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MODULO_3___FISIOLOGIA_E_ANATOMIA_DA_AUDIcAO

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MÓDULO 3 - FISIOLOGIA E ANATOMIA DA

AUDIÇÃO

3.1. INTERAÇÃO SER HUMANO-SOM


Uma das principais características da música é a relação e interação que ocorre entre o ser humano e o som . Pode ser
descrito como uma espécie de círculo infinito no qual ocorre uma série de feedbacks . A compreensão do funcionamento
desse complexo, e dos diferentes processos que o alimentam, sustentam os fundamentos da música e, portanto, da
musicoterapia.

O complexo, conforme estabelecido pelo psiquiatra e professor Rolando O. Benenzon (2011), é composto por cinco setores
que se inter-relacionam:

● Setor A. Neste estágio estão os elementos produtores de som.


● Natureza. Corresponde aos sons que são estimulados pelo ambiente. Da mesma forma, o corpo humano e a
natureza têm uma grande ligação quando se trata de formar fenómenos sonoros.
● Corpo humano. É um dos mais importantes porque começa na gravidez. Da mesma forma, o corpo humano é
um elemento sonoro relevante porque é capaz de reproduzir, mas também de criar sons.
● Instrumentos musicais. Faz alusão aos próprios instrumentos como tais. São aquelas que o ser humano inventa,
por meio da matéria da natureza, para emitir sons.
● Aparelhos eletrónicos. D erivam das possibilidades oferecidas pela tecnologia. São ferramentas capazes de
produzir som, mas são criadas de forma cibernética.
● Outros. Outras fontes sonoras com uma dimensão mais especial encontram-se neste grupo, pelo que não podem
ser incluídas em nenhum dos grupos anteriores.
● Setor B. Neste setor estão todos os estímulos sonoros existentes que uma pessoa pode perceber, do mais ao menos
audível. Eles têm que fazer, então, com sons como o bater de um pássaro, o coaxar de uma rã ... mas também com os
sons internos que o corpo humano experimenta, como o batimento cardíaco.
● Silêncio. O silêncio relativo é importante porque é a etapa anterior a um estímulo sonoro.
● Perceção interna. Corresponde aos sons que são experimentados dentro do corpo humano, como respiração,
ruídos intestinais ou movimentos musculares.
● Sons . Eles têm a ver com os estímulos sonoros que são dados, tanto natural quanto intencionalmente. A
combinação de sons implica que a produção de uma peça musical é possível.
● Palavras. São um elemento chave na sociedade porque estabelecem as bases da linguagem e da comunicação.
Portanto, é fundamental o uso das palavras, bem como saber quais são as forças simbólicas que as acompanham.
● Ruídos Este grupo pode ser um fator nocivo para o aparelho auditivo das pessoas, pois leva à incomunicação ou
isolamento e, portanto, acarreta um perigo.
● Ultrassons e infrassons. Têm a ver com sons que não são conscientemente audíveis, mas que são capazes de
penetrar nas pessoas e estimular os sistemas de perceção. Entende-se, então, que esses sons impactam no
inconsciente da pessoa, podendo evitar os mecanismos de defesa do eu.
● Setor C. Os sistemas de perceção de som estão incluídos neste grupo.
● Sistema auditivo. É aquele que é percebido por meio da audição.
● Sistema táctil. Corresponde ao sistema em que o som é percebido por meio do toque e das ondas, que são
vivenciadas ao estar próximo à fonte sonora. Muitas vezes, é amplamente utilizado por pessoas com diversidade
funcional auditiva.
● Sistema de perceção interna. Esse tipo de sistema pode ser entendido como um unificador, pois corresponde à
perceção da fonte sonora, incluindo todos os sistemas possíveis com os quais os estímulos podem ser captados.
● Setor D. Neste estágio, a figura do sistema nervoso é encontrada e quatro níveis de grande relevância são
diferenciados.
● Cérebro. É o principal órgão do sistema nervoso. Ele recebe os estímulos sonoros, processa-os e decodifica-os.
● Tálamo. As sensações e emoções vêm a ele e permanecem lá inconscientemente. Portanto, um tipo específico de
ritmo musical é capaz de condicionar uma resposta automática inconsciente.
● Bulbo. Interage e conecta-se com o sistema nervoso para conduzir as informações recebidas.
● Medula. Tem a mesma função do bulbo: interagir, conectar e transmitir informações através do sistema nervoso.

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● Setor E. Este setor corresponde às respostas que podem ser dadas uma vez que o estímulo tenha sido percebido e
transmitido ao sistema nervoso.
● Motora. As respostas motoras estão relacionadas a ações como caminhar, correr, marchar, dançar ...
● Sensitiva ou emotiva. Corresponde a ações sentimentais como chorar ou rir, entre outras.
● Orgânica. São respostas que têm a ver com o estado da pessoa: rubor, várias secreções, relaxamento ...
● Comunicação. Ocorre quando se deseja estabelecer uma comunicação, seja verbal ou não verbal. Gritos, cantos,
músicas, gestos ou movimentos, entre outros, estariam incluídos neste grupo.
● Conduta. Corresponde a ações que são realizadas após o processo, como a aprendizagem.

Figura 4. Processo de interação sonora. Fonte: Evimeria Editorial. Adaptado de Benenzon (2011).

Deve-se notar que os três primeiros sistemas, A, B e C, “são o objeto de estudo das ciências sociológicas, ecológicas,

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naturais e físicas”. Enquanto as demais, D e E, assim como C, “são objeto de estudo em neurofisiologia e psicologia”.

A secção a seguir revisará com mais detalhes as particularidades do sistema auditivo, devido à sua grande relevância na
musicoterapia, por ser o sistema responsável pela audição. Sem ele, é difícil desenvolver sessões musicoterapêuticas.

3.2. SISTEMA AUDITIVO


O sistema auditivo é responsável por conduzir as interações entre o som e o órgão recetor do corpo humano.

A função primária do ouvido é converter um padrão de vibração temporária, a qual é produzida no tímpano,
numa configuração de movimento - ondulatório - no espaço, que é gerado na cóclea [...] e esta, por sua vez,
em uma série de potenciais elétricos em neurónios aferentes cocleares (Soto, 2001).

Figura 5. Estrutura do ouvido humano. Fonte: Evimeria Editorial.

3.2.1. Audição

A audição tem a ver com a capacidade e ação de ouvir um estímulo auditivo, como a música. Portanto, a audição é
fundamental na musicoterapia, pois, sem ela, dificilmente poderá ser aplicada.

O médico e professor Juan Bosco Calvo (2000a) define a audição da seguinte forma:

A audição é a experiência subjetiva de exposição ao som. Quando se ouve um ruído, primeiro tem uma

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sensação. Em segundo lugar, o ruído é identificado, obtendo a sua perceção. Terceiro, recebe um
significado e um valor conceitual: gnose.

Assim, Calvo (2000a) diferencia três conceitos chave no processo de audição:

● sensação;
● perceção;
● gnose.

O primeiro, a sensação, é algo inerente ao sujeito, portanto não pode ser aprendido. Porém, as outras duas podem ocorrer
por meio de um processo de aprendizagem, embora a gnose também seja influenciada por outros fatores, como as
experiências.

Assim, de acordo com o músico e doutor Juan B. Calvo (2000a), “pode-se ter sensação e perceção ao ouvir uma música,
distinguir um instrumento ou ritmo e, no entanto, não entender o que o autor está dizendo naquela composição.
Falta conhecimento, a gnose. Em outros casos, por exemplo ao ouvir música com letra oriental, também pode faltar
perceção e só ter sensação”.

Além disso, a audição também é particularmente relevante para a criação de sentimentos e experiências, uma vez que a
música tem um efeito psicológico direto nas pessoas.

Por meio da audição, os indivíduos podem detetar os elementos da música e do som, discutidos acima, como melodia,
harmonia, altura ou intensidade, entre outros.

Por outro lado, também é importante diferenciar os conceitos de ouvir e escutar ; que muitas vezes são usados ​como
sinónimos, mas têm nuances diferentes. Segundo a musicoterapeuta Conxa Trallero (2008) “ouvir é a perceção passiva de
sons, enquanto escutar é um ato voluntário que requer o desejo de usar o ouvido para focar em sons selecionados”.

Ou seja, escutar corresponde à capacidade de selecionar, de forma clara e ordenada, as informações que uma pessoa deseja
ouvir. Portanto, ouvir também corresponde a uma ação-chave nos processos de aprendizagem:

Escutar, não ouvir, é a função primária do ouvido. Escutar é a capacidade de capturar informações e filtrar
informações irrelevantes. Quando as sensações são processadas de forma fluida, estímulos irrelevantes são
bloqueados e podemos nos concentrar e focar. Podemos organizar e classificar essas informações em vez de
nos sentirmos sobrecarregados (Trallero, 2008).

A escuta conta com um processo de audição no qual três etapas relacionadas podem ser diferenciadas. A primeira etapa
corresponde à escuta sensorial, ou seja, o ato de ouvir, mas sem a associação de nenhum mecanismo consciente.

A segunda etapa consiste na escuta afetiva, que tem a ver com escutar. Em outras palavras, existe a vontade de escuta.

Finalmente, há a última fase, a escuta intelectual. Esta corresponde a compreensão, ou seja, compreender e integrar o que
foi ouvido.

3.2.2. Ouvido

3.2.2.1. Estrutura do ouvido

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Fisiologicamente, o ouvido pode ser dividido em três partes , dependendo da sua função no sistema auditivo: externo,
médio e interno:

A função do ouvido é captar esses estímulos sonoros e transformá-los num sinal elétrico para transmiti-los
ao cérebro. Para isso, possui um ouvido externo, especializado na captação de som, um ouvido médio que
modula a intensidade e transporta o estímulo sonoro para o ouvido interno, onde ocorre a transformação do
estímulo sonoro num estímulo elétrico. (Calvo,2000a)

Ouvido externo

O ouvido externo é responsável por captar as ondas sonoras causadas por estímulos externos. É composto pelo
pavilhão auricular e meato auditivo externo.

Os relevos e depressões encontrados no pavilhão auricular facilitam a transmissão do som, bem como a localização da fonte
sonora. Seis elementos diferentes podem ser distinguidos no pavilhão auricular (Calvo, 2000a):

● Hélice. Corresponde à borda externa posterior.


● Anti-hélice. É a dobra paralela à hélice e está localizada abaixo dela.
● Concha. Tem a ver com a depressão central da orelha, que continua com o conduto auditivo externo.
● Trago. Corresponde à iminência triangular que fica em frente à entrada do meato acústico externo.
● Anti-trago. É a frente do trago.
● Lóbulo. Localiza-se na parte inferior da orelha, pode ou não estar preso à cabeça, e possui formas variáveis.

Da mesma forma, o pavilhão auricular é feito de cartilagem fibrosa, exceto o lóbulo, que é recoberto por pele. Tal e como
explica Calvo (2000a), “entre as duas camadas existem músculos intrínsecos que na espécie humana são atróficos.
Os músculos extrínsecos (auricular superior, anterior e posterior) podem modificar a posição do pavilhão, mas poucos o
fazem; tendem a se contrair diante de estímulos sonoros intensos".

Por outro lado, o meato acústico externo é responsável por conduzir as informações captadas no pavilhão auricular para o
ouvido interno. O meato tem aproximadamente 24 mm de comprimento, sendo um terço cartilaginoso e o restante ósseo.

O diâmetro está entre 5 e 9 mm e conta, segundo Calvo (2000a) com “um caminho oblíquo de fora para dentro, para a frente
e um pouco para baixo. [...]. A sua parte interna é revestida de pele e por isso existem: folículos pilosos, suor, glândulas
sebáceas e ceruminosas”. O canal auditivo termina o seu trajeto na membrana timpânica.

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Figura 6. Ouvido externo. Fonte: Evimeria Editorial.

Ouvido médio

O ouvido médio corresponde a "uma cavidade esculpida no osso temporal que possui 6 faces como uma caixa (também é
chamada de caixa do tímpano)". A face externa do tímpano é constituída pela membrana timpânica ou tímpano,
apresentando formato circular de 9 ou 10 mm de diâmetro.

A parede interna é a responsável por separar o ouvido médio do interno. “Uma das voltas do caracol (ouvido interno) forma
uma proeminência central (promontório) nesta parede; atrás do promontório está a janela oval (ocupada pela base do
ossículo estribo e que comunica esta caixa do tímpano com o vestíbulo do ouvido interno) e a janela redonda (fechada por
uma membrana e que comunica com o caracol)”.

A parte superior do tímpano separa o ouvido da cavidade craniana por meio de uma lâmina de osso; enquanto na parte
inferior existe uma “lâmina óssea em contato com a veia jugular e a artéria carótida interna”.

Dentro do tímpano existem três ossos articulados que amplificam o sinal sonoro: o martelo, a bigorna e o estribo . Da
mesma forma, o músculo do martelo e o músculo do estribo também são encontrados nesta caixa.

Nesse sentido, Calvo (2000a) destaca as funções dos três ossos:

O martelo é o osso que está em contato com a membrana timpânica pelo seu cabo; a sua cabeça grossa
articula-se com o corpo da bigorna e esta por sua vez com o estribo. A base do estribo cobre a janela oval.
O músculo do martelo exerce tensão a membrana timpânica. A sua missão é aguçar a sua audição. O
músculo do estribo é antagónico ao anterior.

Figura 7. Ouvido médio. Fonte: Evimeria Editorial.

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Ouvido interno

O ouvido interno “é encontrado dentro das cavidades esculpidas na rocha do osso temporal que constituem o labirinto
ósseo preenchido por uma série de tubos e dilatações que formam o labirinto membranoso. Entre os dois labirintos está a
perilinfa, e dentro do labirinto membranoso está a endolinfa”.

Uma vez que a membrana oval é cruzada, uma cavidade óssea chamada vestíbulo é encontrada. Os
condutos semicirculares, responsáveis ​pelo equilíbrio, estão localizados atrás do vestíbulo; enquanto o caracol,
relacionado à audição, localiza-se em frente ao vestíbulo.

No vestíbulo, podem ser observadas dilatações do labirinto membranoso, chamadas de utrículo e sáculo. Ambos possuem
células sensoriais abundantes responsáveis ​por captar os impactos das partículas.

Os condutos semicirculares são compostos por três tubos curvos: o superior, o posterior e o externo. Formam ângulos de 90
° entre si e informam ao indivíduo os movimentos da cabeça.

Em relação ao caracol, também conhecido como cóclea, deve-se notar que ele tem esse nome por ter o formato de uma
escada em espiral. “Uma lâmina óssea em espiral é enrolada ao redor da columela até a cúpula, dando quase 3 voltas (2
voltas e ¾)”.

No ouvido interno também é possível ver um nervo que se divide em dois ramos: o coclear ou acústico e o vestibular.
O primeiro é responsável pela audição, enquanto o segundo é responsável pelo equilíbrio.

Figura 8. Ouvido interno. Fonte: Evimeria Editorial.

3.2.2.2. Tipos de ouvido na música

Do ponto de vista musical, podem-se distinguir três tipos de ouvido fundamentais para o desenvolvimento da prática
musical: o interior, o relativo e a absoluto. A memória auditiva e a carga afetiva são fatores fundamentais para que os três
ouvidos alcancem um progresso adequado.

Segundo Pliego (2000), o ouvido interior tem a ver com "a capacidade de ouvir música mentalmente, na ausência de

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estímulos externos". Este tipo de ouvido é imprescindível para um músico. “Por um lado, produz a imagem mental que deve
antecipar qualquer execução musical e, por outro, ajuda a ler partituras sem a necessidade de tocá-las ou cantá-las”.

Portanto, é um tipo de ouvido relacionado à fonação, memória, imaginação e sensibilidade. Ressalta-se que não é necessário
ter formação musical académica neste tipo de ouvido, embora seja necessário ter certa assiduidade musical.

O ouvido relativo corresponde à "capacidade de reconhecer e reproduzir intervalos (ou melodias) em diferentes alturas.
Essa faculdade conecta sons entre si e tem a ver com a perceção e compreensão global do facto musical”.

Da mesma forma que no caso do ouvido interno, não é necessário ter conhecimentos académicos, embora possam ser úteis
para nomear os intervalos.

O ouvido absoluto vai um nível além e é "a habilidade de reconhecer e nomear os sons das notas no que diz respeito a elas,
nenhuma outra referência sonora além da própria memória".

Por outro lado, a professora Ana Vera (2000) assegura que tem a ver com "a capacidade de identificar ou produzir uma
determinada nota ou frequência sem compará-la a qualquer outro som de referência". Por esse motivo, é considerada "a
última" em termos de habilidade musical, visto que é uma habilidade rara e muito precisa.

De acordo com os professores Rosabel Roig, Facundo San Blas e Àngela Buforn (2020), corresponde à capacidade "de
identificar a frequência de um estímulo auditivo isolado, sem o auxílio de um estímulo auditivo referencial" ou à
"capacidade de reconhecer sons".

É um tipo de ouvido mais complicado, logo as pessoas que conseguem reconhecer notas musicais são geralmente crianças
com alguma formação, ou músicos, visto que passam o dia em contacto com a música.

Porém, poucas pessoas têm essa habilidade, mesmo entre músicos profissionais. Portanto, não é originalmente uma aptidão
musical, mas uma qualidade hereditária.

Segundo Pliego, "o ouvido absoluto facilita a afinação ao tocar ou cantar, mas não tanto quanto a audição relativa, o que é,
desse ponto de vista, mais interessante, pois considera os sons como um todo e não isoladamente".

Para entender como funciona o ouvido absoluto, existem diferentes hipóteses sobre o seu funcionamento (Vera, 2000):

● Hipótese de super discriminação. Entende que sujeitos com ouvido absoluto são capazes de "fazer discriminações
sensoriais ao longo de um continuum de tons".
● Hipótese de discriminação maluca. "Sugere a existência de sensibilidade aguda em áreas específicas, ao invés de
discriminação superior em toda gama de frequências."
● Hipótese de memória generalizada para o tom. "O determinante crítico do tom absoluto pode ser a capacidade de
armazenar informações tonais na memória."
● Hipótese do padrão interno. “Sugere que sujeitos com ouvido absoluto identificariam notas musicais comparando-as
com padrões internos. Esses padrões internos seriam sons de referência subjetivos que teriam sido adquiridos como
resultado de uma longa experiência com a música, servindo para dividir o continuum de frequências em classes de
eventos ou categorias. Sujeitos com ouvido absoluto categorizariam a sua perceção de estímulos com respeito aos
padrões internos, como sujeitos normais fazem quando recebem sons de referência objetivos”.

3.2.3. Processo auditivo

A audição requer um processo auditivo para que os indivíduos sejam capazes de converter ondas sonoras em sinais

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elétricos, capazes de atingir o cérebro pelo nervo auditivo e serem decodificados. Assim, as etapas que são realizadas no
processo auditivo são as seguintes (NIDCD, 2016):

1. As ondas sonoras entram no ouvido externo e são conduzidas através do canal auditivo até o tímpano.
2. O movimento das ondas sonoras faz vibrar o tímpano, que, por sua vez, transmite as vibrações aos três pequenos ossos
do ouvido (martelo, bigorna e estribo).
3. Os ossículos amplificam as vibrações sonoras e as enviam para a cóclea, que fica no ouvido interno. Lá, as vibrações
alcançam o líquido situado dentro da cóclea.
4. As ondas viajam através da membrana basilar, localizada na cóclea. Uma vez lá, as células ciliadas detetam os sons, as
células que estão na parte larga encontram os tons agudos e as do meio os graves.
5. As células ciliadas movem-se para cima e para baixo causando projeções microscópicas em forma de cerdas
(conhecidas como estereocílios), que ficam no topo das células ciliadas. Eles correm para uma membrana protuberante
e se inclinam. A inclinação causa uma abertura em alguns canais que parecem poros, que ficam nas pontas dos
estereocílios. Assim, as substâncias químicas entram nas células e geram um sinal elétrico.
6. O nervo auditivo é responsável por transportar esse sinal elétrico para o cérebro. Lá, o cérebro decodifica o sinal e
permite que o indivíduo reconheça e compreenda o som.

3.3. MEMÓRIA AUDITIVA


A memória auditiva é a capacidade de lembrar o que foi ouvido e escutado. O processo de memorização auditiva tem três
processos diferentes (Pliego, 2000):

● Registo. A primeira etapa é registar as informações recebidas. Para isso, deve-se levar em consideração a perceção do
som, que depende da clareza do estímulo e da ausência de interferências. Portanto, se o estímulo não for
suficientemente claro ou se houver obstáculos no modo de ouvir, a perceção do estímulo será nula. Da mesma forma,
a compreensão da mensagem pelo ouvinte também é essencial nesta primeira etapa. A formação anterior do indivíduo
tem uma relevância especial: se ele tiver conhecimento do estímulo que recebe, será mais fácil para ele registrá-lo na
sua mente. Da mesma forma, a motivação também se destaca neste primeiro estágio, pois o que excita o ouvinte é
mais fácil de lembrar, pois nenhum esforço é necessário.
● Conservação. Esta segunda etapa corresponde ao processo de memorização e conservação do estímulo, seja em curto
ou longo prazo. Quanto mais interesse e empatia forem dados na primeira fase, mais duradouras serão as informações.
No caso da música, a memória é mais global do que analítica, ou seja, tende a preservar a imagem sonora com todos
os seus elementos inter-relacionados: melodia, ritmo, timbre e intensidade. A interação desses elementos musicais
implica que a perceção e a conservação global do estímulo sejam mais fáceis.
● Recuperação. A última etapa do processo de memorização diz respeito à recuperação do estímulo ou da informação
que foi registada na primeira etapa. A restauração pode ser espontânea se o registo for intenso ou pode ser necessária
alguma associação (verbal, cinética, muscular ou visual) para lembrá-la. A capacidade de recuperar informações
possui técnicas próprias (mnemónicas), que estão relacionadas à psicologia cognitiva e aos mapas conceituais.

3.4. DISTÚRBIOS E ALTERAÇÕES AUDITIVAS

3.4.1. Epilepsia musicogénica

A epilepsia musicogénica é um complexo de epilepsia reflexo que pode ser decorrente de diversos fatores desencadeantes,
como a qualidade do sentido ou o impacto emocional da música, entre outros. Segundo os neurologistas Gema Soria, Pablo
Duque e Jose M. García (2011), este tipo de epilepsia p ode ser específico para um “determinado género, peça ou voz que
canta” (Soria, Duque e García, 2011).

Geralmente, ocorre em mulheres em idade adulta, a partir dos 27 anos. “Da mesma forma, em 75% dos casos, observou-se

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que o foco epilético está no lóbulo temporal, mais comumente à direita”.

A crise epilética geralmente desaparece com drogas antiepiléticas ou pela interrupção da música, uma vez que é o gatilho
para o problema. No entanto, “o tratamento mais eficaz acabou sendo a neurocirurgia, com lobectomia temporal parcial” .

3.4.2. Alucinações musicais

As alucinações musicais estão relacionadas a distúrbios no processamento de sons complexos. Em outras palavras, “as
pessoas que sofrem delas percebem sons complexos na forma de música como resultado de um som ou na ausência de
qualquer estímulo acústico”.

Essas alucinações musicais caracterizam-se por acreditar que a música provém de uma fonte externa, embora não seja esse o
caso. Da mesma forma, também se destacam por serem constantes, repetitivos, involuntários e intrusivos. Da mesma forma,
é possível que alguns tenham significado e outros não.

Na mesma linha, podem ser distinguidos três tipos diferentes de alucinações musicais: as associadas a um distúrbio
neurológico, as associadas a um transtorno psiquiátrico e as associadas à surdez.

As primeiras, aquelas associadas a um transtorno neurológico , são incomuns e costumam estar relacionadas a alguma
lesão no tronco encefálico ou num dos dois hemisférios, geralmente o direito.

Nesse grupo também há casos de pessoas que derivam de doenças degenerativas, como Alzheimer, ou de pessoas que
fizeram uso de drogas.

O segundo, associado a um transtorno psiquiátrico , costuma ser detetado em pessoas com depressão, esquizofrenia,
transtorno obsessivo-compulsivo e alcoolismo.

Finalmente, a surdez é o fator mais comum associado às alucinações musicais. “São pessoas idosas, na sua maioria
mulheres, que ouvem melodias familiares, como canções populares e hinos, que costumam ser melodias coerentes (tom e
ritmo), com ou sem letra”.

3.4.3. Distonia focal

A distonia focal é uma condição que ocorre em músicos e que é a perda de coordenação dos dedos. É devido à flexão e
extensão involuntária dos dedos ou outras posições anormais, tanto dos dedos como das mãos e braços.

A percentagem de músicos profissionais que sofrem desta patologia é baixa, 1%. No entanto, em alguns casos, pode
implicar que abandonem a carreira musical. "Ao tocar, eles podem sentir que não são capazes de controlar os movimentos,
podem ocorrer lentidão dos dedos, perda de força na mão, tensão, dor, tremor, etc.".

A origem do aparecimento da distonia não é clara, embora alguns estudos afirmem que ela se deve a vários fatores como,
por exemplo, os treinos muito intensos. No entanto, também pode estar relacionado à genética, visto que pode ser um
componente hereditário.

No entanto, a teoria mais sustentada sobre a origem da distonia focal é baseada no facto de que o treino é capaz de fazer
mudanças plásticas no cérebro devido a movimentos repetitivos. Neste caso, “espera-se que um tratamento baseado na
reaprendizagem seja eficaz, mas isso é muito complicado, pois implica reaprender a jogar de uma forma diferente”.

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3.4.4. Amusia

A amusia é uma doença caracterizada pela “incapacidade de reconhecer ou reproduzir tons ou ritmos musicais”, conforme
preconiza o Dicionário da Real Academia Espanhola (RAE, 2021).

É uma patologia que pode ser congénita ou adquirida. Neste último caso, de acordo com Soria, Duque e García (2011)
deve-se a “uma alteração secundária a lesão cerebral e que pode ocorrer na perceção musical, na produção musical ou na
leitura ou escrita da música”.

Os mesmos autores asseguram que a amusia adquirida afeta vários componentes da música, enquanto a congénita afeta
apenas o tom. “Essas pessoas, desde o nascimento, apresentam um défice na perceção das melodias, bem como na sua
produção, que não pode ser explicado por perda auditiva, lesão cerebral, défice intelectual ou falta de exposição à música”.

Ressalta-se que a amusia adquirida é passível de reabilitação, uma vez que não é congénita. No entanto, não foram feitos
grandes avanços neste tipo de patologias, uma vez que não têm grande impacto, exceto se ocorrerem em músicos
profissionais.

Esta patologia pode ocorrer de três maneiras diferentes, dependendo se é o funcionamento motor ou expressivo que está
prejudicado (Soria, Duque e García, 2011):

● Amusia expressiva oral. É impossível para os indivíduos cantar, assobiar ou murmurar um tom.
● Amusia instrumental ou apraxia musical. As pessoas não sabem tocar um instrumento.
● Amusia musical. Os sujeitos são incapazes de compor e escrever música.

No caso da perceção, a amusia também pode ocorrer de três maneiras diferentes (Soria, Duque e García, 2011):

● Amusia sensorial ou recetiva. A capacidade percetiva de discriminar os tons está prejudicada.


● Amusia amnésica. Isso complica a capacidade de uma pessoa de reconhecer canções familiares.
● Amusia musical. A capacidade de ler peças musicais é prejudicada e dificultada.

Os músicos que sofrem de amusia sofrem das seguintes alterações:

Não conseguem reconhecer uma melodia familiar sem o auxílio da letra, não percebem que cantam
desafinados, não conseguem diferenciar se duas melodias são iguais ou diferentes, principalmente em
termos de altura. Eles também têm grande dificuldade em reconhecer alterações na altura de uma melodia e
também em perceber que um acorde é dissonante. Mais especificamente, os músicos não são capazes de
detetar um desvio de tom de menos de um semitom. Por outro lado, os músicos que tem amusia percebem
padrões rítmicos tanto quanto os músicos que não sofrem da doença.

3.4.5. Hipoacusia

A hipoacusia corresponde a uma perda auditiva e pode ser de dois tipos (Calvo, 2000a):

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● Hipoacusia de transmissão. A audição é prejudicada por obstáculos ou falta de continuidade. Geralmente, a deficiência
auditiva ocorre no ouvido externo ou médio. Portanto, o som é interrompido durante a viagem, de forma que a pessoa
não consegue decodificá-lo. Dois casos podem ser distinguidos que causam esta interrupção na transmissão:
● De "porta fechada". Neste caso, a transmissão é interrompida por um tampão de cera, por otite (externa ou
média) ou por otosclerose (endurecimento da orelha e perda de mobilidade do estribo).
● De "ponte afundada". Corresponde à falta de continuidade da transmissão por perfuração timpânica ou lesão da
cadeia ossicular.

● Hipoacusia percetual ou neurossensorial. A alteração que complica a audição é encontrada no órgão sensorial (a
cóclea) ou no sistema nervoso:
● Lesão coclear.
● Presbiacusia. Corresponde a uma degradação coclear devido à idade.
● Degeneração coclear. É desencadeada por produtos tóxicos, como aspirina ou antibióticos. Também pode
surgir após sofrer traumas acústicos, seja no ambiente familiar ou profissional, trabalhando como
sinalizadores de pista aérea ou em fábricas têxteis, por exemplo.
● Lesão neural. É devido à degeneração nervosa, neurinoma (um tipo de tumor) ou lesões no córtex cerebral.

Quando a diminuição da audição deixa de ser parcial, sendo hipoacusia, e passa a ser total, denomina-se cofose . Os
primeiros sintomas detetados no início da perda auditiva são zumbido, assobio ou ruído no ouvido.

3.5. FONAÇÃO
A fonação tem a ver com a capacidade dos humanos de emitir sons . Essa habilidade está relacionada à audição, pois
permite repetir aqueles estímulos sonoros que foram percebidos num determinado momento.

Nesse sentido, a fonação requer a combinação de vários órgãos do corpo para funcionar. Primeiro, os pulmões atuam como
fonte de energia, causando movimentos vibratórios na laringe. Este é o encarregado de produzir sons pelo ar.

Na faringe o som é modulado para ser interpretado, aproveitando a cavidade bucal (língua e cavidades alveolares) e as
fossas nasais. Da mesma forma, o controlo do sistema nervoso é essencial para o processo de fonação.

Ressalta-se que, no campo musical, a fonação tem especial relevância por permitir o canto. Por isso, as cordas vocais são
importantes. Assim, as cordas vocais e a laringe podem ser modificadas dependendo da idade, genética ou sexo.

O "trato laríngeo superior que varia de uma pessoa para outra" é denominado impressão vocal e implica numa mudança na
ressonância da voz. A impressão vocal possui um componente hereditário, de forma que os membros de uma família podem
ter um semelhante.

Com a idade, a voz muda; falando de uma maneira geral, o faz seguindo estes parâmetros (Calvo, 2000b):

● Recém-nascidos (primeiro mês). A voz é aguda e de alta intensidade.


● Primeira infância (do primeiro mês aos 6 anos). As crianças têm a capacidade de modular frequências de 500 a 800
Hz.
● Segunda infância (dos 6 anos à puberdade). Os pequenos são capazes de modular mais frequências.
● De 20 a 60 anos. A voz estabiliza-se.
● Senescência ou velhice. O campo de frequência e a intensidade da voz são reduzidos.

Além disso, ao longo dos anos, as cordas vocais aumentam de maneira diferente nas mulheres e nos homens. Enquanto as
mulheres tendem a ter um aumento anual de 0,4 mm, os homens têm de 0,7 mm.

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A puberdade é um período chave, pois a massa muscular vocal e o comprimento musical aumentam, principalmente devido
à testosterona. Segundo Calvo (2000b) “Os galos são produzidos por adaptação à modulação. Na senescência, nos homens a
voz é aguçada devido à diminuição da testosterona. Nas mulheres é agravada por estrogénios e testosterona ".

3.5.1. Disfonia

A disfonia, conforme definido por Calvo (2000b), é definida como “a alteração vocal que difere de outras do mesmo sexo,
idade e situação cultural”. Para verificar a possível existência de disfonia, quatro aspetos da voz devem ser estudados:

● voz falada;
● voz projetada;
● voz de chamada;
● voz cantada.

Da mesma forma, também é importante observar e analisar os seguintes sintomas (Calvo, 2000b):

● Dureza. "É a interpretação psicoacústica do fenómeno da hiperfonia." Manifesta-se pela contração dos músculos do
pescoço e também pelo ingurgitamento venoso cervical. "Na laringe, pode haver nódulos ou outras lesões de
hiperfonação."
● Ar na voz. Vazamento de ar entre as cordas vocais devido a defeitos de fechamento glótico. Um caso mais extremo
também pode ocorrer e paralisia das cordas vocais pode ocorrer. "As irregularidades da borda livre das cordas também
produzem alterações."
● Rouquidão. Existe uma vibração irregular das cordas vocais. “Irregularidades na borda livre causam bloqueio.
A fixação da mucosa à camada muscular impede a propagação da 'onda mucosa'”.
● Ressonância. Ocorre quando há alteração do trato vocal até os lábios. “Se houver fendas palatinas, elas conferem
ressonância nasal a todos os sons. A hipertrofia adenoide impede a ressonância nasal”.
● Flexibilidade. Há uma ausência ou diminuição na variação normal do tom, intensidade ou timbre.
Normalmente, ocorre por causas psiquiátricas e neurológicas.
● Fadiga vocal. É impossível falar indefinidamente, porque a voz foi forçada demais ou um tom inadequado foi tentado
ser produzido.
● Apuramento vocal. “Limpar a garganta ou tossir tentando limpar a voz. Se a descarga aumentar, as cordas vocais não
vibram bem. É prejudicial porque forçam as cordas vocais. Para eliminar as secreções é preciso inspirar fortemente e
engolir depois”.
● Alcance vocal diminuído. É um indicador de patologia nas cordas vocais.

Uma vez que esses sintomas tenham sido examinados, quatro tipos diferentes de disfonia podem ser distinguidos
(Calvo, 2000b):

● Disfonia hipercinética. É caracterizada pela presença de contração excessiva, embora involuntária, dos músculos
fonatórios, respiratórios, articulares e cervicais. Geralmente é devido ao uso fonatório inadequado.
● Disfonia hipocinética. Corresponde a um enfraquecimento da musculatura laríngea, em que ocorre o fechamento
incompleto da glote. É devido a fraqueza generalizada ou fraqueza laríngea.
● Disfonia espástica. É devido a uma “contração espástica da glote de causa principalmente psicogénica”.
● Disfonia displásica. Ocorre quando há malformações laríngeas que causam alterações na voz.

RESUMO
● Uma das principais características da música é a relação e interação que ocorre entre o homem e o som. Pode ser
descrito como uma espécie de círculo infinito no qual uma série de feedbacks ocorre.
● O sistema auditivo é responsável por conduzir as interações entre o som e o órgão recetor.

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● A audição tem a ver com a habilidade e ação de ouvir um estímulo auditivo, como a música.
● Fisiologicamente, o ouvido pode ser dividido em três partes, dependendo da sua função no sistema auditivo: externo,
médio e interno.
● Do ponto de vista musical, três tipos fundamentais de audição podem ser distinguidos para o desenvolvimento da
prática musical: o interior, o relativo e o absoluto.
● A memória auditiva consiste na capacidade de lembrar o que foi ouvido e escutado. O processo de memorização
auditiva tem três processos diferentes: registo, preservação e recuperação.
● Alguns distúrbios ou alterações auditivas são epilepsia musicogénica, alucinações musicais, distonia focal, amusia e
perda auditiva.
● A fonação tem a ver com a capacidade do ser humano de emitir sons. Essa habilidade está relacionada à audição, pois
permite repetir aqueles estímulos sonoros que foram percebidos num determinado momento. A disfonia é entendida
como a alteração da voz que difere de outras pessoas do mesmo sexo, idade e situação cultural.

AUTOAVALIAÇÃO
Responda às seguintes perguntas e pratique as bases teóricas deste capítulo. Não se esqueça de analisar e responder de
acordo com o que entendeu.

● Em que diferem o ouvir do escutar?


● Quais são as três etapas que podem ser diferenciadas na escuta?
● Indica os seis elementos encontrados no pavilhão auricular.
● Defina as alucinações musicais.
● Quais são os dois grupos em que a perda auditiva pode ser dividida?
● Explique a fonação.

SOLUÇÕES
1. Em que diferem o ouvir do escutar?

Ouvir é a perceção passiva de sons, enquanto o escutar é um ato voluntário que requer o desejo de usar o ouvido para focar
em sons selecionados.

2. Quais são as três etapas que podem ser diferenciadas na escuta?

A escuta sensorial, afetiva e intelectual pode ser diferenciada.

3. Indica os seis elementos encontrados no pavilhão auricular.

Os seis elementos são a hélice, a anti-hélice, a concha, o trago, o anti-trago e o lóbulo.

4. Defina as alucinações musicais.

As alucinações musicais têm a ver com distúrbios no processamento de sons complexos. Em outras palavras, as pessoas que
sofrem delas, percebem sons complexos na forma de música como resultado de um som ou na ausência de qualquer

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estímulo acústico.

5. Quais são os dois grupos em que a hipoacusia pode ser dividida?

A hipoacusia pode ser dividida em hipoacusia de transmissão ou hipoacusia percetual ou neurossensorial.

6. Explique a fonação.

A fonação tem a ver com a capacidade do ser humano de emitir sons. Essa habilidade está relacionada à audição, pois a
fonação possibilita repetir aqueles estímulos sonoros que foram percebidos em determinado momento.

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