Evista_HCP_V03_23MAI22

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CDS18OUT06

EVISTA
cloridrato de raloxifeno

APRESENTAÇÕES
EVISTA é apresentado na forma de comprimidos revestidos com 60 mg de cloridrato de
raloxifeno, em embalagens contendo 30 comprimidos.

VIA ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém: cloridrato de raloxifeno 60 mg, equivalente a 56 mg de raloxifeno em
base livre.
Excipientes: povidona, lactose, lactose monoidratada, crospovidona, estearato de magnésio,
dióxido de titânio, hipromelose, macrogol, polissorbato 80, tinta azul comestível e cera de
carnaúba.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

INDICAÇÕES
EVISTA é indicado para prevenção e tratamento da osteoporose em mulheres após a menopausa
e também para a redução do risco de câncer de mama em mulheres na pós-menopausa com
osteoporose.
A incidência de fraturas vertebrais foi significantemente reduzida. Embora a redução na
incidência de fraturas não vertebrais não seja significante, o risco de fraturas não vertebrais
diminui com o aumento da exposição ao EVISTA. No momento de escolher entre o tratamento
com EVISTA ou com outras terapias para mulher após a menopausa, devem-se levar em conta os
sintomas da menopausa, os efeitos sobre os tecidos mamário e uterino e os riscos e benefícios
cardiovasculares.

RESULTADOS DE EFICÁCIA
Efeitos sobre o esqueleto: a diminuição na disponibilidade de estrógeno, que ocorre na
menopausa, leva a um aumento marcante da reabsorção óssea, diminuição da massa óssea e risco
de fratura. A diminuição da massa óssea é particularmente rápida durante os primeiros dez anos
da menopausa, quando o aumento compensatório na formação óssea não é suficiente para
restabelecer as perdas por reabsorção. Outros fatores de risco que podem causar osteoporose são
a menopausa precoce, osteopenia (pelo menos um desvio-padrão abaixo do pico de massa óssea),
baixo peso, origem étnica caucasiana ou asiática e história familiar de osteoporose. Os tratamentos
de reposição geralmente revertem a reabsorção óssea excessiva. Em mulheres na pós-menopausa,
EVISTA reduz a incidência de fraturas, preserva a massa óssea e aumenta a densidade mineral
óssea (DMO).
Incidência de fraturas: EVISTA reduziu a incidência de fraturas vertebrais em mulheres na pós-
menopausa com osteoporose (com ou sem fraturas vertebrais iniciais). Em um estudo com 7.705
mulheres na pós-menopausa com idade média de 66 anos e com osteoporose ou osteoporose com
uma fratura vertebral preexistente, o tratamento com EVISTA por 3 anos reduziu a incidência de
fraturas vertebrais em 47% [risco relativo (RR) 0,53; intervalo de confiança (IC) 0,35-0,79;
p<0,001] e em 31% (RR 0,69; IC 0,56-0,86; p<0,001) respectivamente. Quarenta e cinco
mulheres com osteoporose ou 15 mulheres com osteoporose com uma fratura existente
precisariam ser tratadas com EVISTA por 3 anos para evitar uma ou mais fraturas vertebrais. O
tratamento com EVISTA por 4 anos reduziu a incidência de fraturas vertebrais em 46% (RR 0,54;
IC 0,38-0,75) e 32% (RR 0,68; IC 0,56-0,83) em pacientes com osteoporose ou com existência
de fratura, respectivamente. Apenas no quarto ano, EVISTA reduziu o risco de novas fraturas

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vertebrais em 39% (RR 0,61; IC 0,43-0,88). Durante o quarto ano, foi permitido em pacientes o
uso concomitante de bifosfonato, calcitonina e fluoretos. Não foi demonstrado um efeito em
fraturas não vertebrais. Todas as pacientes neste estudo receberam suplemento de cálcio e
vitamina D.
Embora não estatisticamente significante, a incidência de fraturas não vertebrais diminuiu com o
aumento da duração da exposição ao EVISTA comparada ao placebo.
Densidade mineral óssea (DMO): a eficácia de EVISTA, administrado diariamente em mulheres
na pós-menopausa de até 60 anos, com ou sem útero, foi estabelecida em um período de
tratamento de 24 meses nos estudos de prevenção e de 36 meses nos estudos de tratamento. Essas
mulheres estavam na menopausa de 2 a 8 anos. Foram realizados três estudos clínicos com 1.764
mulheres na pós-menopausa as quais foi administrado EVISTA ou placebo. Em um dos estudos,
as mulheres haviam sido previamente histerectomizadas. EVISTA proporcionou aumentos
significativos na densidade mineral óssea do quadril, da coluna e do corpo inteiro em comparação
ao placebo. Nos estudos clínicos, todos os indivíduos receberam cálcio suplementar com ou sem
vitamina D. Esse aumento da DMO foi, geralmente, de 2%, em comparação ao placebo. Um
aumento de DMO semelhante foi observado na população em tratamento. Em estudos de
prevenção, a porcentagem de mulheres que experimentaram aumentos ou diminuições na DMO
durante a terapia com EVISTA foi a seguinte: na coluna vertebral houve uma diminuição em 37%
e um aumento de 63%; no quadril houve uma diminuição em 29% e um aumento de 71%.
Farmacocinética do cálcio: EVISTA e os estrógenos afetam de forma semelhante a remodelação
óssea e o metabolismo do cálcio. EVISTA está associado a uma redução da reabsorção óssea e a
um balanço positivo de cálcio de 60 mg/dia, fundamentalmente devido à redução das perdas
urinárias de cálcio.
Marcadores de remodelação óssea: EVISTA diminuiu a taxa de remodelação óssea como
evidenciado pelos marcadores bioquímicos de reabsorção e formação óssea.
Histomorfometria (qualidade óssea): os ossos de pacientes tratadas com EVISTA
apresentaram-se histologicamente normais, sem evidências de defeitos de mineralização, de osso
desorganizado ou de fibrose medular. Estes achados consistentemente demonstram que o
principal mecanismo de ação do EVISTA no osso é a inibição da reabsorção óssea.
Efeitos no metabolismo dos lipídios e riscos cardiovasculares: os estudos clínicos
demonstraram que uma dose diária de 60 mg de EVISTA diminui significantemente o colesterol
total (3 a 6%) e o LDL-colesterol (4 a 10%). Mulheres com as maiores concentrações basais de
colesterol tiveram as maiores reduções. As concentrações de HDL-colesterol e de triglicérides
não se modificaram significativamente. EVISTA aumentou significativamente a subfração de
HDL-2 colesterol sérico e diminuiu significativamente o fibrinogênio sérico (6,71% após 3 anos
de terapia com EVISTA) e a lipoproteína (a). No estudo de tratamento de osteoporose, menos
pacientes tratadas com EVISTA requereram, de forma significante, início de terapia
hipolipidêmica comparado ao placebo.
O tratamento com EVISTA por 8 anos não afetou significantemente o risco de eventos
cardiovasculares em pacientes participantes do estudo de tratamento de osteoporose.
O risco relativo de episódios tromboembólicos venosos, observado durante o tratamento com
EVISTA, foi de 1,60 (IC 0,95-2,71) em comparação com o placebo e de 1,0 (IC 0,3-6,2) em
comparação com estrógenos ou com terapia de reposição hormonal. O risco de um evento
tromboembólico foi maior nos primeiros 4 meses de terapia.
Efeitos no endométrio e assoalho pélvico: nos estudos clínicos, EVISTA não estimulou o
endométrio de mulheres na pós-menopausa. Comparado ao placebo, EVISTA não foi associado
com sangramento ou hemorragia uterina/vaginal, ou um risco de câncer endometrial aumentado.
Foram avaliadas cerca de 3.000 ultrassonografias transvaginais realizadas em 831 mulheres com
diferentes doses e observou-se que não existiam diferenças na espessura endometrial das mulheres
tratadas com EVISTA em comparação às tratadas com placebo. Depois de 3 anos de tratamento
observou-se, mediante ultrassonografia transvaginal, um aumento na espessura endometrial igual
ou superior a 5 mm em 1,9% das 211 mulheres tratadas com 60 mg/dia de EVISTA, em
comparação com 1,8% das 219 mulheres que receberam placebo. Tampouco houve diferença na
incidência de sangramento uterino entre os grupos tratados com EVISTA ou placebo.

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As biópsias do endométrio efetuadas após 6 meses de tratamento com 60 mg/dia de EVISTA,
demonstraram que não ocorreu proliferação endometrial em nenhuma das pacientes. Além do
mais, em um estudo no qual se administrou 2,5 vezes a dose diária recomendada de EVISTA não
se observou nem proliferação endometrial nem aumento no volume uterino.
No estudo de tratamento de osteoporose, a espessura endometrial foi avaliada anualmente numa
parte da população estudada (1.644 pacientes) por 4 anos. As medidas da espessura endometrial
nas mulheres tratadas com EVISTA não foram diferentes da medida inicial após 4 anos de terapia.
Não houve diferença entre as mulheres tratadas com EVISTA e placebo nas incidências de
sangramento ou secreção vaginal. Menos mulheres tratadas com EVISTA que as tratadas com
placebo precisaram de intervenção cirúrgica para prolapso uterino. Informações de segurança
após 3 anos de tratamento com EVISTA sugerem que o tratamento com EVISTA não aumenta o
relaxamento da cirurgia do assoalho pélvico.
Depois de quatro anos, EVISTA não aumentou o risco de câncer de endométrio ou de ovários.
Em mulheres na pós-menopausa que receberam tratamento com EVISTA por 4 anos, pólipos
endometriais benignos foram relatados em 0,9% comparado com 0,3% em mulheres que
receberam placebo.
Efeitos no tecido mamário: EVISTA não tem efeito proliferativo no tecido mamário. Entre todos
os estudos placebo-controlados, EVISTA foi indistinguível do placebo com relação à frequência
e gravidade de sintomas nas mamas (nenhum inchaço, sensibilidade e dor na mama). Nos estudos
clínicos, observou-se uma redução na incidência do câncer de mama invasivo com tratamento
com raloxifeno.
Ao longo de 4 anos do estudo de tratamento de osteoporose (envolvendo 7.705 pacientes), o
tratamento com EVISTA comparado ao placebo reduziu o risco total de câncer de mama em 62%
(RR 0,38; IC 0,21–0,69), o risco de câncer de mama invasivo em 71% (RR 0,29; IC 0,13–0,58) e
o risco de câncer de mama invasivo positivo para receptor de estrógeno (ER) em 79% (RR 0,21;
IC 0,07–0,50). EVISTA não tem efeito no risco de câncer de mama ER negativo. Estas
observações suportam a conclusão que o EVISTA não tem atividade agonista estrogênica
intrínseca no tecido mamário.
Efeitos na função cognitiva: não foram observados eventos adversos na função cognitiva.

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Descrição: EVISTA é um derivado benzotiofeno, que age como um Modulador Seletivo do
Receptor Estrogênico (SERM).
Propriedades farmacodinâmicas: como Modulador Seletivo do Receptor Estrogênico (SERM),
o raloxifeno tem atividade seletiva agonista ou antagonista sobre os tecidos que respondem ao
estrógeno. Atua como agonista no osso e sobre o metabolismo do colesterol (redução do colesterol
total e do LDL-colesterol), porém age como antagonista sobre os tecidos uterino e mamário.
Como os estrógenos, os efeitos biológicos do raloxifeno são mediados por sua ligação de alta
afinidade aos receptores estrogênicos e pela regulação da expressão gênica. Esta ligação provoca
a expressão diferencial de múltiplos genes regulados por estrógenos em diferentes tecidos. Dados
sugerem que o receptor estrogênico possa regular a expressão gênica por, no mínimo, duas vias
diferentes que são: ligante-tecido e/ou gene-específicos.
Propriedades farmacocinéticas:
Absorção: o raloxifeno é absorvido rapidamente após administração oral. Aproximadamente
60% de uma dose oral é absorvida. A biodisponibilidade absoluta é de 2%. A glucuronidação pré-
sistêmica é ampla. O tempo para alcançar a concentração plasmática máxima e a
biodisponibilidade depende da interconversão sistêmica e do ciclo entero-hepático do raloxifeno
e de seus metabólitos glucuronizados.
Distribuição: o raloxifeno é amplamente distribuído no organismo. O volume de distribuição não
é dose-dependente. O raloxifeno e os conjugados monoglucuronídeos são altamente ligados às
proteínas plasmáticas (98-99%), incluindo tanto a albumina quanto a glicoproteína α-1 ácida.
Metabolismo: o raloxifeno sofre amplo metabolismo na primeira passagem hepática com
formação de conjugados glucuronídeos: raloxifeno-4’-glucuronídeo, raloxifeno-6-glucuronídeo e
raloxifeno-6-4’-diglucuronídeo. Não foram detectados outros metabólitos. Raloxifeno e seus
conjugados glucuronídeos são interconversíveis pelo metabolismo sistêmico reversível e ciclo

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entero-hepático, prolongando sua meia-vida para 27,7 horas após administração oral. EVISTA
apresenta menos de 1% da soma das concentrações de raloxifeno e de seus metabólitos
glucuronizados. Os resultados de doses orais únicas de EVISTA predizem a farmacocinética de
doses múltiplas. Os aumentos das doses de EVISTA resultam em aumento proporcional pouco
menor, na área sob a curva da concentração no plasma x tempo (AUC).
Excreção: a maior parte da dose de raloxifeno e seus metabólitos glucuronizados são excretados
principalmente nas fezes, dentro dos 5 dias seguintes; menos de 6% da dose é excretada na urina
como conjugados glucuronídeos.
Situações especiais:
Insuficiência renal: menos de 6% da dose total é eliminada pela urina. Em um estudo
farmacocinético foi observada uma redução de 47% no clearance de creatinina ajustado à massa
corporal sem gordura, resultando em uma redução de 17% no clearance do raloxifeno e de 15%
do clearance dos conjugados de raloxifeno.
Insuficiência hepática: EVISTA foi estudado como dose única em pacientes com cirrose e com
bilirrubina sérica total entre 0,6 e 2,0 mg/dL. As concentrações plasmáticas do raloxifeno foram
aproximadamente 2,5 vezes superiores às dos controles e se correlacionaram com as
concentrações de bilirrubina. A segurança e a eficácia não foram avaliadas em pacientes com
insuficiência hepática.

CONTRAINDICAÇÕES
EVISTA é contraindicado em mulheres que estejam ou possam ficar grávidas. A terapia com
EVISTA durante a gestação pode ser associada a um risco elevado de defeitos congênitos no feto.
Gravidez Categoria X: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou
que possam ficar grávidas durante o tratamento.
EVISTA é contraindicado em pacientes com história atual ou pregressa de episódios
tromboembólicos venosos, incluindo trombose venosa profunda, embolia pulmonar e trombose
de veia retineana.
EVISTA é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade ao raloxifeno ou aos excipientes
do comprimido.

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Acidente vascular cerebral (AVC): o equilíbrio risco/benefício no uso de EVISTA em mulheres
na pós-menopausa com histórico de acidente vascular cerebral (AVC) ou outros fatores de risco
significantes de AVC, como acidente isquêmico transitório ou fibrilação atrial, deve ser
considerado quando EVISTA for prescrito. Em um estudo com mulheres na pós-menopausa com
histórico de doença cardíaca coronariana ou com alto risco de eventos coronarianos fazendo uso
de EVISTA, a incidência de AVC, infarto do miocárdio, hospitalização por síndrome coronariana
aguda (SCA), mortalidade por causa cardiovascular ou todas as mortalidades foram comparáveis
ao placebo. Entretanto, houve um aumento na mortalidade devido ao AVC. A incidência de
mortalidade por AVC foi de 1,5/1.000 mulheres por ano para o grupo recebendo placebo versus
2,2/1.000 mulheres por ano para o grupo recebendo EVISTA.
Eventos tromboembólicos venosos: EVISTA está associado a um risco maior de desenvolver
evento tromboembólico venoso, que é semelhante ao risco relacionado com a terapia de reposição
hormonal. Deve-se levar em conta a relação risco/benefício em todas as pacientes com risco de
eventos tromboembólicos venosos de qualquer etiologia. O tratamento com EVISTA deve ser
interrompido no caso de doença ou condição que leve a um período prolongado de imobilização.
A magnitude do risco parece ser semelhante ao risco relatado associado à utilização da terapia de
reposição hormonal. A interrupção do tratamento deve ser feita o mais rápido possível no caso de
doença ou 3 dias antes da imobilização ocorrer. A terapia não deve ser reiniciada até que a
condição inicial tenha sido resolvida e a paciente esteja plenamente móvel.
Insuficiência hepática: EVISTA é metabolizado primariamente no fígado. A eficácia de
EVISTA não foi estudada em pacientes com insuficiência hepática. EVISTA foi estudado em
dose única em pacientes com cirrose (Child-Pugh Classe A), com bilirrubina sérica variando na
faixa de 0,6 a 2,0 mg/dL. As concentrações plasmáticas de raloxifeno foram aproximadamente
2,5 vezes mais altas do que o grupo controle e relacionadas à concentração total de bilirrubina. O

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uso de EVISTA não é recomendado nesta população de pacientes. Bilirrubina sérica total, gama-
glutamil transferase, fosfatase alcalina, TGO e TGP devem ser monitoradas durante o tratamento
se forem observados valores elevados.
Insuficiência renal: não é recomendado o uso de EVISTA em pacientes com insuficiência renal
grave. Em pacientes com insuficiência renal moderada e leve, seu uso deve ser feito com cautela.
Uso na pré-menopausa: não há indicação para o uso de EVISTA na pré-menopausa (ver
CONTRAINDICAÇÕES).
Uso concomitante com terapia hormonal sistêmica: informação de segurança sobre o uso
concomitante de EVISTA e terapia hormonal sistêmica (estrógeno com ou sem progestina) é
limitada e, consequentemente, o uso concomitante de EVISTA com estrógeno sistêmico não é
recomendado.
Endométrio: EVISTA não está relacionado com proliferação endometrial. Qualquer
sangramento uterino/vaginal inesperado durante a terapia com EVISTA deve ser bem investigado.
Hipertrigliceridemia induzida por estrógeno: em pacientes com uma história de
hipertrigliceridemia induzida por estrógeno oral (> 5,6 mmol/L) EVISTA pode estar associado a
um aumento nos triglicérides séricos. Pacientes com esta história médica devem ser monitoradas
quanto aos triglicérides séricos quando estiverem usando EVISTA.
Limitações na redução do risco de câncer de mama: não há dados disponíveis sobre os efeitos
de EVISTA na incidência de câncer de mama invasivo em mulheres com mutações hereditárias
(BRCA1, BRCA2) que justifiquem a indicação e a eficácia nestes casos. EVISTA também não é
indicado para redução do câncer de mama não invasivo, tratamento do câncer de mama invasivo
ou redução do risco de recorrência.
Vasodilatação: EVISTA não é eficaz na redução de vasodilatação (ondas de calor) ou outros
sintomas da menopausa associados com deficiência de estrógeno.
Carcinogênese, mutagênese, danos à fertilidade: em um estudo de carcinogenicidade de 2 anos
em ratas, foi observado um aumento na incidência de tumores ovarianos de origem nas células
teca-granulosas de fêmeas que receberam 279 mg/Kg/dia. A exposição sistêmica (AUC) de
raloxifeno nesse grupo foi aproximadamente 400 vezes maior do que as mulheres na pós-
menopausa que receberam uma dose de 60 mg. Em um estudo de carcinogenicidade de 21 meses
em camundongos, houve um aumento na incidência de tumores das células intersticiais
testiculares, de adenomas e de adenocarcinomas prostáticos nos machos que receberam 41 ou 210
mg/Kg, e leiomioblastoma prostático nos machos que receberam 210 mg/Kg. Em ratas que
receberam de 9 a 242 mg/Kg (0,3 a 32 vezes a AUC em humanos), houve um aumento na
incidência de tumores ovarianos benignos e malignos derivados das células teca-granulosas e
tumores benignos de origem nas células epiteliais. Os roedores fêmeas nesses estudos foram
tratadas durante o seu ciclo reprodutivo quando os ovários estavam ativos e altamente responsivos
à estimulação hormonal. Ao contrário dos ovários altamente responsivos neste modelo de
roedores, o ovário humano após a menopausa é relativamente não responsivo à estimulação de
hormônios reprodutores.
O raloxifeno não foi genotóxico em nenhum dos sistemas de testes convencionais de rotina in
vivo ou in vitro.
Não ocorreram gestações quando raloxifeno (≥ 5 mg/Kg) foi administrado a ratos machos e
fêmeas antes e durante o acasalamento. Nas ratas fêmeas, em doses administradas de 0,1 a 10
mg/Kg/dia, raloxifeno interrompeu o ciclo estral durante o tratamento, mas os acasalamentos
férteis não foram retardados após o término do tratamento, apesar de ter ocorrido redução
marginal no tamanho da ninhada, aumento na duração da gestação e alteração no tempo de
desenvolvimento neonatal. O tratamento durante o período de pré-implantação de ratas fêmeas
acasaladas retardou e/ou interrompeu a implantação embrionária, resultando em gestação
prolongada e redução no tamanho da ninhada, mas o desenvolvimento da ninhada até o desmame
não foi afetado. Estes efeitos reprodutivos são consistentes com o perfil farmacológico de
EVISTA (ver CONTRAINDICAÇÕES).
Foram realizados estudos de teratologia em coelhas e ratas. Em coelhas observaram-se abortos e
um baixo índice de defeitos do septo ventricular (≥ 0,1 mg/Kg) e hidrocefalia (≥ 10 mg/Kg). Em
ratas, ocorreu atraso no desenvolvimento fetal, alterações nas paredes e cavidades do rim (≥ 1
mg/Kg).

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EVISTA é um potente anti-estrógeno no útero das ratas e preveniu o crescimento de tumores
mamários estrógeno-dependentes em camundongos fêmeas e ratas.
Uso durante a gravidez e lactação: EVISTA não deve ser tomado por mulheres com potencial
para engravidar. EVISTA pode causar dano fetal quando administrado a uma mulher grávida. Se
essa droga for usada durante a gravidez ou se a paciente ficar grávida enquanto estiver tomando
esta droga, a paciente deve ser informada do dano potencial para o feto.
EVISTA não deve ser usado por mulheres lactantes (ver CONTRAINDICAÇÕES). Não se sabe
se raloxifeno é excretado no leite humano. EVISTA pode afetar o desenvolvimento do bebê.
Uso pediátrico: a eficácia e segurança não foram estabelecidas em pacientes menores de 18 anos.
Seu uso não é indicado para homens.
Efeito na capacidade de dirigir e operar máquinas: EVISTA tem pouca ou nenhuma influência
sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas.
Este medicamento pode causar doping.
Este medicamento contém LACTOSE. Portanto, deve ser usado com cautela em pacientes
que apresentem intolerância à lactose.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
EVISTA não interage in vitro com a varfarina, fenitoína ou tamoxifeno. A coadministração de
EVISTA e varfarina não altera a farmacocinética de nenhum dos compostos. Contudo, foram
observadas pequenas diminuições no tempo de protrombina; portanto, se EVISTA for
administrado junto com varfarina ou outro derivado cumarínico, o tempo de protrombina deve ser
monitorado. Os efeitos sobre o tempo de protrombina podem aparecer após várias semanas do
início do tratamento com EVISTA em pacientes que já estão em tratamento com anticoagulantes
cumarínicos.
EVISTA não deve ser administrado junto à colestiramina, uma resina de troca aniônica, que reduz
significativamente a absorção e o ciclo entero-hepático de EVISTA. Embora não tenha sido
especificamente estudado, antecipa-se que qualquer outra resina de troca aniônica terá um efeito
similar.
EVISTA não afeta a farmacocinética da digoxina. A distribuição sistêmica de EVISTA não é
afetada pela administração simultânea de carbonato de cálcio e de antiácidos que contenham
alumínio ou hidróxido de magnésio. A administração concomitante de ampicilina reduz as
concentrações máximas de EVISTA. Uma vez que a absorção total e a eliminação de EVISTA
não são afetadas, EVISTA pode ser administrado concomitantemente com a ampicilina.
A administração crônica de EVISTA não afeta a farmacocinética da metilprednisolona dada em
dose única.
A influência da administração concomitante de outros medicamentos na concentração plasmática
de EVISTA foi avaliada nos estudos de prevenção e tratamento. As drogas frequentemente
coadministradas incluíram: paracetamol, drogas anti-inflamatórias não esteroidais (tais como
Aspirina®, ibuprofeno, naproxeno), antibióticos orais, antagonistas-H1 e H2 e benzodiazepínicos.
Não foram identificados efeitos clinicamente relevantes da coadministração desses fármacos
sobre as concentrações plasmáticas de raloxifeno.
Durante o tratamento com EVISTA comumente são observadas as seguintes alterações séricas:
aumento da subfração HDL-2 do colesterol e da apolipoproteína A1 e redução do colesterol total,
LDL colesterol, fibrinogênio, apolipoproteína B e lipoproteína (a). EVISTA aumenta
discretamente as concentrações de hormônios ligados às globulinas, incluindo globulinas ligadas
aos esteroides sexuais (SHBG), globulinas ligadas à tiroxina e globulinas ligadas aos
corticosteroides, com aumentos correspondentes na concentração hormonal total. Não há
evidências que essas alterações afetam as concentrações dos hormônios livres correspondentes.
O uso concomitante de preparações vaginais estrogênicas foi permitido no programa de estudos
clínicos, se necessário para tratar os sintomas de atrofia da vagina. Comparado ao placebo, não
houve aumento no uso nas pacientes tratadas com EVISTA.
Nenhum estudo clínico foi conduzido com o propósito de investigar a possível interação entre
EVISTA e fitoterápicos, nicotina, álcool e exames laboratoriais e não laboratoriais.
Não existe interação entre EVISTA e alimentos. Portanto, pode ser administrado independente
das refeições.

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CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
EVISTA deve ser armazenado em temperatura ambiente (15°C a 30°C). Não congelar. Nestas
condições, o prazo de validade do produto é de 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Aspecto físico
EVISTA é apresentado como comprimidos revestidos, de cor branca e forma elíptica.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

POSOLOGIA E MODO DE USAR


A posologia recomendada é um comprimido de EVISTA uma vez ao dia, administrado por via
oral, podendo ser tomado a qualquer hora do dia, independente das refeições. Não é necessário o
ajuste de dose para pacientes idosos.
Em mulheres com uma dieta baixa em cálcio e vitamina D, recomenda-se administrar
suplementos dessas substâncias.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

REAÇÕES ADVERSAS
Dados de estudos clínicos
Vasodilatação (ondas de calor ou fogachos) foi comumente observada em pacientes tratadas com
placebo e foi moderadamente aumentada em pacientes tratadas com EVISTA. A maioria das
reações adversas que ocorreram durante os estudos clínicos foram leves e não requereram a
descontinuação da terapia. Os principais eventos adversos do raloxifeno e suas frequências são
mostrados nas duas tabelas a seguir:

Tabela 1. Frequência de tromboembolismo venoso em pacientes tratadas com EVISTA (60


mg/dia), através de estudos placebo-controlados com no mínimo 6 meses de duração.
Estudo clínico Frequência: EVISTA Frequência: placebo
Mulheres na pós-menopausa:
3,05/1.000 pacientes - ano 0,81/1.000 pacientes - ano
estudos clínicos de tratamento
(0,9% incidência cumulativa)a (0,2% incidência cumulativa)a
e prevenção da osteoporose
Mulheres na pós-menopausa:
doença cardíaca coronariana 3,88/1.000 pacientes - ano 2,70/1.000 pacientes - ano
documentada ou risco elevado (2,0% incidência cumulativa)b (1,4% incidência cumulativa)b
de eventos coronarianos
a
Duração mediana de exposição foi de 42 meses.
b
Duração mediana de exposição foi de 61 meses.

Reação incomum (>1/1.000 e ≤1/100): tromboembolismo venoso (TEV), inclui trombose venosa
profunda, e embolia pulmonar. Podem ocorrer também outros eventos tromboembólicos venosos.

Tabela 2. Frequência de reações adversas em estudos clínicos placebo-controlados (EVISTA 60


mg/dia).
Doença cardíaca
Tratamento da Prevenção da
coronariana ou risco
osteoporose osteoporose
Evento elevado de eventos
Frequência (%) Frequência (%)
coronarianos
Frequência (%)
Reação muito comum (>1/10)
9,7 24,3 7,8
Vasodilatação/ fogacho
Reação incomum (>1/1.000 e
1,3 0,2a 1,0
≤1/100)

7
Tromboflebite superficial
Reação comum (>1/100 e ≤1/10)
7,0 5,5 12,1
Cãibras/espasmos musculares
Reação comum (>1/100 e ≤1/10)
5,2 3,1 14,1
Edema periférico
Reação comum (>1/100 e ≤1/10)
1,5b 1,0b 3,3c
Colelitíase
a
Relato de um paciente tratado com EVISTA.
b
Nos estudos clínicos de prevenção e de tratamento da osteoporose, EVISTA não diferenciou
estatisticamente do placebo.
c
Taxas de colecistectomia para EVISTA (2,3%) não apresentaram diferenças estatisticamente
significantes do placebo (2,0%).

Eventos relatados pós-lançamento


Distúrbio do sistema linfático e sanguíneo:
Reação incomum (>1/1.000 e ≤1/100): trombocitopeniaa.
Distúrbios do sistema nervoso:
Reação comum (>1/100 e ≤1/10): dor de cabeça, incluindo enxaquecaa.
Reação incomum (>1/1.000 e ≤1/100): acidente vascular cerebral fatal.
Distúrbios vasculares:
Reação muito comum (>1/10 ): vasodilatação (fogachos).
Reação incomum (>1/1.000 e ≤1/100): evento tromboembólico venoso (TEV), incluindo
trombose venosa profunda, embolia pulmonar, trombose da veia retineana, tromboflebite venosa
superficial e reações tromboembolíticas arteriaisa.
Distúrbios gastrointestinais:
Reação muito comum (>1/10): sintomas gastrointestinaisa tais como náusea, vômito, dor
abdominal e dispepsia.
Distúrbios do tecido subcutâneo e da pele:
Reação comum (>1/100 e ≤1/10): erupção da pelea.
Distúrbios dos tecidos conjuntivos e musculoesquelético:
Reação comum (>1/100 e ≤1/10): cãibras nas pernas.
Distúrbios da mama e do sistema reprodutor:
Reação muito comum (>1/100 e ≤1/10): leves sintomas das mamasa tais como dor, aumento e
sensibilidade.
Distúrbios gerais e condições do local de administração:
Reação muito comum (>1/10): síndrome da gripe.
Reação comum (>1/100 e ≤1/10): edema periférico.
Investigação:
Reação muito comum (>1/10): aumento da pressão sanguíneaa.
a
Termo(s) incluído(s) baseado(s) na experiência pós-comercialização.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.

SUPERDOSE
Em estudos clínicos, não foi relatada superdose com raloxifeno. Em estudos clínicos de 8
semanas, doses diárias de 600 mg por dois meses foram bem toleradas.
Em relatos espontâneos pós-lançamento, muito raramente foi relatada superdose (<0,01% das
pacientes tratadas). A superdose mais alta foi de aproximadamente 1,5 g. Não foram relatadas
fatalidades associadas à superdose. Em adultos, sintomas relatados por pacientes que tomaram
mais que 120 mg como ingestão única incluíram cãibras nas pernas e tontura. Em alguns casos,
não foram relatados eventos adversos como resultado de superdose.
Em superdose acidental em crianças com menos de 2 anos de idade, a dose máxima relatada foi
de 180 mg. Em crianças, os sintomas relatados incluem: ataxia, tontura, vômito, erupção cutânea,
diarreia, tremor e vermelhidão, assim como elevação da fosfatase alcalina.
Não há um antídoto específico para EVISTA.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

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Registro MS - 1.1260.0070

Farm. Resp.: Felipe B. Z. da Silva – CRF-SP nº 76.601

Fabricado por:
Lilly del Caribe, Inc. – Carolina – Porto Rico

Embalado por:
Lilly, S.A. – Alcobendas – Espanha

Importado por:
Eli Lilly do Brasil Ltda.
Av. Morumbi, 8264 - São Paulo, SP
CNPJ 43.940.618/0001-44

Venda sob prescrição médica.

Lilly SAC 0800 701 0444


sac_brasil@lilly.com
www.lilly.com.br

Esta bula foi aprovada pela Anvisa em 16/05/2022.

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