1685 37 - Material Didático - Bioquimica
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NUTRIÇÃO
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
Núcleo de Ensino a Distância
Créditos e Copyright
P436b
Bioquímica / Paulo Eduardo Pereira. Atualizado por Paulo Eduardo Pereira - Santos,
2023.
85 f.
CDD 574.192
Este curso foi concebido e produzido pela UNIMES Virtual. Eventuais marcas aqui
publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários.
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SUMÁRIO
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rápida será a difusão. A difusão simples não é saturável, ou seja, quanto maior o
gradiente de concentração de moléculas maior será a taxa de difusão.
• Difusão facilitada:
o As moléculas grandes são excluídas da difusão simples.
o A difusão facilitada ocorre por meio de proteínas carreadoras
especializadas localizadas na membrana celular. Elas formam um canal entre o meio
intracelular e o meio extracelular são especificas para as moléculas transportadas.
o A difusão facilitada ocorre a favor do gradiente de concentração, é mais
rápida que a difusão simples.
o A difusão facilitada por ocorrer por:
▪ Canais proteicos específicos que quando aberto permitem que íons
sejam transportados.
▪ Transportadores únicos que facilitam o transporte de moléculas como
a glicose. Neste caso o transportador é denominado de GLUT.
▪ Transportadores duplos que realizam cotransporte, ou seja,
transportam duas moléculas simultaneamente.
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A água é uma substância incolor, inodora (que não exala nem possui cheiro)
e insípida (sem sabor). A vida depende da água e apesar de aos nossos sentidos
apresentar uma aparência suave ela não é inerte, tem implicações importantes para
as funções celulares e devido às suas propriedades físicas únicas a água é um
poderoso solvente.
A molécula de água é formada por dois átomos de hidrogênio e um átomo de
oxigênio. Cada átomo de hidrogênio de uma molécula de água compartilha por meio
de uma ligação covalente um par de elétrons com o átomo de oxigênio sendo a
distância da ligação O-H de 0,9584Å (1Å=10-10m) e o ângulo formado pelos três
átomos de 104,5º.
Fonte: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed
Editora, 2018.
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Fonte: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed
Editora, 2018.
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Fonte: VOET, Donald; VOET, Judith G.; PRATT, Charlotte W. Fundamentos de Bioquímica. Artmed
Editora, 2014.
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Caso uma substância apolar seja adicionada a uma solução, ela não se
dissolverá, neste caso será observado o efeito hidrofóbico, ou seja, a água tentará
minimizar o seu contato com a substância hidrofóbica.
O efeito hidrofóbico é observado em muitas moléculas, como proteínas,
membranas celulares, agregados moleculares. Estas moléculas adotam as suas
formas em resposta ao efeito hidrofóbico.
Curiosamente, a maioria das moléculas biológicas apresentam regiões
apolares e regiões polares, desta forma são consideradas moléculas anfipáticas.
Diz-se que uma molécula é anfipática quando apresenta em sua estrutura uma
região hidrofóbica e uma região hidrofílica.
Provavelmente, você está se perguntando: como é que as moléculas
anfipáticas se comportam quando colocadas em um solvente aquoso? A porção
hidrofílica das moléculas anfipáticas acabam sendo hidratadas pela água, por outro
lado a porção hidrofóbica das moléculas anfipáticas são “excluídas” pela água.
Quando esta situação acontece, temos a formação de agregados estruturalmente
ordenados: micelas ou bicamadas.
As micelas e as bicamadas são agregadas constituídas por moléculas
anfipáticas organizadas de maneira que a porção hidrofílica na superfície do
agregado possa interagir com o solvente aquoso, enquanto os grupos hidrofóbicos
se associam no centro, longe do solvente.
Fonte: VOET, Donald; VOET, Judith G.; PRATT, Charlotte W. Fundamentos de Bioquímica. Artmed
Editora, 2014.
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Figura. Osmose
Fonte: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed
Editora, 2018.
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Figura. Pressão osmótica.
Fonte: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed
Editora, 2018.
Fonte: VOET, Donald; VOET, Judith G.; PRATT, Charlotte W. Fundamentos de Bioquímica.
Artmed Editora, 2014.
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Fonte: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed
Editora, 2018.
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A ionização da água que também pode ser apresentada como uma reação de
dissociação é descrita por uma expressão de equilíbrio, com a concentração da
“substância-mãe” no denominador e as concentrações dos produtos dissociados no
numerador. A partir da expressão de equilíbrio é possível então determinar a
constante de equilíbrio:
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Pronto, após resolvermos todas estas equações temos que o produto iônico
da água é constante, sendo que quando a concentração de H+ é maior que 1x10–7M,
a concentração de [OH–] deve ser menor que 1x10–7 M, e vice-versa.
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Agora, você deve estar se preguntando: mas porque foram necessários todos
estes cálculos? A resposta é simples: para que possamos entender adequadamente
o que significa o potencial hidrogeniônico, geralmente conhecido apenas pela sua
abreviação, pH.
A escala de pH indica as concentrações de H+ e OH- em uma solução. O
produto iônico da água, Kw, é a base para a escala de pH. É um meio conveniente
de designar a concentração de H+ e de OH– em qualquer solução aquosa. O pH é
definido pela expressão:
Finalmente, podemos concluir que para uma solução neutra o pH será sempre
7. Quanto mais alto for o pH, menor será a concentração de H +; quanto menor for o
pH, maior será a concentração de H+. O pH da água pura é 7,0, ao passo que
soluções ácidas têm pH menor que 7,0 e soluções básicas têm pH maior que 7,0.
Figura. Escala de pH
Fonte: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed
Editora, 2018.
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Por outro lado, os ácidos fracos dissociam-se muito pouco, até atingir o
equilíbrio da reação, por exemplo:
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É muito provável que você, a partir das informações discutidas até o momento,
saiba que os ácidos quando adicionados no meio aquoso liberam prótons H + e que
conforme a concentração de H+ aumenta o pH do meio diminui. Sim, se você pensou
isso, o seu pensamento está correto e indica que o conteúdo árduo e complexo do
temido tema equilíbrio acidobásico foi compreendido.
Então, para finalizar está aula vamos recapitular o conceito de base: bases
são substâncias que no meio aquoso consome prótons, aumentando assim o pH,
logo o pH fica alcalino, acima de 7.
Imagine o seguinte experimento: adicione uma gota de 0,01mL de ácido
clorídrico (HCl) a 1L de água pura. O que acontecerá? Essa é fácil, o pH do meio
será reduzido visto que o ácido clorídrico é um ácido forte, ou seja, será totalmente
dissociado liberando prótons H+. Agora imagine essa situação acontecendo no seu
organismo, essa redução do pH seria suportada pelo seu organismo? A resposta é
não, pois pequenas mudanças no pH podem afetar as estruturas e as funções de
moléculas biológicas de modo drástico. A manutenção de um pH relativamente
constante é fundamental para a manutenção da vida.
O pH plasmático é de aproximadamente 7,4 e não deve sofrer grandes
variações, caso contrário há risco de morte. Decréscimos a valores próximos de 7,0
resulta em sérias consequências fisiológicas. Intracelularmente, o mesmo quadro se
repete, caso o pH intracelular seja alterado a atividade enzimática será
comprometida logo, as reações fundamentais para o adequado funcionamento
celular serão prejudicadas.
Bom, é provável que você já tenha compreendido que o pH fisiológico tanto
sanguíneo quanto do meio intracelular precisa ser mantido constante, evitando
grandes variações, mas como será que isso é possível? A resposta é relativamente
simples: o nosso organismo apresenta algumas substâncias como íons fosfato,
bicarbonato, proteínas, que têm como função tamponar, neutralizar, as moléculas
ácidas evitando com que grandes variações do pH ocorram.
Íons fosfato e bicarbonato são agentes tamponantes importantes. Além do
mais, muitas moléculas biológicas, como as proteínas e alguns lipídeos, bem como
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muitas moléculas orgânicas pequenas, têm vários grupos ácido-base que são
componentes tamponantes efetivos. Observe as figuras abaixo:
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REFERÊNCIAS
BERG, Jeremy M.; TYMOCZKO, John L.; STRYER, Lubert. Bioquímica. In:
Bioquímica. 2014. p. 1184-1184.
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Aula 05_Aminoácidos
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Fonte: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed
Editora, 2018.
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Figura. Estrutura geral de um α-aminoácido
Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
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Figura. Exemplo de aminoácidos estereoisômeros
Fonte: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed
Editora, 2018.
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Aula 06_Proteínas
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Fonte: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed
Editora, 2018.
• Estrutura primária;
• Estrutura secundária;
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• Estrutura terciária;
• Estrutura quaternária.
Fonte: http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/introducao_proteinas/
Fonte: http://biowoohoo.blogspot.com/2010/05/proteinas-e-suas-estruturas-secundaria.html
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Fonte: https://www.planetabiologico.com.br/bioquimica/proteinas-funcao-tipos-estrutura-importancia-
resumo/
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Fonte: https://gostamosdebioquimica.files.wordpress.com/2011/05/proteinas-estrutura-
quaternaria.pdf
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As proteínas são constituídas por cadeias polipeptídicas que por sua vez são
constituídas por aminoácidos. Considerando os níveis estruturas das proteínas
explicados na aula anterior, é possível estabelecer dois grupos nos quais as
proteínas podem ser classificadas: proteínas globulares e proteínas fibrosas.
A proteínas globulares apresentam cadeias polipeptídicas dobradas em forma
esférica ou globular (figura 1). Em geral, as proteínas globulares são constituídas por
vários tipos de estruturas secundárias. Quanto à função, as proteínas globulares
estão presentes no organismo como enzimas, catalisando as reações químicas.
Fonte: http://qnint.sbq.org.br/novo/index.php?hash=conceito.21
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Figura 2. Proteína fibrosa.
Fonte: http://qnint.sbq.org.br/novo/index.php?hash=conceito.21
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Fonte: https://nutrisaude14.files.wordpress.com/2014/09/aula-02-protec3adnas-2014.pdf
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https://nutrisaude14.files.wordpress.com/2014/09/aula-02-protec3adnas-2014.pdf
REFERÊNCIAS
BERG, Jeremy M.; TYMOCZKO, John L.; STRYER, Lubert. Bioquímica. In:
Bioquímica. 2014. p. 1184-1184.
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Figura: Aldoses
Fonte: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed
Editora, 2018.
Figura. Cetoses.
Fonte: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed
Editora, 2018.
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Figura. Glicose.
Fonte: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed
Editora, 2018.
Fonte: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed
Editora, 2018.
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Fonte: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed
Editora, 2018.
Fonte: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed
Editora, 2018.
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Fonte: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed
Editora, 2018.
Fonte: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed
Editora, 2018.
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Figura. Glicogênio: ligações α-1,4 nos segmentos lineares, e ligações são α-1,6 nas ramificações
Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
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Aula 09_Lipídios
Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
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Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
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pelo número do átomo de carbono que participa da dupla ligação e que esteja mais
próximo da carboxila (C1).
Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
Conforme foi mostrado o ácido graxo é representado por uma abreviação que
indica o número de átomos de carbono, seguido por dois-pontos, o número de duplas
ligações e a posição das insaturações na cadeia carbônica.
A próxima e última classe de lipídeos que será discutida nesta aula são os
triglicerídeos. Nas plantas e animas grande parte das gorduras e óleos são
triglicerídeos (também denominados de triacilgliceróis). São os lipídeos mais
abundantes na natureza.
Os triacilgliceróis armazenado nos adipócitos. Os estoques de triglicerídeos
são a forma mais eficiente do organismo armazenar energia. Além do caráter
energético os triglicerídeos também atuam como isolante térmico e confere
sustentação e proteção aos órgãos internos contrachoques mecânicos.
Os triglicerídeos são moléculas compostas por três ácidos graxos
esterificados a uma molécula de glicerol. Em outras palavras, os triglicerídeos
apresentam três moléculas de ácidos graxos ligados a uma molécula de glicerol.
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Figura. Estrutura e composição de um triglicerídeo.
Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
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Figura 1. Estrutura dos glicerofosfolipídeos.
Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
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REFERÊNCIAS
BERG, Jeremy M.; TYMOCZKO, John L.; STRYER, Lubert. Bioquímica. In:
Bioquímica. 2014. p. 1184-1184.
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Aula 10_Enzimas
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Figura 2. Enzimas reduzem a energia de ativação
Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
As enzimas não fazem com que uma reação aconteça, elas apenas regulam
a taxa ou velocidade em que essa reação ocorre. Além disso, a enzima não modifica
a natureza da reação nem seu resultado.
A capacidade das enzimas de reduzir a energia de ativação é possível devido
as suas características estruturais. São grandes moléculas proteicas com estrutura
tridimensional e que apresentam regiões especificas denominadas de sítio ativo.
O sítio ativo enzimático possibilita que a enzima interaja com o substrato.
Devido ao fato de que o sítio ativo da enzima é específico para o formato de um
substrato em particular consideramos que cada enzima é específica para uma
reação química. Quando a enzima se liga ao substrato e isso permite que ambas as
moléculas formem um complexo conhecido como complexo enzima-substrato. Após
a formação desse complexo, a reação química ocorre dando origem ao produto. É
importante mencionar que a enzima não tem a sua estrutura alterada após catalisar
uma reação, a sua conformação é mantida.
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Figura. Catálise enzimática
Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
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Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
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Fonte: ROBERGS, Robert A.; GHIASVAND, Farzenah; PARKER, Daryl. Biochemistry of exercise-
induced metabolic acidosis. American Journal of Physiology-Regulatory, Integrative and
Comparative Physiology, v. 287, n. 3, p. R502-R516, 2004.
• Temperatura.
• pH.
• Concentração de substrato.
• Concentração de produto.
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considerado ótimo para a ação da enzima. Cada enzima tem um pH ótimo para
desempenhar a sua função, exemplos: o pH ótimo para a enzima pepsina é de 1,5;
o pH ótimo para a enzima tripsina é de 7,8. Caso estas enzimas se encontrem em
um meio com o pH diferente do pH ótimo a atividade enzimática será prejudicada.
A temperatura também é um fator que altera a função enzimática. Em
temperaturas próximas a 0ºC, as enzimas não desempenham sua função
adequadamente. Por outro lado, o aumento da temperatura aumenta a atividade
enzimática, desde que, a temperatura não seja demasiadamente alta e promova
desnaturação da enzima.
A grande maioria das enzimas são proteínas e conforme foi mostrado nas
aulas sobre proteínas a desnaturação proteica promove a perda da estrutura e
função enzimática. Ou seja, caso uma enzima seja desnaturada ela perderá a sua
estrutura e a sua função.
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A atividade das enzimas pode ser reduzida pela ação de várias substâncias,
os inibidores enzimáticos.
Os inibidores que geralmente são encontrados nas células compõem um
mecanismo importante de controle da atividade enzimática. Muitos medicamentos
são inibidores enzimáticos específicos, isto é, são próprios para a inibição da ação
de uma determinada enzima.
Os inibidores enzimáticos podem ser agrupados em duas categorias, de
acordo com a estabilidade de sua ligação com a molécula de enzima: inibidores
reversíveis e inibidores irreversíveis.
Os inibidores irreversíveis reagem com as enzimas, promovendo a inativação
definitiva da enzima.
Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
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Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
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Figura. Apoenzima e holoenzima
Fonte: https://app.emaze.com/@AQWLCCFW
Os íons metálicos como zinco, ferro, cobre, costumam fazer parte da estrutura
da enzima. São importantes cofatores.
As coenzimas, moléculas orgânicas não-proteicas, atuam como aceptores de
átomos ou grupos funcionais do substrato. Além disso, as coenzimas também são
capazes de doar os grupos funcionais, por este motivo diz-se que as coenzimas são
transportadoras de determinados grupos.
Algumas coenzimas são sintetizadas pelas células, como por exemplo o ATP
e o GTP. Por outro lado, outras coenzimas apresentam estrutura um componente
orgânico que não pode ser sintetizado pelos animais superiores. Este componente
deve então ser adquirido da dieta, formando uma vitamina.
As vitaminas são sintetizadas por plantas ou microrganismos. São
indispensáveis ao crescimento e às funções normais do organismo dos seres
humanos. São requeridas em pequenas quantidades (microgramas ou miligramas
diários), visto que são precursores de coenzimas, as quais apresentam
concentrações celulares muito pequenas.
As vitaminas são divididas em hidrossolúveis, solúveis em água, por exemplo:
vitaminas do complexo B e o ácido ascórbico, e lipossolúveis, solúveis em lipídeos,
por exemplo: vitaminas A, D, E e K. As vitaminas hidrossolúveis são as que
apresentam função de coenzimas.
Algumas enzimas que atuam fora das células, no meio extracelular são
produzidas como enzimas inativas, chamadas zimogênios. Os zimogênios adquirem
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Figura. Variação das concentrações dos componentes da reação química em função do tempo
Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
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Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
Por fim, temos que a concentração de enzima apresenta uma relação linear
com a velocidade da reação. Devido ao fato de que a concentração de substrato é
maior que a concentração de enzima quanto maior for a disponibilidade de enzima
maior ser a velocidade da reação.
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Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
REFERÊNCIAS
BERG, Jeremy M.; TYMOCZKO, John L.; STRYER, Lubert. Bioquímica. In:
Bioquímica. 2014. p. 1184-1184.
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UNIDADE V_ Metabolismo
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Figura. Molécula de ATP.
Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
Fonte: ROBERGS, Robert A.; GHIASVAND, Farzenah; PARKER, Daryl. Biochemistry of exercise-
induced metabolic acidosis. American Journal of Physiology-Regulatory, Integrative and
Comparative Physiology, v. 287, n. 3, p. R502-R516, 2004.
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Fonte: ROBERGS, Robert A.; GHIASVAND, Farzenah; PARKER, Daryl. Biochemistry of exercise-
induced metabolic acidosis. American Journal of Physiology-Regulatory, Integrative and
Comparative Physiology, v. 287, n. 3, p. R502-R516, 2004.
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Quando for escrever as conclusões do estudo, lembre-se que não será escrito
nada novo pois na discussão, conforme vimos em nossa aula anterior, as conclusões
já foram apresentadas.
A glicose é um importante substrato para a ressíntese de ATP. A glicose
aparece no sangue devido à quebra de polissacarídeos como o glicogênio do fígado
ou o amido e o glicogênio obtidos na dieta. Também é possível produzir glicose a
partir de precursores que não são carboidratos, este processo é denominado de
neoglicogênese.
Quantitativamente, a glicose é considerada o principal substrato oxidável para
a maioria dos organismos. A glicose é fundamental para algumas células e órgãos
como hemácias e cérebro, por ser o único substrato a partir do qual podem sintetizar
ATP. A glicólise é via de degradação da glicose.
Figura. Glicólise
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Fonte: https://www.marilia.unesp.br/Home/Instituicao/Docentes/FlaviaGoulart/GLICOLISE.pdf
Fonte: https://www.marilia.unesp.br/Home/Instituicao/Docentes/FlaviaGoulart/GLICOLISE.pdf
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Figura 3. Fase II da glicólise
Fonte: https://www.marilia.unesp.br/Home/Instituicao/Docentes/FlaviaGoulart/GLICOLISE.pdf
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Fonte: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed
Editora, 2018.
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Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
Em condições anaeróbias, sem a presença de oxigênio, o piruvato deve ser
convertido em um produto reduzido para reoxidar o NADH produzido na via
glicolítica. Para isto o piruvato é convertido a lactato com a regeneração do NAD +. A
reação em que o piruvato é convertido a lactato é catalisada pela enzima lactato
desidrogenase. Este metabolismo é denominado de metabolismo anaeróbio láctico.
Fonte: MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. Bioquímica básica. In: Bioquímica básica.
2017. p. 392-392.
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Fonte: https://blogdoenem.com.br/mitocondrias-dna-mitocondrial-endossimbiose/
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Figura 1. Ciclo de Krebs
Fonte: http://www.biomedicinaemacao.com.br/2013/03/ciclo-de-krebs-ciclo-do-acido-citrico.html
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Figura. Cadeia de transporte de elétrons
Fonte: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed
Editora, 2018.
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Fonte: http://www.projeto-biologico.arizona.edu/biochemistry/problem_sets/metabolism/05t.html
Observe a figura, veja que o FADH deixa os seus elétrons no complexo II,
enquanto o NADH deixa os seus elétrons no complexo I. Assim, cada molécula de
FADH que entra na cadeia de transporte de elétrons possui energia suficiente para
formar apenas 1,5 molécula de ATP. Por outro lado, a entrada do NADH na cadeia
de transporte de elétrons induz a formação de 2,5 moléculas de ATP.
É importante notar que ao final da cadeia de transporte de elétrons, mais
especificamente, no complexo IV oxigênio aceita os elétrons formando água. Em
situações em que a disponibilidade de oxigênio está comprometida, a fosforilação
oxidativa é impossibilitada, e a formação de ATP na célula deve ocorrer via
metabolismo anaeróbio alático e lático.
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Figura. Lipólise
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Figura. A beta oxidação é constituída por um ciclo de 4 reações que promovem o encurtamento da
cadeia de ácidos graxos livres em acetil-CoA.
Antes do AGL ser oxidado, é necessário que ele seja convertido em uma
forma ativada. Quando AGL é ativado ele passa a ser chamado de acil-CoA (não
confunda com acetil-CoA, são moléculas diferentes). Esta etapa ocorre na
membrana externa da mitocôndria. Contudo, a molécula de acil-CoA não consegue
atravessar a membrana interna da mitocôndria então, a molécula acil será ligada a
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Figura 3. Beta-oxidação do palmitoil-CoA.
Fonte: NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de Bioquímica de Lehninger-7. Artmed
Editora, 2018.
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Fonte: VOET, Donald; VOET, Judith G.; PRATT, Charlotte W. Fundamentos de Bioquímica. Artmed
Editora, 2014.
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Fonte: VOET, Donald; VOET, Judith G.; PRATT, Charlotte W. Fundamentos de Bioquímica. Artmed
Editora, 2014.
REFERÊNCIAS
BERG, Jeremy M.; TYMOCZKO, John L.; STRYER, Lubert. Bioquímica. In:
Bioquímica. 2014. p. 1184-1184.
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