MINISTERIO_DAS_CIDADES_DIRETRIZ_PROJETO.ENGENHARIA
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2010
APRESENTAÇÃO
Abastecimento de Água;
Esgotamento Sanitário;
Manejo de Águas Pluviais;
Manejo de Resíduos Sólidos
2
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................2
SUMÁRIO...............................................................................................................................3
1 OBJETIVO.................................................................................................................6
2 CARACTERIZAÇÃO DOS TRABALHOS..............................................................6
3 IDENTIFICAÇÃO DOS PROPONENTES...............................................................6
4 MODALIDADES .......................................................................................................7
4.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA......................................................................7
4.2 ESGOTAMENTO SANITÁRIO ...................................................................28
4.3 MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS ...............................................................46
4.4 MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS .......................................61
5 EQUIPE TÉCNICA .................................................................................................87
5.1 EQUIPE CHAVE – PERFIL DOS PROFISSIONAIS REQUERIDOS.......87
6 ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO.........................................................88
6.1 COMUNICAÇÕES........................................................................................88
6.2 PLANO DE TRABALHO..............................................................................88
6.3 FLUXOGRAMA............................................................................................89
6.4 CRONOGRAMAS.........................................................................................89
6.5 ANÁLISE DOS DOCUMENTOS..................................................................90
6.6 REUNIÕES ....................................................................................................90
6.7 FISCALIZAÇÃO...........................................................................................91
6.8 COORDENAÇÃO DOS TRABALHOS DA CONTRATADA.....................91
6.9 CONDIÇÕES AMBIENTAIS .......................................................................92
7 CONTEÚDO DOS ESTUDOS DE CONCEPÇÃO E PROJETO BÁSICO...........93
3
LISTA DE NOMENCLATURAS E DEFINIÇÕES
ABNT -Associação Brasileira de Normas Técnicas
ANA -Agência Nacional de Águas
ART -Anotação de Responsabilidade Técnica
BDI -Benefícios e Despesas Indiretas
CCM -Centro de Controle de Motores
CD -Disco Compactado
CONAMA -Conselho Nacional do Meio Ambiente
CONTRATADA -Empresa que mediante processo de licitação
assinará contrato com a Proponente para
desenvolvimento dos estudos e projetos
CREA -Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura
EEA -Estação Elevatória de Água
EQUIPE DE FISCALIZAÇÃO -Equipe indicada pelo Proponente para fiscalizar a
execução dos serviços contratados
ESTUDO DE CONCEPÇÃO -Estudo para identificar as necessidades, caracterizar
o problema, e avaliar as alternativas de viabilidade
nos aspectos tecnico-sócio-econômico-financeiro-
ambiental
ETA -Estação de Tratamento de Água
EIA -Estudos de Impacto Ambiental
ETE -Estação de Tratamento de Esgoto
FAT -Fundo de Amparo ao Trabalhador
FGTS -Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
FUNASA -Fundação Nacional de Saúde
IBAMA -Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis
IBGE -Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística
MCIDADES -Ministério das Cidades
MI -Ministério da Integração Nacional
NBR -Norma Brasileira
OS -Ordem de Serviço
PMSS -Programa de Modernização do Setor de
Saneamento
PNSB -Plano Nacional de Saneamento Básico
PNCDA -Programa Nacional de Combate ao Desperdício de
Água
4
PLANO DE TRABALHO -Caracterização, metodologia de execução e
cronograma das atividades que compõem os
serviços, a serem apresentados pela Contratada em
sua proposta;
PROJETO BÁSICO -projeto de engenharia que reúne os elementos
necessários e suficientes a licitação completa das
Obras - inciso IX, art. 6º da Lei nº 8.666/93;
PROJETO EXECUTIVO -conjunto de projetos de engenharia necessários e
suficientes à execução completa da obra, de acordo
com as normas pertinentes da Associação Brasileira
de Normas Técnicas – ABNT - inciso X, art. 6º da
Lei nº 8.666/93;
PROPONENTE -Entidade Pública que promoverá a contratação dos
estudos e projetos
RIMA -Relatório de Impacto Ambiental
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1 OBJETIVO
O Proponente que pleitear, junto ao Ministério das Cidades, estudos e projetos nas
modalidades elencadas nesse Manual, deverá atender aos critérios estabelecidos pelo
Processo Seletivo em vigor na data do pleito, editado pelo Ministro das Cidades, por meio
de Instruções Normativas Específicas.
6
4 MODALIDADES
4.1.1 INTRODUÇÃO
4.1.3 CRITÉRIOS
7
e) Deverá ser priorizado soluções que utilizem tecnologias adequadas à realidade
local, com custos compatíveis com a capacidade de pagamento da população e, suficientes
para que a infraestrutura de água, a ser disponibilizada para a comunidade, seja
adequadamente operada e mantida;
Os estudos técnicos deverão considerar a Norma Brasileira - NBR No. 12.211, de 1992,
para estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de água, e demais
normas interrelacionadas, da ABNT.
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a. Diagnóstico da Situação Atual
Deverão ser realizadas reuniões com as operadoras dos serviços, autoridades locais,
representantes da sociedade civil e da população, objetivando determinar as necessidades e
a importância do projeto para a população.
As atas dessas reuniões deverão constar como anexo no relatório do estudo de concepção
do projeto.
I. Localização
Localização no Estado, com as distâncias aos centros mais importantes por meio
das vias de comunicação; delimitação da área de intervenção direta; altitude,
latitude e longitude.
II. Clima
Temperaturas máximas, médias e mínimas; séries históricas de dados
meteorológicos e pluviométricos, com médias anuais, ocorrências de precipitações
intensas e estiagens prolongadas; curva de intensidade versus período de
recorrência válido para a localidade; descrição de fatores especiais de influência
sobre o clima.
III. Acesso
Estradas de rodagem, estradas de ferro, navegação aérea, fluvial ou marítima;
acesso a partir dos possíveis centros fornecedores de materiais e equipamentos a
serem utilizados na construção do sistema.
IV. População
Série histórica de dados de população urbana e rural; taxas históricas anuais de
crescimento populacional para o município, distritos e sedes; estudos populacionais
9
recentes, quando disponíveis; população flutuante quando significativa, com a
indicação do período de ocorrência; fluxos migratórios.
V. Topografia, Hidrologia e Geologia
Plantas topográficas e mapas, inclusive hidrográficos, com os principais acidentes,
quotas de inundação, batimetria etc., com abrangência sobre a região relativa à
intervenção; informações dos meios físicos (bacias hidrográficas, fisiografia,
geologia, geomorfologia, solos, regimes de chuvas, regime dos cursos d’água);
informações sobre mananciais superficiais e subterrâneos, uso da água a jusante e a
montante dos mananciais que poderão servir de fonte de água bruta ou receptores
de água residuária; meio biótico (vegetação/flora e fauna) e sua conservação; faixas
de terreno para localização dos condutos de interligação de mananciais e de partes
do sistema; levantamentos e análises aerofotogramétricas, se existir. Identificação
de áreas protegidas ambientalmente ou com restrições à ocupação;
VI. Características Urbanas
Principais características urbanas; densidades demográficas atuais; tendências de
expansão; dados sobre desenvolvimento regional; planos de implantação de obras
públicas municipais, estaduais e federais, principalmente aquelas que tenham
influência sobre o projeto, planos diretores existentes, plano de saneamento, etc.
VII. Condições Sanitárias
Informações gerais sobre: condições de poluição dos recursos hídricos, ocorrência
de doenças de veiculação hídrica, taxa de mortalidade infantil, e problemas
relacionados com o saneamento ambiental;
VIII. Perfil Sócio-Econômico
Descrição atual e tendências do perfil sócio-econômico da população da localidade;
quadro com informações sobre a distribuição da renda familiar mensal, por faixas
de salário mínimo, número de habitantes, escolaridade e IDH.
IX. Perfil Industrial
Indústrias existentes (consumos de água, quantidade e tipo de efluente); previsão de
expansão industrial no município, com possível demanda por utilização de serviços
públicos de saneamento, descrevendo o potencial de crescimento, a estimativa de
consumo de água, tipo e quantidade de despejo.
X. Outros Programas
Descrever programas da área social, que estejam sendo desenvolvidos na área de
abrangência do projeto, os quais possam vir a complementá-lo ou interferir com o
mesmo.
Descrever também outros programas na área de saneamento, saúde ou
infraestrutura que estejam em desenvolvimento ou programados para a localidade
em questão.
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Sistemas Existentes de Saneamento
I. Aspectos Técnicos
Descrição de cada parte componente do sistema: tipo, características
cadastrais, capacidades, cargas e volumes atuais e futuros, extensões e
materiais.
Informações sobre controle operacional: qualidade da água comprovada por
análises laboratoriais; vazões; pressões médias, máximas e mínimas; níveis
máximos e mínimos; tempos de funcionamento mínimos, médios e máximos
aplicáveis às diferentes partes e seus subcomponentes.
Diagnóstico das condições operacionais e do estado de conservação das
unidades do sistema.
Desenho esquemático do sistema de abastecimento existente (tamanho A3 ou
A4), assinalando as partes a serem desativadas, a serem reaproveitadas e/ou
que serão objeto de melhoria ou ampliação.
Tipos de soluções de abastecimento adotadas na localidade, no caso de
sistema público parcialmente implantado ou quando da sua inexistência.
Manancial: Condições extremas de estiagem e de enchente; condições
sanitárias e ambientais da bacia; condições atuais de proteção do manancial;
interferência de ocorrências localizadas a montante e a jusante.
No caso de poços – informar: a) poço raso (também denominado escavado,
freático, amazonas) ou poço tubular profundo; b) diâmetro; c) níveis estático
e dinâmico; d) profundidade; e) vazões; f) revestimento; g) condições
operacionais; etc.
Captação: Tipo de captação; avaliação e justificativa da necessidade de
intervenção em melhoria ou ampliação.
Adução: Tipo de Adutora: gravidade, recalque ou mista; material da
tubulação; avaliação e justificativa da necessidade de intervenção em
melhoria ou ampliação.
Estação Elevatória de Água – EEA e linha de recalque: Avaliação e
justificativa da necessidade de intervenção em melhoria ou ampliação,
considerando: remanejamento de equipamentos e/ou terrenos disponíveis;
suprimento de energia elétrica; capacidade do sistema elétrico existente, nível
de automação.
Estação de Tratamento de Água – ETA: Desenho esquemático da ETA
existente (tamanho A3 ou A4), análises físico-químicas e bacteriológicas
mínimas, médias e máximas da água in-natura e tratada; parâmetros
operacionais, como: velocidades, tempo de detenção, etc.; produtos químicos
utilizados; avaliação das condições do laboratório e de armazenamento de
produtos; nível de automação; avaliação e justificativa da necessidade de
intervenção em melhoria ou ampliação.
Reservatório: Relação e avaliação dos reservatórios, com áreas de influência
e zonas de pressão; material, capacidade, nível de automação; avaliação e
justificativa da necessidade de intervenção em melhoria ou ampliação.
11
Rede de Distribuição: Características cadastrais da rede e acessórios; quadro
resumo por tipo de material, diâmetro e extensão; idade e estado de
conservação; planta de rede existente em escala compatível, com indicação
das áreas de influência por zonas de pressão, se houver; análises físico-
químicas e bacteriológicas da água na rede de distribuição, cujos pontos de
coleta de amostras devem ser estabelecidos com base em critérios de
abrangência espacial, nos pontos com grande circulação de pessoas, locais
vulneráveis do sistema (ponta de rede, pontos de queda de pressão e/ou
sujeitos à intermitência de abastecimento, reservatórios e locais com
notificações sistêmicas de agravos à saúde tendo como possíveis causas
agentes de veiculação hídrica); avaliação e justificativa da necessidade de
intervenção com melhoria ou ampliação;
Sistema de Esgoto: Deverá ser descrito (incluir desenho esquemático –
tamanho A3 ou A4) e avaliado o sistema de esgotamento sanitário da cidade,
especificar se sistema coletivo, com ou sem tratamento, ou se soluções
individuais. Essa avaliação deverá ser feita considerando as possíveis
influências da forma de coleta e tratamento do esgoto sanitário adotada no
estudo de concepção do sistema de abastecimento de água. Assim, a
avaliação deverá considerar todas as partes do sistema, tais como: rede
coletora, interceptores, emissários, estações elevatórias, estação de tratamento
e demais dados que possam contribuir para os estudos. Deverão ser avaliados
também os custos dos serviços de operação e manutenção do sistema de
esgotos quando houver.
Resumo Técnico: Elaboração de um resumo técnico dos problemas no
município relacionados com sistema de abastecimento de água, evidenciando
o nível de perdas (e sua origem), cobertura, micro e macromedição, qualidade
da água e estado de contaminação do corpo receptor.
III. Conclusões
Apresentar as conclusões acerca dos Sistemas Existentes de Saneamento da
localidade em questão, quanto aos aspectos técnicos e institucionais supra
mencionados.
Parâmetros
12
conseqüência, a contribuição per capita de esgotos. Assim, o estabelecimento dos
parâmetros terá por balizamento os valores indicados pelos Programas PNCDA,
PMSS e outros, do Ministério das Cidades, e os recomendados pelas Prestadoras de
Serviços de Saneamento.
Desse modo, deverão ser realizadas a avaliação e justificativa dos parâmetros e
elementos das alternativas técnicas, para o pré-dimensionamento das unidades:
característica de água bruta, coeficientes, taxas, materiais e equipamentos, etc.
Estimativa Populacional
As projeções populacionais deverão ser feitas com base nos censos demográficos
oficiais do IBGE, cujos valores deverão ser aferidos ou corrigidos utilizando-se:
avaliações de projetos e outros estudos demográficos existentes; evolução do número
de habitações cadastradas na Prefeitura, nos prestadores de serviços públicos, Cia. de
eletricidade, FUNASA, etc.; evolução do número de consumidores de energia
elétrica; contagem direta de casas (em campo); contagem direta de edificações em
aerofotos ou mapas aerofotogramétricos cadastrais atuais e antigos. Considerar,
ainda, a influência da população flutuante ou temporária, quando for significativa.
Estudos de Demanda
13
O consumo per capita deverá ser avaliado conforme roteiro abaixo:
Estratificação sócio-econômica da população - necessária ao estudo de
projeção populacional e à avaliação do consumo médio per capita (projeção
populacional será vista posteriormente);
O consumo de água deve ser estudado em três seguimentos distintos: (i) o
residencial; (ii) o não residencial, que engloba o comercial, o industrial de
pequeno porte e o público; e (iii) o relativo aos grandes consumidores;
O modelo para estimativa do volume consumido residencial e não residencial
(exceto grandes consumidores) se baseia nos consumos per capita
micromedidos, específicos para cada subárea e classe de renda determinada;
Para baixos índices de hidrometração recomenda-se a adoção de valores de
pesquisas em outras subáreas, de semelhantes características sócio-
econômicas, que sejam bem medidas;
O modelo se baseia em dados amostrais por subáreas e por classe de renda,
cujos resultados são extrapolados para toda a área.
O consumo per capita a ser encontrado deverá estar em consonância com as atuais
tendências de redução de consumo, e valores recomendados pelos programas
patrocinados pelo MCIDADES, por meio da Secretaria Nacional de Saneamento
Ambiental.
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Redução e Controle de Perdas e Reuso de Água
Com vistas aos projetos técnicos, o estudo de concepção deverá adotar medidas e
estratégias abrangentes, adequadas às realidades locais, de forma a avaliar as ações e
seus custos, para atender às premissas de conservação e economia nos usos das
águas. No que couber, os estudos considerarão os seguintes aspectos:
Política tarifária;
Custos de operação e manutenção do sistema na prestação dos serviços de
abastecimento de água;
Aumento da eficiência, detecção e eliminação de vazamentos nos sistemas de
captação, adução, reservação e distribuição de água, inclusive no âmbito
domiciliar;
Adoção de equipamentos de baixo consumo, por meio de crédito subsidiado,
descontos, distribuição gratuita de kits de conservação e assistência técnica;
Reciclagem de águas servidas ou utilização de fontes de água não potável
para usos menos exigentes;
Campanhas de informação e educação; e
Pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e procedimentos.
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c. Estudos Ambientais
Sempre que ficar caracterizada a existência de potencial impacto negativo, devem ser
indicadas as medidas a serem adotadas para sua atenuação, bem como prever as medidas
de compensação de acordo com a legislação ambiental e programas de educação
ambiental.
Ainda na fase dos estudos, a Contratada deverá, quando solicitada, subsidiar o Proponente,
na produção de informações e documentos necessários para requerer as licenças ambientais
(Prévia e de Instalação).
Nos projetos que prevejam a implantação de obras e serviços para as unidades de captação,
ampliação do sistema de produção ou interligação a sistemas existentes é recomendado a
avaliação das alternativas sugeridas nos Atlas – Abastecimento Urbano de Água
elaborados pela Agência Nacional de Águas, os quais estão disponíveis no sítio eletrônico:
www.ana.gov.br
16
Nesta fase, as alternativas deverão ser tratadas em termos de sua composição, suas
características principais, eficiências, restrições e aspectos condicionantes. Não haverá
preocupação com dimensionamento, podendo ser utilizadas bases topográficas existentes.
e. Alternativas de Solução
Para cada alternativa deverão ser apontadas, também, as áreas necessárias para instalação
e operação dos elementos do sistema, como ETA e EEA, e sua necessidade de
desapropriação.
No arranjo dos novos sistemas deverão ser aproveitados ao máximo, quando houver, os
sistemas existentes, prevendo as melhorias necessárias a fim de garantir a oferta de água
potável, com quantidade e qualidade, ao longo de todo o horizonte de projeto. O nível de
aproveitamento e das melhorias das unidades operacionais deverá ser discutido entre o
proponente e a contratada.
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Para cada uma das alternativas deverão ser pré-dimensionadas as unidades dos sistemas,
abordando:
I. Manancial
Situação e descrição das condições do manancial quanto a: regularidade (vazões
mínima, média e máxima), vazão ecológica, condições de enchente; necessidade de
obras para regularização de vazões; qualidade da água (análise bacteriológica, de
contaminação tóxica, cromatográfica e sedimentométrica).
Informações mínimas:
mananciais superficiais - nome da fonte de captação e da bacia hidrográfica,
planta com indicação do ponto de captação, estimativa da área da bacia, uso
da água a montante e jusante da captação (a montante, indicar captações para
fins de abastecimento público e industrial, informando a respectiva distância);
manaciais subterrâneo – laudo geológico e hidrogeológico que permitam
estimar a qualidade e capacidade de produção.
II. Captação
Distância e desnível do provável ponto de captação até a próxima unidade do
sistema; descrição sumária suficiente para avaliar os quantitativos da obra e custos;
estudo hidráulico e estrutural para barragem; identificação e justificativa da
necessidade de pré-sedimentação em função da qualidade de água bruta.
Caracterizar o tipo de captação, se direta ou indireta. No caso de captação em
poços, descrever as suas características: informar tipo (poço raso, também
denominado escavado, freático, amazonas ou poço tubular profundo), diâmetro,
níveis estático e dinâmico, profundidade, vazões, revestimento, condições
operacionais, etc.
IV. Adutora
Tipo de material, diâmetro, extensão, traçado justificado em função de
características topográficas e do tipo de solo, profundidade média, tipo e número de
dispositivos de proteção e acessórios; localização e pré-dimensionamento de
travessias e obras especiais.
18
V. Estação de Tratamento de Água - ETA
Definição preliminar da provável localização e descrição do tipo de tratamento e
suas características gerais; pré-dimensionamento com demonstração de
adequabilidade sanitária, hidráulica e mecânica; elementos para definição de
orçamento; vazões médias a serem tratadas; estimativa com gasto de produtos
químicos e energia elétrica; definição preliminar sobre a disposição das águas de
esgotamento de lavagem dos filtros. Método de tratamento e disposição dos lodos
produzidos.
VI. Reservatórios
Pré-dimensionamento dos reservatórios, de acordo com suas funções (manutenção
de pressão e/ou equalizações); localização, tipo, capacidade, materiais e acessórios;
cotas e alturas; características geológicas do subsolo.
Etapas de Construção
Definir a implantação das etapas das obras com base na avaliação técnica e sócio-
econômica. Definição das etapas de obras de ampliação sistemática (rede de
distribuição) para todo o período do projeto. Além dos aspectos econômico-
financeiros, deverão ser considerados outros como: crescimento da demanda na área
de projeto, fatores físicos, obras complementares (elevatórias, adutoras e fatores
operacionais), e atendimento a condicionantes ambientais.
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Orçamento Preliminar das Alternativas
A comparação das diferentes alternativas deverá ser feita por meio do cálculo do fluxo de
caixa, a valor presente, dos custos de investimento, operação e manutenção, não
considerando os custos de depreciação e inflação, à taxa de desconto de 12%, ao longo do
período de projeto.
20
g. Serviços Complementares
h. Memorial de Cálculo
Os cálculos e estudos gráficos que tenham sido elaborados para a obtenção das definições
do projeto, deverão ser apresentados em forma de memorial, preferencialmente digitado.
b) Memorial de Cálculo
Documento ou conjunto de documentos que apresenta(m) detalhadamente, e de forma
organizada, os parâmetros adotados e metodologias de cálculo para o dimensionamento
do sistema. Deve conter: detalhamento dos cálculos, com tabelas de parâmetros e
fórmulas; estudos técnicos; referências bibliográficas; indicação das ferramentas de
cálculo utilizadas (softwares ou outro); memória de cálculo da quantidade de materiais
e serviços.
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c) Desenhos Técnicos e de Situação
São documentos gráficos, como plantas e cortes, que devem ilustrar adequadamente: a
localização e o traçado de todos os elementos do sistema atual e a ser construído,
diferenciando-os, e as respectivas abrangências; os pontos notáveis da região; os
canteiros de obras; detalhes de peças, equipamentos e dispositivos.
d) Planilha Orçamentária
Documentos que ilustrem de forma clara o custo unitário e o custo global dos materiais
e serviços necessários para completa execução do empreendimento, levando em
consideração possíveis divisões em etapas de implantação do sistema e seus respectivos
quantitativos.
e) Cronograma Físico-financeiro
Documento de planejamento, elaborado antes da execução, que demonstra com clareza
a evolução físico-financeira da implantação das obras e considerando eventuais
dificuldades, podendo ser dividida em etapas.
f) Documentos complementares
Relatórios de estudos e levantamentos Topográficos e Geotécnicos, relatórios de
Estudos Ambientais e outros documentos necessários para elaboração do Projeto e
obtenção de licenças.
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O projeto básico deverá conter: os projetos arquitetônico, urbanístico, hidráulico, elétrico e
de fundação, especificações técnicas de materiais e serviços, orçamento, cronograma
físico-financeiro, ART (inclusive do profissional que elaborou a planilha orçamentária),
posse da área/ desapropriações, bem como os detalhes e demais informações necessárias ao
entendimento da unidade. Deverão ser apresentadas, pelo menos, as partes mencionadas a
seguir:
Com base no diagnóstico efetuado, e nas propostas do estudo de concepção, deverão ser
detalhadas as melhorias a ser realizado no sistema de abastecimento existente ou projetado
novo sistema, de forma a prover a área a ser beneficiada, com água em quantidade e
qualidade, ao longo do período de projeto.
II. Captação
Planta de localização, locação e todas as demais plantas, cortes e detalhes e
cálculos necessários à sua perfeita compreensão.
III. Adução
Plantas de caminhamento com respectivos perfis, com indicação de dispositivos
especiais como ventosas, registros, medidores de vazão, dispositivos de proteção
contra golpe de aríete, entre outros. Plantas indicativas de obras de arte. Deverão
ser apresentados os seguintes elementos:
estaqueamento;
cotas do terreno e da geratriz inferior da tubulação;
diâmetro e tipo de material das tubulações projetadas;
declividade;
profundidade;
tipos de terrenos;
23
tipos de pavimentação, quando em área urbanizada;
travessias especiais (vias e outros).
IV. Elevatórias
Plantas de situação, locação e de interligação dos barriletes e canalizações, planta
de urbanização da área, plantas, cortes e detalhes necessários ao entendimento da
unidade. Lista dos principais materiais e equipamentos necessários para subsidiar a
relação de materiais e orçamento.
Cada elevatória deverá ser justificada quanto à necessidade de sua utilização.
Quadro de peças contendo especificações e quantidades.
V. Linhas de Recalque
Plantas de caminhamento com respectivos perfis contendo indicação de mudanças
de direção e dispositivos especiais. Plantas indicativas de obras de arte.
Os perfis deverão conter os elementos abaixo:
estaqueamento;
cotas do terreno e da geratriz inferior da tubulação;
diâmetro e tipo de material das tubulações projetadas;
declividade;
profundidade
tipos de terreno;
tipos de pavimentação;
Travessias especiais (vias e outros).
24
VII. Reservatório
Plantas de situação, locação e de interligação dos barriletes e canalizações, planta
de urbanização da área, plantas, cortes e detalhes necessários ao entendimento da
unidade.
Lista dos principais materiais e equipamentos necessários para subsidiar a relação
de materiais e orçamento.
Nas unidades existentes, mediante o diagnóstico efetuado, deverão ser avaliadas as
recuperações necessárias, especialmente quanto às perdas na unidade e a segurança
estrutural.
X. Desempenho Operacional
Apresentar o desempenho operacional dos últimos seis meses de unidades
existentes que serão aproveitadas no novo sistema.
25
O projeto urbanístico deverá proporcionar uma perfeita integração das áreas
adjacentes e constará das indicações necessárias para seu entendimento, de forma
ainda a subsidiar a elaboração do orçamento.
IV. Orçamento
Deverá ser apresentado em moeda nacional.
O orçamento deve ser detalhado, com a composição de custos unitários de serviços,
discriminando em planilha os respectivos preços unitários, quantidades e preços
totais.
Os custos unitários de insumos ou serviços deverão ser menores ou iguais à
mediana de seus correspondentes no SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisas de
Custos e Índices da Construção Civil.
Somente em condições especiais, devidamente justificadas em relatório técnico
circunstanciado, elaborado por profissional habilitado e aprovado pelo proponente,
poderá os respectivos custos unitários exceder limite do SINAPI.
O preço de referência das obras, serviços e insumos será aquele resultante da
composição do custo unitário, acrescido do percentual de Benefícios e Despesas
Indiretas – BDI incidente, que deve estar demonstrado analiticamente na proposta
do fornecedor.
Sobre a taxa de BDI é impreterível ressaltar que:
Deve-se adotar BDI diferenciado para a execução de serviços e o
fornecimento de materiais das obras, de modo que os mesmos possam ser
licitados separadamente em consonância ao §1º do art. 23 da Lei n.
8.666/1993 e à jurisprudência do Tribunal de Contas do TCU, com vistas ao
melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da
competitividade, sem perda da economia de escala.
De acordo com a Súmula/TCU nº 254/2010 (DOU de 13.04.2010, S. 1, p. 74)
- “O IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica - e a CSLL - Contribuição
26
Social sobre o Lucro Líquido - não se consubstanciam em despesa indireta
passível de inclusão na taxa de BDI do orçamento-base da licitação;
A mesma não deve constar do edital a ser adotado na contratação, sob pena
de restringir a obtenção de proposta mais vantajosa para a Administração
(item 9.4.2, TC-032.808/2008-8, Acórdão nº 1.523/2010-2ª Câmara).
Embora detalhados, os itens deverão ser totalizados para cada unidade operacional
(ex: rede de distribuição, adutora, estação elevatória, linha de recalque,
reservatório, estação de tratamento, ligação domiciliar, ligação intradomiciliar,
entre outros), além dos demais agrupamentos usuais (ex: Instalação da obra, etc), e
as rede de distribuição subdivida por setor de abastecimento, entre outros.
Para construção de poços, o projeto deverá estar compatibilizado com a geologia
descrita no laudo geológico ou no estudo de locação; apresentar a planilha de
serviços e materiais de todas as fases construtivas do mesmo.
Caso seja indispensável à implantação de canteiro de obras, o custo dos serviços
preliminares deverá estar abaixo de 4% do valor da obra.
Os custos de mobilização e desmobilização de equipamentos deverão estar
relacionados com a utilização de equipamentos pesados.
Evitar sempre a utilização de unidades genéricas, como “verbas”.
V. Cronograma Físico-financeiro
Deverá ser observada a compatibilização do prazo de execução da obra ou dos
serviços com as ações propostas.
27
completos em sua funcionalidade, atendendo às possibilidades de alocação de
recursos para sua execução, compreendendo localização estratégica, programação
logística de suprimentos, normas de fiscalização e outros dados julgados
necessários.
Deverá ser desenvolvido com base no Projeto Básico, compreendendo o conjunto dos
elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, sendo constituído por
todos os projetos especializados devidamente compatibilizados e detalhados, de maneira a
considerar todas as suas interferências, e estar em consonância com as normas pertinentes
da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
O autor deve assinar todas as documentações técnicas e peças gráficas dos projetos,
mencionando o número de sua inscrição no órgão competente e providenciando sempre a
ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) correspondente.
Normas e Resoluções
28
II. NBR 10844/89 - Instalações prediais de águas pluviais;
III. NBR 12211/92 – Estudos de Concepção de Sistemas Públicos de Abastecimento de
Água;
IV. NBR 12212/92 – Projeto de poço tubular profundo para captação de água
subterrânea;
V. NBR 12213/92 – Projeto de Captação de Água de Superfície para Abastecimento
Público;
VI. NBR 12214/92 – Projeto de Sistema de Bombeamento de Água para
Abastecimento Público;
VII. NBR 12215/91 – Projeto de Adutora de Água para Abastecimento Público;
VIII. NBR 12216/92 – Projeto de Estação de Tratamento de Água para Abastecimento
Público;
IX. NBR 12217/94 - Projeto de Reservatório de Distribuição de Água para
Abastecimento Público;
X. NBR 12218/94 - Projeto de Reservatório de Rede de Distribuição de Água para
Abastecimento Público;
XI. Resolução CONAMA nº 357/05 - Dispõe sobre a classificação dos corpos de água
e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as
condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.
BIBLIOGRAFIA
4.2.1 INTRODUÇÃO
29
4.2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
4.2.3 CRITÉRIOS
30
problemas de esgotamento sanitário, envolvendo a concepção das diferentes partes dos
sistemas sob os aspectos técnico, econômico, financeiro, social e ambiental, de modo a
permitir a escolha, com segurança, da melhor alternativa de Concepção Básica. Os estudos
técnicos deverão considerar a Norma Brasileira - NBR Nº. 9.648/86, da ABNT, para
estudos de concepção de sistemas de esgoto sanitário, e demais normas inter-
relacionadas.
I. Localização
Localização no Estado, com as distâncias aos centros mais importantes por meio
das vias de comunicação; delimitação da área de intervenção direta; altitude,
latitude e longitude.
II. Clima
Temperaturas máximas, médias e mínimas; séries históricas de dados
meteorológicos e pluviométricos, com médias anuais e ocorrências de
precipitações intensas e estiagens prolongadas; curva de intensidade versus período
de recorrência válido para a localidade; descrição de fatores especiais de influência
sobre o clima.
31
III. Acesso
Estradas de rodagem, estradas de ferro, navegação aérea, fluvial ou marítima;
acesso a partir dos possíveis centros fornecedores de materiais e equipamentos a
serem utilizados na construção do sistema.
IV. População
Série histórica de dados de população urbana e rural; taxas históricas anuais de
crescimento populacional para o município, distritos e sedes; estudos
populacionais recentes, quando disponíveis; população flutuante quando significativa,
com a indicação do período de ocorrência; fluxos migratórios.
X. Outros Programas
Descrever outros programas da área social, principalmente que estejam sendo
desenvolvidos na área do município, que possam complementar ou interferir com o
32
projeto a ser desenvolvido. Descrever, também, outros programas na área de
saneamento, saúde ou infraestrutura que estejam em desenvolvimento ou
programados para a localidade.
I. Aspectos Técnicos
33
sanitário. Assim, a avaliação deverá considerar todas as partes do sistema,
tais como: captação, adução, elevatórias, tratamento, reservação,
distribuição e demais dados que possam contribuir para os estudos.
Parâmetros
34
padrão de ocupação atual e futura de cada uma dessas zonas; densidades
demográficas em cada época notável de projeto; previsão para expansão da
cidade, natureza e amplitude das zonas a serem servidas. Nas áreas de baixa
ocupação, na medida em que ofereçam condições adequadas, deverão ser
buscadas alternativas individuais ou isoladas, estudando para uma etapa
posterior a possível integração dessas áreas ao sistema da cidade.
Estudos de Demanda
c. Estudos Ambientais
35
ou, caso sejam inovadoras, que possam ter sua eficiência demonstrada.
e. Alternativas de Solução
I. Rede coletora
Definição das bacias de contribuição e população que serão atendidas, pré-
dimensionamento hidráulico da rede e seus acessórios; tipo de material, diâmetro,
extensão, profundidade média da rede, características geotécnicas e situação de
pavimentação do leito das ruas. Justificativas técnicas para soluções mistas numa
mesma área de projeto (rede convencional, condominial, fossa etc.); para redes
condominiais, deve existir previsão de tubos de ventilação adequadamente
distribuídos.
36
II. Coletor, Interceptor e Emissário
Pré-dimensionamento hidráulico, por bacia, dos coletores, interceptores,
emissários e acessórios; tipo de material, diâmetro, extensão e profundidades
médias.
Etapas de Construção
Definir a implantação das etapas das obras, estabelecendo os períodos ótimos com
37
base na avaliação técnica e socioeconômica. Definição das etapas de obras de
ampliação sistemática (rede de coleta/bacias de esgotamento) para todo o período
do projeto. Além dos aspectos econômico-financeiros, deverão ser considerados
outros como: crescimento não previsto da demanda na área de projeto, fatores
físicos, obras complementares, fatores operacionais e atendimento a novas
condicionantes ambientais.
A comparação das diferentes alternativas deverá ser feita por meio do cálculo adequado
do fluxo de caixa, a valor presente, dos custos de operação e manutenção. Para efeito de
comparação de alternativas e análise custo-benefício, deverão ser incluídos os custos dos
terrenos (valor de mercado, mesmo que estas áreas tenham sido doadas, desapropriadas ou
que já sejam de propriedade da empresa, do município, do Estado ou do Governo
Federal) necessários.
38
as mais apropriadas a todas as partes afetadas pelo projeto. A partir dessa análise,
deverá ser priorizada a de menor custo e, a partir dela, proceder à elaboração do Projeto
Básico.
g. Serviços Complementares
h. Memorial de Cálculo
Os cálculos e estudos gráficos que tenham sido elaborados para a obtenção das
definições do projeto deverão ser apresentados em forma de memoriais.
b) Memorial de Cálculo
Documento ou conjunto de documentos que apresenta(m) detalhadamente, e de
forma organizada, os parâmetros adotados e metodologias de cálculo para o
dimensionamento do sistema. Deve conter: detalhamento dos cálculos, com
tabelas de parâmetros e fórmulas; estudos técnicos; referências bibliográficas;
indicação das ferramentas de cálculo utilizadas (softwares ou outro); memória de
cálculo da quantidade de materiais e serviços.
39
c) Desenhos Técnicos e de Situação
São documentos gráficos, como plantas e cortes, que devem ilustrar
adequadamente: a localização e o traçado de todos os elementos do sistema atual
e a ser construído, diferenciando-os, e as respectivas abrangências; os pontos
notáveis da região; os canteiros de obras; detalhes de peças, equipamentos e
dispositivos.
d) Planilha Orçamentária
Documentos que ilustrem de forma clara o custo unitário e o custo global dos
materiais e serviços necessários para completa execução do empreendimento,
levando em consideração possíveis divisões em etapas de implantação do sistema
e seus respectivos quantitativos. O valor de BDI para materiais e serviços deve
estar separado dos respectivos valores dos referidos itens.
e) Cronograma Físico-financeiro
Documento de planejamento, elaborado antes da execução, que demonstra com
clareza a evolução físico-financeira da implantação das obras e considerando
eventuais dificuldades, podendo ser dividida em etapas.
f) Documentos complementares
Relatórios de estudos e levantamentos Topográficos e Geotécnicos, relatórios de
Estudos Ambientais e outros documentos necessários para elaboração do Projeto
e obtenção de licenças.
deverão estar concluídos.
As soluções técnicas globais deverão estar suficientemente detalhadas, de
forma a minimizar a necessidade de reformulação ou alterações durante as
fases de elaboração do Projeto Executivo e de implantação do
empreendimento;
Os cálculos hidráulicos, estruturais, de fundações e o dimensionamento de
todas as partes do sistema deverão estar concluídos, abrangendo o tipo de
material, diâmetros, profundidades e extensão das tubulações, elementos
acessórios, todos com a identificação dos tipos de serviços a serem executados
e materiais e equipamentos necessários, com as respectivas especificações que
assegurem os melhores resultados para o empreendimento;
Os Estudos Ambientais relativos à concepção escolhida deverão ser
complementados durante a elaboração do Projeto Básico;
A planilha de orçamento do custo da obra, fundamentado em quantitativos de
serviços e custos unitários, deve ser elaborada com base na Tabela de Preços
SINAPI ou metodologia de obtenção de preços justificada em relatório
detalhado, quando não houver informação na referida Tabela.
40
Recomendações para Elementos do Projeto Básico
diâmetro e tipo de material das tubulações projetadas;
sentido de caimento e declividades das tubulações;
cotas das superfícies superiores dos tampões dos poços de visita;
cotas dos fundos dos poços;
profundidades dos poços;
travessias especiais (vias e outros);
tipos de terrenos;
tipos de pavimentação (quando em área urbanizada).
41
Os mínimos critérios a serem observados para o dimensionamento hidráulico das
elevatórias são os indicados na NBR 12.208/89 da ABNT e nas recomendações a
seguir:
bombas reservas;
o dimensionamento das bombas deverá levar em conta as características
operacionais e critérios econômicos, avaliados em conjunto com as linhas de
recalque;
as elevatórias deverão prever dispositivos de retiradas das bombas e local para
limpeza com retorno do material resultante para o canal de entrada. O local de
limpeza deverá prever um ponto de água ligado ä rede de abastecimento;
a possibilidade de descargas nas estações elevatórias de esgotos deverão ter
em conta a sua localização, os cuidados sanitários e as exigências dos órgãos
ambientais;
todas as elevatórias deverão prever dispositivos de proteção, antes da entrada
no poço de sucção;
as elevatórias devem dispor, também, de medidores de vazão antes do
bombeamento.
caso as unidades sejam instaladas em locais com nível de lençol freático elevado, o
acordo com o nível de agressividade pertinente;
42
Serão apresentadas plantas de caminhamento com respectivos perfis contendo indicação de
mudanças de direção e dispositivos especiais com registros, plantas indicativas de obras de
arte, entre outros.
estaqueamento;
cotas do terreno e da geratriz inferior da tubulação;
diâmetro e tipo de material das tubulações projetadas;
declividade;
profundidade
tipos de terreno;
tipos de pavimentação;
travessias especiais (vias e outros).
- Dispositivo de Chegada;
- Medidor de Vazão de Afluentes da Estação;
- Unidades de Tratamento do Esgoto
Além dos componentes citados, deverão ser detalhados por meio de memoriais e
desenhos técnicos os seguintes elementos: urbanização da área; drenagem local;
iluminação; tubulações de interligação; edificações para atividades técnico-
administrativas e outros elementos necessários para operação e manutenção da
Estação.
I. Soluções Individuais
A adoção de soluções individuais de tratamento e disposição final de esgoto e seu
lodo residual (tanques sépticos ou similares) está restrita às unidades rurais ou
pequenas comunidades distantes da sede urbana mediante prévio estudo que
comprove a viabilidade técnica, econômica e ambiental e deverão ser projetadas
conforme as normas brasileiras.
43
dos relatórios, todos necessários ao entendimento dos Projetos. O memorial de
cálculo deverá abranger as hipóteses de cálculo, dimensionamento de todas as
partes constituintes do sistema e obedecer às especificações da ABNT.
V. Desapropriações
Deverá ser apresentada a relação das desapropriações necessárias à implantação
do projeto, incluindo nesta relação o nome da propriedade com área
correspondente a desapropriar, croquis da área e de localização, nome do
proprietário e seu endereço e valor estimado das terras e das benfeitorias.
Observar que a implantação das estações elevatórias e de tratamento de esgotos
requer a observância dos distanciamentos para atendimento às condições
sanitárias e socioambientais adequadas.
44
diretrizes gerais para programação, estratégia de suprimentos, normas de fiscalização,
logística e outros dados necessários à orientação do(s) responsável(is) pela execução
documentação do Projeto.
Deverão ser elaborados quando o órgão ambiental exigir estudos e relatórios mais
completos, como um EIA/RIMA, ou o impacto ambiental for considerável, e devem ser
desenvolvidos conforme a legislação e os conhecimentos acadêmicos aplicáveis.
BIBLIOGRAFIA
45
BARROS, R.T.V. et al. Saneamento. Belo Horizonte: Escola de Engenharia da UFMG,
1995. 221p. (Manual de Saneamento e Proteção Ambiental para os Municípios, 2).
MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2009. Termo de Referência para Elaboração de Estudos de
Concepção e Projetos Básicos para os Sistemas de Esgotamento Sanitário. Brasília
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, 2002. Obras Públicas: Recomendações Básicas
para Contratação e Fiscalização de Obras e Edificações Públicas. Brasília.
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, 2006. Licitações e Contratos. 3ª Edição. Brasília.
4.3.1 INTRODUÇÃO
4.3.3 CRITÉRIOS
46
O projeto deve abranger toda a área do município, adotando-se a bacia hidrográfica como
unidade de referência, sendo que a intervenção em uma determinada área não deve
prejudicar as condições de escoamento das áreas a jusante ou a montante, proporcionando
segurança sanitária, patrimonial e ambiental.
Ainda, na elaboração dos projetos deverão ser considerados: (I) os cenários previstos para
ocupação do solo urbano quanto ao controle dos impactos atuais e futuros, baseando-se no
Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano da cidade; (II) recuperação dos custos da sua
implantação; (III) os programas de operação e manutenção da drenagem e, (IV)
monitoramento das informações hidrológicas.
Para uma conveniente seleção entre as alternativas possíveis é necessária a avaliação dos
parâmetros e elementos técnicos para o pré-dimensionamento das unidades, entre eles a
vazão e chuva de projeto, taxas de impermeabilização e infiltração, dados de qualidade
d’água (pontuais e difusos), materiais e equipamentos. Desta forma deverão ser coletadas e
analisadas todas as informações do meio para os quais serão projetados os sistemas, e
47
avaliados os impactos, inclusive sócioambientais, provenientes dos sistemas a serem
construídos, ampliados ou melhorados.
I. Localização e Acesso
Coordenadas geográficas (latitude e longitude), localização no estado, distâncias
aos centros mais importantes, delimitação da área de intervenção. Estradas de
rodagem, estradas de ferro, navegação aérea, fluvial ou marítima; acesso a partir
dos possíveis centros fornecedores de materiais e equipamentos a serem utilizados
na construção do sistema.
II. População
Série histórica de dados de população urbana e rural, segundo censos demográficos
do IBGE; população por setor censitário; taxas históricas anuais de crescimento
populacional para o município, distritos e sedes; estudos de evolução populacional
recentes, quando disponíveis; população flutuante quando significativa, com a
indicação do período de ocorrência; fluxos migratórios.
As projeções populacionais deverão ser feitas com base nos censos demográficos
oficiais do IBGE, cujos valores deverão ser aferidos ou corrigidos utilizando-se:
avaliações de projetos e outros estudos demográficos existentes. O critério
utilizado para a projeção da população deverá ser justificado.
eqüidistância tal que permita a identificação dos divisores das diversas sub-bacias do
sistema. Perfil longitudinal dos cursos d’água principais. No levantamento topográfico
48
devem constar as cotas das esquinas, mudanças de greides das vias públicas e
V. Características Urbanas
Levantamento dos prejuízos e ônus causados à população e à administração
pública pelas inundações. Se possível relacionar custos com níveis de inundação e
freqüência.
49
planos de ampliação do sistema de abastecimento de água e Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano, Plano de Águas Pluviais e Plano da Bacia Hidrográfica.
Levantamento das organizações sociais, comunitárias, entidades de classe e demais
agentes potencialmente participantes da elaboração do Plano de Águas Pluviais.
Levantamento de Programas de Educação Ambiental e Participação Comunitária
em curso.
Sistemas Existentes
Estudos Ambientais
b. Elaboração de Cenários
50
no diagnóstico e no prognóstico, determinando os picos de cheia correspondente a
precipitação crítica, relacionados ao risco considerado no projeto;
A expansão da mancha urbana poderá ser avaliada considerando as projeções dos estudos
demográficos, os novos loteamentos aprovados ou em fase de aprovação, e os limites de
ocupação (umbrais de expansão) definidos pela legislação de uso do solo.
funcionamento dos sistemas de drenagem pré-existentes;
Observar os critérios definidos conforme as características hidrológicas e físicas da
bacia, bem como dos cenários formulados;
A condição de que os picos de vazão superficial gerados nas áreas a serem
urbanizadas não podem exceder os valores naturais;
Os componentes de sistemas de microdrenagem devem ser associados a obras e ações
não estruturais que priorizem a retenção, o retardamento e a infiltração das águas
pluviais;
As intervenções devem priorizar a infiltração de água pluvial não-contaminada por
efluentes de esgoto, priorizando-se do uso de pavimentos permeáveis nos itens de
pavimentação;
Priorizar dispositivos individuais de captação de águas pluviais, permitindo que os
sedimentos e eventuais cargas poluidoras nas águas de drenagem sejam reduzidos na
fonte;
O sistema deve ser do tipo separador absoluto, a não ser quando acompanhado de
sistema de tratamento de efluentes de tempo seco, respeitando as características do
corpo receptor, nos termos previstos em plano diretor de saneamento básico ou em
plano diretor de manejo de águas pluviais.
Em sistemas do tipo separador absoluto prever a eliminação do lançamento de esgotos
nas redes de manejo de águas pluviais na sua área de intervenção;
O sistema existente e sua integração com as soluções a serem propostas;
51
Análise da viabilidade do reassentamento de moradias cuja remoção se faz
indispensável para a implantação do empreendimento;
Recuperação de áreas úmidas (várzeas), eventual “descanalização” e recomposição de
paisagem ou implantação de parques lineares;
Urbanização de caráter complementar, como a implantação de áreas verdes
(paisagismo, gramados e canteiros);
Obras complementares vinculadas à execução e à segurança do empreendimento;
Ações de preservação ambiental necessária à implantação e adequado desempenho do
empreendimento, inclusive de afastamento dos esgotos sanitários por meio de
coletores troncos e interceptores;
Todas as intervenções envolvem a recuperação da infraestrutura que eventualmente
seja alterada pela implantação do projeto;
No caso de potencial impacto ambiental, prever medidas para sua atenuação de
acordo com a legislação ambiental, programas de educação ambiental ou demais
unidades de conservação;
Comparação das alternativas tecnológicas disponíveis para todos os componentes dos
sistemas que serão ampliados ou melhorados;
Os custos e benefícios para implantação e manutenção do projeto proposto.
Controle de erosão;
córregos;
52
d. Comparação e Seleção de Alternativas
Método dos custos evitados, onde se considera que os benefícios são equivalentes aos
Os benefícios podem ser avaliados por um dos métodos:
53
assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do
empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e
do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:
a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão
global da obra e identificar todos os seus elementos constitutivos
com clareza;
b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente
detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação
ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto
executivo e de realização das obras e montagem;
c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e
equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações
que assegurem os melhores resultados para o empreendimento,
sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos
construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais
para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua
execução;
e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra,
compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as
normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso;
f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em
quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente
avaliados;”
plantas gerais, principais dados técnicos de cada unidade do sistema, orçamento global
54
incluindo o perfil da cheia máxima observada e simulada, indicando a existência de
pontes, degraus ou outras singularidades que modifiquem o escoamento do curso
55
4.3.4.3 PROJETO EXECUTIVO
O projeto executivo deverá conter, entre outros elementos que venham a ser necessários
4.3.5 GLOSSÁRIO
Parque linear ribeirinho: Parque implantado em uma faixa ao longo de um rio, córrego
ou canal. Tem múltiplas funções, sendo a principal delas, proteger a zona ribeirinha contra
ocupações irregulares que possam vir a confinar o corpo de água e reduzir a largura da área
destinada à inundação.
Dentre as outras funções que um parque linear pode ter, destacam-se: restauração de
várzeas, proteção das margens contra erosão, recomposição da vegetação ciliar, retenção
temporária de volumes, amortecimento do escoamento e e redução dos picos de cheias
redução da poluição difusa, área de lazer e incremento da área verde.
Recomenda-se que os parques lineares abranjam as áreas de preservação permanente
(APPs) conforme estabelecidas pela Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965 e disposições
complementares.
56
Parque isolado associado a reservatório de amortecimento de cheias ou área para
infiltração de águas pluviais: Trata-se de um parque situado em posição estratégica na
bacia hidrográfica com a finalidade de aumentar a área permeável e amortecer as vazões de
cheias reduzindo, assim a necessidade de ampliar a capacidade do sistema de drenagem à
jusante.
O parque isolado deve ser concebido de modo a promover a infiltração das águas de chuva
e contar com lagos que, além da função ornamental, devem ser projetados para amortecer o
escoamento.
Assim como os parques lineares, os parques isolados possuem múltiplas funções:
ampliação da área verde, aproveitamento de áreas passíveis de invasão, recarga do aqüífero
subterrâneo, área de contemplação e lazer para a população.
Banhados construídos (“wetlands”): São zonas de transição situadas no trajeto das águas
que escoam por uma bacia, entre as regiões mais altas e os talvegues. Incluem pradarias
úmidas, mangues, pântanos, charcos e várzeas. As wetlands abrigam flora e fauna típicas
de solos inundados ou saturados favorecendo, por isso, o desenvolvimento de um rico
ecossistema.
As wetlands funcionam como uma espécie de filtro natural, retendo e transformando
sedimentos, absorvendo nutrientes e purificando a água. Este processo é o resultado de
dezenas de transformações físicas e biológicas, incluindo sedimentação, absorção,
adsorção, mineralização, e transformações microbiológicas. Os processos naturais de
tratamento em uma wetland são movidos pela energia solar e eólica. Para muitos poluentes
a capacidade de tratamento é renovada continuamente, o que faz com que funcionem como
sistemas ecológicos.
As wetlands construídas podem ter capacidade de assimilação de poluentes igual ou maior
que as wetlands naturais. Além disso, funcionam como bacias de retenção e de infiltração,
reduzindo as vazões e os volumes de cheia.
Entre as principais funções de uma wetland, destacam-se:
Tratamento de efluentes secundários ou de águas poluídas do sistema de drenagem,
promovendo a melhoria da qualidade da água dos corpos hídricos à jusante;
Controle de cheias;
Aumento da recarga do aqüífero;
Restauração de ecossistemas naturais;
Criação de áreas verdes e de áreas de contemplação;
Promoção de educação ambiental por meio de visitas monitoradas.
Além dessas finalidades, a implantação de wetlands é uma alternativa de ocupar regiões
que sofrem forte pressão da expansão urbana.
Restauração de margens
Refere-se à estabilização e recomposição de margens de rios e canais rompidas pelo efeito
da erosão, piping, sobrecarga do maciço, colapso de estruturas de contenção, dentre outros
motivos.
57
Os serviços de restauração de margens incluem: retaludamento, revegetação, revestimento
e estruturas de contenção. Deverá ser dada preferência a soluções que não envolvam
estruturas pesadas. Sempre que for viável deverão ser utilizadas técnicas de
reanaturalização, procurando-se recompor as condições naturais do corpo de água.
Dissipadores de energia: São estruturas que têm como finalidade a redução da energia do
escoamento para proteger, contra a erosão, os trechos a jusante de trechos canalizados.
Os dissipadores de energia são recomendados nos seguintes casos:
Desemboque de galerias, canaletas, bueiros, escadas hidráulicas ou canais em rios ou
córregos naturais;
Transição entre trechos canalizados e não canalizados;
Em todos os demais casos onde houver risco de erosão por alteração no regime antecedente
de escoamento.
58
O projeto das obras de desassoreamento deve cuidar para que não haja desinstabilização
das margens e deve ser precedido de estudos de controle dos impactos a jusante,
decorrentes do aumento da capacidade hidráulica do rio ou canal.
Sistemas para aproveitamento das águas pluviais: São sistemas que permitem a
utilização das águas pluviais armazenadas em reservatórios de amortecimento ou
microrreservatórios. As utilizações típicas são: lavagem de pisos, rega de jardins, bacias
sanitárias, limpeza de áreas e equipamentos públicos e outros usos que não exijam o uso de
água potável, observando as condições sanitárias de utilização. Entretanto, para o uso das
águas pluviais é necessário um pré-tratamento cuja capacidade de remoção de poluentes
deve ser estabelecida a partir da qualidade das águas utilizadas e da qualidade requerida
pelo uso.
Obras de microdrenagem:
Canaletas gramadas ou ajardinadas
São valas vegetadas abertas no terreno que funcionam como pequenos canais onde o
escoamento pluvial é desacelerado e infiltrado durante o percurso. Substituem canaletas de
concreto e galerias de águas pluviais em parques e loteamentos com a vantagem de reduzir
os picos das vazões lançadas no sistema de drenagem, além de produzir um efeito
paisagístico mais interessante.
Valas de infiltração
Têm as mesmas características básicas e usos das canaletas gramadas ou ajardinadas, com
a diferença de que são dotadas de dispositivos que promovem o aumento da infiltração.
Esses dispositivos consistem em pequenos barramentos transversais que desaceleram o
escoamento, aumentam o tempo de retenção e, consequentemente, aumentam a capacidade
de infiltração.
Os efeitos esperados das valas de infiltração só são significativos para declividades
menores de 5%. Em regiões sujeitas à chuvas de alta intensidade, a eficiência das valas
pode ser limitada em função da velocidade de saturação do solo. Já em regiões onde há
chuvas muito freqüentes, mesmo que de baixas intensidades, deve-se atentar para os riscos
de proliferação de insetos.
Trincheiras de infiltração
59
As trincheiras de infiltração são dispositivos lineares que captam o escoamento superficial
para promover sua infiltração no solo natural. Existe uma variante, denominada trincheira
de retenção, que é adaptada para solos pouco permeáveis e que é dotada de um extravasor
que direciona o excesso de água para um exutório localizado.
A trincheira é escavada no solo e preenchida com brita com alto índice de vazios. Pode ser
descoberta ou coberta com vegetação ou outro revestimento permeável (é possível projetá-
las de forma a serem “invisíveis” no arranjo urbanístico). As paredes, o topo e o fundo da
trincheira são revestidos por um filtro geotêxtil para evitar penetração de sedimentos.
Opcionalmente, o fundo da trincheira poderá receber uma camada de areia filtrante ao
invés da manta geotêxtil. A água recolhida infiltra pelas paredes e pelo fundo e exige que o
solo tenha capacidade de infiltração adequada.
A trincheira de infiltração tem como função principal abater descargas de pico de um
escoamento superficial e promover a recarga do aqüífero. Mas outra função importante é a
de promover o tratamento das águas superficiais pela infiltraçãono solo.
As trincheiras de infiltração devem ser dispostas a jusante de áreas pavimentadas com
estacionamentos, ruas e calçadas.
Poços de infiltração
São poços que captam as águas pluviais e as infiltram nos solo, funcionando como uma
espécie de sumidouro. Podem ser preenchidos ou não com pedra britada.
No primeiro caso, a própria brita forma a estrutura do poço, o que dispensa a construção de
paredes. Para isolar o solo da brita, são utilizadas mantas geotéxteis ou filtros de areia.
Nesse tipo de poço a água se acumula nos vazios até se infiltrar, por isso quanto maior for
o índice de vazios do agregado utilizado, maior é a capacidade de reservação do poço.
No segundo caso, o poço é construído com estruturadas, obtendo-se assim um volume útil
maior. As paredes possuem orifícios, devidamente protegidos por filtros, por onde a água é
infiltrada no solo. Esse tipo de poço, por não ser preenchido, tem maior capacidade de
acumulação por unidade de volume.
Quando a camada superficial de solo é pouco permeável o poço ppode ser aprofundado até
atingir uma camada de solo mais favorável à infiltração. Quando o fundo do poço está
abaixo do nível do aqüífero, passa-se a chamá-lo de poço de injeção pois a água captada é
injetada diretamente no lençol subterrâneo.
Poços de infiltração (ou de injeção) possuem a capacidade de abater o escoamento
superficial de alguns milhares de m2. O escoamento pode ser direcionado diretamente ao
poço ou receber contribuição de outras áreas através da conexão com um conduto pluvial.
Representando uma técnica alternativa de redução e amortecimento de picos de
escoamento superficial, os referidos poços integram-se muito bem à paisagem urbana, pois
ocupam pouco espaço. A característica pontual faz dos poços de infiltração ou injeção
dispositivos por excelência para um controle distribuído do excesso de escoamento
provocado pela impermeabilização do solo, permitindo uma economia significativa na
construção de redes de drenagem convencionais.
Assim como as demais técnicas de infiltração, os poços têm também como vantagem o
aumento da recarga do aqüífero o que ajuda a reequilibrar o ciclo hidrológico urbano.
Microrreservatórios
São pequenos reservatórios construídos para abater as enxurradas produzidas em lotes
urbanos residenciais e comerciais com área de até algumas centenas de m2. Em geral, são
estruturas simples na forma de caixas de concreto, alvenaria ou outro material. Podem
também ser semelhantes aos poços de infiltração preenchidos com brita, e isolados do solo
por tecido geotêxtil.
Os microrreservatórios podem ser de detenção, tendo neste caso um orifício de saída, que
restringe a vazão efluente, ou de infiltração.
60
Para ambos os tipos é recomendável prever dispositivos de emergência para evacuação das
vazões que excedam a capacidade do reservatório.
Os microrreservatórios são medidas de controle normalmente implantadas por exigência da
legislação de alguns municípios que impõem vazões de restrição aos novos
empreendimentos.
BIBLIOGRAFIA
BAPTISTA, M., NASCIMENTO, N., BARRAUD, S. 2005. Técnicas compensatórias em
drenagem urbana. ABRH - Associação Brasileira de Recursos Hídricos, Porto
Alegre, RS.266 p.
CANHOLI, A. P. 2005. Drenagem urbana e controle de enchentes. Oficina de Textos, São
Paulo, SP.
DENVER, Urban drainage and flood control district. 1999. In: Urban storm drainage
criteria manual - Vol 3. Denver, CO.
CITY OF PORTLAND, Environmental Services. 2002. Stormwater management manual -
Rev. 2. Portland, OR.
KADLEC, R.H. e R.L. KNIGHT. 1996. Treatment Wetlands. CRC/Lewis Publishers, Boca
Raton, FL 893 pp.
ORSINI YAZAKI, L.F.L. 2005. Análise do documento final da comissão especial para a
elaboração de estudos de políticas públicas para o aumento da permeabilidade do
solo urbano no Município de São Paulo. SNSA - Secretaria Nacional de Saneamento
Ambiental do Ministério das Cidades, Brasília, DF.
SUDERHSA, CH2M HILL DO BRASIL. 2002. Manual de drenagem urbana – Região
metropolitana de Curitiba/PR - versão 1.0. SUDERHSA – Superintendência de
Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental. Não publicado.
TUCCI, C.E.M. e Marques, D.M.L.M. 2000. Avaliação e controle da drenagem urbana -
Volume 1. ABRH- Associação Brasileira de Recursos Hídricos, Porto Alegre, 558 p.
TUCCI, C.E.M. e Marques, D.M.L.M. 2001. Avaliação e controle da drenagem urbana -
Volume 2. ABRH- Associação Brasileira de Recursos Hídricos, Porto Alegre, 547 p.
4.4.1 INTRODUÇÃO
Este manual tem por objetivo estabelecer normas, critérios, principais condições
contratuais e fornecer informações que permitam a apresentação de propostas e,
posteriormente, a celebração de contrato de financiamento para elaboração de projetos para
61
a implantação de obras e serviços de infraestrutura dos sistemas integrados de coleta,
tratamento e destinação final de resíduos sólidos urbanos, estando previstas as seguintes
modalidades:
a. Aterro sanitário;
b. Aterro de resíduo de construção e demolição;
c. Unidade de compostagem;
d. Estação de transbordo;
e. Unidade de triagem – Galpão de triagem;
f. Ponto de entrega voluntário;
g. Ponto de entrega voluntário central;
h. Área de triagem e transbordo de resíduos de construção e demolição;
i. Sistema de coleta, acondicionamento e transporte de resíduos sólidos urbanos.
4.4.3 CRITÉRIOS
Tendo em vista o pleno alcance dos objetivos da contratação dos projetos, deverão ser
levados em estrita conta os aspectos a seguir relacionados:
a) O pré-dimensionamento de cada uma das unidades físicas previstas na fase de
elaboração do respectivo projeto básico, deverá ser feito com suficiente nível de detalhe,
de modo a possibilitar a adequada caracterização da mesma (no que diz respeito à previsão
de sua vida útil, de sua capacidade e eficiência operacional), bem como a estimativa
consistente de seu custo de implantação inicial;
62
d) Diretrizes e parâmetros não definidos neste Documento, entretanto necessários
para o desenvolvimento satisfatório dos estudos e projetos, serão fixados em reunião
inicial para os trabalhos, e complementados, se for o caso, ao longo da elaboração dos
mesmos;
63
Processo de coleta de dados
Explicitação detalhada dos procedimentos e instrumentos utilizados para a obtenção de
informações primárias, nas escalas local e regional do contexto em que deverá ser
implantado o conjunto dos empreendimentos previstos, bem como para a identificação e
extração de informações secundárias de interesse objetivo para a concepção, projeto e
licenciamento desses empreendimentos, caso a caso. Será obrigatória a explicitação, no
referido relatório, das fontes (locais, ou regionais) junto às quais tenham sido obtidas as
informações primárias, os responsáveis pelo fornecimento das mesmas e os períodos de
tempo a que estas se referem, caso a caso. Igualmente obrigatória será a explicitação das
fontes bibliográficas de que tenham sido extraídas informações secundárias de interesse
para a seqüência dos trabalhos.
Tabelas e gráficos contendo dados numéricos, mapas e textos com comentários analíticos
sobre as informações (primárias ou secundárias) obtidas, abrangendo, pelo menos:
I. População
Série histórica de dados e tendências de evolução da população total, urbana e
rural, da taxa de urbanização, do número médio de habitantes por domicílio
ocupado (sede, distritos e principais povoados) e da população flutuante (onde
significativa, discriminando períodos de ocorrência), por Município;
64
processamento e/ou destinação final de resíduos sólidos, tanto na zona urbana
quanto na zona rural;
65
III. Origem e massa (ou volume) média(o) diária(o) efetiva(o) dos resíduos sólidos
processados e/ou dispostos em cada instalação;
VII. Massas (ou volumes) médias(os) mensais dos resíduos recicláveis recuperados em
unidades de triagem, por tipos; e de composto orgânico produzido em unidades de
compostagem;
66
III. Número de trabalhadores (administrativos, técnicos e operacionais, de nível
superior, médio e básico, caso a caso) vinculados a empresas (públicas ou
privadas) contratadas pelo Município especificamente para a realização de
atividades de limpeza urbana, ou detentoras de concessão para a exploração de
atividades dessa natureza;
IX. Discriminação do índice médio atual de cobertura com cada um dos diversos
serviços regulares de limpeza urbana prestados, direta ou indiretamente, pelo
Município, em termos de percentual estimado da população urbana;
67
população residente em cada um e no conjunto dos Municípios a serem beneficiados com
esses empreendimentos.
Por conseguinte, essas projeções deverão, obrigatoriamente, ser feitas com base em dados
atuais e relativos ao passado recente, tão exatos quanto seja possível; e em critérios
consistentes de sua evolução futura previsível, à luz das tendências observadas através da
comparação daqueles.
Entende-se que esses estudos deverão ter como base essencial os dados oficiais dos últimos
Censos Populacionais, bem como da última Estimativa da População, feitos pelo IBGE,
respectivamente em 2000 e em 2009. Acessoriamente, essa base de dados poderá ser
complementada por estudos populacionais específicos, de caráter local ou regional e
realizados sob a responsabilidade de outras entidades, públicas ou privadas.
As projeções futuras, por sua vez, deverão preferivelmente ser feitas com base na
metodologia desenvolvida pelo mesmo IBGE para estudos dessa natureza, devendo ser
traduzidas em curvas que abranjam o horizonte temporal futuro desejável de 30 anos
(mínimo de 20 anos).
Nos contextos específicos em que seja significativa, deverá ser levada na devida conta a
população flutuante, com base tanto em informações a serem coletadas junto à entidade
oficial de fomento ao turismo do Estado, quanto da investigação do número atual de leitos
existentes em hotéis, pousadas, casas de veraneio e instalações similares, bem como do
número de vagas para a instalação de barracas e “trailers” em área de acampamento.
68
Geração Média per
Faixa de População (habitantes)
capita (kg/hab.dia)
Até 15.000 0,60
De 15.001 a 50.000 0,65
De 50.001 a 100.000 0,70
De 100.001 a 200.000 0,80
De 200.001 a 500.000 0,90
De 500.001 a 1.000.000 1,15
N° Mínimo de
Para Projeto de: Glebas para Análise
das Alternativas
Aterro Sanitário 03
Aterro de Resíduos de Construção e
02
Demolição
Unidade de Compostagem 03
Estação de Transbordo 02
Central de Resíduos 03
Unidade de Triagem 02
Ponto de Entrega Voluntária 02
Ponto de Entrega Voluntária Central 02
Área de Triagem e Transbordo de RCD 02
Deverão ser priorizadas ainda áreas que contenham condições locacionais e ambientais
propícias para atenderem a unidades operando conjuntamente em uma Central de
Resíduos.
As glebas selecionadas deverão possuir área mínima de acordo com a tabela a seguir:
69
Área Mínima por Gleba
(m²)
Unidade de Compostagem
Voluntária (m²)
Ponto de Entrega
Até 2.000 01 0,5 300 1.100 1,1 300 300 750 1.500
De 2.001 a 5.000 02 0,5 300 1.100 2,1 300 300 750 1.500
De 5.001 a 10.000 04 1,0 500 1.100 4,1 300 300 750 1.500
De 10.001 a 20.000 06 2,0 1.000 1.100 6,2 500 500 1.000 1.500
10, 1.500
De 20.001 a 50.000 10 3,0 2.500 1.100 500 500 1.000
3
De 50.001 a 100.000 20 6,0 6.000 1.100 21 500 500 1.000 1.500
De 100.001 a 150.000 25 8,0 9.000 1.100 26 750 750 1.000 1.500
De 150.001 a 250.000 35 9,0 17.000 1.100 37 750 750 1.000 1.500
De 250.001 a 500.000 55 15,0 33.500 1.100 59 1.000 1.000 1.000 1.500
De 500.001 a 750.000 95 25,0 65.000 1.100 100 1.000 1.000 1.000 1.500
70
b. Estudos de Concepção e Viabilidade das alternativas locacionais com descrição
da concepção dos projetos com base em pré-dimensionamento das unidades
Considerações gerais:
O estudo de concepção e viabilidade deverá contemplar a concepção, o desenvolvimento e
a seleção das alternativas, os estudos ambientais e a estimativa de custos da alternativa
selecionada, com a apresentação dos anteprojetos.
A concepção geral das estruturas, obras civis e outros, deverá estar fundamentada
no princípio da qualidade ambiental, sustentabilidade, simplicidade e de
operacionalidade.
71
Formas e controles das poluições hídrica, de solos e atmosférica de cada
alternativa;
Localização estratégica em função da finalidade de cada uma das unidades;
Condições dos acessos.
72
Avaliação Ambiental
As análises ambientais das alternativas subsidiarão a escolha da alternativa de
projeto a ser implantada do ponto de vista técnico-econômico, social e ambiental,
devendo:
a. Avaliar os impactos ambientais da intervenção, as medidas mitigadoras e
compensatórias para minimização dos impactos negativos identificados;
b. Determinar a intensidade dos diferentes impactos ambientais da intervenção,
se irrelevante, moderado ou significativo.
Deverão ser avaliados os principais aspectos ambientais de cada alternativa, a
seguir relacionadas:
Interferência em áreas protegidas por lei (áreas de preservação permanente,
parque e reservas, áreas de proteção ambiental), áreas indígenas, de interesse
ecológico ou cultural, áreas com fragilidade ambiental e/ou intensamente
utilizadas;
Problemas localizados, decorrentes das obras civis, incluindo a necessidade
de realocação de famílias e de problemas específicos de produção de odores
próximos à área urbana.
Nos casos de custos de serviços que não estejam contemplados no SINAPI, poderá
ser utilizado comparativo de custos para unidades de sistemas análogos, desde que
tenha comprovada eficiência e adaptadas para as condições regionais, citarem a
fonte e forma de obtenção.
73
Comparação e Seleção de Alternativas.
Nesta fase deverá ser apresentada uma Planta Geral do Sistema no formato A1, em
escala compatível para que todos os municípios contemplados estejam
representados, com a área de abrangência dos projetos e a localização de cada uma
das unidades com suas respectivas coordenadas geográficas e subáreas de
abrangência, principais rodovias, aeroportos, hospitais, principais recursos hídricos
e sedes municipais. Deverá conter um quadro com as informações de abrangência
de cada unidade (municípios, população, tipo e quantidade de resíduos).
No caso específico dos aterros sanitários (de quaisquer portes), esses serviços abrangerão,
obrigatoriamente, a identificação e caracterização das jazidas de materiais naturais a serem
utilizados na conformação das respectivas camadas impermeabilizantes, bem como para o
capeamento das células diárias de resíduos e para o capeamento final do maciço acabado,
trecho a trecho, caso a configuração topográfica da gleba e/ou a natureza intrínseca dos
solos existentes na mesma impeçam sua utilização para alguns ou todos esses
componentes, ou seja, quantitativamente insuficientes para essas finalidades.
74
Investigação geotécnica
75
d. Caracterização preliminar da qualidade das águas superficiais e subterrâneas
Esse serviço de campo específico consiste na adequada coleta, na gleba e em seu entorno,
de amostras das águas do freático (preferivelmente, quando da execução dos furos de
sondagem acima discriminados) e das águas superficiais (no corpo receptor dos efluentes
tratados do empreendimento a projetar), de maneira a possibilitar a caracterização de sua
qualidade original, antes que venham a ser eventualmente afetadas (positiva, ou
negativamente) pelo referido empreendimento.
A realização dessas atividades, de maneira similar ao acima discriminado com relação aos
ensaios laboratoriais de geotecnia, também pressupõe duas fases distintas e subseqüentes, a
saber:
a. Coleta, acondicionamento e identificação das amostras, em campo, por
profissional qualificado e de conformidade com as normas técnicas da ABNT
que regulamentam esses tipos de atividades;
b. Análise (química e bioquímica) das amostras coletadas, em laboratório
especializado, de maneira a caracterizar os parâmetros relativos a:
1. DBO5 (demanda bioquímica de oxigênio)
2. DQO (demanda química de oxigênio)
3. pH
4. alcalinidade de bicarbonato
5. condutividade
6. cor aparente
7. sólidos totais
8. nitrato
9. sulfato
10. fosfato
11. metais (ferro, manganês, zinco e cromo)
12. coliformes totais e fecais
13. estreptococos fecais.
Também neste caso, a realização desses estudos específicos estará restrita às glebas em que
esteja prevista a execução de empreendimentos em que seja significativo o potencial
poluidor de efluentes líquidos, tal como nos casos da remediação de “lixões” de médio ou
grande porte, da implantação de aterros sanitários (de quaisquer portes), ou de aterros de
resíduos da construção civil, ou de unidades de compostagem, ou de centrais de resíduos.
76
e. Elaboração dos Estudos Específicos Ambientais
Os estudos ambientais específicos deverão ser elaborados apenas para os projetos das obras
do sistema de gerenciamento integrado dos resíduos sólidos que necessitam de
licenciamento ambiental, conforme exigência dos órgãos ambientais Estaduais, tais como:
EIA/RIMA, RTVA, PRAD, etc.
Para a elaboração dos estudos ambientais, deverá ser prevista uma inspeção de campo por
uma equipe multidisciplinar para avaliar ambientalmente a gleba selecionada. Esta equipe
deverá realizar os serviços de coleta de informações conforme as exigências do órgão
ambiental Estadual.
77
desvantagens do Projeto, bem como todas as consequências ambientais de sua
implementação.
Regulamentação Aplicável
Os estudos ambientais deverão ser elaborados por uma equipe multidisciplinar que
será responsável tecnicamente pelos mesmos. Desta forma, os estudos deverão
constar os nomes, assinaturas originais, número de matrícula profissional e
anotação de responsabilidade técnica no devido conselho.
b) Memorial de Cálculo
Documento ou conjunto de documentos que apresenta(m) detalhadamente, e de
forma organizada, os parâmetros adotados e metodologias de cálculo para o
dimensionamento do sistema. Deve conter: detalhamento dos cálculos, com
78
tabelas de parâmetros e fórmulas; estudos técnicos; referências bibliográficas;
indicação das ferramentas de cálculo utilizadas (softwares ou outro); memória de
cálculo da quantidade de materiais e serviços.
d) Planilha Orçamentária
Documentos que ilustrem de forma clara o custo unitário e o custo global dos
materiais e serviços necessários para completa execução do empreendimento,
levando em consideração possíveis divisões em etapas de implantação do sistema
e seus respectivos quantitativos.
e) Cronograma Físico-financeiro
Documento de planejamento, elaborado antes da execução, que demonstra com
clareza a evolução físico-financeira da implantação das obras e considerando
eventuais dificuldades, podendo ser dividida em etapas.
f) Documentos complementares
Relatórios de estudos e levantamentos Topográficos e Geotécnicos, relatórios de
Estudos Ambientais e outros documentos necessários para elaboração do Projeto
e obtenção de licenças.
79
Com base nos componentes previstos para o projeto básico, este deverá contemplar, no
mínimo, os elementos mencionados a seguir:
VI. Planta Geral do Sistema no formato A1, em escala compatível para que todos os
municípios contemplados estejam representados, com a área de abrangência dos
projetos;
VII. Localização de cada uma das unidades com suas respectivas coordenadas
geográficas e subáreas de abrangência, principais rodovias, aeroportos, hospitais,
principais recursos hídricos e sedes municipais. Deverá conter um quadro com as
informações de abrangência de cada unidade (municípios, população, tipo e
quantidade de resíduos).
80
anexos que forem necessários à análise;
81
Projeto para esgotamento dos drenos do piso das construções.
Projetos de instalações de ventilação forçada para os compartimentos
fechados abaixo do nível do terreno, que sejam visitáveis;
Projetos de drenagem pluvial de todas as áreas especiais, onde serão
implantadas unidades do sistema;
É desejável a adoção de soluções minimizadoras de iluminação e ventilação
artificiais, o uso de materiais de construção com menor conteúdo energético
intrínseco, o uso de soluções minimizadoras do consumo de energia elétrica
(aquecimento solar) e consumo de água potável (reuso de água de chuva), nas
regiões onde estas últimas soluções sejam de impacto significativo.
Recomenda-se o preenchimento das quinas reentrantes entre paredes com
argamassa forte, em forma de boleado.
V. Projeto Estrutural
82
a) Planta baixa, cortes e detalhamentos de formas e armaduras;
b) Quadro resumo de seus respectivos tipos e posições;
c) Quantitativo de formas em m2 , e concreto em m3;
d) Resistência (Fck) do concreto em MPa a 28 dias;
e) Resistência (Fck) e classe do aço;
f) Blocos de ancoragem;
g) Os desenhos e detalhes deverão ser executados em escala conveniente,
indicando de maneira clara e precisa, os resultados dos cálculos, de acordo
com a norma NBR-7191 (NB-16);
Na memória de cálculo deverá conter as justificativas, os critérios e as
considerações adotadas no dimensionamento, referenciando livros e autores para as
fórmulas.
Deverão ainda ser fornecidos os seguintes itens:
Locação e definição de cargas provenientes dos equipamentos
existentes e a implantar (conjuntos elevatórios, veículos, prensas, e outros);
Cargas distribuídas e cargas concentradas que atuam sobre as
estruturas e que são transmitidas às fundações;
Cargas de vento, quando ocorrerem e merecerem ser consideradas,
principalmente para as unidades que necessitem de grandes galpões.
Este plano deverá ser elaborado para as unidades de aterro sanitário, compostagem
e remediação de lixões, que deverá atender o monitoramento temporal e espacial,
das águas subterrâneas, águas superficiais e líquidos lixiviados.
1ª etapa do plano: Identificar e qualificar as características dos
mananciais hídricos superficiais e subterrâneos, em pontos específicos de
monitoramento, antes do empreendimento.
2ª etapa do plano: Acompanhar a variação dos parâmetros ao longo
da vida útil da unidade. Em geral isto ocorre na operação do
empreendimento.
3ª etapa do plano: Acompanhar a variação dos parâmetros após o
encerramento da operação da unidade.
a) Lixiviados:
Parâmetros: 1.pH; 2.Dureza; 3.Fósforo Total; 4.Nitrogênio Total de
Kjeldahl; 5.Sulfetos; 6.Alumínio; 7.Bário; 8.Ferro Total; 9.Manganês,
10.Cádmio; 11.Chumbo; 12.Cianetos; 13.Cobre; 14.Cromo Total;
15.Mercúrio; 16.Níquel; 17.Zinco; 18.Surfactantes; 19.Demanda Química
de Oxigênio; 20. Demanda Bioquímica de Oxigênio – 5 Dias; 21.Sólidos
Suspensos Totais; 22.Fenóis; 23.Nitratos; 24.Coliformes Totais
83
b) Águas subterrâneas:
Deverá ser prevista a construção de poços de monitoramento de águas
subterrâneas, com base na NBR 13895/97 “Construção de poços de
monitoramento e amostragem”, sendo no mínimo 4 unidades: um a
montante e 3 a jusante para as unidades de aterro sanitário, compostagem,
aterro de RCD, ASPP e remediação.
Parâmetros: 1.Alcalinidade Total; 2.Alumínio; 3.Bário; 4.Cádmio;
5.Chumbo; 6.Cloretos; 7.Cobre; 8.Coliformes Fecais; 9.Coliformes
Totais; 10.Condutividade; 11.Contagem de Bactérias Heterotróficas;
12.Cromo Total; 13.Demanda Bioquímica de Oxigênio (5 Dias, 20oC);
14.Demanda Química de Oxigênio; 15.Dureza; 16.Ferro Total;
17.Fosfatos; 18.Manganês; 19.Mercúrio; 20.Níquel; 21.Nitratos;
22.Nitrogênio Amoniacal; 23.Nitrogênio Orgânico; 24.pH; 25.Sólidos
Totais a 105 OC; 26.Sólidos Totais Fixos a 550oC; 27.Turbidez;
28.Zinco.
c) Águas superficiais:
Deverá ser previsto no mínimo 2 pontos de amostragem nos cursos d’água
próximos das unidades: um á montante e outro á jusante.
Parâmetros: 1.Demanda Química de Oxigênio; 2.Coliformes Totais;
3.Coliformes Fecais; 4.Condutividade; 5.Oxigênio Dissolvido; 6.pH;
7.Nitrog1ênio Amoniacal; 8.Nitrogênio Orgânico; 9.Nitratos; 10.Fósforo
Total; 11.Cloretos; 12.Dureza; 13.Alumínio; 14.Bário; 15.Cádmio;
16.Cobre; 17.Ferro Total; 18.Manganês; 19.Chumbo; 20.Zinco;
21.Mercúrio; 22.Cromo Total; 23.Níquel; 24.Demanda Bioquímica de
Oxigênio (5 Dias, 20oC).
84
indicando o material a usar, a sua quantidade, processo executivo e detalhes para a
instalação dos equipamentos, inclusive a forma de remuneração de cada serviço a
ser executado nas obras.
Deve ser objetivo e de fácil compreensão, visando orientar as ações quanto aos
procedimentos operacionais do sistema. Seu conteúdo deverá abordar, no mínimo,
os seguintes itens:
a) Descrição sucinta da concepção do sistema;
b) Fluxograma dos processos e descrição das unidades operacionais;
c) Instruções detalhadas para as partidas iniciais das unidades referentes
a processos de tratamento;
d) Operação das unidades constituintes, indicando as ações necessárias
ao desenvolvimento e rendimento das unidades e/ou equipamentos
eletromecânicos;
e) Diagrama de decisão e de procedimentos dos processos operacionais
nas situações normais e emergenciais;
f) Manutenção preditiva e preventiva das unidades;
g) Cuidados necessários para manutenção da segurança e higiene do
trabalho;
h) Procedimentos e parâmetros das análises laboratoriais;
i) Procedimentos básicos no caso de acidentes com veículos, incêndio,
vazamentos de líquidos lixiviados, ruptura de taludes, descarga de
resíduos perigosos, entre outros;
j) Listagem dos órgãos públicos, com endereço e número de telefone,
para serem acionados no caso de acidentes na unidade.
X. Desapropriações
85
constantes da legislação própria dos Municípios a serem beneficiados
pelos empreendimentos previstos;
c) Preços da Caixa Econômica Federal – Sistema Nacional de Pesquisa e
Custos e Índices de Construção Civil (SINAPI) – Art. 115 da Lei
11439/2006;
d) Padrões Técnicos usuais da FUNASA;
e) Lei de Saneamento Básico nº 11.445/2007;
f) Lei dos Consórcios Públicos nº 11.107/2005;
g) Decreto nº 6.017/2007 que regulamenta a Lei 11.107/05;
h) Projeto, operação e monitoramento de aterros sanitários. RECESA –
2007;
i) Sugestões para o Projeto dos Galpões e a Organização da Coleta
Seletiva” - referência conceitual básica a ser consultada no sítio do
Ministério das Cidades (www.cidades.gov.br - Destaque/Programa
Vídeo Conferência – PAC Resíduos Sólidos/Galpões de Triagem);
j) Manual “Áreas de Manejo de Resíduos da Construção Civil e
Resíduos Volumosos: orientações para seu licenciamento e aplicação
da resolução CONAMA 307/2002” referência complementar sobre
licenciamento a ser consultada no sítio do Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br / Recursos Hídricos e Ambiente Urbano
/ Ambiente Urbano / Publicações);
k) “Manual – Manejo e Gestão de Resíduos da Construção Civil” -
referência conceitual básica divulgada no sítio do Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br / Recursos Hídricos e Ambiente Urbano
/ Ambiente Urbano / Publicações).
86
XII. NBR 12.235/92 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos – Procedimento;
XIII. NBR 12.980/93 – Coleta, varrição e acondicionamento de resíduos sólidos
urbanos – Terminologia;
XIV. NBR 12.807 a 12.810/93 – Resíduos de serviços de saúde;
XV. NBR 13.221/07 – Transporte de resíduos – procedimentos;
XVI. NBR 13.463/95 – Coleta de resíduos sólidos;
XVII. NBR 13.896/97 – Aterros de resíduos não perigosos - Critérios para projeto,
construção e operação;
XVIII. NBR 15.112/04 – Resíduos da construção civil e resíduos volumosos – Áreas de
Transbordo e Triagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação;
XIX. NBR 15.113/04 – Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes –
Aterros – Diretrizes para projeto, implantação e operação;
XX. NBR 15.114/04 – Resíduos sólidos da constrição civil – Áreas de reciclagem -
Diretrizes para projeto, implantação e operação;
XXI. NBR 15.116/04 - Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil.
Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural;
XXII. Resolução CONAMA nº 01/86 – Dispõe sobre a Avaliação de Impacto
Ambiental;
XXIII. Resolução CONAMA nº 237/97 - Dispõe sobre os procedimentos e critérios
utilizados no licenciamento ambiental;
XXIV. Resolução CONAMA nº 307/02 Dispõe sobre a gestão dos resíduos da
construção civil;
XXV. Resolução CONAMA nº 358/05 - Dispõe sobre o tratamento e a disposição final
dos resíduos dos serviços de saúde;
XXVI. Resolução CONAMA nº 404/08 – Dispõe sobre licenciamento de aterro sanitário
de pequeno porte.
5 EQUIPE TÉCNICA
geotecnia e meio ambiente, no que couber;
Especialista, Engenheiro Civil ou Sanitarista, com experiência na área de projetos
de sistemas de abastecimento de água e de esgotos sanitários, abrangendo captação,
adução, bombeamento, tratamento, reservação e distribuição, e de esgotos
87
sanitários, abrangendo redes coletoras, interceptores, emissários, estações
elevatórias e estações de tratamento;
Especialista, Engenheiro Civil, com experiência na área de projetos de sistemas de
manejo de águas pluviais, com ênfase na utilização de soluções baseadas no
princípio de drenagem urbana sustentável;
Especialista, Engenheiro Civil ou Sanitarista, com experiência na área de projetos
de sistemas para coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final de
resíduos sólidos urbanos;
Especialista, Engenheiro Civil, com experiência em hidrologia, para projetos de
sistemas de abastecimento de água, esgotos sanitários e águas pluviais;
Geólogo, com experiência em hidrogeologia e geotecnia para projetos de sistemas
de abastecimento de água, esgotos sanitários e águas pluviais;
Engenheiro Eletricista, com experiência em projetos elétricos de estações
elevatórias para sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário e águas
pluviais e estações de tratamento, para sistemas de abastecimento de água, esgotos
sanitários;
Engenheiro Civil com experiência em projetos de estrutura.
6 ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO
6.1 COMUNICAÇÕES
6.1.1 – Toda a comunicação entre a Contratada e o Proponente deverá ser feita por escrito:
as comunicações realizadas por telefone devem ser confirmadas, posteriormente, por
escrito.
Nesse Plano deverá ser configurado todo o planejamento dos trabalhos, contextualização
dos estudos e projetos, indicação das equipes, seu perfil, a descrição das atividades com
sua organização, o organograma para os trabalhos, fluxograma e tudo o mais que norteie o
desenvolvimento e acompanhamento dos estudos e projetos.
88
6.2.3 O Programa de Trabalho, os cronogramas e fluxogramas referidos deverão ser
atualizados mensalmente, ou quando se fizer necessário, durante a execução dos trabalhos.
Para tanto, deve ser utilizado um "software" que permita uma fácil atualização do
planejamento.
6.3 FLUXOGRAMA
6.3.1 Deverá ser apresentado um fluxograma para todo o período de execução dos serviços,
indicando claramente todas as precedências, interdependências e interrelações das
atividades, possibilitando assim, a análise do fluxo contínuo das ações.
6.4 CRONOGRAMAS
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e) Eventuais alterações dos cronogramas, mesmo quando aprovadas pelo Proponente,
não constituirão motivo para a prorrogação da vigência do contrato;
f) As modificações nos prazos parciais não poderão acarretar mudanças no prazo final
estabelecido e dependem de concordância do Proponente.
6.5.1 O Proponente terá o prazo de 10 (dez) dias, contados a partir do dia seguinte ao
recebimento dos relatórios e documentos, para analisá-los. A Contratada apresentará um
cronograma contendo os prazos previstos para análise, pelo Proponente, de forma que os
serviços não sofram perda de continuidade.
6.5.2 O Proponente irá acompanhar os trabalhos com vistas à otimização dos prazos
anteriormente definidos; dessa forma, os Relatórios são instrumentos gerenciais por meio
dos quais se alcançará tal objetivo.
6.5.4 Somente após a aprovação dos documentos pelo Proponente, serão pagas as parcelas
das faturas pertinentes.
6.6 REUNIÕES
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c) As reuniões mensais deverão estar previstas no cronograma a ser apresentado e
deverão ser realizadas após a entrega dos relatórios e do respectivo prazo de análise dos
mesmos pelo Proponente;
d) Os custos dessas reuniões deverão estar previstos no valor total do contrato.
6.7 FISCALIZAÇÃO
6.7.2 Fica assegurado ao Proponente, e quaisquer outras entidades por ele indicadas e os
órgãos de controle federal, estaduais ou municipais, o direito de acompanhar e fiscalizar os
serviços prestados pela Contratada, com livre acesso aos locais de trabalho para a obtenção
de quaisquer esclarecimentos julgados necessários à execução dos trabalhos.
6.7.3 Equipe de Fiscalização terá plenos poderes para agir e decidir perante a Contratada,
inclusive rejeitando serviços que estiverem em desacordo com o contrato, obrigando-se, a
Contratada, desde já a assegurar e facilitar o acesso da Equipe de Fiscalização aos serviços
e a todos os elementos que forem necessários ao desempenho de sua missão.
6.7.4 Cabe à Equipe de Fiscalização verificar a ocorrência de fatos para os quais haja sido
estipulada qualquer penalidade contratual. A Equipe de Fiscalização informará o fato ao
setor competente, instruindo o seu relatório com os documentos necessários.
6.7.5 A Equipe de Fiscalização buscará auxiliar a Empresa Contratada onde for possível,
no acesso às instituições e informações necessárias à execução dos trabalhos.
6.8.1 Introdução
A Contratada deverá manter no local dos serviços, equipes condizentes com os mesmos,
com a formação e a experiência necessária para o desenvolvimento dos trabalhos.
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6.8.2 Instalações e Equipamentos
6.8.3 Procedimentos
Com relação à coordenação dos trabalhos, a Contratada fica obrigada designar e manter,
até o encerramento do contrato, um responsável pela chefia dos trabalhos, com capacidade
para responder pelas partes técnica e administrativa, bem como para assumir a
representação da Contratada perante o Proponente em todos os assuntos relativos à
execução dos serviços.
6.9.2 A Contratada deverá tomar as providências razoáveis para proteger o meio ambiente
dentro e fora do local de execução dos serviços, além de evitar danos e aborrecimentos às
pessoas e/ou propriedades privadas ou públicas, bem como obedecer às instruções da
Fiscalização quanto à preservação do meio ambiente.
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7 CONTEÚDO DOS ESTUDOS DE CONCEPÇÃO E PROJETO
BÁSICO
Projeto Básico
em AUTOCAD, versão recente abrangendo:
Projeto Executivo;
- plantas e cortes: 1: 50 ou 1:100;
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