Regimes Cambiais
Regimes Cambiais
Regimes Cambiais
Série: 3º ADM
Regimes cambiais
Vale destacar aqui que o sistema cambial pode ser exercido pelas próprias autoridades.
No Brasil, o Banco Central do Brasil (Bacen) é o órgão responsável por fiscalizar a
troca de moedas.
Assim, o regime cambial pode ser compreendido como a maneira pela qual a taxa de
câmbio é formada. Em linhas gerais, ele pode ser fixo ou flutuante. Dentro desses dois
regimes, existem outros tipos específicos.
Trata-se de três tipos de regimes cambiais: câmbio flutuante, câmbio fixo e banda
cambial.
Câmbio flutuante
O câmbio flutuante é baseado na relação entre oferta e demanda. Isso significa que o
governo do país que adota o câmbio flutuante, deixa as moedas oscilarem livremente.
Neste caso, o governo poderá, quando julgar necessário, realizar pequenas intervenções,
comprando ou vendendo papel. Trata-se da política adotada no Brasil atualmente.
Diferente do câmbio fixo e da moeda cambial, ele é considerado o regime que melhor
reflete a realidade do valor de uma determinada moeda.
Desta forma, como o governo realiza pouca interferência nas variações da moeda,
sempre que o câmbio dispara, ele pode adotar outras medidas para o controle da
inflação, sem a necessidade de intervir diretamente no câmbio. Um exemplo de medida
para controlar a inflação é a mudança na taxa Selic.
Câmbio Fixo
O câmbio fixo é um regime cambial que define um valor fixo para a moeda. Isso quer
dizer que o governo estabelece que o câmbio estará vinculado a uma determinada
moeda estrangeira com critérios pré-estabelecidos. Por exemplo, durante um tempo a
Argentina utilizou o câmbio fixo, logo, cada 1 peso valia 1 dólar.
Banda Cambial
Por fim, banda cambial é o regime cambial no qual a autoridade monetária de cada país
define quais serão os limites de flutuação de uma determinada moeda. Por exemplo, o
valor do real só poderá flutuar entre R$3,00 e R$3,50.
Desta forma, assim como acontece com o câmbio fixo, a banda cambial também
representa um instrumento artificial de câmbio.
Na prática, toda vez que as taxas de câmbio saírem dos limites estabelecidos pelo
governo como valor mínimo e máximo, o órgão responsável precisa intervir. Nesse
caso, o seu papel será de comprar ou vender a moeda estrangeira.
Como vimos, o câmbio flutuante, câmbio fixo e banda cambial representam três tipos de
regimes cambiais existentes. De forma resumida:
A principal vantagem do câmbio flutuante é que nele o governo não precisa gastar as
reservas financeiras da nação para manter as cotações da moeda. De certa forma, isso
traz uma proteção econômica para os cofres públicos.
Como vantagens do câmbio fixo, vale destacar a estabilidade cambial e baixa oscilação
no valor da moeda.
Porém, diferente do que acontece com o câmbio flutuante, no fixo, o governo paga caro
para manutenção do valor da moeda.
Quando o câmbio fixo é definido o governo precisa manter a paridade que estabeleceu,
independente do que aconteça no muito.
Desta forma, é necessário gastar reservas financeiras do país para manter o valor da
moeda, o que torna o país mais sensível às ameaças externas.
Por fim, como vantagens da banda cambial, podemos destacar que ela tem alta
previsibilidade no mercado financeiro, além do fato de que as oscilações da moeda são
revistas de tempos em tempos, de acordo com a situação econômica do país e o mercado
externo.
Como desvantagem está o fato de que se trata de um regime artificial, que pode causar
prejuízos para as empresas sediadas no país que o adota.