4ª FICHA DE LEITURA (2)
4ª FICHA DE LEITURA (2)
4ª FICHA DE LEITURA (2)
PALAVRAS-CHAVE:
conflito, Estado, relação
ASSUNTO: Estado
Nº DE social, funcionalismo,
COTA: e conflitos sociais
PÁGINAS: 12 Instituição, grupos
sociais, etc.
SUB-ÁREA
ÁREA
DATA DE CIENTÍFICA:
CIENTÍFICA:
LEITURA: 2014 Sociologia OBSERVAÇÕES:
Sociologia
Política
Várias são as formas de definição e conceituação dos conflitos, que vêm sendo
entendidos como uma divergência, um desentendimento ou luta expressa,
estabelecida entre duas ou mais pessoas que mantém relação de dependência entre si,
que percebem que se encontram (ou parece que se encontram com) falta de (ou
limitação do acesso aos) recursos, metas ou objetivos contrapostos que se
obstaculizam entre si.
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recursos, metas ou objectivos contrapostos que se obstaculizam entre si. A ficha está
consituído por um único assunto: Conflito segundo as principais correntes
sociológicas. Nessa via, apresentarei teorias sociológicas relevantes que giram em
torno da temática em referência. O meu principal intento é de demonstrar como os
indivíduos lidam com os conflitos sociais, mormente no Estado.
Desenvolvimento:
O Estado, para Weber [2011: 61], consiste numa “relação de dominação do homem
pelo homem, com base no instrumento da violência legítima – ou seja, da violência
considerada como legítima”.
A compreensão das fontes de conflitos pressupõe uma reflexão acerca do tema sob o
olhar sociológico. A análise dos estudos sociológicos sobre o conflito abarca uma
gama extensa de teorias e interpretações sobre a lógica do sistema social e de sua
história, dentre essas correntes temos: funcionalismo, interacionismo, a perspectiva do
conflito e a perspectiva da ação social.
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Conflito
Diferentemente de Marx, para Weber “os fatores econômicos eram importantes, mas
as ideias e valores tinham o mesmo impacto sobre a mudança social”. Assim, o poder
de gerar mudanças, em Weber, está nas crenças, ideias e valores, sendo importante a
sociedade centrar-se na ação social (ideias e motivações) e não nas estruturas. Neste
aspecto difere de Durkheim e Marx, para os quais as estruturas existiam externamente
aos indivíduos ou eram independentes destes. Weber, ao contrário, entende que “as
estruturas na sociedade eram formadas por uma complexa rede de ações recíprocas”.
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“análise do passado e as evidências” que permitirão predizer o comportamento futuro
– tendências de longo prazo e implicações. No terceiro nível está o campo da
compreensão estrutural da situação. Indica “o que causa os padrões de
comportamento” e busca esclarecer como os elementos influenciam-se mutuamente.
Por fim, no quarto nível, situa-se o campo dos “modelos mentais”, o campo da
influência mútua já que “os modelos mentais dos atores influenciam o seu
comportamento gerando estruturas sistêmicas da realidade”.
Talcott Parsons, de acordo com essa formulação, afirma que “a estratificação social
é considerada . . . como a classificação diferencial dos indivíduos humanos que
compõem um determinado sistema social e seu tratamento como superiores e
inferiores uns aos outros em certos aspectos socialmente importantes”.
Para Weber, “uma ‘classe’ é qualquer grupo de pessoas que ocupam o mesmo status
de classe” ou situação. Nos diz, “o factor que cria 'classe' é inequivocamente o
interesse econômico e, de fato, apenas os interesses envolvidos na existência do
'mercado'”.
Weber distingue duas outras classes que compõem a totalidade de seu modelo de
classe: “classe de aquisição” e “classe social”. Uma classe é uma “classe de
aquisição” quando a situação de classe de seus membros é determinada
principalmente por sua oportunidade de exploração de serviços no mercado; a
estrutura de “classe social” é composta pela pluralidade de status de classe entre os
quais um intercâmbio de indivíduos em uma base pessoal ou no curso de gerações é
prontamente possível e tipicamente observável.
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A teoria da estratificação da elite sustenta que todas as sociedades são governadas
por elites e que as principais instituições da sociedade, especialmente o Estado,
constituem o mecanismo pelo qual a grande maioria é governada. A teoria clássica da
elite, avançada por Vilfredo Pareto e Gaetano Mosca, argumenta que isso ocorre
porque as massas são inerentemente incapazes de governar a si mesmas e que,
portanto, a sociedade deve ser liderada por um pequeno número de indivíduos que
governam em nome das massas.
3. O Estado
O pluralismo está associado aos sociólogos Talcott Parsons e Seymour Lipset, bem
como aos cientistas políticos Robert Dahl e Ted Gurr.
A função central do estado é manter o domínio das elites existentes (Alford 1993).
Como os teóricos de classe, os teóricos da elite acreditam que o poder é concentrado,
mas discordam que seja baseado na posição de classe. Para os teóricos da elite, o
controle gerencial é mais importante do que a propriedade (Alford e Friedland 1985),
pois o poder é o resultado de manter posições de autoridade nas burocracias que
controlam os recursos, e essas organizações complexas gerenciam todas as esferas
importantes da vida social. Burocracias importantes podem ser instituições políticas
ou governamentais, mas também podem ser bancos, corporações, organizações
religiosas ou a mídia, para citar apenas algumas.
Michels acreditava que a verdadeira luta pelo poder não era entre as elites e as
massas, mas entre as velhas elites e as mais novas, desafiando as primeiras por
posições de liderança. Michels acreditava que a verdadeira luta pelo poder não era
entre as elites e as massas, mas entre as velhas elites e as mais novas, desafiando as
primeiras por posições de liderança.
Mills acreditava que três fatores explicavam a natureza coesa e unificada da elite do
poder: socialização comum como resultado de carreiras e experiências educacionais
semelhantes; a manutenção de laços pessoais e comerciais contínuos (por exemplo,
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casamento e acordos comerciais); e a natureza interdependente do triângulo de poder
(Olsen e Marger 1993). Para os marxistas, a economia determina a natureza real do
estado e o papel desempenhado em influenciar outros aspectos da vida social.
Síntese
Giddens considera que a maior parte dos indivíduos tende a ver o mundo a partir das
“características” de suas próprias vidas, e a sociologia mostra que é indispensável a
adoção de “perspectivas mais abrangentes” da forma como somos e atuamos.
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[...] a teoria do conflito social dá origem, nas sociedades ocidentais, e muito
especialmente nas anglo-saxônicas, a uma nova discussão dos fundamentos da ordem
social, ao pretender novamente questionar uma visão estrutural-funcionalista
dominante, acusada, muitas vezes um pouco apressadamente, de servir de justificação
mais ou menos ideológica a um sistema social atravessado pelo poder e que pretende
funcionar unicamente pelo consenso. [BIRNBAUM, 1995, p. 249]
[...] a luta é “uma relação -social na medida em que a atividade é orientada pela
intenção de fazer triunfar sua própria vontade contra a resistência do ou dos
parceiros”. Esta luta pelo poder implica uma “concorrência quando é conduzida no
sentido de uma procura formalmente pacífica de um poder próprio para dispor de
oportunidades que outros também solicitam. [op cit, p. 256]
AUTORES/PERSONAGENS/ESCOLAS DE PENSAMENTO
Principais Autores Citados ou eventuais Protagonistas identificados no
texto:
Karl Marx, Max Weber, Anthony Giddens, Birnbaum, August Comte e Entelman.
Escolas de pensamento mencionadas no texto
REFERÊNCIAS HISTÓRICO-CULTURAIS (tempo, espaço, factos históricos:
contextualização)
RECURSOS DE ESTILO E LINGUAGEM (forma, conteúdo, nível de rebuscamento
e de profundidade científica, etc.)
CONCEITOS (temas, problemáticas)
conflito, Estado, relação social, funcionalismo, Instituição, grupos sociais, correntes
sociológicas, etc.