Regimes Cambiais

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Nome: Álvaro Castro Alves

Série: 3º ADM

Regimes cambiais

O regime cambial, também chamado de sistema cambial, diz respeito a um conjunto de


regras e acordos que determinam como vão acontecer as transações financeiras entre
países.

Desta forma, trata-se de um controle que está relacionado à elaboração de dispositivos


pelas autoridades monetárias.

Vale destacar aqui que o sistema cambial pode ser exercido pelas próprias autoridades.
No Brasil, o Banco Central do Brasil (Bacen) é o órgão responsável por fiscalizar a
troca de moedas.

Assim, o regime cambial pode ser compreendido como a maneira pela qual a taxa de
câmbio é formada. Em linhas gerais, ele pode ser fixo ou flutuante. Dentro desses dois
regimes, existem outros tipos específicos.

Quais são os regimes cambiais existentes?

Trata-se de três tipos de regimes cambiais: câmbio flutuante, câmbio fixo e banda
cambial.

Câmbio flutuante
O câmbio flutuante é baseado na relação entre oferta e demanda. Isso significa que o
governo do país que adota o câmbio flutuante, deixa as moedas oscilarem livremente.

Neste caso, o governo poderá, quando julgar necessário, realizar pequenas intervenções,
comprando ou vendendo papel. Trata-se da política adotada no Brasil atualmente.

Diferente do câmbio fixo e da moeda cambial, ele é considerado o regime que melhor
reflete a realidade do valor de uma determinada moeda.

Desta forma, como o governo realiza pouca interferência nas variações da moeda,
sempre que o câmbio dispara, ele pode adotar outras medidas para o controle da
inflação, sem a necessidade de intervir diretamente no câmbio. Um exemplo de medida
para controlar a inflação é a mudança na taxa Selic.

Câmbio Fixo

O câmbio fixo é um regime cambial que define um valor fixo para a moeda. Isso quer
dizer que o governo estabelece que o câmbio estará vinculado a uma determinada
moeda estrangeira com critérios pré-estabelecidos. Por exemplo, durante um tempo a
Argentina utilizou o câmbio fixo, logo, cada 1 peso valia 1 dólar.

Geralmente, o câmbio fixo é adotado como medida de controle inflacionário em países


que tem uma economia com características de subdesenvolvimento.

Banda Cambial

Por fim, banda cambial é o regime cambial no qual a autoridade monetária de cada país
define quais serão os limites de flutuação de uma determinada moeda. Por exemplo, o
valor do real só poderá flutuar entre R$3,00 e R$3,50.
Desta forma, assim como acontece com o câmbio fixo, a banda cambial também
representa um instrumento artificial de câmbio.

Na prática, toda vez que as taxas de câmbio saírem dos limites estabelecidos pelo
governo como valor mínimo e máximo, o órgão responsável precisa intervir. Nesse
caso, o seu papel será de comprar ou vender a moeda estrangeira.

Como vimos, o câmbio flutuante, câmbio fixo e banda cambial representam três tipos de
regimes cambiais existentes. De forma resumida:

 No câmbio flutuante o mercado atua livremente, sem a intervenção do governo e


com base na oferta e demanda;
 No câmbio fixo é o governo que estabelece critérios para garantir a paridade
entre as moedas;
 Na banca cambial, o governo faz intervenções comprando e vendendo moeda
com o objetivo de garantir a oscilação dentro dos limites mínimos e máximos.

Vantagens e desvantagens do câmbio flutuante

A principal vantagem do câmbio flutuante é que nele o governo não precisa gastar as
reservas financeiras da nação para manter as cotações da moeda. De certa forma, isso
traz uma proteção econômica para os cofres públicos.

Entretanto, como ponto negativo podemos destacar a alta volatilidade e a incerteza no


comércio, já que no câmbio flutuante as moedas mudam de valor diariamente baseadas
na oferta e demanda.

Vantagens e desvantagens do câmbio fixo

Como vantagens do câmbio fixo, vale destacar a estabilidade cambial e baixa oscilação
no valor da moeda.
Porém, diferente do que acontece com o câmbio flutuante, no fixo, o governo paga caro
para manutenção do valor da moeda.

Quando o câmbio fixo é definido o governo precisa manter a paridade que estabeleceu,
independente do que aconteça no muito.

Desta forma, é necessário gastar reservas financeiras do país para manter o valor da
moeda, o que torna o país mais sensível às ameaças externas.

Vantagens e desvantagens da banda cambial

Por fim, como vantagens da banda cambial, podemos destacar que ela tem alta
previsibilidade no mercado financeiro, além do fato de que as oscilações da moeda são
revistas de tempos em tempos, de acordo com a situação econômica do país e o mercado
externo.

Como desvantagem está o fato de que se trata de um regime artificial, que pode causar
prejuízos para as empresas sediadas no país que o adota.

O que é taxa cambial?

Quando se fala em regimes cambiais é importante conhecer outra expressão comum no


dia a dia das operações internacionais: taxa cambial.

A taxa de câmbio, ou simplesmente, taxa cambial, consiste na relação existente entre


moedas de dois países e que resulta no preço de uma delas em relação à outra. Por
exemplo, se a taxa de câmbio do dólar é 5,00, significa que um dólar dos Estados
Unidos custa R$ 5,00.

Além de expressar, de forma quantitativa, a condição de troca de duas moedas, ela


também expressa as relações que são mantidas entre os dois países.
Como os regimes cambiais influenciam nas negociações internacionais?

Nas negociações internacionais e operações de comércio exterior, os regimes cambiais e


a taxa de câmbio são extremamente importantes. Afinal, o câmbio está relacionado a
utilização da moeda na operação e vai fazer toda a diferença no custo total da
negociação mantida entre importador e exportador.
Os profissionais de comércio exterior devem ter conhecimento sobre o fechamento de
câmbio em suas negociações internacionais, desde a etapa de contratação, até a
negociação e liquidação do contrato.

Vídeo sobre regimes cambiais: https://youtu.be/tEHj0ciLV84?si=5QnBp4gsTljldHRo

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