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DIRETRIZES NACIONAIS PARA

A PREVENÇÃO DO SUICÍDIO
Profª Ma. Fabíola Izaias
AULA 4
LEGISLAÇÕES SOBRE PREVENÇÃO DO SUICÍDIO NO BRASIL

1. Portaria 2542, 22 de dezembro de 2005 (Ministério da Saúde);


• Institui Grupo de Trabalho com o objetivo de elaborar e implantar a Estratégia Nacional de
Prevenção ao Suicídio.
2. Portaria 1876, 14 de agosto de 2006 (Ministério da Saúde – Agenor Álvares);
• Institui Diretrizes Nacionais para Prevenção do Suicídio, a ser implantadas em todas as
unidades federadas, respeitadas as competências das três esferas de gestão. 2012, DF
3. Lei 13819, 26 de abril de 2019.
• Institui a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, a ser
implementada pela União, em cooperação com os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios; e altera a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998.
4. Decreto 10225, 5 de fevereiro de 2020. (Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta)
• Institui o Comitê Gestor da Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio,
regulamenta a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio e estabelece
normas relativas à notificação compulsória de violência autoprovocada.
PORTARIA 1876/2006

• Populações vulneráveis para comportamentos suicidas: indivíduos com


transtornos psíquicos, especialmente as depressões; indivíduos que já
tentaram suicídio; usuários de álcool e outras drogas; populações
residentes e internadas em instituições específicas (clínicas, hospitais,
presídios e outros); adolescentes moradores de rua, gestantes e/ou
vítimas de violência sexual; trabalhadores rurais expostos a determinados
agentes tóxicos e/ou a precárias condições de vida; indivíduos portadores
de doenças crônico-degenerativas; indivíduos que convivem com o
HIV/AIDS e populações de etnias indígenas, entre outras (adolescentes e
jovens, população LGBT, pessoas idosas do sexo masculino).
PORTARIA 1876/2006
Art. 2° Estabelecer que as Diretrizes Nacionais para Prevenção do Suicídio sejam organizadas
de forma articulada entre o Ministério da Saúde, as Secretarias de Estado de Saúde, as
Secretarias Municipais de Saúde, as instituições acadêmicas, as organizações da sociedade
civil, os organismos governamentais e os não-governamentais, nacionais e internacionais,
permitindo:
I - desenvolver estratégias de promoção de qualidade de vida, de educação, de proteção e de
recuperação da saúde e de prevenção de danos;
II - desenvolver estratégias de informação, de comunicação e de sensibilização da sociedade
de que o suicídio é um problema de saúde pública que pode ser prevenido;
III - organizar linha de cuidados integrais (promoção, prevenção, tratamento e recuperação)
em todos os níveis de atenção, garantindo o acesso às diferentes modalidades terapêuticas;
IV - identificar a prevalência dos determinantes e condicionantes do suicídio e tentativas,
assim como os fatores protetores e o desenvolvimento de ações intersetoriais de
responsabilidade pública, sem excluir a responsabilidade de toda a sociedade;
PORTARIA 1876/2006
V - fomentar e executar projetos estratégicos fundamentados em estudos de custo-
efetividade, eficácia e qualidade, bem como em processos de organização da rede
de atenção e intervenções nos casos de tentativas de suicídio;
VI - contribuir para o desenvolvimento de métodos de coleta e análise de dados,
permitindo a qualificação da gestão, a disseminação das informações e dos
conhecimentos;
VII - promover intercâmbio entre o Sistema de Informações do SUS e outros
sistemas de informações setoriais afins, implementando e aperfeiçoando
permanentemente a produção de dados e garantindo a democratização das
informações; e
VIII - promover a educação permanente dos profissionais de saúde das unidades
de atenção básica, inclusive do Programa Saúde da Família, dos serviços de saúde
mental, das unidades de urgência e emergência, de acordo com os princípios da
integralidade e da humanização.
Comitê Gestor: Plano Nacional de Prevenção e Enfrentamento do Suicídio
no Brasil, Agenda de Ações Estratégicas, além de outras atividades
Eixo I: Vigilância e Qualificação da Informação:
A. Qualificação das notificações de tentativas de suicídio
(notificação compulsória em até 24h).
B. Qualificação do diagnóstico e registro da causa de
óbito.
C. Qualificação das informações.
D. Pesquisas e disseminação de informações.
Eixo II: Prevenção do Suicídio e Promoção da Saúde:
E. Articulação inter e intrasetorial.
F. Comunicação.
Eixo III: Gestão e Cuidado:
E. Pactuação de estratégias e fluxos de atenção à saúde
local.
F. Educação permanente.

CULTURA DA PAZ / POPULAÇÕES INDÍGENAS


PORTARIA 3491/17
LEI 13819/2019

Art. 3º São objetivos da Política Nacional de Prevenção da Automutilação e


do Suicídio (PNPAS):
I – promover a saúde mental;
II – prevenir a violência autoprovocada;
III – controlar os fatores determinantes e condicionantes da saúde mental;
IV – garantir o acesso à atenção psicossocial das pessoas em sofrimento
psíquico agudo ou crônico, especialmente daquelas com histórico de ideação
suicida, automutilações e tentativa de suicídio;
V – abordar adequadamente os familiares e as pessoas próximas das vítimas
de suicídio e garantir-lhes assistência psicossocial;
LEI 13819/2019
VI – informar e sensibilizar a sociedade sobre a importância e a relevância das
lesões autoprovocadas como problemas de saúde pública passíveis de
prevenção;
VII – promover a articulação intersetorial para a prevenção do suicídio,
envolvendo entidades de saúde, educação, comunicação, imprensa, polícia,
entre outras;
VIII – promover a notificação de eventos, o desenvolvimento e o aprimoramento
de métodos de coleta e análise de dados sobre automutilações, tentativas de
suicídio e suicídios consumados, envolvendo a União, os Estados, o Distrito
Federal, os Municípios e os estabelecimentos de saúde e de medicina legal, para
subsidiar a formulação de políticas e tomadas de decisão;
IX – promover a educação permanente de gestores e de profissionais de saúde
em todos os níveis de atenção quanto ao sofrimento psíquico e às lesões
autoprovocadas.
LEI 13819/2019

Art. 4º O poder público manterá serviço telefônico para recebimento de


ligações, destinado ao atendimento gratuito e sigiloso de pessoas em
sofrimento psíquico.
§ 1º Deverão ser adotadas outras formas de comunicação, além da prevista
no caput deste artigo, que facilitem o contato, observados os meios mais
utilizados pela população.
§ 2º Os atendentes do serviço previsto no caput deste artigo deverão ter
qualificação adequada, na forma de regulamento.
§ 3º O serviço previsto no caput deste artigo deverá ter ampla divulgação em
estabelecimentos com alto fluxo de pessoas, assim como por meio de
campanhas publicitárias
LEI 13819/2019

Art. 6º Os casos suspeitos ou confirmados de violência autoprovocada são de


notificação compulsória pelos:
I – estabelecimentos de saúde públicos e privados às autoridades sanitárias;
II – estabelecimentos de ensino públicos e privados ao conselho tutelar.

Art. 10º A Lei 9656/98 passa a vigorar acrescida do seguinte art. 10-C:
“Art. 10-C Os produtos de que tratam o inciso I do caput e o § 1º do art. 1º
desta Lei deverão incluir cobertura de atendimento à violência autoprovocada e
às tentativas de suicídio.”
DECRETO 10225/20
INTEGRANTES DO COMITÊ PNPAS ALGUMAS ATRIBUIÇÕES DE CADA UM DOS INTEGRANTES DO COMITÊ GESTOR DA
COM DIREITO À VOTO PNPAS
MINISTÉRIO DA MULHER, FAMÍLIA Estimular os setores governamentais das gestões federal, estadual, distrital e
E DIREITOS HUMANOS municipal, e a sociedade civil, para atuar sobre os determinantes sociais
relacionados com o fenômeno da automutilação e do suicídio
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Propor fluxos, normas e diretrizes para o registro de notificações compulsórias
provenientes das instituições de ensino públicas e privadas. Promover a capacitação
dos gestores, dos professores e da comunidade escola
MINISTÉRIO DA CIDADANIA Apoiar a mobilização da rede de ofertas socioassistenciais governamentais e não
governamentais das três esferas de governo para a prevenção da automutilação e
do suicídio. Educação permanente dos profissionais do SUAS.
MINISTÉRIO DA SAÚDE Promover o acesso e a qualidade dos serviços destinados a pessoas em situação de
risco de automutilação e tentativa de suicídio, além de oferecer cuidado integral e
atenção multiprofissional, de maneira interdisciplinar, em conjunto com os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Regular e organizar as demandas e os
fluxos assistenciais das Raps. Responsável pelas ações referentes ao sistema
telefônico de que trata o art 4º da lei 13819.

No prazo de cento e oitenta dias, contado da data de publicação deste Decreto, deverá ser elaborado plano de ação com as
atividades propostas pelo Comitê Gestor da Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio
CRÍTICAS QUE PODEM SER LEVANTADAS ÀS ESTRAÉGIAS DE
PREVENÇÃO À AUTOMUTILAÇÃO E SUICÍDIO NO BRASIL:

1. Continuamos sem um plano de ação nacional para prevenção do suicídio.


2. Em 10 de setembro de 2020 foi assinada a Portaria nº 2.403/2020, que designa
os membros do Comitê Gestor da PNPAS. Na mesma data, o governo lançou a
série “Ações de Educação em Saúde em Defesa da Vida”.
3. Incongruência entre os objetivos propostos tanto na Lei 13819/19, como do
decreto 10225/20 com as propostas de mudanças na Política Nacional sobre
Drogas, quanto na Política Nacional de Saúde Mental, já que essas propostas
caminham no sentido tanto de “ultraespecializar” as demandas de saúde
mental como de retirar os espaços próprios de ressocialização dos indivíduos
com transtornos mentais.
CRÍTICAS QUE PODEM SER LEVANTADAS ÀS ESTRAÉGIAS DE
PREVENÇÃO À AUTOMUTILAÇÃO E SUICÍDIO NO BRASIL:

4. Incongruência entre o inciso III do artigo 3º “controlar os fatores determinantes e


condicionantes da saúde mental” com as políticas de porte de armas e acesso a
agrotóxicos do atual governo – o Decreto n º 9.785/19 ampliou a posse, o porte e
a venda de armas de fogo no Brasil. Também em 2019, houve recorde histórico
de liberação de comercialização de agrotóxicos.
5. Discurso que minimiza o papel do fator etnia indígena como fator de risco
significativo para o desenvolvimento de comportamento suicidas
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