4ac
x= 2a
39
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Veja o sinal ± presente na expressão. É ele que permitirá obtermos dois valores para as
raízes, um valor utilizando o sinal positivo (+) e outro valor utilizando o sinal negativo (–).
Vamos aplicar em um exemplo:
Calcular as raízes da equação x2 – 3x + 2 = 0.
Identificando os valores de a, b e c:
a=1
b = –3
c=2

Substituindo na fórmula:

-b ! 2
b - 4ac
x=
2a

–(–3) ± √(–3)2 – 4 · 1 · 2
x=
2·1

3! 9-8
x=
2
3!1
x=
2
3+1
x1 = =2
2
3-1
x2 = =1
2

Na fórmula de Bhaskara, podemos usar um discriminante que é representado por “”. Seu
valor é igual a:

Δ = b2 – 4ac

Assim, podemos escrever a fórmula de Bhaskara:

-b ! D
x=
2a

O discriminante fornece importantes informações de uma equação do 2º grau:


Se Δ > 0 → a equação possui duas raízes reais e distintas.
Se Δ = 0 → a equação possui duas raízes reais e idênticas.
Se Δ < 0 → a equação não possui raízes reais.

Soma e Produto das Raízes

Basta saber que, em uma equação ax2 + bx + c = 0:

–b
z a soma das raízes é dada por a ;
c
z o produto das raízes é dado por a .

40
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Calcular as raízes da equação x2 – 3x + 2 = 0.
–b – (–3)
Soma: a = 1
=3
c 2
Produto: a
=
1
=2
Quais são os dois números que somados resultam “3” e multiplicados, “2”?
Soma: 3 = (2 + 1)
Produto 2 = (2 · 1)
Logo, 2 e 1 são as raízes dessa equação, exatamente igual como achamos usando a fórmula
de Bhaskara.

SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU

Em alguns casos, pode ser que tenhamos mais de uma incógnita. Imagine que um exercí-
cio diga que: x + y = 10.
Perceba que há infinitas possibilidades de x e y que tornam essa igualdade verdadeira: 2 e
8, 5 e 5, 15 e –5 etc. Por esse motivo, faz-se necessário obter mais uma equação envolvendo as
duas incógnitas para poder chegar nos seus valores exatos. Veja o exemplo:

*
x + y = 10

4x - y = 5

A principal forma de resolver esse sistema é usando o método da substituição. Este método
é muito simples, e consiste basicamente em duas etapas:

z isolar uma das variáveis em uma das equações;


z substituir essa variável na outra equação pela expressão achada no item anterior.

Vamos aplicar no nosso exemplo:


Isolando “x” na primeira equação:
x = 10 – y

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


Substituindo “x” na segunda equação por “10 – y”:
4(10 – y) – y = 5 (faz uma distributiva)
40 – 4y – y = 5
–5y = 5 – 40
–5y = –35 (multiplica por –1)
5y = 35
y=7
Logo, voltando na primeira equação, acharemos o valor de “x”.
x = 10 – y
x = 10 – 7
x=3
Assim, x = 3 e y = 7.

41
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Dica
Método da substituição:
� isolar uma das variáveis em uma das equações;
� substituir essa variável na outra equação pela expressão achada no item anterior.

Há um outro método para resolver um sistema de equação do 1º grau, que é o método da


adição (ou soma) de equações. Veja:

z multiplicar uma das equações por um número que seja mais conveniente para eliminar
uma variável;
z somar as duas equações, de forma a ficar apenas com uma variável.

Veja o exemplo:

*
x + y = 10

4x - y = 5

Nesse exemplo não vamos precisar fazer uma multiplicação, pois já temos a condição
necessária para eliminarmos o “y” da equação. Então devemos fazer apenas a soma das
equações. Veja:

*
x + y = 10

4x - y = 5

5x = 15

x=3

Substituindo o valor de “x” na primeira equação, achamos o valor de “y”:

x + y = 10
3 + y = 10
y = 10 – 3
y=7

Veja um outro exemplo em que vamos precisar multiplicar:

*
x + y = 10

x - 2y = 4

Multiplicando por –1 a primeira equação, temos:

(
- x - y = - 10
x - 2y = 4

42
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Fazendo a soma:

(
- x - y = - 10
x - 2y = 4

–3y = –6
–6
y = –3
y= 2

Substituindo o valor de “y” na primeira equação, achamos o valor de “x”:

x + y = 10
x + 2 = 10
x = 10 – 2
x=8
Exercite seus conhecimentos com alguns exercícios comentados.

1. (VUNESP – 2018) Em um concurso somente para os cargos A e B, cada candidato poderia fazer
inscrição para um desses cargos. Sabendo que o número de candidatos inscritos para o cargo
A era 3000 unidades menor que o número de candidatos inscritos para o cargo B, e que a razão
entre os respectivos números, nessa ordem, era igual a 0,4, então é verdade que o número de
candidatos inscritos para o cargo B correspondeu, do total de candidatos inscritos, a

3
a) 7
5
b) 9
4
c) 7
2
d) 3
5
e) 7

A = B – 3.000

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


A
b
= 0,4
A = 0,4B
Substituindo essa última equação na primeira, temos:
0,4B = B – 3.000
3.000 = B – 0,4B
3.000 = 0,6B
3.000
B = 0, 6
B = 5.000
Lembrando que A = 0,4B, podemos obter o valor de A:
A = 0,4 · 5.000
A = 2.000
Total: A + B = 5.000 + 2.000 = 7.000
43
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O número de inscritos para o cargo B, em relação ao total, será:
5.000 5
7.000
=
7
. Resposta: Letra E.

2. (FGV – 2017) O número de balas de menta que Júlia tinha era o dobro do número de balas de
morango. Após dar 5 balas de cada um desses dois sabores para sua irmã, agora o número de
balas de menta que Júlia tem é o triplo do número de balas de morango. O número total de balas
que Júlia tinha inicialmente era:

a) 42.
b) 36.
c) 30.
d) 27.
e) 24.

Me = 2 · Mo
Após dar 5 balas = Me – 5 e Mo – 5. Agora, as de menta são o triplo das de morango:
Me – 5 = 3 · (Mo – 5)
Me – 5 = 3 · Mo – 15
Me = 3 · Mo – 10
Na segunda equação podemos substituir Me por 2 · Mo.
2 · Mo = 3 · Mo – 10
10 = 3 · Mo – 2 · Mo
10 = Mo
O valor de Me é:
Me = 2 · Mo
Me = 2 · 10
Me = 20
Total: 10 + 20 = 30 balas. Resposta: Letra C.

RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS: TABELAS E GRÁFICOS

A apresentação de dados estatísticos por meio de tabelas e gráficos fazem parte do ramo da Esta-
tística Descritiva. Esta tem por objetivo descrever um conjunto de dados, resumindo as suas infor-
mações principais. Para isso, as tabelas e gráficos estatísticos são ferramentas muito importantes.

TABELAS

Para descrever um conjunto de dados, um recurso muito utilizado são tabelas, como essa
a seguir, referente à observação da variável “Sexo dos moradores de São Paulo”:

VALOR DA VARIÁVEL FREQUÊNCIAS (Fi)

Masculino 34
Feminino 26
44
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Observe que na coluna da esquerda colocamos as categorias de valores que a variável
pode assumir, ou seja, masculino e feminino, e na coluna da direita colocamos o número de
Frequências, isto é, o número de observações (ou repetições) relativas a cada um dos valores.
Veja, ainda, que foi analisada uma amostra de 60 pessoas, das quais 34 eram homens e 26
mulheres. Estes são os valores de frequências absolutas. Podemos, ainda, representar as fre-
quências relativas (percentuais): sabemos que 34 em 60 são 56,67%, e 26 em 60 são 43,33%.
Portanto, teríamos:

VALOR DA VARIÁVEL FREQUÊNCIAS RELATIVAS (Fri)


Masculino 56,67%
Feminino 43,33%

Note que a frequência relativa é dada por Fi / n, onde Fi é o número de frequências de


determinado valor da variável, e n é o número total de observações.
Agora, vamos analisar uma tabela onde a variável pode assumir um grande número de valo-
res distintos. Vamos representar na tabela a variável “Altura dos moradores de Campinas”:

VALOR DA VARIÁVEL FREQUÊNCIAS (Fi)

1,51m 12
1,54m 17
1,57m 4
1,60m 2
1,63m 10
1,67m 5
1,75m 13
1,81m 15
1,89m 2

Quando isto acontece, é importante resumir os dados de maneira que fique mais fácil para uma

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


leitura e interpretação da tabela. Na ocasião, vamos criar intervalos que chamaremos de “Classes”.

CLASSE FREQUÊNCIAS (FI)


1,50 | - 1,60 33
1,60 | - 1,70 17
1,70 | - 1,80 13
1,80 | - 1,90 17

O símbolo “|” significa que o valor que se encontra ao seu lado está incluído na classe. Por
exemplo, 1,50 | - 1,60 nos indica que as pessoas com altura igual a 1,50 são contadas entre as
que fazem parte dessa classe, porém as pessoas com exatamente 1,60 não são contabilizadas.
Veja novamente a última tabela, agora com a coluna de frequências absolutas acumuladas
à direita: 45
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CLASSE FREQUÊNCIAS (FI) FREQUÊNCIAS ABSOLUTAS
ACUMULADAS (FCA)
1,50 | - 1,60 33 33
1,60 | - 1,70 17 50
1,70 | - 1,80 13 63
1,80 | - 1,90 17 80

A coluna da direita exprime o número de indivíduos que se encontram naquela classe ou


abaixo dela. Ou seja, o número acumulado de frequências do valor mais baixo da amostra
(1,50m) até o valor superior daquela classe. Perceba que, para obter o número 50, bastou
somar 17 (da classe 1,60| - 1,70) com 33 (da classe 1,50| - 1,60). Isto é, podemos dizer que 50
pessoas possuem altura inferior a 1,70m (limite superior da última classe). Analogamente, 63
pessoas possuem altura inferior a 1,80m.

GRÁFICOS ESTATÍSTICOS

Uma outra maneira muito utilizada para a Estatística Descritiva são os gráficos. Vejamos
a seguir alguns tipos.

Colunas ou Barras Justapostas

Utilizamos o gráfico de colunas ou barras justapostas para dados agrupados por valor ou
por atributo. Vamos supor que estamos interessados nas idades de alguns alunos. O gráfico
relaciona as idades com as respectivas frequências.

Idade X Frequência
25

20
Frequência Absoluta Simples

15

10

0
20 23 27 30 33

Agora suponha, por exemplo, que queremos saber a cidade natal de alguns alunos. Como
algumas cidades possuem nomes muito grandes, poderíamos optar em usar um gráfico de
barras justapostas. Veja:

46
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Cidade Natal X Frequência

Salvador

Florianópolis

Rio de Janeiro

São Paulo

0 2 4 6 8 10 12 14

Gráfico de Setores (ou de Pizza)

Esse gráfico tem a vantagem de mostrar rapidamente a relação com o total de observa-
ções. Vamos supor que analisamos as notas trimestrais de alguns alunos. Veja como fica a
disposição usando o gráfico de pizza.

Média de Notas Escolares Trimestrais

Gráfico de Linha

São mais utilizados nas representações de séries temporais. Vamos analisar a evolução

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


de um ano para o outro, se houve um crescimento ou um decréscimo no número de alunos
dentre as séries que estão em evidência para estudo dentro da escola. Observe:

Evolução anual no número de alunos do sétimo ao nono anos


35
30
25
20
15
10
5
0
2017 2018 2019 2020

sétimo ano oitavo ano nono ano

47
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Histograma

É muito utilizado na representação gráfica de dados agrupados em classes (distribuição


de frequências). Imagine que realizamos uma pesquisa sobre os salários dos funcionários de
uma empresa de cosméticos e obtivemos a seguinte distribuição de frequências:

SALÁRIOS EM MILHARES DE REAIS FREQUÊNCIA


10 – 15 15
15 – 20 17
20 – 25 13
25 - 30 7

Esses dados podem ser resumidos com um histograma, como mostra o gráfico a seguir.

Salário dos Funcionários da Empresa de Cosméticos X Em Milhares de


Reais
18

16

14

12

10

0
(10 - 15) (15 - 20) (20 - 25) (25 - 30)

É importante destacar que a área de cada retângulo é proporcional à frequência.

SISTEMAS DE MEDIDAS USUAIS

ASPECTOS GERAIS

Quando estudamos o sistema de medidas, nos atentamos ao fato de que ele serve para
quantificar dimensões que podem ter uma variação gigantesca. Porém, existem as conver-
sões entre as unidades para uma melhor interpretação e leitura.

Medidas de Comprimento

A unidade principal tomada como referência é o metro. Além dele, temos outras seis uni-
dades diferentes que servem para medir dimensões maiores ou menores. A conversão de
unidades de comprimento segue potências de 10. Veja o esquema abaixo:

48
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km hm dam m dm cm mm
(quilômetro) (hectômetro) (decâmetro) (metro) (decímetro) (centímetro) (milímetro)

×10 ×10 ×10 ×10 ×10 ×10

Km hm dam m dm cm mm

:10 :10 :10 :10 :10 :10

Exemplo: Converter 5,3 metros para centímetros:


Para sair do metro e chegar no centímetro devemos multiplicar por 100 (10x10), pois
“andamos” duas casas até chegar em centímetro. Logo,

5,3m = 5,3 x 100 = 530 cm.

Medidas de Área (Superfície)

A unidade principal tomada como referência é o metro quadrado. Além dele, temos outras
seis unidades diferentes que servem para medir dimensões maiores ou menores. A conver-
são de unidades de superfície segue potências de 100. Veja o esquema a seguir:

km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2


(quilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (milímetro
quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado)

×100 ×100 ×100 ×100 ×100 ×100

Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2

:100 :100 :100 :100 :100 :100

Exemplo: Converter 5,3 m2 para cm2:


Para sair do metro quadrado e chegar no centímetro quadrado devemos multiplicar por
10000 (100x100), pois “andamos” duas casas até chegar em centímetro quadrado. Logo, 5,3m2

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


= 5,3 x 10000 = 53000 cm2.

Medidas de Volume (Capacidade)

A unidade principal tomada como referência é o metro cúbico. Além dele, temos outras
seis unidades diferentes que servem para medir dimensões maiores ou menores. A conver-
são de unidades de superfície segue potências de 1000. Veja o esquema a seguir

49
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km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
(quilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (milímetro
cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico)

×1.000×1.000×1.000×1.000×1.000 ×1.000

Km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3

:1.000 :1.000 :1.000 :1.000 :1.000 :1.000

Exemplo: Converter 5,3 m3 para cm3:


Para sair do metro cúbico e chegar no centímetro cúbico devemos multiplicar por 1000000
(1000x1000), pois “andamos” duas casas até chegar em centímetro cúbico. Logo,

5,3m3 = 5,3 x 1000000 = 5300000 cm3.

Veja, agora, algumas relações interessantes e que você precisa ter em mente para resolver
a diversas questões.

UNIDADE RELAÇÃO DE UNIDADE


1 quilograma (kg) 1000 gramas (g)
1 tonelada (t) 1000 quilogramas (kg)
1 litro (l) 1 decímetro cúbico (dm3)
1 mililitro (ml) 1centímetro cúbico (cm3)
1 hectare (ha) 1 hectômetro quadrado (hm2)
1 hectare (ha) 10000 metros quadrados (m2)

Medidas de Tempo

Medindo intervalos de tempos temos (hora – minuto – segundo) que são os mais conheci-
dos. Veja como se faz a relação nessa unidade.
Para transformar de uma unidade maior para a unidade menor, multiplica-se por 60. Veja:

1 hora = 60 minutos
h = 4 x 60 = 240 minutos

Para transformar de uma unidade menor para a unidade maior, divide-se por 60. Veja:

20 minutos = 20 / 60 = 2/6 = 1/3 da hora ou 1/3h.

Para medir ângulos a unidade básica é o grau. Temos as seguintes relações:

1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)


1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”)

50
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Aqui vale fazer uma observação que os minutos e os segundos dos ângulos não são os mes-
mos do sistema (hora – minuto – segundo). Os nomes são semelhantes, mas os símbolos que
os indicam são diferentes, veja:

1h32min24s é um intervalo de tempo ou um instante do dia.


1º 32’ 24” é a medida de um ângulo.

Medidas de Massa

As unidades a seguir são as mais utilizadas quando estamos trabalhando a massa de uma
matéria. Veja quais são:

z tonelada (t);
z quilograma (kg);
z grama (g) e;
z miligrama (mg).

Vamos tomar como base as relações a seguir para converter uma unidade em outra.

Observe:

z 1 t = 1000 kg (uma tonelada tem mil quilogramas);


z 1 kg = 1000 g (um quilograma tem mil gramas);
z 1 g = 1000 mg (uma grama tem mil miligramas).

Observe o exemplo a seguir de uma conversão:

Vamos transformar 3,5 kg em gramas.


Sabemos que 1 kg equivale a 1000 gramas, logo:

1 kg — 1000 g
3,5 Kg — x
x = 3,5 × 1000

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


x = 3500 g

Então, podemos dizer que 3,5 kg equivalem a 3500g.

Medidas de Temperatura

O instrumento para a medição de temperatura é o termômetro, que é um tubo graduado


com um líquido em seu interior (mercúrio ou álcool). As escalas mais comuns para medir
temperatura são:

z Celsius: medida em graus centígrados;


z Kelvin: medido em Kelvin;
z Fahrenheit: medida em graus Fahrenheit.
51
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As conversões entre essas escalas termométricas são dadas pelas fórmulas a seguir:

„ de graus Celsius para Kelvin: TK = ToC + 273;


„ de graus Celsius para Fahrenheit: ToC / 5 = (ToF-32) / 9.

Veja os exemplos a seguir:

Exemplo 1: transformar 250 K para °C:

TK = ToC + 273
250 = ToC + 273
ToC = 273 – 250
ToC = –23°

Exemplo 2: transformar 85 oC para oF:

ToC / 5 = (ToF-32) / 9
85/5 = (ToF-32) / 9
17 = (ToF-32) / 9
17 × 9 = ToF-32
153 + 32 = ToF
ToF = 185°

Veja, agora, algumas relações que você precisar ter em mente para resolver diversas
questões:

UNIDADE RELAÇÃO DE UNIDADE


1 quilograma (kg) 1000 gramas (g)
1 tonelada (t) 1000 quilogramas (kg)
1 litro (l) 1 decímetro cúbico (dm3)
1 mililitro (ml) 1centímetro cúbico (cm3)
1 hectare (ha) 1 hectômetro quadrado (hm2)
1 hectare (ha) 10000 metros quadrados (m2)

Após olharmos toda a parte teórica, vamos resolver algumas questões de diversas bancas
que envolvem as grandezas de comprimento, volume, capacidade, tempo, massa, tempera-
tura e área.

1. (ENCCEJA – 2019) Tonel é um recipiente utilizado para armazenar líquidos. Uma vinícola utiliza
tonéis com capacidade de 1 000 litros cada um, para armazenar sua produção de 50 m³ de vinho.
Quantos tonéis serão necessários para armazenar toda a produção dessa vinícola?

a) 50.
b) 20.

52
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c) 5.
d) 2.

Para responder à questão, é necessário que lembremos da seguinte relação:


1 m³ = 1000 l. Logo, 50 m³ = 50000 l. Então, a quantidade de tonéis é de: 50000 / 1000 = 50
tonéis. Resposta: Letra A.

2. (ENCCEJA – 2019) De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
a produção brasileira de café, no segundo semestre de 2014, foi estimada em 47 milhões de
sacas de 60 kg cada.

Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 20 jul. 2014 (adaptado).

A produção brasileira de café, em milhão de quilogramas, segundo essa estimativa, foi de:

a) 107.
b) 282.
c) 2 420.
d) 2 820.

Para responder à questão, basta fazermos a seguinte multiplicação: 47 milhões × 60 kg.


Como a resposta é pedida em milhão de quilogramas, faremos uma multiplicação direta:
47 × 60 = 2820 milhões de quilogramas. Resposta: Letra D.

3. (ENCCEJA – 2018) Uma comunidade rural de um estado brasileiro possui 4 hectares de terra, em
forma quadrada, para plantação de cana. Sabe-se que 1 hectare equivale a uma área de 10 000
m2.
Dessa forma, a medida do lado, em metro, das terras dessa comunidade é:

a) 200.
b) 400.
c) 20 000.

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


d) 40 000.

Extraindo os dados, temos:


1ha ------ 10 000m2
4ha ------- x
x = 4 × 10000
x = 40 000 m2
Como o terreno é quadrado, então sabemos que sua área é calculada elevando um lado ao
quadrado, ou seja:
l2 = 40000
l = √40000
l = 200 metros.
Logo, a medida do lado é de 200 metros. Resposta: Letra A.
53
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4. (ENEM – 2020) É comum as cooperativas venderem seus produtos a diversos estabelecimentos.
Uma cooperativa láctea destinou 4 m3 de leite, do total produzido, para análise em um laborató-
rio da região, separados igualmente em 4 000 embalagens de mesma capacidade.
Qual o volume de leite, em mililitro, contido em cada embalagem?

a) 0,1
b) 1,0
c) 10,0
d) 100,0
e) 1 000,0

Vamos fazer as devidas conversões: 4 m3 = 4 × 103 dm3 = 4 000 dm3 = 4 000 litros
O volume de leite, em litros, contido em cada embalagem é (4000 litros) ÷ 4000 = 1 litro.
Logo, 1 litro = 1000 ml. Resposta: Letra E.

NOÇÕES DE GEOMETRIA

PERÍMETRO

Quando nos referimos ao perímetro de um polígono, estamos, na prática, indicando que


nosso interesse diz respeito à soma dos lados deste. Portanto, para calcular o perímetro de
um polígono qualquer, basta somar o valor dos lados.

FORMA E ÁREA

Retângulo

Chamamos de retângulo um paralelogramo (polígono que tem 4 lados opostos paralelos)


com todos os ângulos internos iguais à 90°.

h h

Chamamos o lado “b” maior de base, e o lado menor “h” de altura.

54
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Área do Retângulo

Para calcularmos a área, vamos fazer a multiplicação de sua base (b) pela sua altura (h),
conforme a fórmula:

A=b×h

Exemplo: um retângulo com 10 centímetros de lado e 5 centímetros de altura, a área será:

A = 10cm × 5cm = 50cm2

Quando trabalhamos o conceito e cálculo de áreas das figuras geométricas, usamos a uni-
dade ao quadrado que no nosso exemplo tínhamos centímetros e passamos para centímetros
quadrados, que neste caso é a unidade de área.

Quadrado

Nada além de um retângulo no qual a base e a altura têm o mesmo comprimento, ou seja,
todos os lados do quadrado têm o mesmo comprimento, que chamaremos de L. Veja:

L L

A área também será dada pela multiplicação da base pela altura (b x h). Como ambas
medem L, teremos L x L, ou seja:

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


A = L2

Trapézio

Temos um polígono com 4 lados, sendo 2 deles paralelos entre si, e chamados de base
maior (B) e base menor (b). Temos, também, a sua altura (h) que é a distância entre a base
menor e a base maior. Veja na figura a seguir

55
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b

Conhecendo b, B e h, podemos calcular a área do trapézio por meio da fórmula abaixo:

A = (B + b) $ h
2

Losango

É um polígono com 4 lados de mesmo comprimento. Veja a seguir:

L L

L L

Para calcular a área de um losango, vamos precisar das suas duas diagonais: maior (D) e
menor (d) de acordo com a figura a seguir:

L L
d

D
L L

Assim, a área do losango é dada pela fórmula a seguir:

A= D$d
2

Paralelogramo

É um quadrilátero (4 lados) com os lados opostos paralelos entre si. Esses lados opostos
possuem o mesmo tamanho.

56
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b

A área do paralelogramo também é dada pela multiplicação da base pela altura:

A=b·h

Triângulo

Trata-se de uma figura geométrica com 3 lados. Veja-a a seguir:

a c

Para calcular a área do triângulo, é preciso conhecer a sua altura (h):

a c

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


b

O lado “b”, em relação ao qual a altura foi dada, é chamado de base. Assim, calcula-se a
área do triângulo utilizando a seguinte fórmula:

A= b$h
2

Vamos conhecer os tipos de triângulos existentes:

z Triângulo isósceles: é o triângulo que tem dois lados iguais. Consequentemente, os 2


ângulos internos da base são iguais (simbolizados na figura pela letra A):

57
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a a
c

A A
C

z Triângulo escaleno: é o triângulo que possui os três lados com medidas diferentes, tendo
também os três ângulos internos distintos entre si:

a B c

C A
b

z Triângulo equilátero: é o triângulo que tem todos os lados iguais. Consequentemente, ele
terá todos os ângulos internos iguais:

A
a a
h

A A
a

Podemos calcular a altura usando a seguinte fórmula:

a 3
h=
2

Para calcular a área do triângulo equilátero usando apenas o valor da medida dos lados
(a), usamos a fórmula a seguir:

2
a 3
A=
4

58
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z Triângulo retângulo: possui um ângulo de 90°.

B
c
a

Temos as seguintes nomenclaturas para cada lado do triângulo. Veja:


O ângulo marcado com um ponto é o ângulo reto (90º). Oposto a ele temos o lado “c” do
triângulo, que chamaremos de hipotenusa. Já os lados “a” e “b”, que são adjacentes ao ângulo
reto, são chamados de catetos.
O Teorema de Pitágoras nos dá uma relação entre a hipotenusa e os catetos, dizendo que a
soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa: a2 = b2 + c2.
Agora vamos falar sobre algumas métricas interessantes que estão presentes no triângulo
retângulo.

b h c

n m
C H B

Devemos nos atentar em relação a algumas fórmulas que são extraídas do triângulo acima
que poderão nos ajudar com a resolução de algumas questões. Veja quais são:

h2 = m · n

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


b2 = m · a
c2 = n · a
b×c = a · h

Essas fórmulas são chamadas de relações métricas do triângulo retângulo.

Círculo

Todos os pontos estão a uma mesma distância em relação ao centro do círculo ou circunfe-
rência. Chamamos de raio e geralmente é representada por “r”. Veja na figura a seguir:

59
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r

A área de um círculo é dada pela fórmula: A = π · r2. Na fórmula, a letra π (“pi”) representa
um número irracional que é, aproximadamente, igual a 3,14.
Vejamos um exemplo para calcular a área de um círculo com 10 centímetros de raio:

A = π · r2
A = π · (10)2
A = π · 100

Substituindo π por 3,14, temos:

A = 3,14 · 100 = 314cm2

O perímetro de uma circunferência que é a mesma coisa que o comprimento da circunfe-


rência é dado por:

C=2·π·r

Para exemplificar, vamos calcular o perímetro daquela circunferência com 10cm de raio:

C = 2 · 3,14 · 10
C = 6,28 · 10 = 62,8 cm

O diâmetro (D) de uma circunferência é um segmento de reta que liga um lado ao outro da
circunferência, passando pelo centro. Veja que o diâmetro mede o dobro do raio, ou seja, 2r.

D = 2r

Repare na figura a seguir:

C B

60
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Note que formamos uma região delimitada dentro do círculo. Essa região é chamada de setor
circular. Temos ainda um ângulo central desse setor circular simbolizado por α. Com base neste
ângulo, conseguimos determinar a área do setor circular e o comprimento do segmento de círculo
compreendido entre os pontos A e B. Sabemos que o ângulo central de uma volta completa no
círculo é 360º. E também sabemos a área desta volta completa, que é a própria área do círculo ( π
· r2). Vejamos como calcular a área do setor circular, em função do ângulo central “α”:

360° ---------------------- π · r2
α ------------------------- Área do setor circular

Logo, área do setor circular =


2
a $ rr
360c

Usando a mesma ideia, podemos calcular o comprimento do segmento circular entre os pontos
A e B, cujo ângulo central é “α” e que o comprimento da circunferência inteira é 2 πr. Confira abaixo:

360° --------------------- 2 πr
α -------------------------- Comprimento do setor circular

Logo, comprimento do setor circular =

a $ 2rr
360c

VOLUME

Paralelepípedo Reto-Retângulo e Cubo

c a

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


b
a a

O cubo é um caso particular do paralelepípedo reto-retângulo, ou seja, basta que iguale-


mos os valores de a = b = c.
Para calcular o volume de um paralelepípedo reto-retângulo, devemos multiplicar suas
três dimensões. Veja:

V=a·b·c

No caso do cubo, o volume fica:

V = a · a · = a3

As faces do paralelepípedo são retangulares, enquanto as faces do cubo são todas quadradas. 61
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A área total do cubo é a soma das 6 faces quadradas. Ou seja,

AT = 6a2

Agora, no paralelepípedo reto-retângulo, temos 2 retângulos de lados (a, b), dois retângulos
de lados (b, c) e dois retângulos de lados (b, c). Portanto, a área total de um paralelepípedo é:

AT = 2ab + 2ac + 2bc

Prismas

Vamos estudar os prismas retos, ou seja, aqueles que têm as arestas laterais perpendicula-
res às bases. Os prismas são figuras espaciais bem parecidas com os cilindros. O que os difere
é que a base de um prisma não é uma circunferência.
O prisma será classificado de acordo com a sua base. Por exemplo, se a base for um pentá-
gono, o prisma será pentagonal.

Prisma Prisma Prisma


Prisma triangular
Pentagonal Hexagonal Quadrangular

O volume para qualquer tipo de prisma será sempre o produto da área da base pela altura.
Veja:

V = Ab · h

A área total de um prisma será a soma da área lateral com duas bases.

AT = Al + 2Ab

Cilindro

Vamos estudar o cilindro reto cujas geratrizes são perpendiculares às bases. Observe a
figura a seguir:

base (círculo)

Geratriz

62
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A distância entre as duas bases é chamada de altura (h). Quando a altura do cilindro é
igual ao diâmetro da base, o cilindro é chamado de equilátero.

Cilindro equilátero: ℎ = 2r

A base do cilindro é um círculo. Portanto, a área da base do cilindro é igual a πr2.


Perceba que se “desenrolarmos” a área lateral e ““abrirmos” todo o cilindro, temos o
seguinte:

H H

R C

A área da superfície lateral do cilindro é igual a 2 · π·r·h e o volume do cilindro é o produto


da área da base pela altura: V = π · r2 · ℎ.

Esfera

Quando estamos estudando a esfera, precisamos lembrar que tudo depende e gira em tor-
no do seu raio, ou seja, é o sólido geométrico mais fácil de trabalhar.

O raio é simplesmente a distância do centro da esfera até qualquer ponto da sua superfície.
O volume da esfera é calculado usando a seguinte fórmula:

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


V = 4 $ rr3
3

E a área da superfície pela fórmula a seguir:

A = 4 · πr2

63
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Cone

Observe a figura a seguir:

Altura

Geratriz

Base

Vamos extrair algumas informações:


A base de um cone é um círculo, então a área da base é πr2.
Quando “abrimos” um cone, temos seguinte figura:

Temos, também, a área lateral que é dada pela fórmula πrg , onde “g” é o comprimento da
geratriz do cone.
Para calcularmos o volume de um cone, basta sabermos que equivale a 1/3 do produto
entre a área da base pela altura. Veja:

2
rr h
V=
3

Em um cone equilátero a sua geratriz será igual ao diâmetro, ou seja, 2r.

Pirâmides

A base de uma pirâmide poderá ser qualquer polígono regular, no caso estamos falando
apenas de pirâmides regulares.

Pirâmide Pirâmide Pirâmide


Triangular Quadrangular Pentagonal

64
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Pirâmide Pirâmide
Hexagonal Heptagonal

O segmento de reta que liga o centro da base a um ponto médio da aresta da base é deno-
minado “apótema da base”. Por sua vez, indicaremos por “m” o apótema da base. E o seg-
mento que liga o vértice da pirâmide ao ponto médio de uma aresta da base é denominado
“apótema da pirâmide”. Indicaremos por m′ o apótema da pirâmide. Veja:

m'

m k

Considere “k” a medida de um lado da base da pirâmide e considere “n” a quantidade de


lados dessa pirâmide. Mas se atente que a base não é um lado.
Sabendo que um lado da pirâmide será sempre um triângulo, temos que:
A área lateral da pirâmide é dada por:

(k $ m)
Aℓ = n·
2

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


A área total da pirâmide é dada por:

AT = Ab + Aℓ

O volume da pirâmide é calculado da mesma forma que o volume do cone: 1/3 do produto
da área da base pela altura. Veja:

V = Ab $ h
3

ÂNGULO

Ângulo é a medida de uma abertura delimitada por duas semirretas. Veja na figura a seguir
o ângulo A, que é a abertura delimitada pelas duas semirretas desenhadas:

65
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A

O ponto desenhado acima no encontro entre as duas semirretas é denominado “Vértice


do ângulo”. Um ângulo é medido de acordo com a sua abertura. Dizemos que uma abertura
completa mede 360 graus (360º). Veja:

Como 360o representam uma volta completa, 180º representam meia-volta, como você
pode ver a seguir

180°

Por sua vez, 90o representa metade de meia-volta, isto é, ¼ de volta. Esse ângulo é conhe-
cido como ângulo reto e tem uma representação bem característica:

90°

Os ângulos podem ser classificados quanto ao valor do ângulo em relação à 90°:

z Ângulos agudos: são aqueles ângulos inferiores à 90°. Ex.: 30o, 42o, 63o;
z Ângulos obtusos: são aqueles ângulos superiores à 90o. Ex.: 100o, 125o e 155o.

Observação: os ângulos de 0 e 180º são denominados de ângulos rasos.


Outra classificação de ângulos é em relação à medida:

z Ângulos congruentes: são congruentes (iguais) quando possuem a mesma medida;


z Ângulos complementares: são complementares quando a soma entre os ângulos é 90o.
Ex.: 60° + 30° = 90°. Os ângulos 30° e 60° são complementares um do outro;
z Ângulos suplementares: são suplementares quando a soma entre os ângulos é 180o. Ex.:
110° + 70° = 180°. Os ângulos 70° e 110° são suplementares entre si.
66
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A semirreta que divide um ângulo em duas partes iguais é denominada bissetriz. Veja:

A/2
A/2

Agora observe esse cruzamento de retas. Vamos tirar algumas conclusões interessantes.

C A
D

Os ângulos formados pelo cruzamento das retas são denominados ângulos opostos pelo
vértice e tem o mesmo valor, ou seja, A = C e B = D.
Os ângulos A e B são suplementares, pois a soma entre eles é de 180o, assim como a soma
dos ângulos B e C, C e D, e D e A.
Ângulos opostos pelo vértice têm a mesma medida.
Uma outra unidade de medida de ângulos é chamada de “radianos”. Dizemos que 180o
correspondem a π (“pi”) radianos. Vamos usar uma regra de três simples para convertermos
qualquer ângulo em radianos. Veja, vamos converter 60o para radianos:

180° ---------------------------------- π radianos


60° ------------------------------------ x radianos
180x = 60 π
60r r
x= = radianos
180 3

TEOREMA DE PITÁGORAS

O Teorema de Pitágoras diz que em todo triângulo retângulo, o quadrado da medida da

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


hipotenusa é igual à soma dos quadrados das medidas dos catetos. Ou seja, o quadrado do
lado oposto ao ângulo de 90° é igual à soma dos quadrados das medidas dos lados adjacentes
ao ângulo de 90º. Colocando em fórmula temos que: a² = b² + c².

a
c

A C
b

Triângulo Retângulo ABC.


67
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Vejamos um exemplo prático: você precisa construir uma rampa com 3 metros de altura
e com 5 metros de comprimento. Qual o valor, em metros, da distância x entre o ponto A e
ponto B?

3m 5m

A B
X

Perceba que o exercício nos fornece alguns dados: a hipotenusa é 5 m e um dos catetos
vale 3 m, então precisamos achar o valor do outro cateto. Sabemos que a² = b² + c², então,
substituindo os valores na fórmula temos que:

52 = 32 + x2 → 25 = 9 + x2 → 25 – 9 = x2 → x2 = 16 → x = 16 →x=4

Assim, concluímos que a distância x entre os pontos A e B corresponde a 4 metros.

RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES-PROBLEMA

1. (VUNESP – 2018) Uma praça retangular, cujas medidas em metros, estão indicadas na figura,
tem 160m de perímetro.

× + 20
Figura fora de escala

Sabendo que 70% da área dessa praça estão recobertos de grama, então, a área não recoberta
com grama tem

a) 450 m2.
b) 500 m2.
c) 400 m2.
d) 350 m2.
e) 550 m2.

Foi dado o perímetro dessa praça, que corresponde à soma de todos os lados. Logo:
2x + 2(x + 20) = 160
2x + 2x + 40 = 160
4x = 120
x = 30 m
68
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A área, portanto, será:
Área = 30 x (30 + 20)
Área = 30 x 50 = 1500 m²
Como 70% está recoberta por grama, 100 – 70 = 30% não é recoberta. Logo:
Área não recoberta = 0,3 x 1500 = 450 m². Resposta: Letra A.

2. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Os lados de um terreno quadrado medem 100 m. Houve erro na


escrituração, e ele foi registrado como se o comprimento do lado medisse 10% a menos que a
medida correta. Nessa situação, deixou-se de registrar uma área do terreno igual a

a) 20 m².
b) 100 m².
c) 1.000 m².
d) 1.900 m².
e) 2.000 m².

A área de um quadrado é L². Inicialmente os lados do quadrado deveriam medir L = 100 m,


portanto a área seria A = 100² = 10000 m². Porém, L foi registrado com 10% a menos, ou seja,
100 – 10% x 100 = 90 m. Logo, a área passou a ser 90² = 8100 m².
Então, a área que deixou de ser registrada foi de: 10000 – 8100 = 1900 m². Resposta: Letra D.

3. (IDECAN – 2018) A figura a seguir é composta por losangos cujas diagonais medem 6 cm e 4
cm. A área da figura mede

a) 48 cm2.
b) 50 cm2.

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


c) 52 cm2.
d) 60 cm2.
e) 64 cm2.

Sendo D e d as diagonais de um losango, sua área é dada por:


Área = D · d / 2 = 6 · 4 / 2 = 12cm2
Como ao todo temos 5 losangos, a área total é:
5 · 12 = 60cm2. Resposta: Letra D.

4. (IBFC – 2017) A alternativa que apresenta o número total de faces, vértices e arestas de um
tetraedro é:

a) 4 faces triangulares, 5 vértices e 6 arestas.


b) 5 faces triangulares, 4 vértices e 6 arestas.
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c) 4 faces triangulares, 4 vértices e 7 arestas.
d) 4 faces triangulares, 4 vértices e 6 arestas.
e) 4 faces triangulares, 4 vértices e 5 arestas.

Um tetraedro é uma figura formada por 4 faces apenas, veja:

a
a

C
A
a
a

Temos 4 vértices A, B, C e V. Também sabemos que temos 4 faces. O número de arestas pode
ser contado ou, então, obtido pela relação:
V+F=A+2
4+4=A+2
A = 6 arestas .
Resposta: Letra D.

5. (VUNESP – 2018) Em um reservatório com a forma de paralelepípedo reto retângulo, com 2,5 m
de comprimento e 2 m de largura, inicialmente vazio, foram despejados 4 m³ de água, e o nível da
água nesse reservatório atingiu uma altura de x metros, conforme mostra a figura.

2,5

Sabe-se que para enchê-lo completamente, sem transbordar, é necessário adicionar mais 3,5 m³
de água. Nessas condições, é correto afirmar que a medida da altura desse reservatório, indicada
por h na figura, é, em metros, igual a

a) 1,25.
b) 1,5.
c) 1,75.
d) 2,0.
e) 2,5.
70
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O volume total do reservatório é de 4 + 3,5 = 7,5m3. Usando a fórmula para calcular o volume,
ou seja,
Volume = comprimento x largura x altura
7,5 = 2,5 x 2 x h
3=2xh
h = 1,5m
Resposta: Letra B.

ESTRUTURA LÓGICA DAS RELAÇÕES ARBITRÁRIAS ENTRE PESSOAS,


LUGARES, COISAS E EVENTOS FICTÍCIOS

Neste tipo de conteúdo, intitulado “estrutura lógica de relações arbitrárias”, você nota-
rá a presença de situações diversas do mundo real, nas quais, a partir de um conjunto de
hipóteses, ou seja, informações previamente conhecidas, será requisitada uma informação
implícita ao problema.
Os enunciados irão fornecer o mínimo possível de afirmações sobre os objetos de estudo,
sejam frases de negação (do tipo “Maria não é a mais nova”), sejam afirmações (como “João
é o mais velho”).
Você perceberá, também, que frases de afirmação fornecem mais conclusões do que frases
negativas, uma vez que, no primeiro tipo, as relações são mutuamente excludentes — ou seja,
em um mesmo problema, se João é o mais velho, então ele não é o mais novo, não havendo
nenhuma outra pessoa mais velha do que ele.
Como, muitas vezes, os enunciados trazem uma gama de informações, recomenda-se o uso
de uma tabela simples que deve ser preenchida de acordo com as interpretações do proble-
ma. Cabe ressaltar, ainda, que a tabela não será completamente preenchida logo no primeiro
momento, no qual o uso da interpretação será necessário para a finalização dos exercícios.

Acompanhe os exemplos a seguir e perceba a construção da tabela com os indivíduos do


problema e suas possíveis características.

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


1. (FUNRIO — 2012) Os carros X, Y e Z possuem 100, 110 e 150 cavalos de potência, não necessa-
riamente nessa ordem. Sabe-se que um deles é de fabricação nacional e que os outros dois são
importados, sendo um de fabricação alemã e o outro de fabricação japonesa. Porém não se sabe
qual a correta associação entre carros e países de fabricação. No entanto, sabe-se que: o carro
X possui 100 cavalos de potência; o carro que possui 150 cavalos de potência é de fabricação
alemã; o carro que possui 110 cavalos de potência não é nacional; e que o carro Y não é de fabri-
cação japonesa.

Qual o país de fabricação e a potência do carro Y?

a) Alemanha e 150 cavalos.


b) Alemanha e 110 cavalos.
c) Japão e 100 cavalos.
d) Japão e 110 cavalos.
71
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e) Brasil e 100 cavalos.

Primeiramente, podemos dispor uma tabela simples com as características principais do


problema. Note que as marcações nas lacunas em destaque se referem às informações reti-
radas a partir do enunciado.
1º: o carro X possui 100 cavalos;
2º: se o carro de 150 cavalos é alemão e o de 110 não é nacional, então o de 110 cavalos só
pode ser japonês;
3º: se o carro Y não é japonês e o carro X tem 100 cavalos, então o alemão de 150 cavalos
será o carro Y.

100 110 150 Brasil Alemanha Japão


X V X X V X X
Y X X V X V X
Z X V X X X V

Portanto, o carro Y é de fabricação alemã e tem 150 cavalos. Resposta: Letra A.

2. (FUNRIO — 2012) André, Paulo e Raul possuem 30, 35 e 40 anos de idade, não necessariamente
nessa ordem. Eles são engenheiro, médico e psicólogo, porém não se sabe a correta associação
entre nomes e profissão. Sabe-se, porém, que André não tem 40 anos de idade nem é engenheiro,
que Paulo possui 35 anos de idade, que Raul não é médico, e que o médico não possui 30 anos
de idade.

Respectivamente, as profissões de André, Paulo e Raul são:

a) psicólogo, engenheiro e médico.


b) psicólogo, médico e engenheiro.
c) médico, psicólogo e engenheiro.
d) médico engenheiro e psicólogo.
e) engenheiro médico e psicólogo.

Novamente, podemos dispor uma tabela simples com as características principais do proble-
ma. Perceba que as marcações nas lacunas em destaque se referem às informações retiradas
a partir do enunciado.
1º: se André não tem 40 anos de idade e Paulo tem 35, então sobra apenas a idade de 30 anos
para André;
2º: se André não é engenheiro e o médico não tem 30 anos, então sobra apenas a profissão
de psicólogo para André;
3º: se Raul não é médico e André é psicólogo, então Raul é engenheiro, portanto Paulo é
médico.

72
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Enge- Psicó-
30 35 40 Médico
nheiro logo
André V X X X X V
Raul X X V V X X
Paulo X V X X V X

Respectivamente, as profissões de André, Paulo e Raul são de psicólogo, médico e engenheiro.


Resposta: Letra B.

DEDUZIR NOVAS INFORMAÇÕES DAS RELAÇÕES FORNECIDAS E AVALIAR AS


CONDIÇÕES USADAS PARA ESTABELECER A ESTRUTURA DAQUELAS RELAÇÕES

A dedução inicia-se a partir de uma certeza, uma premissa universal, com o objetivo de
alcançar uma conclusão, ou seja, ela se move do geral para o específico. Este método parte
de uma informação ampla para desvendar uma verdade específica. A segurança na conclu-
são é reforçada pelo uso de premissas já aceitas, proporcionando uma base sólida e ampla-
mente reconhecida.
Vejamos um exemplo para compreender melhor:
Todos os seres humanos são mortais.
Rômulo é um ser humano.
Logo, Rômulo é mortal.

Ao contrário da dedução, temos a indução, que se move do específico para o geral. Veja
o seguinte exemplo para compreender melhor:
Todas as maçãs que já comi eram doces.
A última maçã que comi era doce.
A maçã que comprei hoje também é doce.
Logo, todas as maçãs são doces.

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


SEQUÊNCIAS

REGULARIDADES DE UMA SEQUÊNCIA, NUMÉRICA OU FIGURAL, DE MODO A INDICAR


QUAL É O ELEMENTO DE UMA DADA POSIÇÃO

Sequências Numéricas

O tema em questão é abordado de maneira que, embora possa parecer simples, pode reve-
lar-se bastante complexo. O principal objetivo é descobrir a lei de formação ou o padrão da
sequência, pois, nas questões sobre sequências ou raciocínio sequencial, apresenta-se um
conjunto de dados dispostos de acordo com alguma “regra” implícita ou lógica de formação.
O desafio consiste em identificar essa “regra” para, a partir dela, encontrar outros termos da
mesma sequência. 73
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Veja o exemplo a seguir:

2, 4, 6, 8, ...

A primeira pergunta que podemos fazer para encontrar a lei de formação é: os números
estão aumentando ou diminuindo?
Caso eles estejam aumentando, devemos tentar as operações de soma ou multiplicação
entre os termos. Veja o nosso exemplo anterior: “2, 4, 6, 8, …”. Do primeiro termo para o
segundo, somamos o número dois e depois repetimos isso.

2+2=4
4+2=6
6+2=8

Logo, o nosso próximo termo será o número 10, pois 8 + 2 = 10.


Caso os números estejam diminuindo, podemos buscar uma lógica envolvendo subtrações
ou divisões entre os termos. Agora, observe esta outra sequência:

2, 3, 5, 7, 11, 13, ...

Qual é o seu próximo termo? Vários alunos tendem a dizer que o próximo termo é o 15,
mesmo tendo percebido que o 9 não está na sequência. A nossa tendência é relevar esse “pro-
bleminha” e marcar logo o valor 15. Muito cuidado! Como vimos, o padrão encontrado deve
ser capaz de explicar toda a sequência! Neste caso, estamos diante dos números primos —
sim, aqueles números que só podem ser divididos por eles mesmos ou, então, pelo número 1.
No caso, o próximo seria o 17, e não o 15. A propósito, os próximos números primos são: 17,
19, 23, 29, 31, 37...

SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS ALTERNADAS

É bem comum que apareçam questões envolvendo uma sequência que tem mais de uma
lei de formação. Podemos ter duas sequências que se alternam, como neste exemplo:

2, 5, 4, 10, 6, 15, 8, 20, ...

Uma análise minuciosa revela a presença de duas sequências numéricas alternadas. Na


primeira, somam-se duas unidades de um número para o seguinte. Na segunda, somam-se
cinco unidades de um número para o próximo. Veja:

z Primeira sequência: 2, 4, 6, 8, ...


z Segunda sequência: 5, 10, 15, 20, ...

SEQUENCIA FIGURAL

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As regularidades em uma sequência figural se referem a padrões visuais, regras ou rela-
ções sistemáticas que governam a transição de uma figura para a próxima em uma série de
elementos visuais. Essas regularidades podem ser identificadas com base em várias proprie-
dades das figuras, como forma, tamanho, orientação, cor e posição.
Há várias maneiras de se fazer a indicação de qual elemento está em uma dada posição.
Uma dessas maneiras seria por meio da observação. Veja o exemplo de sequência de imagens
abaixo:

Por meio da observação, poderíamos inferir que o 10º elemento seria um círculo, correto?
Contudo, se lhe pedisse para indicar qual figura estaria na posição 623, seria mais difícil de
identificar somente por meio da observação, certo? Então, como podemos identificar qual
elemento está nessa posição?
Iniciaremos identificando a posição solicitada, que, no caso do nosso exemplo, é a posição
623. Depois, identificaremos quantos elementos compõem a sequência, que, neste caso, são
três: um círculo, um triângulo e uma estrela. Em seguida, faremos a divisão da posição pelo
número de elementos, ficando da seguinte maneira:

6’23 3
–6 2
023 27
–21
2

O resto da divisão indica qual o elemento da posição. Em suma, na posição 623 encontra-
remos o segundo elemento, ou seja, encontraremos o triângulo.

Dica
Quando a divisão for exata, isto indicará que a sequência foi completa, com o elemento de

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


determinada posição sendo o último elemento da sequência.

Revise seus conhecimentos com o exercício comentado a seguir:

1. (FURB — 2019) Em um restaurante, usam-se mesas que comportam 4 cadeiras. Se juntarem


duas dessas mesas, consegue-se espaço para 6 cadeiras. Se juntarem três dessas mesas, o
espaço fica restrito a 8 cadeiras. A imagem a seguir ilustra essa situação:

Seguindo esse padrão, pode-se afirmar que a quantidade de mesas que se deve juntar para que
a quantidade de lugares disponíveis (cadeiras) seja igual a 22 é: 75
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a) 6
b) 15
c) 10
d) 12
e) 8

1 mesa — 4 cadeiras
2 mesas — 6 cadeiras
3 mesas — 8 cadeiras
4 mesas — 10 cadeiras
5 mesas — 12 cadeiras
6 mesas — 14 cadeiras
7 mesas — 16 cadeiras
8 mesas — 18 cadeiras
9 mesas — 20 cadeiras
10 mesas — 22 cadeiras
Resposta: Letra C.

2. (CONTEMAX — 2020) Considere o seguinte padrão de números

O número que substitui o símbolo “?” é

a) 25
b) 23
c) 32
d) 20
e) 28

Note o seguinte padrão:


1 + 2 = 3 (primeiro número da segunda coluna)
3 + 5 = 8 (primeiro número da terceira coluna)
8 + 12 = 20 (primeiro número da quarta coluna)
20 + 28 = 48 (primeiro número da quinta coluna)
Resposta: Letra E.

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3. (ACCESS — 2020) Observe a sequência infinita a seguir:

LOGICALOGICALOGICALOGICA...

A 2020ª letra dessa sequência é

a) C
b) A
c) L
d) O
e) I

Temos o ciclo “L O G I C A” com 6 elementos. Agora basta dividir a posição 2020 pela quanti-
dade de elementos do ciclo. Veja:
2020 / 6 = 336 + resto 4
Ou seja, temos 336 ciclos completos mais 4 elementos:
Resto 1 = L
Resto 2 = O
Resto 3 = G
Resto 4 = I (Gabarito)
Resposta: Letra E.

4. (INSTITUTO CONSULPLAN — 2019) Observe a sequência de palavras: OSSOS – NEVOEIRO –


DESENHO – JANTARES – FIBRILADOR – MILÍCIA – ABRIDOR –?–. A palavra que substitui corre-
tamente o ponto de interrogação é:

a) GARAPA.
b) MAMÃO.
c) JONATAS.
d) AGROPECUÁRIO.

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


A sequência apresentada segue um padrão em relação aos meses do ano. A primeira palavra
OSSOS, começa com letra “O”, mês de outubro; a segunda palavra NEVOEIRO, começa com
a letra “N”, mês de novembro....
OSSOS → Outubro
NEVOEIRO→ Novembro
DESENHO→ Dezembro
JANTARES→ Janeiro
FIBRILADOR→ Fevereiro
MILÍCIA→ Março
ABRIDOR→ Abril
? → Maio
O ponto de interrogação está associado ao mês de maio, deve ser substituído por uma pala-
vra que comece com a letra “M”, MAMÃO, das apresentadas nas opções.
Resposta: Letra B.
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5. (IBADE — 2019) A palavra MALOTE está para LOMAET, assim como CAMILO está para:

a) MIOLCA
b) MICAOL
c) CAOLMI
d) MILOCA
e) LOCAMI

Em relação à palavra MALOTE, foi invertida a ordem das duas primeiras sílabas (LOMA)
e invertida a ordem das duas últimas letras (ET). Basta seguir o mesmo raciocínio para a
palavra CAMILO, que fica: MICAOL.
Resposta: Letra B.

ESTRUTURAS LÓGICAS E LÓGICAS DE ARGUMENTAÇÃO

ESTRUTURA LÓGICA

A Negação com o Conectivo “Não”

Representação simbólica: (~p) ou (¬p).


Sabemos que o valor lógico de p e ~p é oposto, isto é, se p é uma proposição verdadeira, ~p
será falsa, e vice-versa. Exemplo:

p: Matemática é difícil.
(~p) ou (¬p): Matemática não é difícil.

Outras maneiras que podemos usar para negar uma proposição e que vêm aparecendo
muito nas provas de concursos são:

z Não é verdade que matemática é difícil;


z É falso que matemática é difícil.

Conjunção (Conectivo E)

Representação simbólica: ^. Exemplos:

z Na linguagem natural:

„ O macaco bebe leite e o gato come banana.

z Na linguagem simbólica:

„ p ^ q.

78
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Disjunção Inclusiva (Conectivo Ou)

Representação simbólica: v. Exemplos:

z Na linguagem natural:

„ Maria é bailarina ou Juliano é atleta.

z Na linguagem simbólica:

„ p v q.

Disjunção Exclusiva (Conectivo Ou...ou)

Representação simbólica: ⊻. Exemplos:

z Na linguagem natural:

„ Ou o elefante corre rápido ou a raposa é lenta.

z Na linguagem simbólica:

„ p ⊻ q.

Condicional (Conectivo Se e então)

Representação simbólica: →. Exemplos:

z Na linguagem natural:

„ Se estudar, então vai passar.

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


z Na linguagem simbólica:

„ p → q.

Bicondicional (Conectivo “Se e somente se”)

Representação simbólica: ⟷. Exemplo:

z Na linguagem natural:

„ Bino vai ao cinema se e somente se ele receber dinheiro.

79
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z Na linguagem simbólica:

„ p ⟷ q.

Agora vamos treinar o que aprendemos na teoria com exercícios comentados de diversas
bancas. Vamos lá!

1. (CEBRASPE-CESPE – 2018) As proposições P, Q e R a seguir referem-se a um ilícito penal envol-


vendo João, Carlos, Paulo e Maria:
P: “João e Carlos não são culpados”. Q: “Paulo não é mentiroso”. R: “Maria é inocente”.
Considerando que ~X representa a negação da proposição X, julgue o item a seguir.
A proposição “Se Paulo é mentiroso então Maria é culpada.” pode ser representada simbolica-
mente por (~Q)↔(~R).

( ) CERTO ( ) ERRADO

Veja que temos uma proposição condicional (se então) e a representação simbólica apresen-
tada é de uma bicondicional. Representação da condicional (). Resposta: Errado.

2. (CEBRASPE-CESPE – 2018) Julgue o seguinte item, relativo à lógica proposicional e à lógica de


argumentação.
A proposição “A construção de portos deveria ser uma prioridade de governo, dado que o trans-
porte de cargas por vias marítimas é uma forma bastante econômica de escoamento de merca-
dorias.” pode ser representada simbolicamente por P∧Q, em que P e Q são proposições simples
adequadamente escolhidas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

A representação simbólica apresentada para julgarmos é de uma conjunção e na questão foi


apresentada uma proposição composta pela condicional na forma “camuflada” dentro de
uma relação de causa e consequência “Dado que...”. Resposta: Errado.

3. (CEBRASPE-CESPE – 2018) Considere as seguintes proposições: P: O paciente receberá alta; Q:


O paciente receberá medicação; R: O paciente receberá visitas.
Tendo como referência essas proposições, julgue o item a seguir, considerando que a notação
~S significa a negação da proposição S.
A proposição ~P→[Q∨R] pode assim ser traduzida: Se o paciente receber alta, então ele não rece-
berá medicação ou não receberá visitas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

P: O paciente receberá alta;


~P: O paciente não receberá alta;
Q: O paciente receberá medicação;
R: O paciente receberá visitas.
80
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A proposição ~P→[QvR] pode assim ser traduzida:
Se o paciente não receber alta, então ele receberá medicação ou receberá visitas. Resposta:
Errado.

4. (CEBRASPE-CESPE – 2018) Julgue o item a seguir, a respeito de lógica proposicional.


A proposição “A vigilância dos cidadãos exercida pelo Estado é consequência da radicalização
da sociedade civil em suas posições políticas.” pode ser corretamente representada pela expres-
são lógica P→Q, em que P e Q são proposições simples escolhidas adequadamente.

( ) CERTO ( ) ERRADO

A vigilância dos cidadãos exercida pelo Estado é (verbo de ligação) consequência da radi-
calização da sociedade civil em suas posições políticas. Temos apenas um verbo e por esse
motivo é uma proposição simples. Cuidado com o uso da palavra “consequência” em propo-
sições como esta. Em determinadas situações, de fato, teremos uma proposição condicional,
vejamos:
Passar (verbo no infinitivo) é consequência de estudar (verbo no infinitivo)
Nesse caso, temos uma proposição composta pela condicional. Resposta: Errado.

5. (CEBRASPE-CESPE – 2016) Considerando os símbolos normalmente usados para representar


os conectivos lógicos, julgue o item seguinte, relativos a lógica proposicional e à lógica de argu-
mentação. Nesse sentido, considere, ainda, que as proposições lógicas simples sejam represen-
tadas por letras maiúsculas.
A sentença A fiscalização federal é imprescindível para manter a qualidade tanto dos alimentos
quanto dos medicamentos que a população consome pode ser representada simbolicamente
por P∧Q.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Para ser proposição composta, haveria mais de um verbo na frase, por isso, a frase em ques-
tão é considerada uma proposição simples. Procure o verbo na oração.

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


A fiscalização federal é imprescindível para manter a qualidade tanto dos alimentos quanto
dos medicamentos que a população consome. Resposta: Certo.

DIAGRAMAS LÓGICOS

Esse tema é diretamente ligado ao estudo dos quantificadores lógicos ou proposições cate-
góricas, que são elementos que especificam a extensão da validade de um predicado sobre
um conjunto de constantes individuais. Ou seja, são palavras ou expressões que indicam que
houve quantificação. São exemplos de quantificadores as expressões: existe, algum, todo,
pelo menos um, nenhum.
Esses quantificadores podem ser classificados em dois tipos:

z quantificador universal;
z quantificador existencial (particulares).
81
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Nos quantificadores universais temos todo e nenhum, já nos particulares temos pelo
menos um, existe um e o algum.
Agora, vamos estudar a representação de cada um dos quantificadores por meio dos dia-
gramas lógicos.

Quantificador Universal “Todo” (Afirmativo)

Exemplos:

z Todo A é B;
z Todo homem joga bola.

Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no exemplo, o do homem e o de jogar bola.
Vale lembrar que Todo A é B significa que todo elemento de A também é elemento de B. Logo,
podemos representar com o diagrama:

O conjunto A dentro do conjunto B

Quando Todo A é B é verdadeira, os valores lógicos das outras proposições categóricas,


interpretando os diagramas, serão os seguintes:

z Nenhum A é B: é falsa;
z Algum A é B: é verdadeira;
z Algum A não é B: é falsa.

Quantificador Universal “Nenhum” (Negativo)

Exemplos:

z Nenhum A é B;
z Nenhum homem joga bola.

Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no exemplo, o do homem e o de jogar bola.
Lembre-se de que Nenhum A é B significa que A e B não tem elementos em comum, logo,
temos apenas uma representação com diagrama:

A B

82 Não há intersecção entre o conjunto A e o conjunto B


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Quando Nenhum A é B é verdadeira, os valores lógicos das outras proposições categóri-
cas, interpretando o diagrama, serão os seguintes:

z Todo A é B: é falsa;
z Algum A é B: é falsa;
z Algum A não é B: é verdadeira.

Quantificador Particular (Afirmativo): Algum/Pelo Menos Um/Existe

Exemplos:

z Algum A é B;
z Algum homem joga bola.

Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no exemplo, o do homem e o de jogar bola.
Vale lembrar que Algum A é B significa que o conjunto A tem pelo menos um elemento em
comum com o conjunto B, ou seja, há intersecção entre os círculos A e B. Logo, podemos fazer
representações com diagramas:

A B

Os dois conjuntos possuem uma parte em comum

Veja que as representações de A e B possuem intersecção. Então, quando Algum A é B é


verdadeira, os valores lógicos das outras proposições categóricas, interpretando o diagrama,
serão os seguintes:

z Todo A é B: é indeterminada;

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


z Nenhum A é B: é falsa;
z Algum A não é B: é indeterminada.

Quantificador Particular (Negativo): Algum/Pelo Menos Um/Existe + a Partícula Não

Exemplos:

z Algum A não é B;
z Algum homem não joga bola.

Perceba que temos dois conjuntos envolvidos no exemplo, o do homem e o de jogar bola.
Vale lembrar que Algum A não é B significa que o conjunto A tem pelo menos um elemento
que não pertence ao conjunto B. Logo, podemos fazer representações com diagramas:

83
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Os dois conjuntos possuem uma parte em comum, mas não há contato de alguns elementos de A com B

Veja que em todas as representações o conjunto A tem pelo menos um elemento que não
pertence ao conjunto B. Então, quando Algum A não é B é verdadeira, os valores lógicos das
outras proposições categóricas, interpretando o diagrama, serão os seguintes:

z Todo A é B: é falsa;
z Nenhum A é B: é indeterminada;
z Algum A não é B: é indeterminada.

SILOGISMOS

O silogismo vem da Teoria Aristotélica dentro do raciocínio dedutivo. Geralmente é for-


mado por três proposições, em que, de duas delas (que funcionam como premissas ou ante-
cedente), extrai-se outra proposição (que é a sua conclusão ou consequente).Além disso,
podemos dizer que é um tipo especial de argumento.

Estrutura do Silogismo Categórico

z Premissa maior: geralmente é a primeira. Contém o termo maior (T), que é sempre o
predicado da conclusão e diz-nos qual é a premissa maior, da qual faz parte;
z Premissa menor: geralmente é a segunda. Contém o termo menor (t), que é sempre o
sujeito da conclusão e indica-nos qual é a premissa menor;
z Conclusão: identificamos por não conter o termo médio (M);
z Termo médio: estabelece a ligação entre o termo maior e termo menor. Aparece nas duas
premissas, mas nunca aparece na conclusão.

Veja os exemplos a seguir:


Exemplo 1:

z Todos os mamíferos são animais;


z Os cães são mamíferos;
z Logo, os cães são animais.

„ Termo maior: animais;


„ Termo menor: cães;
„ Termo médio: mamíferos.

84
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Exemplo 2:

z Todos os homens são mortais;


z Sócrates é homem;
z Logo, Sócrates é mortal.

„ Termo maior: mortais;


„ Termo menor: Sócrates;
„ Termo médio: homem.

REGRAS DO SILOGISMO CATEGÓRICO

Regras Relativas aos Termos

z 1ª regra: o silogismo tem três termos — o maior, o menor e o médio. Exemplos:

„ As margaridas são flores;


„ Algumas mulheres são Margaridas;
„ Logo, algumas mulheres são flores.

Veja que margaridas e Margaridas são termos equívocos. Não respeitamos esta regra,
porque esse silogismo tem quatro termos. O termo margaridas está empregado em dois sen-
tidos, valendo por dois termos;

z 2ª regra: se um termo está distribuído na conclusão, tem de estar distribuído nas premis-
sas. Exemplos:

„ Os espanhóis são inteligentes (predicado não distribuído);


„ Os portugueses não são espanhóis;
„ Logo, os portugueses não são inteligentes.

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


Menor extensão na conclusão do que nas premissas;

z 3ª regra: o termo médio nunca pode estar na conclusão. Exemplos:

„ Toda planta é ser vivo;


„ Todo animal é ser vivo;
„ Todo ser vivo é animal ou planta.

z 4ª regra: o termo médio tem de estar distribuído pelo menos uma vez. Exemplos:

„ Alguns (não distribuído) homens são ricos;


„ Alguns (não distribuído) homens são artistas;
„ Alguns artistas são ricos.

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Regras Relativas às Proposições

z 5ª regra: de duas premissas negativas, nada se pode concluir. Exemplos:

„ Nenhum palhaço é chinês;


„ Nenhum chinês é holandês;
„ Logo, (não se pode concluir).

Não se pode concluir se existe ou não alguma relação entre os termos “holandês” e “palha-
ço”, uma vez que não existe nenhuma relação entre estes e o termo médio (que é o único que
nos permite relacioná-los);

z 6ª regra: de duas premissas afirmativas, não se pode tirar uma conclusão negativa. Exemplos:

„ Todos os mortais são desconfiados;


„ Alguns seres são mortais;
„ Alguns seres não são desconfiados.

z 7ª regra: a conclusão segue sempre a parte mais fraca (particular e/ou negativa). Se uma
premissa for negativa, a conclusão tem de ser negativa, se uma premissa for particular, a
conclusão tem de ser particular. Exemplos:

„ Todos os homens são felizes;


„ Alguns homens são espertos;
„ Todos os espertos são felizes (a conclusão nunca pode ser geral).

z 8ª regra: de duas premissas particulares, nada se pode concluir. Exemplos:

„ Alguns italianos não são vencedores;


„ Alguns italianos são pobres;
„ Logo, (nada se pode concluir).

Pelo menos uma premissa tem de ser universal, para que possa existir ligação entre o ter-
mo médio e os outros termos e ser possível extrair uma conclusão.
Esquematizando!

REGRAS
PREMISSAS TERMOS
z De duas premissas negativas, nada se conclui z Todo silogismo contém somente três ter-
z De duas premissas afirmativas, não pode mos: maior, médio e menor
haver conclusão negativa z Os termos da conclusão não podem ter
z A conclusão segue sempre a premissa mais extensão maior que os termos das premissas
fraca z O termo médio não pode entrar na conclusão
z De duas premissas particulares, nada se z O termo médio deve ser universal ao menos
conclui uma vez
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Agora vamos treinar o que aprendemos na teoria com exercícios comentados de diversas
bancas. Vamos lá!

1. (FGV – 2019) Considerando que a afirmação “Nenhum pescador sabe nadar” não é verdadeira, é
correto concluir que

a) “Há, pelo menos, um pescador que sabe nadar”.


b) “Quem não é pescador não sabe nadar”
c) “Todos os pescadores sabem nadar”.
d) “Todas as pessoas que sabem nadar são pescadores”.
e) “Ninguém que sabe nadar é pescador”.

Veja que a questão pede a negação do quantificador “nenhum”, e, como já aprendemos, nun-
ca devemos negar o “nenhum” usando o quantificado “todo” e vice-versa. Sabendo disso,
podemos eliminar estrategicamente as alternativas C, D e E. Como temos um quantificador
universal negativo e sabemos que para negar precisamos de um particular afirmativo, só
nos resta a letra A como resposta, pois a letra B não está de acordo com a regra. Você tam-
bém poderia usar o lembrete “nenhum nega com PEA”. Resposta: Letra A.

2. (FUNDATEC – 2019) A negação da sentença “algum assistente social acompanhou o julgamen-


to” está na alternativa:

a) Algum assistente social não acompanhou o julgamento.


b) Todos os assistentes sociais acompanharam o julgamento.
c) Nem todos os assistentes sociais acompanharam o julgamento.
d) Nenhum assistente social acompanhou o julgamento.
e) Pelo menos um assistente social não acompanhou o julgamento.

A questão pede a negação do “algum” — quantificador particular afirmativo. Para fazer essa
negação, usamos um quantificador universal. Qual? O quantificador “nenhum”, pois o mes-
mo é universal negativo. Assim, a nossa sentença ficará:

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


p: “Algum assistente social acompanhou o julgamento”.
~p: “Nenhum assistente social acompanhou o julgamento”. Resposta: Letra D.

3. (FUNDATEC – 2019) Assinale a alternativa que corresponde à negação de “Todos os analistas de


tecnologia da informação são bons desenvolvedores”.

a) Pelo menos um analista de tecnologia da informação não é bom desenvolvedor.


b) Nenhum analista de tecnologia da informação é bom desenvolvedor.
c) Todos os analistas de tecnologia da informação não são bons desenvolvedores.
d) Alguns analistas de tecnologia da informação são bons desenvolvedores.
e) Todos os desenvolvedores não são analistas de tecnologia da informação.

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A negação do “todo” pode ser feita usando o lembrete que aprendemos: “todo nega com PEA
+ não”, em que PEA são as iniciais dos quantificadores lógicos particulares — “Pelo menos
um”/“Existe”/“Algum” — seguidos pelo modificador lógico “não”, deixando-os, assim, parti-
culares negativos. Logo,
p: “Todos os analistas de tecnologia da informação são bons desenvolvedores”
~p: “Pelo menos um/Existe/Algum analista de tecnologia da informação não é bom desenvol-
vedor. Resposta: Letra A.

4. (VUNESP – 2019) A alternativa que corresponde à negação lógica da proposição composta:


“todos os cantores são músicos e existe advogado que é cantor”, é:

a) Nenhum cantor é músico e não existe advogado que seja cantor.


b) Pelo menos um cantor não é músico ou não existe advogado que seja cantor.
c) Há cantores que são músicos e existe advogado que não é cantor.
d) Nenhum cantor é músico ou não existe advogado que seja cantor.
e) Pelo menos um cantor não é músico ou existe advogado que é cantor.

Só podemos negar um quantificador universal (“Todo”/“Nenhum”) com um quantificador


existencial (“Existe”/“Algum”/“Pelo menos um”). Assim, eliminamos as letras A, C e D, fican-
do apenas as letras B e E para análise. Segundo a Lei de Morgan, devemos trocar o “e” por
“ou” e negar tudo. Então, negando a proposição P ^ Q, fica ~ P v ~Q:
P: todos os cantores são músicos e (^)
Q: existe advogado que é cantor.
Negando:
~P: alguns cantores não são músicos (pelo menos um não é = algum não é) ou (v)
~Q: não existe advogado que é cantor. (Não existe = nenhum) “Pelo menos um cantor não é
músico ou não existe advogado que seja cantor”. Resposta: Letra B.

5. (VUNESP – 2019) Considere como verdadeira a proposição: “Nenhum matemático é não dialéti-
co”. Laura enuncia que tal proposição implica, necessariamente, que

I. Se Carlos é matemático, então ele é dialético.


II. Se Pedro é dialético, então é matemático.
III. Se Luiz não é dialético, então não é matemático.
IV. Se Renato não é matemático, então não é dialético.

Das implicações enunciadas por Laura, estão corretas apenas:

a) I e III.
b) I e II.
c) III e IV.
d) II e III.
e) II e IV.

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Você precisa lembrar das equivalências para responder essa questão.
� “Nenhum matemático é não dialético” equivale a “Todo Matemático é dialético”;
� “Todo Matemático é dialético” equivale a “Se é matemático, então é dialético”.
Agora, vamos analisar as afirmações feitas por Laura:
I. Se Carlos é matemático, então ele é dialético (correta, pois está de acordo com a equiva-
lência acima).
II. Se Pedro é dialético, então é matemático (incorreta, pois há dialéticos que não são
matemáticos).

Dialético

Mat.

III. Se Luiz não é dialético, então não é matemático (correta, pois todo matemático é dialéti-
co. Veja também que temos um dos casos de equivalência lógica do conectivo “se...então” — a
contrapositiva).

IV. Se Renato não é matemático, então não é dialético (incorreta, pois nem todo dialético é
matemático como vimos no diagrama da alternativa II). Resposta: Letra A.

VERDADES E MENTIRAS

Estamos diante de um assunto bem interessante, pois em “Verdades e Mentiras” você será
apresentado a um caso em que várias pessoas afirmam certas situações e entre elas existe
aquela que diz algo verdadeiro, mas também há aquela que só mente. Então, o seu dever é
entender o que o enunciado está querendo e achar quem são os mentirosos e os verdadeiros.
Em algumas questões, você terá que fazer um teste lógico e depois avaliar cada afirmação
que está disposta no enunciado. Caso não aconteça divergência entre as informações, sua
suposição estará correta e você conseguirá achar quem está falando a verdade ou mentindo.

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


Agora, se houver divergência, você terá que fazer uma nova suposição. Esse tema não tem
teoria, então, vamos aprender como resolver esse tipo de questão praticando bastante.

1. (FCC – 2012) Huguinho, Zezinho e Luizinho, três irmãos gêmeos, estavam brincando na casa de
seu tio quando um deles quebrou seu vaso de estimação. Ao saber do ocorrido, o tio perguntou
a cada um deles quem havia quebrado o vaso. Leia as respostas de cada um.

Huguinho → “Eu não quebrei o vaso!”


Zezinho → “Foi o Luizinho quem quebrou o vaso!”
Luizinho → “O Zezinho está mentindo!”

Sabendo que somente um dos três falou a verdade, conclui-se que o sobrinho que quebrou o
vaso e o que disse a verdade são, respectivamente,

89
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a) Huguinho e Luizinho.
b) Huguinho e Zezinho.
c) Zezinho e Huguinho.
d) Luizinho e Zezinho.
e) Luizinho e Huguinho.

Para esse tipo de questão, devemos buscar as informações contraditórias, pois numa con-
tradição haverá uma “verdade e mentira”. Sendo assim, o enunciado diz que somente um
dos três falou a verdade. Então, vamos analisar as informações contraditórias. Veja que as
afirmações de Zezinho e Luizinho se contradizem.
Zezinho → “Foi o Luizinho quem quebrou o vaso!”
Luizinho → “O Zezinho está mentindo!”
Não podemos afirmar quem disse a verdade ou quem mentiu ainda, mas já sabemos que quem
quebrou o vaso foi Huguinho (sobrou apenas mentira para quem não está na contradição).
Huguinho → “Eu não quebrei o vaso!” — mentiu, logo, ele quebrou o vaso.
Eliminamos as letras C, D e E. Agora, perceba que não tem como o Zezinho estar falando a
verdade, pois já sabemos que foi Huguinho quem quebrou o caso. Logo, Zezinho está mentin-
do e Luizinho falando a verdade. Resposta: Letra A.

2. (IF-PA – 2019) Ângela, Bruna, Carol e Denise são quatro amigas com diferentes idades. Quando
se perguntou qual delas era a mais jovem, elas deram as seguintes respostas:

z Ângela: Eu sou a mais velha;


z Bruna: Eu sou nem a mais velha nem a mais jovem;
z Carol: Eu não sou a mais jovem;
� Denise: Eu sou a mais jovem.

Sabendo que uma das meninas não estava dizendo a verdade, a mais jovem e a mais velha, res-
pectivamente, são:

a) Bruna é a mais jovem e Ângela é a mais velha.


b) Ângela é a mais jovem e Denise é a mais velha.
c) Carol é a mais jovem e Bruna é a mais velha.
d) Denise é a mais jovem e Carol é a mais velha.
e) Carol é a mais jovem e Denise é a mais velha.

Vamos analisar:
� Ângela: Eu sou a mais velha;
� Bruna: Eu sou nem a mais velha nem a mais jovem;
� Carol: Eu não sou a mais jovem;
� Denise: Eu sou a mais jovem.
Não tem como Carol e Denise estarem mentido, pois se Carol estiver mentindo, então ela é
a mais jovem e automaticamente a Denise estará mentindo também. E se a Denise estiver
mentindo e não for a mais jovem, teremos um cenário em que todas as meninas afirmam,
de uma forma ou de outra, que não são as mais jovens, e pelo menos uma delas tem que ser
90 a mais jovem. Como o enunciado diz que apenas uma delas está mentindo, podemos pensar
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que se Bruna estivesse mentindo, ela seria a mais velha e a mais jovem ao mesmo tempo,
o que é logicamente impossível em um grupo de quatro meninas. Sendo assim, a única que
poderia estar mentindo é a Ângela. Logo, Carol é a mais velha, Denise é a mais jovem. Res-
posta: Letra D.

3. (VUNESP – 2018) Paulo, Lucas, Sandro, Rogério e Vitor são suspeitos de terem furtado a bicicle-
ta de uma pessoa. Na delegacia:

z Vitor afirmou que não tinha sido nem ele nem Rogério;
z Sandro jurou que o ladrão era Rogério ou Lucas;
z Rogério disse que tinha sido Paulo;
z Lucas disse ter sido Paulo ou Vitor;
z Paulo termina dizendo que Sandro é um mentiroso.

Sabe-se que um e apenas um deles mentiu. Sendo assim, a pessoa que furtou a bicicleta foi

a) Lucas.
b) Sandro.
c) Rogério.
d) Vitor.
e) Paulo.

As frases de Paulo e Sandro são contraditórias. Veja:


Sandro jurou que o ladrão era Rogério ou Lucas.
Paulo termina dizendo que Sandro é um mentiroso.
Se um estiver falando a verdade, outro está mentindo. Como, ao todo, temos apenas uma
mentira, então as demais frases são verdadeiras. Assim, analisando as afirmações, percebe-
mos que a frase de Rogério (que é 100% verdade) deixa claro que o culpado foi Paulo. Res-
posta: Letra E.

4. (COLÉGIO PEDRO II – 2017) Na mesa de um bar estão cinco amigos: Arnaldo, Belarmino, Cleo-

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


cimar, Dionésio e Ercílio. Na hora de pagar a conta, eles decidem dividi-la em partes iguais. Cada
um deles deve pagar uma quota. O garçom confere o valor entregue por eles e nota que um deles
não entregou sua parte, consegue detê-los antes que deixem o bar e os interroga, ouvindo as
seguintes alegações:

I. Não fui eu nem o Cleocimar, disse Arnaldo;


II. Foi o Cleocimar ou o Belarmino, disse Dionésio;
III. Foi o Ercílio, disse Cleocimar;
IV. O Dionésio está mentindo, disse Ercílio;
V. Foi o Ercílio ou o Arnaldo, disse Belarmino.

Considerando-se que apenas um dos cinco amigos mentiu, pode-se concluir que quem não
pagou a conta foi?

91
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a) Arnaldo.
b) Belarmino.
c) Cleocimar.
d) Dionésio.
e) Ercílio.

São cinco amigos, e apenas um mente (quatro verdadeiros e um mentiroso). Analisando as


“falas” dos cinco amigos, já foi possível identificar a contradição. Repare no que dizem Dio-
nésio e Ercílio:
II. Foi o Cleocimar ou o Belarmino, disse Dionésio;
IV. O Dionésio está mentindo, disse Ercílio.
Logo, podemos afirmar que todas os outros dizem a verdade:
I. Não fui eu nem o Cleocimar, disse Arnaldo;
III. Foi o Ercílio, disse Cleocimar;
V. Foi o Ercílio ou o Arnaldo, disse Belarmino.
Aqui já achamos a nossa reposta, pois Cleocimar fala a verdade e disse que foi o Ercílio. Res-
posta: Letra E.

5. (FCC – 2017) Cássio, Ernesto, Geraldo, Álvaro e Jair são suspeitos de um crime. A polícia sabe que
apenas um deles cometeu o crime. No interrogatório, os suspeitos deram as seguintes declarações:

Cássio: Jair é o culpado do crime.


Ernesto: Geraldo é o culpado do crime.
Geraldo: Foi Cássio quem cometeu o crime.
Álvaro: Ernesto não cometeu o crime.

Jair: Eu não cometi o crime.

Sabe-se que o culpado do crime disse a verdade na sua declaração. Dentre os outros quatro suspeitos,
exatamente três mentiram na declaração. Sendo assim, o único inocente que declarou a verdade foi

a) Cássio.
b) Ernesto.
c) Geraldo.
d) Álvaro.
e) Jair.

Veja que as frases ditas por Cássio e Jair são contraditórias, ou seja, aqui temos uma verdade
e uma mentirA.
Cássio: Jair é o culpado do crime.
Jair: Eu não cometi o crime.
Se Cássio estiver falando a verdade, então Jair é culpado e disse a verdade como o enunciado
afirmou. Mas note que não podemos ter duas verdades como a situação apresentada nos
mostrou, pois é uma contradição. Logo, Jair foi quem disse a verdade e não foi quem cometeu
o crime, ou seja, é um inocente e falou a verdade. Resposta: Letra E.
92
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LÓGICA E RACIOCÍNIO LÓGICO: PROBLEMAS ENVOLVENDO LÓGICA E RACIOCÍNIO
LÓGICO

Dentro de toda a teoria que já foi estudada sobre os diversos conceitos de raciocínio lógico,
vamos agora resolver algumas questões que envolvem problemas com lógica e raciocínio.
Este tópico reúne diversos conceitos, tais como diagrama de Venn, associação lógica, equiva-
lências, negações etc.
Logo, devemos resolver questões para entendermos como são cobradas em provas.

1. (FUNDATEC – 2020) Em shopping da cidade, foram entrevistadas 320 pessoas para apurar quem
gosta de séries ou quem gosta de filmes. Dos dados levantados, tem-se que 256 gostam de
séries e 194 gostam de filmes. Sabendo que todos preferem pelo menos uma das duas opções e
que ninguém disse que não gosta de nada, quantas pessoas gostam de séries e filmes ao mes-
mo tempo?

a) 110.
b) 130.
c) 150.
d) 170.
e) 190.

Temos uma questão que relaciona os conceitos de conjuntos de Venn, pedindo a interseção.
Vamos somar todos os valores e descontar do total. Fica:
Total = 320.
Séries = 256.
Filmes = 194.
Resolução = 256 + 194 = 450 – 320 = 130 gostam de filmes e séries ao mesmo tempo. Resposta:
Letra B.

2. (FCC – 2019) Antônio, Bruno e Carlos correram uma maratona. Logo após a largada, Antônio
estava em primeiro lugar, Bruno em segundo lugar e Carlos em terceiro lugar. Durante a corrida

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


Bruno e Antônio trocaram de posição 5 vezes, Bruno e Carlos trocaram de posição 4 vezes e
Antônio e Carlos trocaram de posição 7 vezes. A ordem de chegada foi

a) Antônio (1º), Carlos (2º) e Bruno (3º).


b) Bruno (1º), Carlos (2º) e Antônio (3º).
c) Bruno (1º), Antônio (2º) e Carlos (3º).
d) Carlos (1º), Bruno (2º) e Antônio (3º).
e) Carlos (1º), Antônio (2º) e Bruno (3º).

Para resolver essa questão, basta saber que: se o número de trocas for par (não importa a
quantidade), as posições vão ser mantidas; se for ímpar (não importa a quantidade), serão
trocadas. Logo,
1º Antônio
2º Bruno
93
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3º Carlos
Bruno e Antônio trocaram 5 vezes  número ímpar, então, Antônio trocará de lugar com
Bruno: 1º Bruno 2º Antônio 3º Carlos
Bruno e Carlos trocaram 4 vezes  número par, cada um ficará no seu lugar: 1º Bruno 2º
Antônio 3º Carlos
Antônio e Carlos trocaram 7 vezes  número ímpar, então, Antônio trocará de lugar com
Carlos:
1º Bruno 2º Carlos 3º Antônio. Resposta: Letra B.

3. (VUNESP – 2019) Três moças, Ana, Bete e Carol, trabalham no mesmo ambulatório. Na segun-
da-feira, Ana chegou depois de Bete, e Carol chegou antes de Ana. Nesse dia, Carol não foi a
primeira a chegar no serviço.
A primeira, a segunda e a terceira moça a chegar no serviço nesse dia foram:

a) Bete, Ana e Carol.


b) Bete, Carol e Ana.
c) Ana, Carol e Bete.
d) Ana, Bete e Caro.
e) Carol, Bete e Ana.

Ana chegou depois de Bete  Então, Ana não foi a primeira a chegar, elimine as alternativas
C e D.
Carol chegou antes de Ana  Se Carol chegou antes de Ana, e Ana não foi a primeira a che-
gar, então Ana foi a última a chegar, elimine a alternativa A.
Carol não foi a primeira a chegar no serviço.  Já que Carol não foi a primeira a chegar, eli-
mine a alternativa E. Conclusões: 1º Bete, 2º Carol e 3º Ana.
Resposta: Letra B.

4. (IBADE – 2020) Numa avenida em linha reta, a agência dos correios fica entre a escola e o res-
taurante, e a escola fica entre o restaurante e a ótica. Então, conclui-se que:

a) a ótica fica entre o restaurante e a agência dos correios.


b) o restaurante fica a escola e agência dos correios.
c) a escola fica entre a agência dos correios e o restaurante.
d) a agência dos correios fica entre a ótica e a escola.
e) a escola fica entre a ótica e a agência dos correios.

Primeiro: Escola__Correios__Restaurante
Segundo: A escola fica entre o restaurante e a ótica.
Ótica__Escola__Correios__Restaurante
(A escola está entre a ótica e o restaurante, nessa representação). Resposta: Letra E.

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5. (CEBRASPE-CESPE – 2020) Seis amigos — Alberto, Bruno, Carla, Dani, Evandro e Flávio — estão
enfileirados, da esquerda para a direita, e dispostos da seguinte forma:

I. Bruno está em uma posição anterior à de Carla;


II. Carla está imediatamente após Dani;
III. Evandro não está antes de todos os outros, mas está mais próximo da primeira posição do que
da última;
IV. Flávio está em uma posição anterior à de Bruno;
V. Bruno não ocupa a quarta posição da fila.

Com base nessas informações, julgue o item a seguir, considerando a ordenação da esquerda
para a direita.
Bruno e Dani estão, necessariamente, em posições consecutivas.

( ) CERTO ( ) ERRADO

A primeira informação nos diz que Bruno está antes de Carla. Da esquerda para a direita:
____Bruno___Carla___
O espaço pode conter outros amigos ou não.
O item II deixa claro que Carla está logo após Dani, sem ninguém entre elas.
___Dani-Carla___
Juntando à anterior, fica:
___Bruno___Dani-Carla___
Item IV fala que Flávio está antes de Bruno:
__Flávio___ Bruno___ Dani-Carla___
Falta Alberto e Evandro, lembrando que só a Dani pode ser a quarta pessoa ou não:
Flávio – Evandro – Bruno – Alberto – Dani – Carla
Obedecendo todas as regras, o quarto pode ser Alberto ou Bruno, então, necessariamente
deixa o item errado, pois tem outra forma. Resposta: Errado.

ARGUMENTOS: VALIDADE DE UM ARGUMENTO/CRITÉRIO DE VALIDADE DE UM

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


ARGUMENTO

Em nosso estudo sobre argumentos lógicos, estaremos interessados em verificar se eles


são válidos ou inválidos. Então, passemos a seguir a entender o que significa um argumento
válido e um argumento inválido.

Argumentos Válidos

Também podem ser chamados de argumentos bem-construídos ou legítimos.


Para que o argumento seja válido, não basta que a conclusão seja verdadeira, é preciso
que as premissas e a conclusão estejam relacionadas corretamente, ou seja, quando a con-
clusão é uma consequência necessária das premissas, dizemos que o argumento é válido.

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Vamos analisar o exemplo:

z p1: Todo padre é homem;


z p2: José é padre;
z c: José é homem.

Quando temos argumentos utilizando os quantificadores lógicos, representamos por


meio dos diagramas lógicos para saber a validade de um argumento. Veja que temos uma
proposição do tipo Todo A é B, logo:

Homem

Padre

José

Perceba que a premissa 2 afirma que José é padre, ou seja, José tem que estar dentro do
conjunto dos padres. Sendo assim, como não há possibilidade de um padre não ser homem,
podemos afirmar que José também é homem, como afirma nossa conclusão. Logo, o argu-
mento é válido.
Vamos analisar agora um argumento usando conectivos lógicos. Quando temos essa
estrutura, devemos usar o seguinte lembrete:

z vamos afirmar que a conclusão é falsa e que as premissas são verdadeiras;


z vamos valorar de acordo com a tabela-verdade do conectivo envolvido no argumento;
z se der erro (não ficar de acordo com o padrão de valoração que afirmamos), dizemos que
o argumento é válido.

Veja na prática:

Se fizer sol, então vou à praia. (V)


Fez sol. (V)

Logo, vou à praia. (F)

Já fizemos o 1º passo, colocamos na frente de cada proposição os valores lógicos de acordo


com o nosso lembrete. Agora, vamos valorar! Veja que ir à praia é falso e fez sol é verda-
deiro. Colocamos os mesmos valores lógicos para proposição composta pelo conectivo “se...,
então” na primeira premissa. Assim,

(V) (F)
Se fizer sol, então vou à praia. (V)
Fez sol. (V)
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Logo, vou à praia. (F)

Como podemos notar, quando temos a combinação lógica verdade no antecedente e falso
no consequente (V  F) para o conectivo “se...,então”, o nosso resultado só poderá ser falso.

(V) (F)
Se fizer sol, então vou à praia. (V) (F)
Fez sol. (V)

Logo, vou à praia. (F)

Percebe-se, então, que não está de acordo com a nossa valoração inicial, ou seja, deu erro.
Logo, nosso argumento é válido.

ARGUMENTOS INVÁLIDOS

Também podem ser chamados de argumentos mal construídos, ilegítimos, sofismas ou


falaciosos.
Dizemos que um argumento é inválido quando a verdade das premissas não é suficiente
para garantir a verdade da conclusão. Vejamos um exemplo:
p1: Todas as crianças gostam de chocolate;
p2: Patrícia não é criança;
c: Portanto, Patrícia não gosta de chocolate.
Como já estudamos sobre esse tipo de estrutura de argumentos utilizando os quantificado-
res lógicos, vamos representar por meio dos diagramas lógicos para saber a validade de um
argumento. Veja que temos uma proposição do tipo “Todo A é B”, logo:

Gostam de chocolate

Crianças

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


Patrícia

Gostam de chocolate

Crianças

Patrícia

Não gostam de chocolate

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Quando a premissa 2 afirma que Patrícia não é criança, temos duas interpretações:

z Patrícia pode não ser criança e gostar de chocolate; ou


z ela pode não ser criança e não gostar de chocolate.

Sendo assim, não há possibilidade de afirmar com 100% de certeza que Patrícia não gosta
de chocolate, como consta na conclusão. Logo, o argumento é inválido.
Para um argumento usando conectivos lógicos, devemos usar o mesmo que já vimos para
argumentos válidos, só muda um detalhe. Veja:

z vamos afirmar que a conclusão é falsa e que as premissas são verdadeiras;


z vamos valorar de acordo com a tabela-verdade do conectivo envolvido no argumento;
z se não der erro (ficar de acordo com o padrão de valoração que afirmamos), dizemos que
o argumento é inválido.

Veja na prática:
Se o tempo ficar nublado, então não vou ao cinema. (V)
O tempo ficou nublado. (V)
Logo, vou ao cinema. (F)

Já fizemos o 1º passo, colocamos na frente de cada proposição os valores lógicos de acor-


do com o nosso lembrete. Agora, vamos valorar! Veja que ir ao cinema é falso e o tempo
ficar nublado é verdadeiro. Distribuímos os valores lógicos para proposição composta pelo
conectivo “se...então” na primeira premissa, de acordo com cada proposição. Perceba que
a proposição “não vou ao cinema” está negando o que está sendo dito na conclusão, ou seja,
mudamos o valor lógico dela. Assim,

(V) (V)

Se o tempo ficar nublado, então vou ao cinema. (V)


O tempo ficou nublado. (V)
Logo, vou ao cinema. (F)

Tudo que não estiver no padrão de combinação lógica — verdade no antecedente e falso
no consequente (V  F) para o conectivo “se...,então” — será verdadeiro.

(V) (V)
Se o tempo ficar nublado, então vou ao cinema. (V)
O tempo ficou nublado. (V)
Logo, vou ao cinema. (F)

Percebe-se, então, que o argumento está de acordo com a nossa valoração inicial, ou seja,
não deu erro. Logo, nosso argumento é inválido.

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Sabendo disso, guarde o esquema a seguir.

Deu erro Argumento Válido

Não deu Argumento


erro Inválido

Para podermos praticar um pouco mais sobre esse assunto, analisaremos algumas ques-
tões comentadas de concursos.

1. (FCC – 2018) Considere os dois argumentos a seguir:

I. Se Ana Maria nunca escreve petições, então ela não sabe escrever petições.
Ana Maria nunca escreve petições.
Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições.
II. Se Ana Maria não sabe escrever petições, então ela nunca escreve petições.
Ana Maria nunca escreve petições.
Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições.

Comparando a validade formal dos dois argumentos e a plausibilidade das primeiras premissas
de cada um, é correto concluir que

a) o argumento I é inválido e o argumento II é válido, mesmo que a primeira premissa de I seja


mais plausível que a de II.
b) ambos os argumentos são válidos, a despeito das primeiras premissas de ambos serem ou não
plausíveis.
c) ambos os argumentos são inválidos, a despeito das primeiras premissas de ambos serem ou
não plausíveis.
d) o argumento I é inválido e o argumento II é válido, pois a primeira premissa de II é mais plausível
que a de I.
e) o argumento I é válido e o argumento II é inválido, mesmo que a primeira premissa de II seja mais

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


plausível que a de I.

Começaremos pelo argumento II, para que você possa entender o “macete”.
Argumento II.
Se Ana Maria não sabe escrever petições (F), então ela nunca escreve petições (V). = verdadeiro
Ana Maria nunca escreve petições. = verdadeiro
Conclusão: Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições. = falso
Não deu erro. Portanto,argumento inválido.
Argumento I.
Se Ana Maria nunca escreve petições (verdadeiro), então ela não sabe escrever petições. (fal-
so) = verdadeiro. (falso)
Ana Maria nunca escreve petições. = verdadeiro
Conclusão: Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições. = falso.

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Ocorreu um erro! Pois no V  F = falso. Portanto, a premissa não teve como resultado
verdadeiro.
Se deu erro, então argumento válido. Logo,
Argumento I: válido. Argumento II: inválido.
Sabendo disso, já daria para excluir as alternativas A, B, C e D. Resposta: Letra E.

2. (FCC – 2019) Em uma festa, se Carlos está acompanhado ou está feliz, canta e dança. Se, na
última festa em que esteve, não dançou, então Carlos, necessariamente,

a) não estava acompanhado, mas estava feliz.


b) estava acompanhado, mas não estava feliz.
c) não estava acompanhado, nem feliz.
d) não cantou.
e) cantou.

Veja que precisamos achar uma conclusão para o argumento e podemos escrever a sentença
da seguinte maneira:
Temos a condicional:
(está acompanhado ou está feliz)  (canta e dança)
(P v Q)  (R ^ T)
Como a questão afirma que “dança” é falso, podemos dizer que o consequente “canta e dan-
ça” é falso, pois temos o conetivo “e” e basta um valor falso para que tudo seja falso. Assim,
o antecedente precisa ser falso também. Perceba, então, que temos o conetivo “ou” e que
tudo precisa ser falso para que tenhamos o resultado do antecedente falso. Assim, “não está
acompanhado e não está feliz”. Resposta: Letra C.

3. (FGV – 2019) Considere as afirmativas a seguir.

z “Alguns homens jogam xadrez”.


z “Quem joga xadrez tem bom raciocínio”.

A partir dessas afirmações, é correto concluir que

a) “Todos os homens têm bom raciocínio”.


b) “Mulheres não jogam xadrez”.
c) “Quem tem bom raciocínio joga xadrez”
d) “Homem que não tem bom raciocínio não joga xadrez”.
e) “Quem não joga xadrez não tem bom raciocínio”.

100
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Vamos desenhar os diagramas para facilitar a nossa chegada à conclusão:
Bom raciocínio

Joga xadrez

Homens

Agora, vamos analisar cada alternativa e interpretar os diagramas para achar nosso
gabarito.
a) “Todos os homens têm bom raciocínio”. Errado, pois alguns homens têm bom raciocínio.
b) “Mulheres não jogam xadrez”. Errado, pois a afirmação acima só fala de homens.
c) “Quem tem bom raciocínio joga xadrez” Errado, pois eu posso ter bom raciocínio e jogar
dama, cartas etc. Alguns que tem bom raciocínio jogam xadrez.
d) “Homem que não tem bom raciocínio não joga xadrez”. Certo, pois se o homem não tem
bom raciocínio nem adianta jogar xadrez. Quem joga xadrez tem bom raciocínio.
e) “Quem não joga xadrez não tem bom raciocínio”. Errado, pois eu posso jogar dama, cartas
e ter bom raciocínio. Resposta: Letra D.

4. (IDECAN – 2019) Se Davi é surfista, então Ana não é bailarina. Bruno não é jogador de futebol ou
Cinthia não é ginasta. Sabendo-se que Cinthia é ginasta e que Ana é bailarina, pode-se concluir
corretamente que

a) Bruno é jogador de futebol e Davi é surfista.


b) Bruno é jogador de futebol e Davi não é surfista.
c) Bruno não é jogador de futebol e Davi é surfista.
d) Se Bruno não é jogador de futebol, então Davi é surfista.
e) Bruno não é jogador de futebol e Davi não é surfista.

Lembre-se do que estudamos quando o enunciado não dá a valoração das premissas: tudo é

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


verdade!
Sabendo-se que Cinthia é ginasta (V) e que Ana é bailarina (V) podemos fazer a valoração das
outras premissas:
� Se Davi é surfista (F), então Ana não é bailarina (F). F  F = V
� Bruno não é jogador de futebol (V) ou Cinthia não é ginasta (F). V
� Cinthia é ginasta (V) e que Ana é bailarina (V). V
Devemos agora analisar as alternativas fazermos uso da tabela-verdade, ou seja, se resultar
verdade essa é a questão certa.
a) Bruno é jogador de futebol (F) e Davi é surfista (F). Falso
b) Bruno é jogador de futebol (F) e Davi não é surfista (V). Falso
c) Bruno não é jogador de futebol (V) e Davi é surfista (F). Falso
d) se Bruno não é jogador de futebol (V), então Davi é surfista (F). Falso
e) Bruno não é jogador de futebol (V) e Davi não é surfista (V). Verdade Resposta: Letra E.
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5. (IDECAN – 2019) Considere as premissas a seguir.

1) Se o instrumento está afinado, eu toco bem.


2) Se o público aplaude, eu fico feliz.
3) Se eu toco bem, consigo dinheiro.
4) Se eu consigo dinheiro, me caso ou compro uma bicicleta.

Sabendo-se que eu não me casei e não fiquei feliz, assinale a alternativa correta.

a) O público não aplaudiu.


b) O instrumento não estava afinado.
c) Eu não consegui dinheiro.
d) Eu não toquei bem.
e) Eu não comprei uma bicicleta.

Partimos da presunção de que todas as premissas são verdadeiras e sabe-se que eu não me
casei e não fiquei feliz, as duas são verdadeiras, ou seja, é a única certeza que a questão nos
mostra. Então, a partir dela, vamos valorando as demais:
1) Se o instrumento está afinado (?), eu toco bem (?). = V
2) Se o público aplaude (F), eu fico feliz (F). = V
3) Se eu toco bem (?), consigo dinheiro (?). = V
4) Se eu consigo dinheiro (?), me caso (F) ou compro uma bicicleta (V). = V
“não me casei (V) e não fiquei feliz (V)” = V
A) O público não aplaudiu — de acordo com o valor lógico da segunda proposição. Resposta:
Letra A.

HORA DE PRATICAR!
1. (VUNESP — 2023) Em um depósito há 2 pilhas com 5 caixas cada uma, 3 pilhas com 8 caixas
cada uma e 4 pilhas com 5 caixas cada uma. Como todas essas caixas são de um mesmo pro-
duto, elas foram reorganizadas e foram formadas somente 6 pilhas, cada pilha com o mesmo
número de caixas. O número de caixas de cada uma dessas 6 pilhas é

a) 9.
b) 8.
c) 7.
d) 6.
e) 5.

2. (VUNESP — 2023) Um padeiro assa uma fornada de pães salgados, uma de pães doces e uma
de pães de queijo às 6 horas da manhã. Em seguida, a cada duas horas, ele assa uma fornada
de pães salgados, a cada três horas uma de pães doces, e, a cada quatro horas, uma de pães de
queijo.

102
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Ele torna a assar as três fornadas juntas às

a) 12 horas.
b) 14 horas.
c) 15 horas.
d) 16 horas.
e) 18 horas.

3. (VUNESP — 2024) A reforma de um trecho de estrada foi planejada para acontecer no mês de
abril. Nos primeiros 6 dias desse mês, a cada dia, 3 km de estrada foram reformados, de maneira
que, depois desses 6 dias, 30% do trecho já estava reformado. Do sétimo dia em diante, foram
reformados, a cada dia, 3,5 km de estrada, sendo que a reforma do trecho terminou no mesmo
mês, no dia

a) 13.
b) 15.
c) 18.
d) 22.
e) 23.

4. (VUNESP — 2023) Disponibilizada pela Receita Federal em fevereiro deste ano, a tabela do
Imposto de Renda 2022 deve ser usada como parâmetro para entender quanto cada pessoa
deve pagar para o fisco. Sua separação é feita por faixas de renda e, para entendê-la, é importan-
te saber interpretá-la corretamente.

BASE DE CÁLCULO (MENSAL) ALÍQUOTA VALOR A DEDUZIR DO IR


até R$ 1.903,98 Isento R$ 0
de R$ 1.903,99 a R$ 2.826,65 7,5% R$ 142,80
de R$ 2.826,66 a R$ 3.751,05 15% R$ 354,80
de R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68 22,5% R$ 636,13

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


acima de R$ 4.664,68 27,5% R$ 869,36.

Depois de somar todos os rendimentos tributáveis recebidos mensalmente, a pessoa deve verifi-
car em qual faixa de renda se encontra. Basta fazer o seguinte cálculo: (rendimentos tributáveis
x percentual de alíquota) – valor a ser deduzido.

(uol.com.br, adaptado)

A chamada alíquota efetiva do IR difere da alíquota de faixa e é definida pela seguinte razão:

Imposto pago
Alíquota efetiva (%) = Ren dim entoTributaveis
· 100

Dessa forma, a alíquota efetiva de alguém que tenha rendimentos tributáveis mensais de R$10
mil será de, aproximadamente,
103
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a) 11,5%.
b) 16,1%.
c) 18,8%.
d) 23,1%.
e) 27,5%.

5. (VUNESP — 2024) Uma competição classifica em 1º lugar o ciclista que fizer o menor tempo
médio por volta de três voltas realizadas em um circuito. As demais colocações são dadas em
ordem crescente dos tempos médios por volta de cada ciclista. A tabela mostra os três tempos
dos competidores A e B e o tempo da primeira volta do competidor C.

Tabela de resultados dos ciclistas em tempo por volta


Ciclistas 1ª volta 2ª volta 3ª volta
A 5 min 57 s 5 min 23 s 5 min 47 s
B 5 min 55 s 5 min 12 s 5 min 8 s
C 5 min 54 s

Para que o competidor C obtenha a 2a colocação deixando outro competidor na 3a, o tempo
médio por volta das suas duas últimas voltas deverá ser um valor

a) a partir de 4 min 23 s até 4 min 47 s.


b) a partir de 4 min 48 s até 5 min 1 s.
c) a partir de 5 min 2 s até 5 min 10 s.
d) a partir de 5 min 11 s até 5 min 36 s.
e) a partir de 5 min 37 s até 5 min 58 s.

6. (VUNESP — 2024) Uma pessoa possui uma coleção com 1360 selos, alguns deles com carimbo
e outros sem carimbo. Sabendo que a razão do número de selos sem carimbo para o número de
5
selos com carimbo é , 12 o número de selos com carimbo é

a) 400.
b) 585.
c) 770.
d) 960.
e) 1 145.

7. (VUNESP — 2023) Uma máquina X produz 120 peças em 35 minutos. A máquina X juntamente com
uma máquina Y produzem 120 dessas peças em 21 minutos. A máquina Y produz 1 920 peças em

a) 24,5 horas.
b) 21 horas.
c) 17,5 horas.
d) 14 horas.
e) 10,5 horas.
104
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8. (VUNESP — 2023) Determinado medicamento, para ser utilizado, precisa ser diluído em água, na
seguinte proporção: 80 mL de medicamento em 250 mL de água. Após a diluição, essa mistura
(medicamento + água) é administrada em copinhos de 50 mL cada um. Nessas condições, após
diluir 400 mL desse medicamento em água, o número de copinhos que poderão ser feitos com
essa mistura é

a) 33.
b) 30.
c) 27.
d) 25.
e) 21.

9. (VUNESP — 2023) Em uma empresa, 16 máquinas iguais, funcionando simultaneamente, produ-


ziam, em 8 horas diárias de trabalho, 6 000 unidades de certa peça. Por razões mercadológicas,
a jornada de trabalho diária foi reduzida para 6 horas, e a empresa passou a utilizar apenas 8
das mesmas máquinas. Nessas condições, o número de unidades dessa peça produzidas dia-
riamente passou a ser igual a

a) 3 000.
b) 2 750.
c) 2 500.
d) 2 250.
e) 2 000.

10. (VUNESP — 2024) Um veículo percorreu um trajeto retilíneo de 80 km em 50 minutos, mantendo


sempre uma mesma velocidade V. Se esse veículo percorrer um trajeto retilíneo de 50 km man-
tendo sempre uma mesma velocidade igual a 5/6 de V, levará um tempo igual a

a) 1 hora e 36 minutos.
b) 45 minutos e 15 segundos.
c) 1 hora e 12 minutos.

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


d) 37 minutos e 30 segundos.
e) 26 minutos e 4 segundos.

11. (VUNESP — 2023) Um fio com 1,66 m de comprimento precisou ser cortado em 3 pedaços de
comprimentos diferentes. Depois de cortado o primeiro pedaço, o segundo foi cortado com o
dobro do comprimento do primeiro menos 50 cm e, desse modo, o comprimento do terceiro
ficou 8 cm menor que o comprimento do primeiro. Conclui-se que o comprimento do segundo
pedaço cortado é igual a

a) 48 cm.
b) 52 cm.
c) 56 cm.
d) 60 cm.
e) 62 cm.
105
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12. (VUNESP — 2023) Contando-se os números de pacientes que estão internados em duas enfer-
marias, uma no 2º e outra no 3º andar de um hospital, tem-se um total de 32 pacientes. Sub-
traindo-se o número de pacientes internados na enfermaria do 2º andar do número de pacientes
internados na enfermaria do 3º andar, tem-se 2 pacientes. Se cada uma de ambas as enferma-
rias tem um total de 20 leitos disponíveis para internação, o número de pacientes que ainda
podem ser internados na enfermaria do 3º andar é igual a

a) 6.
b) 5.
c) 4.
d) 3.
e) 2.

13. (VUNESP — 2023) Um terreno retangular, com o comprimento 5 m maior que a largura, tem valor
venal de R$ 600.000,00. Sabendo que o valor por m2 considerado para o cálculo do valor venal
é de R$ 1.200,00, é correto afirmar que a largura do terreno corresponde, do comprimento, a:

a) 13/20
b) 7/10
c) 3/4
d) 4/5
e) 17/20

14. (VUNESP — 2023) No espaço, as possíveis posições relativas de duas retas são

a) paralelas distintas, paralelas coincidentes, e concorrentes, apenas.


b) concorrentes, paralelas distintas e reversas, apenas.
c) paralelas distintas, ortogonais e concorrentes, apenas.
d) paralelas distintas, paralelas coincidentes, concorrentes e ortogonais.
e) paralelas distintas, paralelas coincidentes, concorrentes e reversas.

15. (VUNESP — 2023) Considere a seguinte afirmação: Se Carlos é médico, então Selma é auditora
de controle externo e André é auxiliar técnico de controle externo.

Assinale a alternativa que contém uma equivalência lógica para a afirmação apresentada.

a) Se Selma não é auditora de controle externo e André não é auxiliar técnico de controle externo,
então Carlos não é médico.
b) Se André não é auxiliar técnico de controle externo ou Selma não é auditora de controle externo,
então Carlos não é médico.
c) Carlos é médico e Selma é auditora de controle externo, e André é auxiliar técnico de controle
externo.
d) Carlos é médico, mas André não é auxiliar técnico de controle externo ou Selma não é auditora
de controle externo.

106
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e) Carlos é médico, mas Selma não é auditora de controle externo e André não é auxiliar técnico de
controle externo.

16. (VUNESP — 2023) Sabe-se que é falsa a seguinte afirmação: Se Nice realizou as pesquisas de
preço, então Nico realizou a conferência de cálculos e Joe organizou as agendas.

Com base nas informações apresentadas, assinale a alternativa que contém uma afirmação
necessariamente verdadeira.

a) Nico não realizou a conferência de cálculos, e Joe não organizou as agendas.


b) Joe não organizou as agendas, ou Nice não realizou as pesquisas de preço.
c) Nice não realizou as pesquisas de preço, e Nico não realizou a conferência de cálculos.
d) Joe organizou as agendas, e Nice realizou as pesquisas de preço.
e) Nice realizou as pesquisas de preço, ou Nico realizou a conferência de cálculos.

17. (VUNESP — 2023) Considere as proposições p, q e r sobre dois amigos:

p: Se André usa jaleco, então ele não é técnico ou é professor. q: Ou Paulo usa jaleco ou André é
técnico.
r: Paulo não é professor.

Sabendo que o valor lógico da proposição r → (p ∨ q) é falso, então tem valor lógico verdadeiro a
proposição

a) Ou Paulo usa jaleco ou André usa jaleco.


b) Paulo é professor ou André não é técnico.
c) Paulo é professor ou André não usa jaleco.
d) Paulo não usa jaleco e André é técnico.
e) Paulo usa jaleco e André é técnico.

18. (VUNESP — 2023) Considere verdadeiras as duas afirmações a seguir.

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO


I. Se hoje eu estudo, então amanhã eu trabalho.
II. Amanhã eu não trabalho.

Com base nas informações apresentadas, conclui-se, corretamente, que

a) hoje eu não estudo.


b) hoje eu estudo.
c) ontem eu não estudei.
d) ontem eu trabalhei.
e) amanhã eu estudarei.

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19. (VUNESP — 2023) A sequência numérica – 13, – 11, – 9, – 10, – 8, – 6, – 7, –5, – 3, – 4, ... tem
seu primeiro elemento igual a – 13. Mantendo-se o padrão de formação dos elementos apresen-
tados nessa sequência, o centésimo elemento dela será igual a

a) 87.
b) 86.
c) 85.
d) 84.
e) 83.

20. (VUNESP — 2023) O quarto, quinto e sexto termos de uma sequência são, respectivamente, 105,
111, e 114. Cada termo dessa sequência, do segundo em diante, é a soma do termo anterior com
a soma dos algarismos desse termo anterior. Sabendo que os 3 primeiros termos dessa sequên-
cia são números inteiros e positivos menores do que 100, a soma desses 3 primeiros termos é

a) 202.
b) 211.
c) 222.
d) 237.
e) 241.

9 GABARITO

1 A

2 E

3 C

4 C

5 D

6 D

7 D

8 A

9 D

10 D

11 E

12 D

13 D

14 E

15 B

16 E

17 E

18 A

19 B

20 D
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