Como promover oralidade na L2 - marcelino; weissheimer
Como promover oralidade na L2 - marcelino; weissheimer
Como promover oralidade na L2 - marcelino; weissheimer
Como promover
oralidade em aula de L2
na Educação Bilíngue
Marcello Marcelino
Pós-doutorado pela New York University, é doutor em
linguística pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Leciona na graduação e na pós-graduação do Departamento
de Letras da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Atua na área de linguística do inglês, estudos comparativos
português-inglês, abordagens gerativistas para a aquisição de
L2 e bilinguismo.
Janaina Weissheimer
Doutora em letras (inglês) pela Universidade Federal
de Santa Catarina, realizou estágio pós-doutoral no Kutas
Cognitive Electrophysiology Lab, da University of California
San Diego (UCSD). É professora associada do Departamento de
Línguas e Literaturas Estrangeiras Modernas da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), membro permanente
do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem e
colaboradora no Instituto do Cérebro da UFRN.
Como promover
Capítulo 2 oralidade em aula
de L2 na Educação
Bilíngue
1. Introdução
Todo professor está ciente da importância de falar uma segun-
da língua fluentemente e dos desafios desse caminho. Por um lado,
sabemos que uma das principais razões para pais procurarem
uma Educação Bilíngue para seus filhos é proporcionar-lhes meios
para que possam comunicar-se oralmente na língua-alvo. Não é
por acaso que a pergunta recorrente em termos de proficiência
é “Você FALA inglês?”, refletindo o privilégio conferido a essa
habilidade em detrimento das demais. Por outro lado, sabemos
também que ser proficiente oralmente na segunda língua (L2)1 é
uma meta complexa de atingir, sobretudo quando levamos em
consideração os diferentes aspectos envolvidos no processo, que
abarcam desde limitações de nosso aparato cognitivo e adequa-
ções pragmáticas até o tempo que em geral deve ser despendido
em prática até a criança atingir uma proficiência satisfatória. Im-
portante ressaltar também que o processo de desenvolvimento
da oralidade depende de outros fatores externos relacionados à
escola, como o programa bilíngue e o tipo e tempo de exposição
ao idioma.2
1 Neste trabalho, utilizaremos o termo “segunda língua” (L2), comumente empregado em es-
tudos baseados em abordagens gerativas e cognitivas como o nosso, em detrimento de outras
formas de referência à língua não nativa.
2 Para uma discussão inicial e introdutória sobre a relação entre modelos de Educação Bilín-
gue, escolhas teóricas e tipo/tempo de exposição e suas possíveis influências no desenvolvi-
mento linguístico do aprendiz, ver Marcelino (2019) e referências nele citadas.
5. Considerações finais
O objetivo deste capítulo foi discutir o que julgamos que o pro-
fessor deveria ponderar ao focar o desenvolvimento das habilida-
des orais na L2, especificamente considerando as particularidades
do contexto bilíngue.
Referências bibliográficas
CHOMSKY, N. Knowledge of language: its nature, origins, and use.
New York: Praeger, 1986.
DEHAENE, S. How we learn: why brains learn better than any ma-
chine… for now. New York: Penguin, 2020.