Psicologia do desporto

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Abudo Maurício Fabião – Código: 708212831

Factores contextuais envolvidos na prática

Nampula, Maio de 2024


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Abudo Maurício Fabião – Código: 708212831

Factores contextuais envolvidos na prática

Trabalho de carácter avaliativo no


âmbito da cadeira de Psicologia do
Desporto, 4º ano de frequência, curso
de Licenciatura em Ensino de
Educação Física e Desporto, Turma
“B”, leccionada pelo,

Msc.

Nampula, Maio de 2024


i
Índice

Introdução ................................................................................................................................... 3

1. Dinâmica e coesão de grupo ................................................................................................... 4

2. Principais factores que afecta a coesão no desporto, .............................................................. 4

3. Relação treinador/atleta .......................................................................................................... 5

4. Competição ............................................................................................................................. 6

5. Cooperação ............................................................................................................................. 6

6. Liderança e Comunicação ...................................................................................................... 6

7. Tipos de abordagem sobre a liderança ................................................................................... 7

8. Modelo multidimensional de liderança no desporto de Chelladurai ...................................... 8

9. Complexidade e teoria dos sistemas dinâmicos ..................................................................... 8

10. Psicologia Ecológica ............................................................................................................ 8

Consideracoes Finais ................................................................................................................ 10

Bibliografia ............................................................................................................................... 11

ii
Introdução

Factores contextuais envolvidos na prática constitui o tema deste trabalho que se insere na
cadeira de Psicologia do desporto. Ora, A psicologia do desporto e da actividade física é o
ramo da psicologia aplicada que procura compreender e optimizar os pensamentos, emoções e
comportamentos de todos os praticantes e agentes envolvidos na prática do desporto, do
exercício e da actividade física, independentemente dos seus objectivos.

Obviamente, o trabalho possui dois tipos de objectivos: Geral e Específicos.

No que concerne ao objectivo geral, temos o seguinte:

 Compreender o Factores contextuais envolvidos na prática.

E para que se garantisse o alcance deste objectivo foi necessário traçar-se alguns objectivos
específicos que se resumem nos seguintes:

 Descrever os Principais factores que afecta a coesão no desporto


 Apresentar a Relação treinador/atleta
 Descrever os tipos de abordagem sobre a liderança
 Apresentar o Modelo multidimensional de liderança no desporto de Chelladurai

Quanto a metodologia, recorreu-se a consulta bibliográfica numa abordagem qualitativa e,


como técnica, fez-se uma leitura exaustiva, análise facial da fonte usada e os dados foram
sintetizados de forma descritiva.

O trabalho está estruturado da seguinte maneira: introdução, desenvolvimento - o resumo- e


inclui uma conclusão ao menos parcial, mediante a sua abordagem, inclui igualmente uma
bibliografia final da fonte usada. Como técnica, fez-se uma leitura exaustiva, análise facial da
fonte consultada e resumo da mesma.

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1. Dinâmica e coesão de grupo

O contexto desportivo constitui um ambiente importante para o estudo da dinâmica dos


grupos. Depois da família, uma equipa desportiva poderá ser o grupo mais influente a que
determinados indivíduos pertencem. Possui características estruturais únicas que oferecem
vantagens, apresentando-se como um contexto ideal para o estudo das interações sociais.

Segundo Malequeta (S/d, p.30)

o grupo é um apanhado de pessoas que podem ou não ter um objectivo em comum. Os


membros de um grupo ou de uma equipa podem tanto gostar como se sentir atraídos
por outros membros. De uma forma geral os mesmos podem compartilhar alguns
objectivos comuns. Portanto, há algumas características semelhantes entre membros
de grupos e de equipas (p. 30).
Um grupo deve ser proactivo e coeso com próprias essenciais entre um grupo de indivíduos e
uma equipa é a interacção e interdependência entre seus elementos, especialmente no que diz
respeito a objectivos comuns e compartilhados. Ou seja, membros de equipas devem depender
e apoiar uns aos outros na busca de metas comuns.

Entretanto tornar-se uma equipa é na verdade um processo evolutivo de amadurecimento, que


necessita de coesão.

A dinâmica de grupos desempenha um papel importante na obtenção de resultados em


competição: o rendimento de uma equipa não se limita à simples soma dos rendimentos
individuais.

2. Principais factores que afecta a coesão no desporto,

De acordo com o modelo conceitual de coesão no desporto, quanto maior o nível de


desempenho de uma equipa, mais autocrático é o estilo do treinador e maior é a coesão para a
tarefa dos atletas

De acordo com Malequeta (S/d, p.31-32) existem quatro principais factores que afecta a
coesão no desporto que são: factores ambientais, pessoais de liderança e factores de equipa.

 Factores ambientais: o factor ambiental referência às forças normativas que sustenta


aos membros de uma equipa. Refere-se a todo as condições que a cada atleta tem em
relação a sua participação na equipa.
 Factores pessoais: Evidencia as alterações e variações às características individuais
dos membros do grupo. Por sua vez este factor é descriminado em três razões
primárias: motivação de tarefa, motivação de inscrição e Auto-motivação.

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 Factores de liderança: Refere-se ao estilo e conduta de liderança que exibe os
profissionais, os relacionamentos que estes estabelecem com seus grupos.
 Factores de equipa: Referem-se a características de tarefas de grupo, normas de
produtividade de grupo, desejo de sucesso do grupo e estabilidade da equipa.

3. Relação treinador/atleta

Na sua essência um treinador tem de lidar com um grupo de atletas que formam uma equipa,
onde todos os indivíduos procuram atingir em conjunto objetivos comuns e onde o todo não é
necessariamente igual à soma das partes.

Segundo Malequeta (S/d, p.32):

O treinador define-se como sendo a pessoa com capacidade técnicas em função ao


desporto, e é considerado como sendo o um gestor de recursos humanos, não podendo
por isso desvalorizar as relações humanas e o ambiente em que trabalha o seu grupo de
jogadores. E treinar consiste, acima de tudo, em influenciar e aproximar as pessoas
num clima de relações interpessoais (p.32).
A relação treinador-atleta na iniciação desportiva e no desporto de alto rendimento tem
demonstrado um factor importante para o melhoramento da performance, pois os laços e
relações existentes no grupo condicionam todas as acções em que estão envolvidos.

Nesta relação treinador-atletas, as interações/comunicações que se estabelecem devem possuir


uma base comum de compreensão, estando na origem e/ou resolução de conflitos e problemas
interpessoais num grupo desportivo e tendo necessariamente impacto no seu rendimento.

Os treinadores devem ter uma relação que procura sempre uma boa comunicação. O elemento
chave na relação treinador-atleta é a comunicação. Uma boa comunicação entre eles contribui
para o enriquecimento e o desenvolvimento da equipe, através de uma boa orientação e
instrução, feedbacks, acompanhamento e desempenho do atleta. (Theodorakis, Kambitsis &
Laios, 2001).

Aponta-se que o modo como uma equipe se comporta diante outra equipe num campeonato
ou jogo, está intimamente relacionado com aquele que está no comando que no caso seria o
treinador.

O papel do treinador torna-se um elemento importante na maneira como os atletas lidam no


momento do treino e da competição, isto se reflecte na forma como se relacionam com seus
companheiros de equipe e a equipe adversária, equipes de arbitragem, comissões técnicas,
mas não só dentro de campo ou quadra, mas também fora dela.

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4. Competição

Malequeta (S/d, p.33), refere que:

Define-se por competição é a interacção de indivíduos da mesma equipa ou equipa


diferentes que disputam algo. Esta disputa pode ser pelos objectivos da competição.
Logo, a competição pode ser entre a mesma equipa ou de equipa diferente. Em ambos
os casos, esse tipo de interacção favorece um processo selectivo que culmina,
geralmente, com a preservação das formas de vida mais bem adaptadas ao meio da
competição (p.33).
No Desporto à competitividade consiste a presença de uma disposição para lutar por
satisfação ao se fazer comparações com algum padrão de superioridade na presença de
avaliadores. Em outras perspetivas a competitividade é olhado como um comportamento
voltado à concretização em um contexto competitivo, com a avaliação social como
componente chave.

Em se tratando de competição, esta é uma prática que prevê a disputa por ganhos comuns a
organizações rivais e ocorre em nível horizontal. No entanto, no contexto competitivo actual,
muitas empresas optam pela formação de parcerias com objectivos específicos e para a
geração de eficácia organizacional.

5. Cooperação

No contexto da economia e sociologia é definida por Cooperação a relação sustentada na


colaboração entre indivíduos ou organizações, no sentido de alcançar objectivos comuns,
utilizando métodos mais ou menos consensuais.

A nível do desporto o conceito de cooperação transforma para ligações de


consideração recíproco, tendo alguma postura de condescendência com a convivência
e as diferenças, tendo assim, um processo de negociação constante. Para existir
cooperação deve haver objectivos comuns, actividades e acções conjuntas e
organizadas proporcionando vantagens para todos, reconhecendo assim que o ser
humano depende dos outros para competir (Malequeta, S/d, p.33).
A cooperação opõe-se, de certa forma, à colaboração e mesmo a competição. Contudo, o
desejo de competir com outros do mesmo grupo no sentido de obter um estatuto mais elevado
é, considerado como um mecanismo impulsionador da acção cooperativa. Da mesma forma,
os indivíduos podem organizar-se em grupos que cooperam internamente e, ao mesmo tempo,
competem com outros grupos.

6. Liderança e Comunicação

O conceito de liderança é considerado como um processo de condutas, onde o individuo


influência outros para que se realize o que ele quer. A liderança deve ser percebida como uma

6
espécie de contrato psicológico que é estabelecido entre os treinadores e os atletas, onde os
primeiros são autorizados, quer no plano formal ou informal

Malequeta (S/d, p.34), refere que um treinador não tem o poder apenas por uma questão
hierárquica mas sim pode elevar a influência e a abrangência de suas palavras se conseguir
cumprir os seguintes elementos:

 Desenvolver canais de comunicação constante com os atletas;


 Administrar recompensas e punições de forma coerente
 Transformar-se em um exemplo a se imitar e admirar;
 Demonstrar autoconfiança e experiência e;
 Deve cuidar de sua apresentação e da imagem. Contudo a comunicação no desporto é
um ingrediente chave para se conseguir passar ensinamentos e treinamentos
satisfatórios, sobretudo no desporto de alta competitividade.

Na liderança, os treinadores que exercem bem são os que se comunicam correctamente ao


treinar e ao emendar um erro. Por conta disso, algo passado com educação quase sempre tem
mais abrangência e eficácia que uma informação aos gritos e de forma destemperada.

7. Tipos de abordagem sobre a liderança

Malequeta (S/d, p.34), apresenta-nos os seguintes tipos de abordagem sobre a liderança:

 Traço/Característica: A liderança de tacos descreve características da personalidade


dos treinadores, com objectivos de encontrar os aspectos comuns que relacionem a
liderança com qualquer situação, ou seja, esta abordagem considera a capacidade de
liderança uma característica inata
 Conduta/Comportamento: A conduta e comportamento dos treinadores e na sua
influência sobre as equipas, sendo a liderança uma habilidade adquirida e produto de
uma aprendizagem.
 Internacional/Situacional: Esta abordagem relata a princípio que existe uma
interacção entre o sujeito e o contexto situacional, colocando uma atenção especial nos
factores da situação que pode ser a estrutura organizativa, as exigências específicas e a
flexibilidade dos estilos de liderança.

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8. Modelo multidimensional de liderança no desporto de Chelladurai

Com objectivo de perceber a liderança e a comunicação no desporto Chelladurai criou o


modelo multidimensional de liderança no desporto. Este modelo estabelece que o
desempenho e a satisfação do atleta, aparece dos comportamentos do treinador, aqueles que
são exigidos pela situação, aqueles que são os preferidos pelos atletas e os comportamentos
reais do treinador (Malequeta, S/d, p.34-35).

Em todo processo a comunicação é fundamental para conduzir a liderança de uma equipa. Um


líder efectivo deve manter sempre abertos os canais de comunicação com a equipa, sejam
crianças, jovens ou atletas formados.

9. Complexidade e teoria dos sistemas dinâmicos

No âmbito da sociologia não existe apenas uma teoria dos sistemas, mas sim existem várias
que, por vezes, divergem basicamente entre si. As distintas teorias de sistemas partilham a
mesma inquietação com as complexas e diversas interconexões e interdependências da vida
social.

Múltiplas estruturas, suas interrelações e desenvolvimento histórico assumem proeminência.


Os sistemas são juntamente considerados como algo mais do que a soma das partes. É
concedida particular atenção aos diferentes elementos e níveis de cada sistema, assim como às
suas interrelações, nomeadamente entre instituições, agentes individuais e colectivos, e aos
processos de interacção em sistemas constituídos por múltiplos níveis.

Para perceber esta teoria terá que a princípio compreender que as partes não explicam o
funcionamento do todo. E que o todo, sistémico, emerge da organização das estruturas das
partes e que não pode ser simplesmente a soma das partes (Malequeta, S/d, p.35).

10. Psicologia Ecológica

De acordo com Malequeta (S/d, p.36):

A psicologia ecológica dedica-se ao estudo das mudanças no comportamento da


pessoa analisar o processo de desenvolvimento do corpo, mente e corpo, em seu
relacionamento e interacção com o meio ambiente e para o ambiente, tanto físico
como social. Família, amigos, escola, alimentação, hábitos de saúde, trabalho, cultura,
tradições, instituições, economia, qualidade ambiental ou relações sociais entre outros,
são factores que estimulam e intervêm na formação de valores, habilidades, hábitos,
estados comportamentais ou emocionais, e, em combinação com características
genéticas e constitucionais de cada, têm uma influência decisiva no nosso
desenvolvimento e evolução vital, nosso comportamento, quem somos, como nós.
Incidem encontrar, em nosso estado de saúde física e mental (p.36).

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A Psicologia Ecológica é caracterizada como trabalhos que são relacionados e orientados
quase que exclusivamente à escola. A nível desportivo relaciona-se ao processo de treino
desportivo. O conceito de Behavior Setting arca interesse para compreender as relações
pessoa-ambiente, se tornando indispensável para a análise da actuação das pessoas nos
ambientes socialmente organizados do quotidiano. Ainda procura incluir o ambiente social e o
ambiente físico, quando se manifesta o comportamento.

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Consideracoes Finais

O trabalho conclui que o grupo é um apanhado de pessoas que podem ou não ter um objectivo
em comum. Os membros de um grupo ou de uma equipa podem tanto gostar como se sentir
atraídos por outros membros. De uma forma geral os mesmos podem compartilhar alguns
objectivos comuns. Portanto, há algumas características semelhantes entre membros de
grupos e de equipas.

Dentre outros factores a comunicação, torna-se um elemento relevante na relação treinador-


atleta. Uma boa comunicação entre eles contribui para o enriquecimento e o desenvolvimento
da equipe, através de uma boa orientação e instrução, feedbacks, acompanhamento e
desempenho do atleta.

A competitividade no desporto consiste a presença de uma disposição para lutar por satisfação
se fazer comparações com algum padrão de superioridade na presença de avaliadores. Em
outras perspectivas a competitividade é olhado como um comportamento voltado à
concretização. O conceito de liderança é considerado como um processo de condutas, onde o
individuo influência outros para que se realize o que ele quer. Em outra define a liderança
deve ser percebida como uma espécie de contrato psicológico que é estabelecido entre os
treinadores e os atletas, onde os primeiros são autorizados, quer no plano formal ou informal.

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Bibliografia

Malequeta, A. F. (S/d). Psicologia do Desporto. Beira. Moçambique: UCM.

Theodorakis, N. Kambitsis, C., Laios, A. (2001). "Relationship between measures of service


quality and satisfaction of spectators in professional sports". Managing Service Quality: An
International Journal.

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