artigo-007
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Publicado em:16/12/2024
DOI: 10.33872/conversaspsico.v5n2.e007
CONTRIBUIÇÕES DA NEUROPSICOPEDAGOGIA NO
ATENDIMENTO A CRIANÇA AUTISTA
Aparecida de Fátima de Sá Morais1
ABSTRACT: This study aims to verify the relevance of the work of the
neuropsychopedagogue in the work with the child with autism spectrum disorder (ASD),
analyzing through a bibliographical research it seeks to understand the contribution of
Neuropsychopedagogy in the acquisition of new knowledge and new ASD student skills,
as it understands that Neuropsychopedagogy is a great ally for learning special students,
as it gathers knowledge from neuroscience, psychology, and pedagogy. This study
1
Pedagoga pela Universidade Estadual de Montes Claros; Especialista em Docência na Educação
Profissional e Tecnológica pelo Instituto Federal do Norte de Minas Gerais; Especialista em
Neuropsicopedagogia Clínica pela Faculdade Venda Nova do Imigrante; e Graduanda do Curso de Terapia
Ocupacional pela UniFatecie. E-mail: cidasaesp@gmail.com
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becomes relevant for providing more research in this area of study. This work was carried
out through a bibliographical research of scientific articles from periodicals in the area of
study, consultation of books on autism and Health websites, Google Scholar and the
database of the Scientific Electronic Library Online - SciELO.
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
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de seleção incluíram a relevância dos autores, a qualidade das publicações e a pertinência
do conteúdo em relação aos objetivos da pesquisa.
As informações coletadas foram organizadas e analisadas criticamente,
permitindo a identificação de padrões, tendências e lacunas na literatura existente. Essa
análise possibilitou uma reflexão mais ampla sobre o tema, contribuindo para a
formulação de novas hipóteses e para o desenvolvimento de discussões fundamentadas.
Além disso, a pesquisa bibliográfica permitiu uma abordagem comparativa entre
diferentes estudos, enriquecendo a compreensão do fenômeno investigado. A partir das
contribuições teóricas encontradas, foi possível estabelecer um referencial sólido para as
argumentações apresentadas ao longo do trabalho.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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que em meninas, podendo apresentar-se isoladamente ou em comorbidade com outros
transtornos e doenças.
Estudos revelam um aumento dos casos de autismo nas últimas décadas. O Censo
escolar do Brasil registrou um aumento de 280% no número de estudantes com TEA
matriculados em escolas públicas e particulares apenas no período entre 2017 e 2021. No
Brasil, dados da Organização Mundial da Saúde, sugerem a existência de dois milhões de
autistas, mas esta estimativa é considerada desatualizada. Nos Estados Unidos segundo
os dados estatístico publicados em março de 2020 pelo CDC (Centers for Disease Control
and Prevention — o Centro de Controle de Doenças e Prevenção do governo a prevalência
de autismo: 1 para 54. O aumento é de 10% em relação ao número anterior, de 2014, que
era de 1 para 59.
Com aumento de diagnósticos, os estudos das causas e características do TEA se
transformaram em um tema central da área de neurodesenvolvimento. O ensinar e o
aprender passam a ser um os grandes desafios da educação contemporânea para a escola
e para a família no que diz respeito à inclusão de estudantes com Transtorno do Espectro
Autista (TEA).
[...] As investigações referentes às crianças com diagnóstico do
Transtorno do Espectro Autista (TEA) cresceram consideravelmente
nos últimos anos, de modo a intensificar a compreensão etiológica,
sintomatológica e terapêutica. Nesse sentido, há uma modificação na
significação dada para este grupo da sociedade, de modo a criar
medidas que possibilitem a inclusão deste nos mais variados contextos
da sociedade (Gonçalves, 2017).
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Conhecer as características individuais de cada criança autista torna-se o primeiro
passo para traçar estratégias de aprendizagem e avaliação, pois é a partir das necessidades
pessoais, da sua realidade e vivência, que é possível proporcionar novas oportunidades
de experiência e novos conhecimentos.
A heterogeneidade das manifestações clínicas do TEA exige abordagens
terapêuticas e educacionais individualizadas e eficazes. Neste contexto, a
neuropsicopedagogia emerge como uma área do conhecimento com potencial
significativo para promover o desenvolvimento e a inclusão de crianças e jovens com
TEA.
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Na avaliação o neuropsicopedagogo dispõe de uma vasta gama de instrumentos e
técnicas para auxiliar no desenvolvimento e aprendizagem de seus pacientes,
especialmente aqueles com necessidades específicas como o Transtorno do Espectro
Autista (TEA). A escolha dos instrumentos é personalizada e depende de uma avaliação
criteriosa que considere o perfil neuropsicológico do indivíduo, suas dificuldades e seus
pontos fortes.
Contudo, o profissional da Neuropsicopedagogia deve se orientar à quais
protocolos e testes podem ser utilizados em suas avaliações, pois existem testes
padronizados privativos para psicólogos e fonoaudiólogos. Sobre isso, a Nota Técnica n°
02/2017 afirma que o neuropsicopedagogo deve consultar o site http://satepsi.cfp.org.br/,
no item instrumentos não privativos de psicólogos, e verificar os instrumentos (testes,
escalas) que estão favoráveis ao uso, pois há possibilidade do teste/escala ser considerado
desfavorável em determinado momento para reestudo. Segundo o código de ética
profissional do psicólogo o termo NÃO PRIVATIVO, trata-se de instrumento que pode
ser utilizado tanto pela Psicologia quanto por outras profissões.
Através de testes neuropsicológicos, escalas comportamentais e observação
clínica, o neuropsicopedagogo realiza uma avaliação detalhada, identificando as áreas
que requerem maior atenção e as habilidades a serem desenvolvidas. Após, a avaliação e
de acordo com os resultados é elaborado um plano de atendimento individual e acordado
a intervenção.
Menezes et al (2019) enfatiza que para um desenvolvimento pleno da
aprendizagem, o autista necessita de uma intervenção estruturada, com organização do
espaço, material, atividades e rotinas de trabalhos bem elaborados, amparados de apoio
visual.
Entre os diversos instrumentos de intervenção utilizados pelo
neuropsicopedagogo no atendimento nos casos TEA, destaca-se o ABA, cujo objetivo é
desenvolver habilidades e comportamentos que uma pessoa com TEA não possui.
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a sua aprendizagem e promover o seu desenvolvimento e autonomia
(Neto et al., 2013)
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contribuindo assim, para o desenvolvimento das funções executivas de forma
integrativa com as funções cognitivas e conativas. Por meio da aplicação de
intervenções neuropsicopedagógicas, é possível potencializar o desenvolvimento das
funções executivas, habilidades sociais e linguísticas, além de promover a regulação
emocional e comportamental.
A aprendizagem de crianças com TEA ainda é um desafio para muitos, pois
requer o conhecimento personalizado de como o cérebro de cada aluno aprende, quais
são as suas capacidades e limitações. Com isso, traçar estratégias terapêuticas e
curriculares que favoreçam o aprendizado, além de contribuir para a diminuição da
ansiedade, buscando adaptações curriculares a partir de sua vivência e das
habilidades já adquiridas.
Cada vez mais tem se intensificado os estudos aliados a neurociência, a
psicologia e a educação, com o intuito de alcançar maneiras eficazes de impulsionar
o aprendizado. Com isso, o trabalho neuropsicopedagógico propõe a criação de
estratégias e utilização de recursos visuais, tecnológicos, musicoterápicos, ou outros
que se adequem ao perfil da criança, a fim de potencializar as habilidades,
proporcionar novas aprendizagens e maximizar as chances de aprendizagem da
criança especial.
A atuação do neuropsicopedagogo é um trabalho com novos propósitos dentro do
desenvolvimento humano, usando técnicas de estímulos para desenvolver a
aprendizagem, não se concentrando apenas no desenvolvimento intelectual do sujeito,
mas também em seu desenvolvimento social e emocional, levando em consideração sua
individualidade, habilidades, limitações, além de suas relações familiares.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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ALMEIDA, M.R.C; BOHN, C.Z; HUBER, C.M. A inclusão do autista no mercado de
trabalho através de uma experiência de ensino-aprendizagem. Salão do
Conhecimento, v. 2, n. 2, 2016.
JUNIOR. FRANCISCO PAIVA. Prevalência de autismo nos EUA sobe 10%: agora é
1 para 54; 2020 Disponível em https://tismoo.us/ciencia/novo-estudo-do-cdc-sugere-
prevalencia-de-1-autista-a-cada-44-criancas-nos-eua/
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MAZZOTTA, M.J.S. Educação Especial no Brasil: história e políticas públicas. 5ª
Ed. São Paulo. Cortez, 2009.
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