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HumanizaSUS na Atenção

Básica
ATENÇÃO BÁSICA
Estratégica para a reorganização e ampliação da
efetividade dos sistemas de saúde.

Para que isto se cumpra, a ação de equipes de


saúde da família em um território com uma
população referida deveria ser

Capaz tanto de enfrentar necessidades de saúde


expressas na forma de demandas aos serviços

Induzindo gradualmente um sentido organizativo no fluxo assistencial -, como deveria


produzir interferências nos determinantes e condicionantes do processo saúde-
doença, alterando-os, modificando as cadeias produtivas das doenças e dos agravos.
A eficácia e a efetividade da atenção
primária/básica estão diretamente associadas

À capacidade político-institucional das equipes


dirigentes da saúde de organizar o sistema em rede.

É influenciada pela dinâmica de


interação/comunicação que se estabelece

EM CADA UMA DAS EQUIPES


EM CADA UNIDADE
DE ATENÇÃO BÁSICA

O que corresponde à construção de determinadas dinâmicas de intercâmbio,


reposicionamentos no trabalho e capacidade inventiva dos trabalhadores face às
expectativas e exigências ético-político e clínicas da sua ação no território.
É fortemente
influenciada
pela capacidade
do Estado de Produzir e

Efetividade das
práticas de atenção
básica em saúde Implementar
políticas
públicas

Que produzam
justiça social
A atenção primária ganha efetivamente
relevância a partir da Declaração de Alma Ata

Que a apontou como a mais importante


estratégia para atingir a meta de “Saúde para
todos no ano 2000”
Segundo a OMS a Atenção Primária de Saúde (APS) é tida como

A atenção essencial à saúde baseada em práticas e tecnologias cientificamente


comprovadas e socialmente aceitáveis, universalmente acessíveis a indivíduos e
famílias de uma comunidade, a um custo compatível com o estágio de
desenvolvimento de cada país (...).

É função central dos sistemas de saúde de cada país e principal enfoque do


desenvolvimento social e econômico da comunidade.

É o primeiro nível de contato dos indivíduos, família e comunidade com o


sistema de saúde, levando a atenção à saúde mais próxima possível do local onde
as pessoas vivem e trabalham, constituindo o primeiro elemento de um processo
de atenção continuada à saúde.
Principal enfoque do
Função central dos sistemas
desenvolvimento social e
de saúde
econômico da comunidade

Atenção Primária
de Saúde (APS)

Primeiro elemento de um
Primeiro nível de contato processo de atenção
continuada à saúde.
Atenção Primária de Saúde e Atenção
Básica são expressões comumente Onde se oferta
utilizadas para se referir: um conjunto de
serviços e ações
Ao nível de
atenção mais Capazes de interferir
elementar de um positivamente sobre a
sistema de saúde maioria das
necessidades de saúde
Constiutindo-se no primeiro e preferencial de uma determinada
contato da população como o sistema de saúde. população
Este nível de assistência tem sido considerado como a “porta de
entrada” do sistema de saúde, a partir de onde se estabeleceriam
relações com níveis de média e alta complexidade/custo.
Se destina a atuar em alguns pontos
A atenção básica não se apresenta estratégicos, sobretudo aqueles atinentes à
dotada de capacidade de ordenar o ação da saúde pública em que são
sentido da organização sanitária necessárias intervenções coletivas, a
exemplo do controle de doenças infecto-
Nem de orientar o cuidado contagiosas e da vigilância sanitária e
epidemiológica.

De outra parte, a atenção básica passa a ser identificada como um conjunto de ações
mínimas destinadas a populações que não têm acesso à medicina de mercado. De
imediato a atenção básica passa a ser funcional a um sistema iníquo e injusto, ofertando
“cestas de ações clínicas mínimas” para populações excluídas (COSTA, 1998).
Atenção Básica como “Porta de entrada”

Significa o lugar por onde se entra para


acessar as ações básicas

Não necessariamente o lugar onde se constrói contratos


de cuidado baseados em vínculos terapêuticos
equipe/trabalhador-usuários/população, a partir do que
se estabelecem e se regulam as relações com demais
serviços da rede de cuidados.
A atenção básica é o primeiro nível atenção

Correspondendo aos serviços ambulatoriais


médicos de primeiro contato não
especializados

Incluindo ou não amplo espectro de ações de saúde pública e


de serviços clínicos direcionados a toda população
E onde reside a complexidade da atenção básica?

Uma resposta primeira: EM MUITOS LUGARES.

A atenção básica não se restrige a ação sanitária do tipo


minimalista (pacote básico de ações clínicas), ou está restrita a
ações ao campo da saúde coletiva;

Tão pouco se resume à realização exclusiva de ações não-


assistenciais (programas de vigilância sanitária, de controle de
vetores, de saneamento, de educação em saúde, etc), embora
estas sejam absolutamente relevantes.
A atenção básica articula ações de

Promoção Cura e O que exige a composição e articulação


Reabilitação de saberes e práticas interdisciplinares.
Prevenção

Ação longitudinal, de seguimento, que


requer

A construção de vínculo e
corresponsabilização, bem como
O uso de tecnologias de trabalho como
projetos terapêuticos singulares,
interconsultas, grupos de discussão, entre
outros, o que recombina ofertas
tradicionais baseadas, mormente, em
consultas individuais por profissionais.
Funções previstas para a atenção básica
Coordenação dos serviços de saúde Permitindo racionalização do uso de todos os
recursos, tanto básicos como especializados,
Integração da atenção fornecida em
direcionados para
algum outro lugar do sistema
A promoção
A atenção básica além de se constituir em importante
local de contato entre população e sistema de saúde A manutenção e
Fornecer atenção para os problemas e agravos de saúde Melhora da saúde.
mais frequentes, produzir cuidado longitudinal, articular
ações assistenciais e não assistenciais, entre outros.
Se apresenta como estratégia de organização da atenção à saúde,
de onde se formariam compromissos e contratos sanitários que
dão forma e concretude a redes de cuidados.
A atenção básica, portanto, deveria ser concebida como

Ethos fundamental na produção de saúde em


sistemas integrados

Sendo responsável pela resolutividade da maioria dos problemas


sanitários do conjunto da população, agindo sobre um território.

Elemento estratégico da integração das diferentes formas e


modalidades de cuidado, orientado pelas diretrizes das
políticas públicas, no caso brasileiro a base discursiva do SUS.
A Política de Atenção Básica no Brasil

A atenção básica no Brasil se constitui


como política de saúde só muito
recentemente e tem como marco

A implantação do Programa de Saúde


da Família (PSF) em 1994, que a partir
de 2006 é transformada em Estratégia
da Saúde da Família (ESF).
Segundo a Portaria de Consolidação nº 02 d e2017, anexo XXII, a atenção
básica se caracteriza como:
...conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção,
proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância
em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada
com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes
assumem responsabilidade sanitária.
A Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de
comunicação da RAS, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e
serviços disponibilizados na rede.
A Atenção Básica será ofertada integralmente e gratuitamente a todas as
pessoas, de acordo com suas necessidades e demandas do território,
considerando os determinantes e condicionantes de saúde.
Atenção Básica, Disponibilidade e Formação Específica de Profissionais
Um dos problemas que mais afetam os serviços diz respeito
à falta de profissionais e à dificuldade de fixação destes
profissionais (alta rotatividade).
Se destacarmos a questão do profissional médico na
atenção básica, pode-se dimensionar alguns dos
desdobramentos políticos e estruturais necessários.
É sabidamente grande a dificuldade de fixar estes
profissionais na Atenção Básica, principalmente
especialistas em atenção básica.
No Brasil ainda há uma inversão perversa. A menor parte das vagas de residência
médica, por exemplo, é destinada a especialistas em atenção básica. A maior parte
das vagas são destinadas para residências médicas predominantemente hospitalares.
Coordenação Clínica e Função Filtro
A coordenação clínica e a função filtro requerem uma inserção qualificada da
Atenção Básica na rede assistencial. Para isto os tipos de contratos entre outros
serviços do SUS e atenção básica, assim como a própria concepção de gestão,
precisam ser qualificados.
A função filtro atribui para a atenção primária, menos uma prerrogativa
burocrática de triagem, do que uma capacidade técnica.
Os profissionais da atenção básica têm que desenvolver uma capacidade
especial de distinguir situações que requerem a atuação de serviços
especializados num contexto de baixa prevalência.
Mas a capacidade de filtragem dos pacientes que necessitam de acesso a outros
serviços precisa estar também acompanhada de uma outra função muito
importante da atenção básica que é da coordenação clínica.
Coordenar na Atenção Básica requer um esforço de compreensão dos problemas
mais graves, de entendimento das diversas opções de cada especialista
envolvido e um diálogo aberto em diversas direções.

Na sua clientela adscrita, tenha ela as características que tiver.


Fazer a coordenação implica

Uma disponibilidade para o diálogo interdisciplinar com


a ousadia de pensar para além de cada uma delas
Avaliando a validade real das propostas de cada uma,
para cada usuário em cada momento.

Muitas vezes parte desta atividade de coordenação é


chamada de “advocacia” em favor do usuário
O Desafio da Gestão da Atenção Básica
O problema da “ocupação inadequada” de cargos
gerenciais do SUS

As funções gerenciais mais importantes

A valorização dos profissionais do SUS

Gestão do SUS e a participação dos usuários: um


convite à democracia direta e ao profissionalismo

A proposta de Equipe de Referência e Apoio


Matricial
Redes e Atenção Básica

A rede é utilizada para indicar a necessidade de


conexões.

Mas as redes também tendem à produção de


suas próprias normas e ao isolamento.

Redes indicam relações mais horizontalizadas,


estão sempre em formação e poderiam lidar
melhor com a complexidade e a diversidade.

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