UNIVERSIDADE_FEDERAL_DO_RIO_GRANDE_DO_NO
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C ENTRO DE T ECNOLOGIA
E NGENHARIA DE C OMPUTAÇÃO E AUTOMAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Uma das grandes áreas de atuação da computação móvel atualmente são as redes de
sensores sem fio. Tais redes são formadas por uma grande quantidade de nós com ca-
pacidade de sensoriamento, controle e atuação, além de possuírem características físicas
bastante reduzidas. Potenciais aplicações para redes de sensores estão distribuídos nas
mais diversas áreas, variando desde ambientes militares, domésticos, hospitalares até am-
bientes industriais. O referido trabalho procura enfatizar a inserção das redes de sensores
em aplicações industriais de petróleo e gás procurando focar seus benefícios quando com-
parado com o uso de outras tecnologias.
Palavras-chave: Automação Industrial, Petróleo e Gás, Redes de Sensores.
Abstract
One of the great areas of performance of the mobile computation currently are Wire-
less Sensor Network. Such network are formed by a great amount of nodes with sensing
capability, control and actuator, beyond possessing sufficiently reduced physical charac-
teristics. Potential applications for wireless sensor network are distributed in the most
diverse areas, varying since military, domestic, hospital environments until industrial en-
vironments. The related work it look for to emphasize the insertion of the wireless sensor
network in industrial applications of oil and gas being looked for aim its benefits when
comparative with the use of other technologies.
Keywords: Industrial Automation, Oil and Gas, Wireless Sensor Network.
Sumário
Sumário i
Lista de Tabelas v
1 Introdução 1
1.1 Visão geral das Redes de Sensores sem Fio . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Histórico das pesquisas em Redes de Sensores sem Fio . . . . . . . . . . 3
1.3 Motivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.4 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.5 Organização do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
i
3.1.3 MantisOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.1.4 SOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.1.5 Yatos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.2 Middleware para RSSF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.3 Projetos de nós sensores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.3.1 Família Motes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.3.2 Família µAMPS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.3.3 Família Wins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.3.4 Família Sensor Web . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.3.5 Família BEAN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
5 Conclusões 74
5.1 Principais contribuições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
5.1.1 Arquiteturas e protocolos utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . 74
5.1.2 Contribuições das aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
5.1.3 Trabalhos futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
Referências bibliográficas 77
Lista de Figuras
3.1 Mica2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.2 Mica2Dot . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.3 MicaZ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.4 Spec Motes, nó sensor miniaturizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.5 Sensor Web 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.6 Sensor Web 2 e 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.7 Nó sensor BEAN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
iii
4.16 Arquitetura da aplicação do monitoramento em Tankers . . . . . . . . . . 54
4.17 Esquema de como adquirir energia através do ambiente para nós sensores 55
4.18 Comparativo entre o tempo e o gasto de energia das principais operações
dos nós sensores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
4.19 Número total de amostras dos nós localizados no cluster 3 . . . . . . . . 57
4.20 Número total de amostras dos nós localizados nos clusters 1 e 2 . . . . . 57
4.21 Principais plataformas offshore - A) Plataforma Fixa, B) FPSO, C) Navio
Sonda, D) Plataformas Semi-submersíveis, E) Plataformas auto-eleváveis,
F) TLP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
4.22 Amostra de vibração coletado pelo sistema Wisden . . . . . . . . . . . . 65
4.23 Princípio básico do processo de compressão dos dados . . . . . . . . . . 66
4.24 Sincronização dos dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
4.25 Aquisição sísmica terrestre e marinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
4.26 Domínio das RSSF em exploração sísmica por reflexão . . . . . . . . . . 70
4.27 Arquitetura das RSSF em aplicações de exploração sísmica por reflexão . 71
4.28 Arquitetura baseada em agentes para RSSF . . . . . . . . . . . . . . . . 72
Lista de Tabelas
v
Lista de Símbolos e Abreviaturas
vi
Capítulo 1
Introdução
Neste capítulo, são introduzidas características básicas sobre redes de sensores sem
fio bem como as pesquisas científicas encontradas em tal tecnologia. Tais informações
servem de base para o entendimento deste trabalho. Os objetivos e a motivação pelo
qual levaram a construção do trabalho relacionando as redes de sensores sem fio com
ambientes industriais de petróleo e gás natural juntamente com sua organização estrutural
são os outros temas abordados no capítulo.
Os pesquisadores tinham em mente uma rede de sensores formada por uma grande
quantidade de pequenos sensores, o único problema é que a tecnologia para criação desses
pequenos sensores não existia na época. Entretanto, projetistas de sistemas militares logo
reconheceram os benefícios desta nova tecnologia em ambientes militares. Sensores e
as armas podem atuar independentemente num ambiente de guerra informando a melhor
posição das tropas e dos atiradores com tempos de resposta bastante rápidos.
O avanço tecnológico na computação e na área de comunicação esta tornando pos-
sível o desenvolvimento original das redes de sensores sem fio. Pequeníssimos sensores
baseados em sistemas micro-eletromecânicos (MEMS ), redes sem fio e processadores
embarcados de baixa potência estão tornando aplicações em redes de sensores sem fio
mais precisas e realísticas. O DARPA tem iniciado programas de pesquisa em redes de
sensores abrangendo essas novas tecnologias. Concluído recentemente, o programa Sen-
sIT (Sensor Information Technology) propõe duas novas linhas de pesquisas na RSSF.
A primeira desenvolveu novos paradigmas em redes, como por exemplo, o conceito de
redes ad hoc. Esse novo conceito propõe redes com infra-estruturas bastante dinâmicas,
ideais para ambientes militares e industriais. Ao contrário das redes usadas para transmis-
são de voz e dados, que necessitam de uma estrutura fixa. A segunda onda de pesquisa
relaciona-se com o processamento da informação. Por exemplo, como extrair informa-
ções dos sensores de forma otimizável e confiável num tempo aceitável são os desafios
dessa nova área de pesquisa. SensIT cria novas habilidades para as novas tecnologias de
sensores. Os atuais sistemas de segurança tática (TASS) usados pelo exército americano
é um exemplo de uso dessas novas habilidades. Tais sistemas adaptam-se facilmente aos
conceitos introduzidos pelo SensIT, normalmente utilizam tecnologias baseadas apenas
na transmissão dos nós com detecção de longo alcance. As redes baseadas em SensIT
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO 5
tem novas capacidades, normalmente são redes interativas e compatíveis com tarefas e
armazenamento dinâmicos. Os softwares e algoritmos usados nas SensIT exploram a
proximidade dos dispositivos para tratar de forma mais precisa questões de transmissão e
detecção de dados, os softwares também devem suportar baixa latência, operar de forma
eficiente evitando gasto desnecessário de energia ao nó além de possuir um certo grau de
auto-configuração em suas operações.
As atuais redes de sensores exploram tecnologias que não existiam há duas décadas
atrás além de executarem funções que jamais foram imaginadas no passado. Sensores,
processadores e dispositivos de comunicação estão cada vez menores e mais baratos. A
indústria vem acompanhando de perto tal evolução, empresas como Ember, Crossbow,
Sensoria e a Intel atualmente desenvolvem pequenos nós sensores e seus sistemas, mos-
trando o quão é competitivo o mercado de fabricação de tais dispositivos.
Tendo uma visão um pouco mais futurística, podemos vislumbrar que os avanços na
tecnologia MEMS farão com que os sensores sejam cada vez mais robustos e versáteis.
Como exemplo, podemos citar a companhia Dust Inc., Berkeley, CA, entrou no projeto
Smart Dust por volta dos anos 90 e atualmente fabrica sensores MEMS que tem a capa-
cidade de detecção e comunicação além de possuírem tamanho físico bastante ínfimo. A
tabela 1.1 e a figura 1.2[Chong & Kumar 2003] ilustram as gerações dos sensores bem
como suas características básicas.
1.3 Motivação
As pesquisas em redes de sensores sem fio foram motivadas inicialmente para aplica-
ções militares, como por exemplo, na detecção de submarinos através de sensores acús-
ticos. O avanço tecnológico propiciou a fabricação de sensores a baixo custo além dos
avanços nas técnicas de transmissão de dados que tornaram as redes de sensores sem fio
uma potencial ferramenta para várias aplicações, como por exemplo, em aplicações de
ambientes industriais. As várias áreas de atuação das aplicações que utilizam RSSF (Re-
des de Sensores sem Fio) são ilustradas na figura 1.3 [Cook et al. 2004], também pode-se
perceber o alto grau de conectividade e dinamismo de tal tecnologia.
1.4 Objetivos
O referido trabalho busca na tecnologia em redes de sensores sem fio adotar melhorias
para as dezenas de aplicações que envolvem ambientes industriais, procurando enfatizar
aqueles relacionados com o setor de petróleo e gás natural. A figura 1.4 ilustra algumas
das potenciais aplicações para as RSSF neste setor. Monitoramento de máquinas no que
se refere à manutenção preventiva através de análises vibratórias, monitoramento de dutos
relacionados com vazamentos e detecção de corrosão, monitoramento da estrutura físicas
de plataformas e a comunicação entre geofones são algumas dessas aplicações.
Algumas aplicações serão descritas de forma a poderem ser totalmente caracteriza-
das(topologia, hardware, técnicas de segurança e softwares utilizados) com o uso das
RSSF. Para um melhor entendimento de certas aplicações, protocolos de roteamento de
dados e otimização do gasto de energia dos nós sensores serão descritos com mais deta-
lhes. Visando também transmitir a diversidade de aplicações em que as RSSF podem ser
inseridas, algumas aplicações que não se relacionam com o setor de petróleo e gás serão
citadas, porém com menor ênfase de detalhes do que as primeiras.
Neste capítulo será abordado de forma genérica aplicações em redes de sensores sem
fio. As características básicas que devem ser levadas em consideração em suas modela-
gens também serão descritas. As aplicações relacionadas com o setor de P&G (Petróleo
e Gás) serão descritas no capítulo 4.
Um nó mestre pode controlar dezenas de nós escravos, estes nós podem enviar quanti-
dades significativas de informação que facilmente provocam a queda no desempenho da
rede. Desta forma é bastante importante que a fusão de dados seja realizada para que o
desempenho da rede possa ser otimizado. Técnicas mais aprofundadas, que levam em
consideração o deslocamento dos nós escravos para obtenção da melhor fusão dos dados,
podem ser encontradas em Schoellhammer et al. (2006).
O último nó sensor que discutiremos será o sink. Esses nós são elementos de grande
importância em redes de sensores sem fio. Fazem a interconexão da rede externa com a
RSSF (Rede de Sensores sem Fio). As aplicações clientes estão localizadas nesta rede
externa. O nó sink é encarregado de pegar solicitações de serviços provenientes da apli-
cação e realizar chamadas as redes de sensores para que o serviço possa ser executado.
Em seguida a resposta do serviço pode ser entregue a aplicação solicitante. A importância
do nó sink é tamanha que se por acaso ele parar, toda rede estará incomunicável com uma
determinada aplicação e conseqüentemente provocará a deterioração da mesma. Técni-
cas para prevenção de segurança devem ser adotadas nos nós sink para evitar este tipo de
situação.
Após a caracterização dos tipos básicos de nós sensores, trataremos nos próximos
parágrafos dos principais temas que devem ser levados em consideração na modelagem
das RSSF.
Tolerância a falhas
Escalabilidade
Custo de produção
Ambiente de Operação
Topologia da rede
Restrições de hardware
Meios de transmissão
Consumo de energia
Técnicas de segurança
com tolerância a falhas bem mais brandas do que nós sensores espalhados ao redor de
dutos em um campo de petróleo.
2.1.2 Escalabilidade
O número de nós sensores no processo que realiza o sensoriamento de um determi-
nado fenômeno pode estar na ordem de dezenas a centenas, dependendo em que contexto
a aplicação esteja inserida. Para o caso do monitoramento de dados sísmicos na prospec-
ção de hidrocarbonetos, a ordem de grandeza para a quantidade dos nós sensores poderá
chegar às centenas.
Os esquemas adotados devem ser flexíveis o suficiente para serem capazes de suportar
grandes e pequenas escalabilidades de nós sensores. Esta flexibilidade da escalabilidade
está vinculada diretamente com a tolerância a falhas. A grande quantidade de nós defei-
tuosos de uma aplicação poderá provocar a mudança das características de escalabilidade
de uma região das RSSF (Redes de Sensores sem Fio). Está mudança deverá ser automa-
ticamente reconfigurada pela rede.
Uma outra característica levada em consideração na escalabilidade das RSSF está vin-
culada a redundância de informação disseminada pela rede. Algumas aplicações exigem
mecanismos de segurança onde o tráfego de informações redundantes é necessário para
que a precisão da informação coletada seja melhorada. Esta redundância é conseguida
através do aumento na quantidade de nós sensores.
Interior de máquinas
Dentro de um furacão
CAPÍTULO 2. REDES DE SENSORES SEM FIO 13
Superfície oceânica
Áreas com contaminação biológica ou química
Campos de batalha
Casas ou prédios
Lojas
Animais
Veículos
Esta pequena lista dá uma idéia de quais circunstâncias os nós sensores devem suportar
nesses ambientes. Alta pressão, frio, calor intenso, ruídos, vibrações e uma dezena de
outras peculiaridades são exemplos de intempéries que as RSSF (Redes de Sensores sem
Fio) devem suportar.
Pré-desenvolvimento e desenvolvimento
Pós-desenvolvimento
Inserção de novos nós
Posição
Alcance (ruído, obstáculos, etc)
Energia disponível
Mal funcionamento
Requisitos das tarefas
Alguns nós sensores podem ser instalados em posições fixas, outros ainda tem capaci-
dade de locomoção, todavia esta fase deve ser capaz de se adequar a tais funcionalidades.
Por último, devido à destruição ou desligamento dos nós da rede, a inserção de novos
CAPÍTULO 2. REDES DE SENSORES SEM FIO 14
nós sensores pode ser necessário para que a rede mantenha um nível aceitável de fun-
cionamento. O mecanismo dinâmico de inserção deve adaptar-se aos requisitos citados
anteriormente.
Unidade de sensoriamento
Unidade de processamento
Unidade de transmissão
Unidade de energia
A unidade de transmissão e recepção conecta os nós na rede. Esta unidade é uma das
mais importantes para a execução das funcionalidades do nó sensor, realiza a comunica-
ção deste com o ambiente externo através de um dispositivo de rádio freqüência (RF).
Comunicação por RF apresenta vários requisitos: modulação, banda passante, filtragem,
circuitos de multiplexação e demodulação. Para as RSSF (Redes de Sensores sem Fio)
a banda passante licenciada que está relacionada com o adendo 802.15.4 possui as se-
guintes variações: 868 MHz, 902-928 MHz, 2.4 GHz. Um outro fator a ser levado em
consideração em uma transmissão por RF diz respeito as perdas de sinal. Estas perdas
podem atingir elevados níveis que variam conforme a distância entre os nós sensores. As
características principais da comunicação por RF nas RSSF são: pequeno tamanho dos
pacotes de dados, baixas taxas de transmissão e pequeno alcance (100m a 400m).
A unidade de energia é responsável por alimentar todos os componentes do nó. Um
dos principais requisitos nas RSSF é o gasto de energia, técnicas eficientes para o consumo
de energia são atualmente umas das grandes áreas de pesquisa em RSSF.
Algumas técnicas desenvolvidas para o roteamento de dados em RSSF necessitam
com relativa precisão a posição dos nós sensores para seu correto funcionamento. Desta
forma, um sistema de localização pode ser acoplado no nó para atender este requisito. A
adoção de técnicas de GPS não é adequada as RSSF devido suas limitações físicas quanto
ao gasto de energia, todavia pesquisas[Li & Halpern 2001] mostram que a adoção de
módulos GPS em apenas alguns nós sensores podem trazer grandes benefícios sem afetar
o consumo de energia da rede. Um outro sistema que também pode ser adicionado ao nó
sensor é uma unidade móvel. Esta unidade pode ser utilizada caso o nó sensor necessite
de deslocamento para realização de uma determinada tarefa.
Por último, encontram-se as soluções ópticas para a transmissão de dados entre nós
sensores. Nesse ambiente utilizam-se lasers com sistema de mira. Vários estudos tem
sido feitos em tal campo, podendo ser esta um solução bastante eficiente nos próximos
anos.
Os meios de transmissão utilizados em redes de sensores devem antes de tudo atender
seus requisitos de restrições físicas. Dependendo da aplicação um meio pode ser esco-
lhido a partir de suas características, sendo de fundamental importância seu conhecimento
para projetistas de redes de sensores.
Sensoriamento
Comunicação
Processamento de dados
maior número de camadas do que uma aplicação que não possua tais requisitos.
Nó C2
Nó de Localização e reconhecimento
Nó ponteiro
Os nós ponteiro são utilizados principalmente para detecção de alvos. Este nó sensor
é constituído por sensores acústicos, sísmicos e magnéticos. Toda informação captada é
transmitida aos nós de reconhecimento num link que pode variar da 100m a 400m. Os nós
de reconhecimento e localização fazem a fusão dos dados (organizando-os de forma mais
eficiente) e identificam as localizações de possíveis alvos. Toda informação coletada é
enviada aos nós C2 num link que pode chegar a 7Km de distância. Os nós C2 funcionam
como nós sink móveis.
aplicações relacionadas com o monitoramento ambiental que podem ser associadas às re-
des de sensores sem fio. Nos próximos parágrafos relataremos alguns exemplos de forma
mais aprofundada.
Atualmente os incêndios florestais queimam por ano uma grande quantidade de
florestas, em sua grande maioria na época de verão, motivada pelas altas temperaturas e
baixa umidade do clima. Várias soluções tem sido adotadas para reduzir e acabar com a
destruição de áreas florestais pelas queimadas. Dois métodos tradicionais de detecção de
incêndio em florestas são bastante utilizados, vigilância aérea e local. O primeiro método
utiliza helicópteros e aviões para detecção de incêndios enquanto que o segundo método
baseia-se em pontos de observação situados em locais estratégicos, que normalmente são
localizados em cima de morros e colinas. Uma alternativa para tais métodos é encaixada
perfeitamente pelas redes de sensores sem fio. Flexibilidade de instalação em regiões
de difícil acesso, monitoramento remoto e detecção de eventos são armas poderosas das
RSSF (Redes de Sensores sem Fio). Uma dificuldade para esta aplicação está vinculada
principalmente ao acesso da região de monitoramento, que na maioria dos casos é em uma
mata fechada. A solução é utilizar aviões ou mesmo helicópteros para que os nós sensores
possam ser alojados na região. O problema é que os nós sensores devem ter resistência
física suficiente para resistirem ao impacto da queda. Para solucionar o problema, Góes
et al. (2004) propõe um designer arrojado nos nós sensores, como ilustrado na figura 2.3.
Outros trabalhos sobre monitoramento em queimadas utilizando redes de sensores sem
fio podem ser encontrados em Silva et al. (2005).
Várias espécies de aves procuram lugares isolados para fazerem seus ninhos, quase
sempre longe da presença de humanos. Pesquisas feitas por Mainwaring et al. (2002)
mostram que a presença de humanos, por 15 minutos, próximos dos ninhos acarretam
em 20% de mortalidade dos filhotes das aves. As RSSF (Redes de Sensores sem Fio)
podem atuar em tal situação melhorando a processo de monitoração de várias espécies de
animais. Este domínio de aplicação foi explorado por Mainwaring et al. (2002) na ilha
Great Duck, na costa do Maine (EUA). Uma rede de 150 nós sensores foram espalhados
na região com a finalidade de monitorar as temperaturas próximas e em alguns casos
dentro dos ninhos das aves, tais estudos podem explicar doenças e hábitos em espécies
que estão ameaçadas de extinção. Todas as informações obtidas pelos nós sensores são
dissemidadas até a rede de acesso para que as mesmas possam ser interligadas à Internet.
Os dados obtidos podem ser analisados por pesquisadores sem o contato físico com as
aves. Um esquema simbólico desta aplicação pode ser ilustrado pela figura 2.4.
Uma última aplicação que envolva monitoramento ambiental com rede de sensores
será mencionada, agricultura de precisão. Este conceito também conhecido como
"site specific management"descreve um grupo de novas tecnologias aplicadas ao manejo
da agricultura comercial em larga escala. Essa nova tecnologia de precisão inclui, por
exemplo: computadores pessoais, sistema de localização por satélite, sistemas de infor-
mações geográficas, controle automatizado de máquinas, dispositivos de sensoriamento
remoto e sistemas de comunicação. Geralmente esta tecnologia conecta sistemas de posi-
cionamento global(GPS) com imagens das áreas de cultivo, permitindo que outros equi-
pamentos ligados a este sistema possam ser configurados dinamicamente para controlar
os níveis da irrigação e dos agrotóxicos.
A agricultura de precisão promete maior produção e menores custos de insumos ao
otimizar o manejo agrícola, reduzindo custos com perdas e com mão-de-obra. O uso das
RSSF (Redes de Sensores sem Fio) em tal situação é bastante motivador. Recentemente
pesquisas[Holler 2006] tem adotado um mecanismo de controle de temperatura em vi-
nhedos com o uso das RSSF. Outra linha de pesquisa que adota as RSSF é encontrada em
CAPÍTULO 2. REDES DE SENSORES SEM FIO 23
Monitoramento de pacientes
Realização de diagnósticos
Administração de drogas em hospitais
Monitoramento de dados fisiológicos humanos
e disseminar informações por um determinado ambiente. Nós sensores podem ser es-
palhados por toda planta para captar os mais diferentes tipos de fenômenos físicos. No
reator nuclear, por exemplo, nós sensores podem coletar dados de temperatura, vibração
e velocidade e em seguida transmitir estas informações pela rede. Um gateway pode in-
terconectar a RSSF com uma rede externa, fazendo com que a informação coletada seja
enviada para o centro de controle da planta, onde os gerentes e os operadores realizam
diagnósticos e operam a planta nuclear da forma mais segura possível.
Uma outra característica que não foi mencionada acima é a questão do envelheci-
mento e desgaste dos equipamentos das plantas de usinas nucleares. Tais acontecimentos
têm provocado sérios problemas na operação das usinas nucleares. Pequenos vazamentos
radioativos tem sido detectados nos últimos anos principalmente por causa da deterio-
rização dos equipamentos. A corrosão destes é motivada principalmente pelas intensas
atividades que os equipamentos são expostos.
Um novo mecanismo que analisa a deteriorização de equipamentos em usinas nucle-
ares tem sido proposto por Woods (2006), onde avaliações não destrutivas (NDE) são
realizadas para criarem assinaturas em pontos de possíveis deteriorizações. As assina-
turas podem ser coletadas por nós sensores e distribuídas por estações bases espalhadas
pela planta nuclear. O desenvolvimento desta aplicação com o uso das redes de senso-
res sem fio deve suportar um certo grau de precisão. A saber, os nós sensores devem
ser capazes de detectar mudanças nas estruturas físicas dos equipamentos provocadas por
deteriorização na ordem de 20mm.
Capítulo 3
3.1.1 TinyOs
O sistema operacional TinyOS foi desenvolvido por UC Berkeley com a finalidade
de prover as RSSF a capacidade de concorrência através de escalonamentos dirigidos à
CAPÍTULO 3. ARQUITETURAS DE SOFTWARE E HARDWARE PARA RSSF 26
eventos. Atualmente é o sistema operacional mais utilizado por pesquisadores nas RSSF
(Redes de Sensores sem Fio) face a grande quantidade de material e listas de discussões
encontradas vinculados a exemplos de códigos fontes e configurações.
O TinyOS encontra-se atualmente na versão 2.0 e sua instalação pode ser obtida gra-
tuitamente por Culler et al. (2006). As aplicações são escritas no TinyOS com a utilização
da linguagem NesC que é baseada em componentes. Com relação à compatibilidade de
hardware com os nós sensores disponíveis no mercado, o TinyOS apresenta suporte para
as seguintes plataformas: eyesIFXv2, intelmote2, mica2, mica2dot, micaZ, telosb, tiny-
node e btnode3.
A versão 2.0 implementa a capacidade de mudanças na política de escalonamento do
SO (Sistema Operacional). Desta forma, programadores podem adotar suas próprias po-
líticas de acordo com a aplicação desenvolvida. O escalonamento é bastante importante
para que a operação de concorrência seja implementada no sistema. Basicamente a con-
corrência é obtida a partir de um escalonamento em dois níveis, tarefas e eventos. O nível
com prioridade mais baixa é representado pelas tarefas enquanto que o mais alto pelos
eventos.
O sistema ainda apresenta implementações relacionadas com temporizadores, interfa-
ces de comunicação, portabilidade com sensores e um mecanismo de depuração bastante
eficiente. Mais sem dúvida, uma característica bastante importante no TinyOS é a im-
plementação do gerenciador de energia. Esta ferramenta é de grande importância para a
otimização do tempo de vida útil para os nós sensores.
3.1.2 Contiki
O sistema operacional Contiki foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Ci-
ências da Computação da Suécia com o objeto de projetar um SO (Sistema Operacional)
com grande portabilidade, baseado em multi-tarefas e com restrições de memória. Além
dessas características o Contiki apresenta um escalonamento baseado em eventos, geren-
ciamento das aplicações de forma dinâmica, suporte à pilha TCP/IP através da biblioteca
µIP e compatibilidade com mais de 20 tipos de nós sensores. Todas essas implementações
foram feitas com a utilização da linguagem C.
Contiki é um sistema inteiramente baseado em eventos onde um processo é implemen-
tado a partir de um manipulador de eventos (event handler). Um determinado bloco de
código é executado dependendo da relação de seu handler com o evento ocorrido em um
determinado instante. Ao contrario da maioria dos sistemas baseados em eventos, Contiki
suporta multithreading através do método de escalonamento preemptivo. Esta funciona-
lidade permite que uma série de aplicações se torne possíveis de serem implementadas,
como por exemplo, um mecanismo de criptografia.
Um módulo de comunicação baseado em µIP é implementado pelo Contiki. Este
módulo é uma adaptação da arquitetura TCP/IP voltada para os requisitos das RSSF. O µIP
utiliza um buffer com capacidade reduzida para gerenciar pacotes recebidos e transmitidos
na rede. O gerenciador µIP é responsável por criar os cabeçalhos do pacote e por analisar
a integridade do mesmo.
CAPÍTULO 3. ARQUITETURAS DE SOFTWARE E HARDWARE PARA RSSF 27
3.1.3 MantisOS
O sistema operacional MantisOs foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade
do Colorado com o objetivo de fornecer um SO (Sistema Operacional) baseado em multi-
tarefas para as RSSF (Redes de Sensores sem Fio). O mecanismo de multithreading
preemptivo fornece aos nós sensores a capacidade de processar diversas informações de
forma mais eficiente.
Relacionando com as características físicas, o sistema utiliza 500 Bytes de memória
para sua instalação, já inclusos o kernel, o escalonador e a pilha de comunicação. Procedi-
mentos responsáveis pela otimização do gasto de energia também são implementados no
SO (função sleep). Todo desenvolvimento do sistema operacional MantisOS foi baseado
na linguagem C. Uma das características principais deste SO (Sistema Operacional) é a
facilidade da programação e a portabilidade de vários nós sensores.
3.1.4 SOS
O sistema operacional SOS foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade da
Califórnia. O sistema foi projetado com um kernel simples, com procedimentos de trocas
de mensagens, memória dinâmica, módulos de carga e descarga de processos além de
vários outros serviços. A capacidade de reconfiguração dinâmica é a principal caracte-
rística deste SO, sendo este um dos requisitos mais importantes para as RSSF. As outras
funcionalidades do SOS estão enumeradas abaixo:
3.1.5 Yatos
O sistema operacional Yatos foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Fe-
deral de Minas Gerais com o propósito de gerenciar o nó sensor BEAN. O sistema pos-
sui as seguintes características básicas: ser dirigido por eventos, ocupar pouca memória,
possuir um gerenciador de energia, escalonamento multi-tarefa baseado em prioridades,
sistema modular e fácil de usar.
O funcionamento do Yatos é baseado em tarefas, que correspondem a blocos de có-
digo executáveis. Para que várias tarefas executem é necessário que um mecanismo de
escalonamento seja implementado. Neste caso, foi desenvolvido um escalonamento coo-
perativo onde cada tarefa especifica o instante de sua preempção baseada em um determi-
nado evento.
Quanto a questões inerentes ao seu desenvolvimento, o sistema operacional Yatos foi
desenvolvido com a utilização da linguagem C. A quantidade de memória utilizada para
seu armazenamento é descrita abaixo:
CAPÍTULO 3. ARQUITETURAS DE SOFTWARE E HARDWARE PARA RSSF 28
Características Descrição
Nome RF Motes
916.5 MHz,
modulação OOK, taxa
Rádio
de transmissão de 5
Kbps
Alcance 20 metros
Magnetômetros,
acelerômetros,
Sensores
umidade, temperatura
e pressão
Lítio, tensão nominal
Bateria
de 3V
Tabela 3.2: Características básicas do nó RF Motes
Características Descrição
Nome Laser Motes
Rádio Baseado em laser
Pode atingir alguns
Alcance quilômetros, requer visado
com o transmissor
Luz, umidade, temperatura
Sensores
e pressão
Bateria 2 baterias AA
Possui um estado de baixo
Especial consumo de energia (< 1
µW)
Tabela 3.3: Características básicas do nó Laser Motes
Características Descrição
Nome CCR Motes
Comunicação passiva
a Laser através de um
Rádio
dispositivo MEMS
CCR (divergente)
Função da intensidade
Alcance
do laser
Sensores Temperatura
Lítio, com tensão
Bateria
nominal de 3V
Tabela 3.4: Características básicas do nó CCR Motes
CAPÍTULO 3. ARQUITETURAS DE SOFTWARE E HARDWARE PARA RSSF 31
Características Descrição
Nome WeC Motes
Antena PCB
Rádio (implementada em
firmware)
Alcance de 20m com
Alcance
uma taxa de 10Kbps
Sensores Temperatura e luz
Lítio, com tensão
Bateria
nominal de 3V
Nó sensor mais
poderoso da primeira
geração da família
Especial
Motes, pode ser
reprogramável
remotamente
Tabela 3.5: Características básicas do nó WeC Motes
A quarta geração desta família é caracterizada pelos nós Intel Motes e Spec Motes.
O nó Intel Motes, cujo direito de fabricação está licenciado para a Intel Inc., apresenta
grande avanço no poder de processamento dos nós sensores. Processamento digital de
sinais, aumento da confiabilidade na transmissão e otimização dos aspectos de segurança
são as outras contribuições propostas por este nó sensor. Os avanços nesta geração tam-
bém propiciaram a miniaturização dos nós sensores, como pode ser visto pelo nó Spec
Motes (figura 3.4). Este nó é resultado do projeto SmartDust [Kahan & J 2004] cujo
principal objetivo era projetar nós sensores com dimensões ínfimas.
CAPÍTULO 3. ARQUITETURAS DE SOFTWARE E HARDWARE PARA RSSF 32
Características Descrição
Nome µAMPS
LMX3162 (National),
Rádio com freqüência de
2.45 GHz
10 a 100m, taxas de
Alcance transmissão por volta
de 1 Mbps
Sensores Acústicos e sísmicos
Lítio, com tensão
Bateria
nominal de 3.6V
Sistema Operacional µOS
ARM SA-1110, 59
Microprocessador
MHz
Tabela 3.6: Características básicas do nó µAMPS
Características Descrição
Nome Wins
Conexant RDSSS9M,
Rádio com freqüência de
900 MHz
100m, taxas de
Alcance transmissão por volta
de 100 Kbps
Acústicos, sísmicos,
Sensores magnetômetros e
acelerômetros
Lítio, com tensão
Bateria
nominal de 9V
Sistema Operacional OS II
Intel StrongARM
Microprocessador
1100 133 MHz
Tabela 3.7: Características básicas do nó Wins
do Sensor Web 2, a única diferença é que o Sensor Web 3 apresenta uma sensibilidade
maior para temperaturas mais altas. A figura 3.6 ilustra os Sensor Web 2 e 3.
utilizados por este nó sensor. Por fim, o sistema operacional YATOS desenvolvido por
de Almeida et al. (2004) foi utilizado pelo nó sensor BEAN. Este SO (Sistema Operacio-
nal) é dedicado ao hardware deste nó sensor, implementa uma funcionalidade de detecção
de eventos bastante útil para o nó. A figura 3.7 ilustra a arquitetura implementada pelo nó
sensor BEAN.
Fatores Propriedades
Alcance Mediano
Taxa de Transmissão Baixa
Latência Baixa
Consumo de energia Baixo
Segurança Alto
Freqüência de operação 802.11, 802.15.1
Complexidade do modelo Mediano
Topologia da rede Estrela
Número de dispositivos Alto
Flexibilidade Alta
Confiabilidade Alta
Escalabilidade Alta
Tabela 4.1: Características das redes em ambientes industriais
é um outro fator, inerente dessas redes, que depende diretamente dos requisitos de uma
determinada aplicação. Um fator que indiretamente influência na taxa de transmissão é
a freqüência de operação das redes. Esta freqüência depende do protocolo adotado,
como por exemplo, podemos citar o 802.15.4 que apresenta suporte para as seguintes
freqüências ISM : 868 MHz, 902-928 MHz, 2.4 GHz.
Idealmente todos dispositivos devem conter uma fonte de energia, neste caso uma
pequena bateria. O consumo de energia deve ser o mais otimizado possível para evitar
gastos desnecessários que possam provocar o desligamento prematuro de equipamentos
por falta de energia. O aumento do tempo de vida dessas redes é um dos fatores que
devem ser priorizados pelos projetistas nos desenvolvimentos das aplicações. Quanto
menos interferência física ocorrerem em tais redes, melhores serão os seus benefícios.
Mecanismos de segurança são um ponto de extrema importância na análise destas
redes. Na maioria das aplicações em ambientes industriais informações sigilosas estão
sendo trocadas o tempo todo por máquinas e usuários, modificações nessas informações
podem provocar danos catastróficos. Para ilustrar esta característica tomaremos como
base um poço de petróleo. Geralmente nesses poços existe um monitoramento remoto de
alarmes para eventuais operações de riscos na utilização de algumas variáveis, como por
exemplo, o fechamento de válvulas. Caso a informação da pressão de um determinado
duto seja alterado por algum intruso no sistema (seja esta invasão de forma física ou por
meio de software) alarmes falsos podem ser disparados provocando o fechamento errôneo
de válvulas, provocando sérios acidentes na linha de produção. Sendo de suma importân-
cia que as informações trocadas apresentem técnicas de criptografia bastante robustas,
sempre levando em consideração a otimização no uso da bateria.
A complexidade do modelo da rede deve ser abstraída pelo usuário final e ideal-
mente pelo desenvolvedor da aplicação, é responsabilidade do projetista da rede tornar
isso possível.
Uma série de topologias é suportada por esses protocolos, sendo de responsabili-
dade do projetista da rede associar determinada topologia com uma determinada aplica-
CAPÍTULO 4. APLICAÇÕES EM AMBIENTES INDUSTRIAIS DE P&G 38
ção.
A aplicação utilizada influência diretamento na quantidade de dispositivos utilizados
por essas redes. É importante notar que na maioria dos casos uma grande quantidade de
dispositivos fará com que uma aplicação adquira informações mais precisas, todavia este
aumento tornará o custo da rede sensivelmente maior. Aplicações em ambientes indus-
triais são caracterizadas principalmente por seu dinamismo, portanto, tais redes devem
possuir mecanismos escaláveis e flexíveis para suportar tal robustez.
Um último ponto nesta análise corresponde a confiabilidade, mecanismos tole-
ráveis a falhas devem ser implementados por tais redes visando uma maior robustez da
aplicação. Para exemplificar tais características, ilustramos na tabela 4.2 um comparativo
entre o ZigBee e o Bluetooth, duas tecnologias que implementam tais protocolos, de
acordo com os fatores categorizados acima.
rágrafos anteriores vem sendo adotadas como uma forma de eliminar espaços físicos no
ambiente industrial que por sua vez já se encontra carregado de enormes máquinas que
ocupam espaços muito grandes.
As redes de sensores sem fio possuem características que se adaptam perfeitamente
nas exigências que os ambientes industriais exigem. Seus principais desafios em tais
regiões são: interação com o ambiente, alta densidade de nós, elevada capacidade de auto-
configuração, QoS (Qualidade de serviço), baixa latência (algumas aplicações exigem
forte dependência de tempo real), centralização de dados, simplicidade, segurança.
Uma série de aplicações em ambientes industriais são campos férteis para o uso das
RSSF (Redes de Sensores sem Fio). A automação de construções e a automação in-
dustrial são fortes candidatos de usufruir as qualidades de tais redes. Gerenciamento de
energia, controles HVAC (aquecimento, ventilação e ar condicionado), monitoramento de
construções, controle de processos, monitoramento remoto, manutenção preventiva, ins-
trumentação de precisão, controle de fluxos e níveis, e uma dezena de outras aplicações
são exemplos de campos onde as RSSF podem atuar em tais ambientes. Nas próximas
seções apresentaremos algumas dessas aplicações de forma mais detalhada. Procuramos
enfocar as aplicações do setor industrial de petróleo e gás natural, como por exemplo:
manutenção preventiva de motores, monitoramento de dutos, análise da estrutura física
de plataformas e o monitoramento de geofones.
celulose e em outras indústrias mais pesadas como é o caso do setor de petróleo e gás
natural, tais proporções podem chegar a 30% do custo de produção. Alguns países che-
gam a gastar 200 bilhões de dólares todos os anos com manutenções nos maquinários
das indústrias. Basicamente, na maioria das plantas industriais são utilizados 3 tipos de
manutenção: corretiva, preventiva e a preditiva. Sendo a terceira muito utilizada atual-
mente, proporcionando resultados mais eficazes do que suas concorrentes. Nos próximos
parágrafos falaremos de cada uma dessas técnicas.
A manutenção corretiva é sem dúvida a mais simples e direta. A manutenção só é
feita quando uma máquina quebra ou deixa de realizar suas funções principais. A maioria
das empresas não adota este tipo de reatividade em seus processos de manutenção, os
principais problemas na adoção de tal método são: altos custos de estoques de peças
sobressalentes e de trabalho extra, elevado tempo na paralisação da máquina, e baixa
disponibilidade de produção. Esta técnica é inviável para o setor de petróleo e gás, face
as paralisações na linha de produção que podem ocorrer com a adoção dessa técnica.
A manutenção preventiva ao contrário do método anterior, utiliza conceitos de
prevenção em sua manutenção. Geralmente utiliza-se a variável tempo para que manu-
tenções sejam feitas. Gráficos são traçados com os perfis das máquinas onde através de
dados probabilísticos pode-se determinar possíveis manutenções. O problema é que tais
gráficos dependem de como a máquina é usada. Imagine que determinada bomba de suc-
ção possua um tempo de 10 meses para que uma manutenção seja feita, dependendo de
como ela é usada, por exemplo, utilizada com água ou com minérios pesados, tal tempo
pode diminuir ou aumentar, fazendo com que possíveis manutenções reativas aconteçam
ou então materiais sejam desperdiçados. Os custos de uma manutenção preventiva é apro-
ximadamente 3 vezes menores do que os custos na manutenção corretiva.
A manutenção preditiva é basicamente uma extensão da manutenção preventiva,
adotando métodos mais eficazes do que o tempo. Análise vibratória, infravermelho, ter-
mografia são utilizados. Seu princípio básico é o monitoramento regular das condições
mecânicas reais, rendimento operacional, e outros indicadores da condição operativa das
máquinas enquanto que sistemas de processo fornecerão os dados necessários para asse-
gurar o intervalo máximo entre os reparos.
Como podemos constatar, a manutenção preditiva é bastante robusta para métodos de
diagnósticos de equipamentos. A monitoração do status de um equipamento a partir de
dados coletados por sensores de vibração são campos ideais para as redes de sensores sem
fio. Os principais benefícios do uso das RSSF (Redes de Sensores sem Fio) no monitora-
mento de equipamentos em ambientes industriais são: eliminar coletas de dados manuais
eliminando erros humanos na manipulação dos dados (figura 4.1), e a significativa melhor
relação custo x benefício em tal aplicação do que as soluções cabeadas.
Baseado em tais características foram analisadas algumas aplicações relacionadas com
o setor de petróleo e gás natural onde o uso das redes de sensores podessem ser aplicadas.
O monitoramento de equipamentos em refinarias e o monitoramento da sala de máquinas
de um navio tanque transportador de óleo serão descritos a seguir. Essas aplicações foram
descritas a partir de Krishnamurthy et al. (2005).
As referidas aplicações utilizam o processo de manutenção preditiva baseada na aná-
lise vibratória. Uma característica peculiar desse tipo de abordagem é o grande número
CAPÍTULO 4. APLICAÇÕES EM AMBIENTES INDUSTRIAIS DE P&G 41
de amostras coletadas em determinado instante de tempo. Os nós sensores terão que ser
capazes de detectar fenômenos de vibração, sendo dotados de sensores de vibração.
Segundo Krishnamurthy et al. (2005) a plataforma adotada nesta aplicação foi o Intel
Motes [Nachman et al. 2005]. Uma grande vantagem desta plataforma é seu excelente
desempenho, uso eficaz da bateria, suporte a bluetooth scatternet 1 (utilizado para cons-
trução de redes com topologia em malha) e suporte para funcionamento em modo sleep,
onde uma pequena quantidade de bateria é utilizada. O Intel Motes é construído numa
placa de tamanho 3x3cm, com vários dispositivos embarcados: módulo Zeevo, antena 2.4
GHz, opções de entrada e saída via conectores stackable e múltiplos leds de status. O
ponto central em tal plataforma é o módulo Zeevo. É formado por uma CPU 12MHz,
transmissor bluetooth, 64kB SRAM, 512KB Flash. O alcance do rádio é de 30m, porém
1 Um grupo de piconets independentes e não-sincronizadas, que compartilham ao menos um dispositivo
Bluetooth comum.
CAPÍTULO 4. APLICAÇÕES EM AMBIENTES INDUSTRIAIS DE P&G 42
pode chegar a 100m com a utilização de uma antena unidirecional externa. O sistema
operacional que será utilizado por esta plataforma é o TinyOS [Hill et al. 2000]. O motivo
de tal escolha, segundo Krishnamurthy et al. (2005) está no fato deste sistema apresentar
boa estabilidade, fornecer funcionalidades básicas e além de possuir várias comunidades
de usuários, facilitando bastante na construção e depuração das aplicações. A plataforma
Intel Mote é ilustrada na figuras 4.2 e 4.3.
Uma característica não só dessa aplicação mais também das redes de sensores sem fio
é a questão da auto-organização. Após a instalação física dos nós sensores a rede está
pronta para ser inicializada, nesse momento uma descoberta distribuída de serviços [Bu
& Naghdy 2005] e de procedimentos de conexão são realizadas. Concluída a fase inicial
de auto-organização, os nós sensores estão aptos a trocar informação entre si. Mecanismo
de reparos em caso de falhas nos nós sensores ou em links e a adoção de um modo de ope-
ração em baixa latência (sleep) são implementados. Nos próximos parágrafos falaremos
um pouco sobre os requisitos básicos das redes, como por exemplo: formação da rede,
roteamento e reparos, mecanismos de transporte e modo de operação sleep.
possível piconet que poderá a ser formada. Nós que ainda não estão localizados na árvore
são classificados de nós livres.
No primeiro caso, o nó mestre atualiza sua tabela de rota indicando que o nó escravo e
seus descendentes não são mais atingíveis pelo link. Enquanto que no segundo caso, o nó
escravo assume que não pode alcançar mais o nó root e passa para classificação de nó livre.
Sendo um nó livre, o mesmo passará por todos os procedimentos até conseguir se ligar na
árvore novamente, inclusive por um link diferente ao que estava conectado. O problema
deste segundo caso é que a desconexão é propagada por todos os nós descendentes do nó
escravo, sendo de vital importância que o mecanismo de formação da rede apresente uma
grande eficiência.
Figura 4.4: Gateway utilizado na ligação dos nós sensores com o nó root
de petróleo e gás natural. A motivação desta aplicação em tal setor foi exarcebada apartir
de Tan & Guttag (2000). As simulações e os resultados que serão mostrados nas próximas
seções são extensões desta análise.
Para podermos comparar o nó sensor adotado, utilizaremos o nó sensor MICA2 [Inc.
2006] como forma de comparação dos resultados. Este nó sensor está ilustrado na figura
4.5. A análise feita da aplicação foi dividida nos seguintes passos: descrição da experi-
ência, overhead na formação da rede, atraso na transferência dos dados, desempenho do
rádio e o consumo de energia. Nos próximos parágrafos descreveremos os referidos itens.
Figura 4.5: Mica2 - nó sensor usado para que se possa realizar comparações com o Intel
Motes
A rede foi exaustivamente testada por 7 dias seguidos, de acordo descrição feita por
Krishnamurthy et al. (2005), gerando significantes valores estatísticos. Nós sensores fo-
ram programados para hibernarem por 1 hora logo após realizarem coletas de dados.
Cada coleção de dados corresponde a uma amostra de 3000 exemplos, fazendo com que
um buffer de 6KB seja necessário para sua transmissão. Devido suas limitações físicas,
memória RAM extra e um segundo processador foram adicionados ao MICA2 para que o
mesmo suportasse tal aplicação.
Figura 4.7: Overhead na formação das redes em aplicações de manutenção preditiva lo-
calizada em refinarias
Quando comparado o desempenho do nós Intel Mote com os MICA2 foi percebido
que os primeiros apresentaram resultados mais consistentes para os vários tipos de coletas
CAPÍTULO 4. APLICAÇÕES EM AMBIENTES INDUSTRIAIS DE P&G 49
de dados. A distribuição cumulativa dos Intel Motes apresentou uma variância bem menor
do que os MICA2. A figura 4.10 ilustra tal comparação.
A análise dos efeitos da distância física na confiabilidade da transmissão foi realizada
através de vários experimentos [Tan & Guttag 2000]. Dois nós foram conectados dire-
tamente, um representando o escravo e o outro o mestre. O nó escravo envia 3KB de
dados para o nó mestre utilizando os protocolos citados anteriormente. Suas distâncias
são incrementadas de 3m e em cada localização 8 transmissões são realizadas. A figura
4.11 mostra os valores médios, máximos e mínimos do tempo de transmissão dos pacotes
como função da distância entre o emissor e o receptor medidas durantes estas transmis-
sões. Através da figura 4.11 pode-se observar que a média no tempo de uma determinada
transmissão em que a distância entre os dispositivos é inferior a 30m é de aproximada-
mente 1.2s. Se o emissor estiver configurado para transmitir 100 bytes de pacotes a cada
40ms, 1.2s é o tempo mínimo para transmitir o arquivo de 3KB. Distâncias acima de 30m
são esperados tempos relativamente maiores e com um maior gasto de energia. Os testes
de desempenho do rádio foram realizados em ambientes internos, onde existiam grandes
fluxo de pessoas e presença de redes 802.11b.
Foi adotado, segundo Krishnamurthy et al. (2005), nesta aplicação o uso de 4 baterias
recarregáveis com capacidade de aproximadamente 9100mAh com fornecimento nominal
de 6V. Para esta configuração o tempo de vida da rede é de aproximadamente 2 meses. A
figura 4.12 ilustra o acoplamento do nó sensor bem como a instalação e localização das
baterias no ambiente da aplicação.
Várias melhorias podem ser feitas visando prolongar o tempo de vida da rede nesta
aplicação. Uma delas corresponde a retirar ciclos de máquinas desnecessárias do pro-
cessador onde o mesmo realiza algumas operações envolvendo timers. Neste método o
consumo de energia no modo de operação sleep pode cair para 1.5mA, fazendo com que
o tempo de vida da rede aumente para 6 meses. Uma outra solução é fazer com que os
links da rede sejam rompidos após um ciclo de coleta de dados. Tal solução reduz o con-
sumo de energia na operação sleep para 700µA, entretanto o cálculo do overhead deve ser
levado em consideração para formações da rede. A figura 4.13 ilustra todos as soluções
anteriores para o consumo eficaz da bateria, onde é mostrado a relação do tempo de vida
e o tempo de hibernação com o consume de corrente.
Melhorias na economia de energia é proposto por Lymberopoulos et al. (2005) onde
um clock de tempo real externo é utilizado para praticamente desligar o nós sensores.
Nesta técnica o nó sensor consome uma corrente na ordem de 10µA. Fazendo com que o
tempo de vida da rede aumente para significantes 4 anos e meio. A tabela 4.4 descreve
um resumo das principais características desta aplicação.
Fatores Propriedades
Topologia Baseada em Cluster
Nó Sensor Mica2 e Intel Motes
Sensores Vibração
Tamanho dos dados Grande
Formação da Rede 1-3 minutos
Tempo de Vida 1-4 Meses
Segurança Ausente
Tabela 4.4: Características básicas relacionadas com a aplicação de Monitoramento de
equipamentos em uma refinaria
CAPÍTULO 4. APLICAÇÕES EM AMBIENTES INDUSTRIAIS DE P&G 52
Figura 4.14: Tanker Loch Rannoch - ambiente onde será desenvolvido à aplicação de
monitoramento remoto de máquinas com RSSF
ilustrado na figura 4.1. Este processo pode gerar sensíveis erros durante a leitura das
amostras além de um tempo relativamente grande para realizar as medições de todos os
equipamentos na planta. Um outro fator desvaforável deste procedimento leva em con-
sideração a pequena amostra colhida durante os intervalos de medições, proporcionando
resultados estatisticamente pouco favoráveis. A adoção das RSSF como tecnologia para
realizar o monitoramento remoto de forma automatizada é sem dúvida um procedimento
de grande benefício para esta aplicação. Os benefícios trazidos pelas RSSF estão relacio-
nados principalmente com a melhoria dos dados coletados num intervalo de tempo menor
e do aumento da confiabilidade dos dados quando comparados com o método manual.
Para aplicação proposta serão utilizados 150 acelerômetros, 26 nós sensores, 4 ga-
teways e 1 PC. Os acelerômetros serão utilizados para realizarem medições de vibração
nos motores e bombas presentes na sala de máquinas do navio tanque (figura 4.15 . Os
26 nós sensores são distribuídos em 3 cluster, cada cluster apresenta um gateway como
responsável. O outro gateway que não tem responsabilidade com nenhum cluster será
categorizado como o nó root da aplicação e fará a ligação com o servidor(PC) localizado
em um dos escritório no Tanker. O PC estará rodando o software supervisório para esta
aplicação. A figura 4.16 ilustra à arquitetura adotada para esta aplicação.
A rede foi organizada em duas áreas de atuação. Dois clusters foram implementados
em níveis mais altos do navio, enquanto o outro cluster foi construído no nível mais
inferior. Vários testes foram feitos com cada cluster, dependendo de suas localizações. O
CAPÍTULO 4. APLICAÇÕES EM AMBIENTES INDUSTRIAIS DE P&G 55
cluster localizado no nível inferior sofre grande influência de desconexões com o nó root
já que está lacrado por uma escotilha selada, fazendo com que o gateway deste cluster
não possa em alguns instantes de tempo comunicar-se com o nó root. As escotilhas são
aberta em períodos de tempo aleatório fazendo com que a conexão possa fluir entre o nó
root e o gateway. Nesse instante, todas as informações coletadas pelo gateway durante
o período de desconexão são transmitidas. Os clusters que estão localizados nos níveis
mais próximos da superfície do navio não sofrem tanto problema da interferência devido
as portas desses níveis permanecerem abertas o tempo todo, não existindo desconexão
entre os gateways e o nó root.
O tempo total de um ciclo de coleta de dados é determinado pelo tempo de hiberna-
ção mais o tempo em que a coleta de dados ocorreu. O tempo de hibernação é bastante
interessante para aumentar a vida útil da rede. O tempo de hibernação foi configurado de
acordo com a localização dos clusters. O cluster localizado na parte inferior do Tanker
foi configurado com um tempo de sleep de aproximadamente 5 horas e com um tempo
destinado à coleta de dados de 7 horas (sleep + tativo ). Nesta configuração esse cluster
(03 - figura 4.16 apresenta um tempo de vida útil de aproximadamente 21 dias. A con-
figuração dos cluster localizados nas áreas mais próximas da superfície do Tanker foram
configuradas com um tempo de sleep de 18 horas e com um período de coleta de dados
por volta de 20.5 horas. Nesta configuração os cluster apresentam um tempo de vida útil
de aproximadamente de 82 dias.
Figura 4.17: Esquema de como adquirir energia através do ambiente para nós sensores
O gasto de energia é um desafio que deve ser otimizado nas RSSF. Trabalho proposto
por Discenzo & Chung (2006) oferece um mecanismo para absorver energia a partir do
CAPÍTULO 4. APLICAÇÕES EM AMBIENTES INDUSTRIAIS DE P&G 56
ambiente em que nós sensores estão instalados. Conforme ilustrado em 4.17 percebemos
módulos na estrutura física do nó sensor responsável por converter por exemplo energia
rotacional em energia elétrica através de micro-geradores. O trabalho citado anterior-
mente foi aplicado no mesmo ambiente da aplicação que está sendo descrita nesta seção.
Ainda levando em consideração o gasto de energia dos nós sensores, devemos obser-
var que as amostras de dados coletadas pelos acelerômetros são inerentemente sinais de
vibração. A escolha da localização em que o processamento dos sinais será feito é de
extrema importância visto a grande proporção de energia gasta na transmissão de gran-
des quantidades de informação. Um pequeno processamento local desses sinais poderá
contribuir sensivelmente para uma otimização no gasto de energia. Para tanto o procedi-
mento de uma FFT deve ser implementado em hardware para que o processamento seja
feito. A figura 4.18 mostra um comparativo do tempo e da energia gasta para os principais
procedimentos do nó sensor nesta aplicação.
Figura 4.18: Comparativo entre o tempo e o gasto de energia das principais operações dos
nós sensores
reflete diretamente no tempo de hibernação configurados nos clusters. O cluster 3 foi con-
figurado com um tempo de hibernação bem menor que os clusters 1 e 2 propiciando um
gasto de energia bem maior e fazendo com que a rede tenha uma morte prematura quando
comparada com os outros clusters.
Figura 4.20: Número total de amostras dos nós localizados nos clusters 1 e 2
Fatores Propriedades
Topologia Cluster e Árvore
Nó Sensor Intel Motes
Sensores Vibração
Capacidade de armazenamento Grande
Interferência externa Alta
Tempo de Vida 2 Meses
Segurança Ausente
Tabela 4.5: Características básicas relacionadas com a aplicação de Monitoramento de
máquinas em um navio tanque
Fixas
Auto-Eleváveis
Plataforma de Pernas Atirantadas ( Tension-Leg Platform - TLP)
Semi-Submersíveis
Navio Sonda
FPSO
petróleo. Geralmente tem sido utilizadas nos campos localizados em lâminas d’água de
até 200m. Estas plataformas são constituídas de estruturas modulares de aço, instaladas
no local de operação com estacas cravadas no fundo do mar. As plataformas fixas são
projetadas para receber todos os equipamentos de perfuração, estocagem de materiais,
alojamento de pessoal, bem como todas as instalações necessárias para a produção dos
poços.
As plataformas auto-eleváveis são constituídas basicamente de uma balsa equi-
pada com estrutura de apoio, ou pernas, que, acionadas mecânica ou hidraulicamente,
movimentam-se para baixo até atingirem o fundo do mar. Em seguida, inicia-se a ele-
vação da plataforma acima do nível da água, a uma altura segura e fora da ação das on-
das. Essas plataformas são móveis, sendo transportadas por rebocadores ou por propulsão
própria. Destinam-se à perfuração de poços exploratórios na plataforma continental, em
lâmina d’água que variam de 5 a 130m.
As plataformas semi-submersíveis são compostas de uma estrutura de um ou
mais conveses4 , apoiada em flutuadores submersos. Uma unidade flutuante sofre movi-
mentações devido à ação das ondas, correntes e ventos, com possibilidade de danificar
os equipamentos a serem descidos no poço. Por isso, torna-se necessário que ela fique
posicionada na superfície do mar, dentro de um círculo com raio de tolerância ditado pe-
los equipamentos de subsuperfície, operação esta a ser realizada em lâmina d’água. Dois
tipos de sistema são responsáveis pelo posicionamento da unidade flutuante: o sistema de
ancoragem e o sistema de posicionamento dinâmico.
O sistema de ancoragem é constituído de 8 a 12 âncoras e cabos e/ou correntes, atu-
ando como molas que produzem esforços capazes de restaurar a posição do flutuante
quando é modificada pela ação das ondas, ventos e correntes.
No sistema de posicionamento dinâmico, não existe ligação física da plataforma com
o fundo do mar, exceto a dos equipamentos de perfuração. Sensores acústicos determi-
nam a deriva, e propulsores no casco acionados por computador restauram a posição da
plataforma.
As plataformas semi-submersíveis podem ou não ter propulsão própria. De qualquer
forma, apresentam grande mobilidade, sendo as preferidas para a perfuração de poços
exploratórios.
As plataforma tension-leg são unidades flutuantes utilizadas para a produção de
petróleo. Sua estrutura é bastante semelhante à da plataforma semi-submersível. Porém,
sua ancoragem ao fundo mar é diferente: as TLPs são ancoradas por estruturas tubulares,
com os tendões fixos ao fundo do mar por estacas e mantidos esticados pelo excesso de
flutuação da plataforma, o que reduz severamente os movimentos da mesma. Desta forma,
as operações de perfuração e de completação são iguais às das plataformas fixas.
Navio-sonda é um navio projetado para a perfuração de poços submarinos. Sua torre
de perfuração localiza-se no centro do navio, onde uma abertura no casco permite a pas-
sagem da coluna de perfuração. O sistema de posicionamento do navio-sonda, composto
por sensores acústicos, propulsores e computadores, anula os efeitos do vento, ondas e
correntes que tendem a deslocar o navio de sua posição.
4 Conveses: a parte da cobertura superior do navio compreendida entre o mastro do traquete e o grande,
Os FPSOs são navios com capacidade para processar e armazenar o petróleo, e prover
a transferência do petróleo e/ou gás natural. No convés do navio, é instalada um planta de
processo para separar e tratar os fluidos produzidos pelos poços. Depois de separado da
água e do gás, o petróleo é armazenado nos tanques do próprio navio, sendo transferido
para um navio aliviador de tempos em tempos.
O navio aliviador é um petroleiro que atraca na popa da FPSO para receber petró-
leo que foi armazenado em seus tanques e transportá-lo para terra. O gás comprimido é
enviado para terra através de gasodutos e/ou re-injetado no reservatório. Os maiores FP-
SOs têm sua capacidade de processo em torno de 200 mil barris de petróleo por dia, com
produção associada de gás de aproximadamente 2 milhões de metros cúbicos por dia.
Os principais tipos de plataformas offshore são ilustrados na figura 4.21
que uma avaliação dos resultados possa ser feita. O grande problema neste ambiente de
desenvolvimento é a questão que estas estruturas apresentam tamanho físico relativamente
grande. Mudanças no layout da aplicação exigem que toda estrutura de cabos seja alterada
para que a aquisição de dados possa ocorrer, e em muitos casos esta mudança necessita
que buracos e tubos sejam inseridos na estrutura para permitir a passagem dos cabos.
Desta forma, tornando a otimização da aplicação com o uso de cabos para transmitir
os dados adquiridos bastante cara e proibitiva. Baseado nessas características é que a
motivação para o uso das RSSF nesta aplicação foi exarcebada. As RSSF prometem
grandes benefícios relacionados com a facilidade e flexibilidade no desenvolvimento da
aplicação bem como na redução da manutenção e no custo do sistema.
Lynch et al. (2001) foi um dos primeiros trabalhos relacionados com o desenvolvi-
mento de aplicações em SHM com RSSF. O mesmo realizou a modelagem e a prova de
como um sensoriamento que utilizasse baixa potência poderia ser utilizado para medir
dados da estrutura física, no caso do exemplo desenvolvido por ele, de uma ponte. Na
aplicação desenvolvida um nó sensor ligado diretamente (simples hop) à estação base
fornecia dados para a aplicação cliente.
Em contraste com o sistema descrito anteriormente, o projeto Wisden [Caffrey et al.
2004] apresenta grande melhoria para o desenvolvimento das SHM. Primeiramente foi
implementada a funcionalidade de transporte utilizando multi-hop. Esta implementação
proporciona grande flexibilidade para a disseminação de informações coletadas em áreas
geograficamente distantes. Um fator intrínseco do transporte multi-hop é a questão da
confiabilidade dos dados transmitidos. Para as aplicações de SHM é esperado que os
dados transmitidos apresentem um elevado grau de confiabilidade, mudanças na integri-
dade da informação não deve ser suportado. Um terceiro fator implementado no sistema
Wisden foi a questão do sincronismo. Devido a grande granularidade das RSSF, vários
sensores podem coletar informações em instantes de tempos diferentes, por isso que um
mecanismo de sincronismo deve ser implementado para que a estação base possa deter-
minar em que instante de tempo determinado nó sensor gerou uma informação.
Para o desenvolvimento da aplicação de SHM em plataformas offshore será adotado
o sistema Wisden. Na nossa aplicação dezenas de nós sensores serão espalhados por uma
plataforma offshore em diferentes localizações. Cada nó sensor é dotado de acelerômetros
com capacidade de sensoriamento de vibração nos 3 eixos (3 canais de dados). Uma
estação base localizada em uma sala na plataforma, funciona com o servidor da aplicação.
Nesta estação os dados dos nós sensores serão impressos para que técnicos possam avaliar
os resultados de uma determinada experiência. Os nós sensores estão configurados para
se auto-configurar em uma topologia em árvore e então enviarem os dados coletados para
o nó sink da rede. O nó sink é responsável por encaminhar a informação para a estação
base. Um ponto importante é que esta informação disseminada pelo nó sink deve ter sua
integridade bastante confiável além de requisitos de sincronismo citados anteriormente.
Nós sensores podem ser adicionados e removidos da rede sem muita dificuldade, fazendo
com que a aplicação possua grande flexibilidade no que refere-se a instalação.
O aumento do número de nós sensores deve ser realizado com um certo cuidado. É
importante notar que cada nó sensor apresenta 3 canais destinados para coleta de dados. O
aumento exorbitante dos nós sensores pode exceder os limites de transmissão das RSSF.
CAPÍTULO 4. APLICAÇÕES EM AMBIENTES INDUSTRIAIS DE P&G 62
Para exemplificar esta situação basta analisar que um acelerômetro (3 eixos) gera amostras
de dados (16 bits) em uma freqüência de 100Hz (esta freqüência é típica de aplicações
SHM) fazendo com que um fluxo de dados gere transmissões aproximadamente de 5 kbps.
Para uma rede com 20 nós sensores esta taxa pode chegar a 100kbps. O rádio Chipcon,
presente nos Mica2s (nó sensor suportado pelo Wisden), apresenta uma limitação com
relação a taxa de transmissão de 19.9 kbps, entretanto na prática é percebido que esta
taxa apresenta-se mais próxima da faixa de 10kbps. Claramente é notado que a aquisição
contínua de dados para umas dezenas de nós sensores é inviável quando relacionado a
limitação da taxa de transmissão.
Felizmente, a grande maioria das aplicações SHM necessita que coleções de dados
sejam feita apenas em determinados instantes de tempo. Estas medições podem ser feitas
quando determinados eventos ocorrem, estes eventos podem ser naturais ou artificiais.
Quando os nós sensores não estão transmitindo, os mesmos podem entrar em um modo
de funcionamento de baixo consumo de energia (sleep) ou então podem coletar dados
e armazená-los em memória local para uma posterior compressão de dados (será falado
mais na frente). Os novos desenvolvimentos de rádios ZigBee estão propiciando que a
limitação da taxa de transferência sejam um pouco alargadas ( 250kbps) fazendo com que
o desenvolvimento da aplicação possa suportar de 50-100 nós sensores.
tus de nós na topologia, fazendo com que conexões sejam desfeitas. Nó momento em
que a topologia muda, determinados nós podem apresentar dados inconsistentes em suas
listas de perdas de pacotes, fazendo com que determinadas informações não possam ser
recuperadas. Por exemplo, quando um nó seleciona um novo pai, o seu pai antigo não
mais conseguirá recuperar algum pacote perdido deste nó, pois este não estará mais em
sua tabela de roteamento.
O mecanismo de recuperação de pacotes baseado na técnica end-to-end é bastante pa-
recido com a técnica anterior, entretanto a técnica descrita neste parágrafo apresenta uma
visão mais global da recuperação. Esta técnica é baseada na grande capacidade de arma-
zenamento do nó sink quando comparado com os outros nós da rede. Tal característica
faz com que o nó sink possa guardar informações de todas as perdas de pacotes geradas
na rede, tratando a recuperação como um hop-by-hop global. Dessa maneira, quando um
nó filho do sink descobre que uma perda ocorreu, mensagens de recuperação são transmi-
tidas para baixo na árvore em direção aos seus nós filhos até que a informação do pacote
perdido seja descoberta e esta possa ser recuperada.
O mecanismo de sincronização pode ser ilustrado pela equação 4.1 que está baseada
na figura 4.24. No nosso exemplo o tempo t p pode ser desprezado enquanto que o tempo
de residência tn é constantemente calculado pela equação. Para o exemplo da figura 4.24
o nó sink calculará o tempo aproximado em que o nó sensor A gerou uma determinada
informação como sendo igual a: Stempoatual - TA
i 3 i 3
∑ ∑ t piA
✁ ✁
TA tniA (4.1)
✂
i 0
✁ i 0
✁
ção sísmica em reservatórios tem apresentado nos últimos anos como uma das melhores
ferramentas indiretas na exploração de hidrocarbonetos. Basicamente o processo busca
adquirir através de dados sísmicos propriedades das rochas presentes no interior da terra
para que uma análise da presença de hidrocarbonetos em uma determinada região possa
ser realizada.
O funcionamento do processo é baseado na geração de ondas sísmicas em ambientes
onshore e offshore apartir de explosões de dinamite e canhões de ar comprimido respec-
tivamente. As ondas geradas são propagadas no interior da terra e em seguida refletidas
até serem capturadas por geofones ou hidrofones. A aplicação sugerida nesta seção busca
monitorar as informações coletadas por estes geofones ou hidrofones através das RSSF.
A seção é dividida basicamente em duas partes, a primeira contendo uma introdução um
pouco mais técnica do problema enquanto que a segunda apresenta uma modelagem das
RSSF adotada na aplicação.
Aquisição sísmica
Processamento sísmico
Interpretação sísmica
Um levantamento sísmico padrão é formado por vários tiros sísmicos originados de diver-
sas localizações. A figura 4.25 ilustra o processo de aquisição sísmica terrestre e marinha
onde pode-se perceber a função vital de absorção de dados para os geofones e hidrofo-
nes. Um outro fator de grande interesse para aquisição sísmica esta relacionado com sua
classificação. Quando a aquisição sísmica é realizada em uma única linha, conforme a
figura 4.25 diz-se que a aquisição é do tipo 2D. Quando a modelagem é realizada com
linhas em paralelo é caracterizada uma aquisição 3D. Atualmente sísmica 4D[Risso &
Schiozer 2006] está sendo utilizada para comparação das reservas de hidrocarbonetos nas
regiões em diferentes épocas. Este novo tipo nada mais é do que uma extensão da sísmica
3D onde a variável tempo é inserida para adicionar a outra dimensão.
do sistema para uma densidade grande de geofones seja realizada com grande esforço
físico. Nesta aplicação a latência de transmissão dos dados não é um requisito critico
entretanto a confiabilidade dos dados deve possuir uma grande prioridade de QoS.
Figura 4.27: Arquitetura das RSSF em aplicações de exploração sísmica por reflexão
será introduzido nas RSSF. Segundo Martins (2002) um agente é uma entidade que atua
como representante de outra entidade com o propósito de desempenhar ações benéficas
para a parte representada, desta forma agentes podem atuar de forma autônoma intera-
gindo com determinados ambientes.
Agentes nas RSSF podem atuar na comunicação com todos nós sensores, criação de
clusters, designação de nós líderes, monitoramento do status descritos nos nós sensores
e análises de decisões baseado num funcionamento de elevada autonomia. Desta forma,
os agentes podem atuar como o intermediador entre as aplicações usuárias e as RSSF
abstraindo informações complexas de protocolos para os usuários. Trabalho bastante pa-
recido com a descrição dos agentes foi implementado por Delicato et al. (2004) onde a
abordagem de middlawares foi descrita como forma de abstrair para o usuário a melhor
escolha de protocolos para uma determinada aplicação em RSSF.
A arquitetura baseada em agentes para aplicação das RSSF em exploração sísmica por
reflexão é descrita na figura 4.28. Como pode-ser perceber esta arquitetura é baseada em
4 partes principais: usuário, aplicação usuária, softwares agentes e as redes de sensores.
O usuário é a entidade que administra a rede, realiza requisições através da aplicação
para RSSF visando determinar configurações nos nós sensores. Agentes como descritos
anteriormente são entidades que apresentam relativa inteligência computacional sendo
utilizadas para processar as requisições das aplicações. Por fim os nós sensores são as
entidades responsáveis por monitorar os fenômenos físicos no ambiente desejado.
O agente roteador é uma entidade implementada na estação base que possui grande
utilidade para otimização dos mecanismos relacionados com o roteamento de dados.
Apresenta grande capacidade de processamento, como veremos a seguir uma implemen-
tação de um algoritmo genético é realizada nesta entidade para que criações de clusters e
o gerenciamento otimizados dos nós sensores possa ser realizados.
O agente query é a entidade responsável por entregar requisições da aplicação para as
CAPÍTULO 4. APLICAÇÕES EM AMBIENTES INDUSTRIAIS DE P&G 72
RSSF. As respostas destas requisições são entregues a esta entidade. Nos nós sensores
são implementados agentes query proxy com a finalidade de realizar requisições de mais
baixo nível aos sensores, estes query devem ser implementados com requisitos de baixo
consumo de energia e com uma alta confiabilidade dos dados. Um outro mecanismo
implementado nos nós sensores é o agente roteador proxy cuja função está vinculado
principalmente no roteamento de dados por parte dos nós sensores com o agente roteador.
A aplicação funciona basicamente de duas maneiras: usuário ou nó sensor inicial-
mente envia requisições. Quando o usuário envia uma requisição através da interação
com a aplicação, a entidade representada pela aplicação envia por sua vez uma requisição
para o agente query. O agente query propaga esta requisição para o agente roteador que
através de um mecanismo de roteamento transmite a informação para a RSSF. A requi-
sição é enviada para um determinado cluster, que neste caso é representado por seu nó
líder. O nó líder é responsável por transmitir a requisição para o nó sensor responsável
por responder esta requisição. O nó sensor faz o tratamento desta requisição através do
agente roteador proxy e do agente query proxy, ambos representados na figura 4.28. O
caminho inverso é realizado para que a resposta chegue até a aplicação cliente.
A última unidade que descreveremos para a arquitetura de agentes será o agente ro-
teador. Conforme a figura 4.28 é percebido que esta unidade é formada por 4 entida-
des: aprendizagem, resolução de problemas, gerenciador de tarefas e comunicação. A
entidade de aprendizagem utiliza um algoritmo genético para realizar uma configu-
ração otimizada do número de nós e de transmissões. O algoritmo funciona da seguinte
forma, inicialmente é criada uma população inicial com um grande número de clusters,
com a quantidade de nós sensores atuais e suas capacidades de energia. Essas informa-
ções são obtidas do banco de dados implementado no agente roteador. Várias gerações
são criadas para que cromossomos ótimos apresentem um valor de convergência para a
CAPÍTULO 4. APLICAÇÕES EM AMBIENTES INDUSTRIAIS DE P&G 73
Fatores Propriedades
Confiabilidade Alta
Granularidade Alta
Sensores Acústico
Arquitetura Baseada em agentes
Capacidade de armazenamento Alto
Consumo de energia Alto
Tempo de vida Dias
Tabela 4.7: Características básicas relacionadas com a aplicação de monitoramento de
dados sísmicos
Capítulo 5
Conclusões
Este trabalho procurou descrever a tecnologia de Redes de Sensores sem Fio apli-
cada no setor de petróleo e gás natural. As características básicas inerentes a esta nova
tecnologia bem como os requisitos necessários de algumas aplicações deste setor são os
principais aspectos discutidos durante o trabalho.
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