01-PI-Plano-CV_2025

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Política de Investimentos

2025 - 2029

Plano de Contribuição Variável

Política de Investimentos 2025/2029 – Plano de Contribuição Variável 1


Toda Entidade Fechada de Previdência Complementar (EFPC) deve definir a Política de
Investimentos (PI) para a aplicação dos recursos de cada plano de benefícios por ela
administrado. A PI tem como propósito estabelecer as diretrizes de longo prazo, relacionadas
aos principais aspectos referentes à gestão dos recursos do plano de benefícios e aos riscos
envolvidos, dando transparência aos patrocinadores, participantes e assistidos.

1. O PLANO DE BENEFÍCIO – PLANO CV


Esta Política de Investimentos apresenta as diretrizes para a aplicação dos recursos
garantidores do Plano CV, administrado pelo Infraprev cujas principais características são:

• CNPB: 2000008119
• CNPJ: 49.307.127/0001-84

A modelagem de Plano de Contribuição Variável prevê, na fase de contribuição, a acumulação


de recursos, por meio do total das contribuições do participante e do patrocinador, além da
variação da cota do Plano CV ao longo do período. Estes recursos são apresentados em conta
individualizada por participante. Na fase de recebimento do benefício de aposentadoria, o
participante pode optar em receber na forma de renda vitalícia ou por prazo determinado de 5
a 20 anos.

O Plano CV se encontra em fase de amadurecimento, com índice de maturidade de 0,881 em


outubro de 2024. Contudo, o Plano CV é um plano aberto a novas adesões e novos
patrocínios.

2. DIRETRIZES GERAIS PARA GESTÃO DOS INVESTIMENTOS


A avaliação, o gerenciamento e o acompanhamento do risco e retorno dos investimentos serão
executados de acordo com a legislação vigente e com os critérios estabelecidos nesta Política
de Investimentos, buscando preservar o pagamento dos benefícios de seus participantes,
sempre observando os princípios de rentabilidade, liquidez, segurança e sustentabilidade.

Para uma alocação eficiente dos recursos do plano, o Infraprev baseia-se em estudo de ALM
-Asset Liability Management realizado, no mínimo, anualmente. Através da análise estratégica
da distribuição de recursos e parametrizado pela estrutura do fluxo do passivo e pela Meta
Atuarial determinada, este estudo tem a função de direcionar a alocação de recursos para
uma carteira ótima. A carteira ótima resultante do estudo é aquela que, na média dos N
cenários, atende os requisitos de liquidez para o período da simulação, com os melhores
índices de rentabilidade e solvência, sem comprometer o fluxo de caixa futuro do plano.

Por sua vez, as decisões de investimentos, norteadas pelo estudo de ALM, são sempre objeto
de análise prévia, considerando os correspondentes riscos e as suas garantias, se existentes,
além de seguir os procedimentos estabelecidos através do Manual de Investimentos
Mobiliários (ANEXO III), da Política de Riscos Financeiros (ANEXO V) e da Política de Riscos
Corporativos (ANEXO VII). Adicionalmente, as aprovações de investimentos, tanto de novas
aplicações como no âmbito de manifestações requeridas no monitoramento, devem atender
ainda a Política de Governança de Investimentos e Alçadas (ANEXO I), o Regimento interno

1
O Indicador de maturidade tem o objetivo de apresentar a razão entre os valores de Benefícios a Conceder e Benefícios Concedidos.
Assim, quando a razão é menor que 1 indica que o Plano está atingindo a maturidade, já que, nesse caso, os valores concedidos são
superiores aos que ainda estão em fase de capitalização para concessões futuras. Quanto mais próximo de zero, mais maduro está o Plano.

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do Comitê de Gestão de Investimentos – CGI (ANEXO IX) e o Regimento interno do Comitê
de Gestão de Riscos – CGR (ANEXO VIII).

O procedimento para avaliar, gerenciar e acompanhar o risco e o retorno dos investimentos


do Instituto, é realizado pelas áreas técnicas responsáveis, que subsidiam o Comitê de Riscos
e o Comitê de Investimentos. Adicionalmente, o Instituto utiliza consultoria financeira e de
riscos e assessores jurídicos externos para dar suporte à estrutura de governança e de
acompanhamento dos investimentos.

Cabe destacar que, para o processo de monitoramento dos investimentos, também é realizado
acompanhamento mensal pelo Comitê de Gestão de Riscos – CGR, baseando-se nos
normativos internos, políticas e na legislação aplicável, Resolução CMN 4.994/2022, em
especial: a) risco de concentração e alocação; b) risco de mercado; c) risco de crédito; d) risco
de liquidez e solvência, e) risco atuarial; f) risco sistêmico; e g) risco reputacional e de imagem.

3. ESTRUTURA DE GOVERNANÇA DE INVESTIMENTOS


Os documentos que compõem o Manual Organizacional do Instituto definem a separação de
responsabilidades e os objetivos associados aos mandatos dos agentes que participam do
processo de aplicação dos recursos, através de suas atribuições.

Neste contexto, a estrutura de governança relacionada à gestão dos investimentos tem como
função atribuir competências e responsabilidades entre os diferentes níveis organizacionais e
compreende os seguintes órgãos:

• Conselho Deliberativo
Órgão máximo da estrutura organizacional. Responsável por conciliar os propósitos
estratégicos, alinhados às expectativas dos participantes e patrocinadores. Delibera sobre a
Política de Investimentos, bem como sobre a Política de Gestão de Riscos e a Política de
Governança de Investimentos e Alçadas. Também estabelece diretrizes fundamentais e
normas de organização, operação e administração dos Planos de Benefícios e do Plano de
Gestão Administrativa. Deve ainda, no desempenho de suas funções, observar os princípios,
regras e práticas de governança, a gestão e os controles internos aplicáveis segundo o porte
da EFPC e dos planos, a complexidade e os riscos inerentes a estes, visando à segurança da
situação econômico-financeira e atuarial.

• Conselho Fiscal
Como parte integrante do sistema de governança corporativa, o Conselho Fiscal é o órgão
estatutário de controle interno, que tem como objetivo fiscalizar os atos da administração,
opinar, cabendo-lhe, principalmente, zelar pela gestão econômico-financeira do Infraprev,
observando sempre os princípios, regras e práticas de governança, gestão e controles
internos adequados ao porte, à complexidade e aos riscos inerentes aos planos
administrados. Responsável por monitorar e manifestar-se a respeito da conformidade da
execução da Política de Investimentos e das normas internas e externas aplicáveis,

• Diretoria Executiva
A Diretoria Executiva é o órgão de administração e gestão da Instituição. À Diretoria Executiva
cabe administrar, em conformidade com as diretrizes traçadas pelo Conselho Deliberativo,
executando e cumprindo todos os atos necessários para o funcionamento do Instituto e
consecução dos objetivos, observando sempre os princípios, regras e práticas de governança,

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gestão e controles internos adequados ao porte, à complexidade e aos riscos inerentes aos
planos administrados, visando à segurança da situação econômico-financeira e atuarial.

• Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado – AETQ


Principal responsável pela gestão, alocação, supervisão e acompanhamento dos recursos
garantidores dos planos, bem como pela prestação de informações relativas às aplicações
desses recursos.

• Comitê de Gestão dos Investimentos - CGI


De caráter deliberativo, o CGI é um órgão que tem por finalidade definir estratégias, apresentar
e apreciar análises específicas e acompanhar os investimentos dos Planos de Benefícios e
do Plano de Gestão Administrativa.

• Comitê de Gestão de Riscos - CGR


O Infraprev adota como padrão de governança no gerenciamento dos riscos a estrutura de
comitê, sendo um órgão que tem por finalidade assessorar os membros do CGI, da Diretoria
Executiva e dos Conselhos Fiscal e Deliberativo na análise e no monitoramento dos riscos,
sem caráter deliberativo.

4. POLÍTICA DE GOVERNANÇA DE INVESTIMENTOS E ALÇADAS


Em cumprimento ao disposto na Lei Complementar nº 108/2001 e ao Estatuto do Infraprev,
compete exclusivamente ao Conselho Deliberativo autorizar investimentos que envolvam
valores iguais ou superiores a 5% (cinco por cento) dos recursos garantidores. Cabe também
ao Conselho Deliberativo a deliberação das operações de alienação de imóveis. Nas demais
operações consoante determinação prevista na Resolução CMN nº 4.994/2022, as definições
das alçadas de decisão de cada instância constam na Política de Governança de
Investimentos Alçadas (ANEXO I), que também apresenta as etapas dos processos de gestão
e monitoramento de investimentos, abrangendo o fluxo inicial de entrada de um ativo na
carteira até o seu monitoramento.

5. DESIGNAÇÃO DO ADMINISTRADOR ESTATUTÁRIO TECNICAMENTE


QUALIFICADO
A função de Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado (AETQ) é designada a um
dos membros da Diretoria Executiva, atribuindo-lhe a incumbência de principal responsável
pela gestão, alocação, supervisão e acompanhamento dos recursos garantidores dos planos
e pela prestação de informações relativas à aplicação desses recursos, de acordo com a
Resolução CMN nº 4.994/2022 e complementares. No caso do Infraprev, essa função está
designada conforme abaixo:

NOME CARGO
Daniela dos Santos O. H. de Melo Diretora de Administração e Finanças

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6. DESIGNAÇÃO DO COMITÊ RESPONSÁVEL PELA GESTÃO DE RISCOS
O Infraprev instituiu o Comitê de Gestão de Riscos e o designou como responsável pela gestão
de riscos, conforme determinado pela Resolução CMN nº 4.994/2022. O referido Comitê
possui a seguinte composição:

MEMBROS DO COMITÊ DE GESTÃO DE RISCOS

DIRBE Diretor de Benefícios


GECRI Gerente de Compliance e Riscos
GEJUR Gerente Jurídico e de Relações Institucionais

7. META ATUARIAL
A Meta Atuarial é definida de acordo com o estudo de adequação das hipóteses, cujas
orientações e procedimentos são previstos na Resolução Previc nº 23, de 14 de agosto de
2023, especificamente sobre o que tange à aderência da premissa de taxa de juros. O referido
estudo técnico foi elaborado pela Aditus Consultoria Financeira e atestado pelo Atuário do
Plano de Benefícios, tendo sido aprovado pela Diretoria Executiva em 23/10/2024 e pelo
Conselho Deliberativo em 08/11/2024, o qual deliberou pela meta atuarial do Plano CV, sendo:

INPCt-1 + 5,06% ao ano


8. CENÁRIO ECONÔMICO
O contexto macroeconômico tem por objetivo projetar cenários a partir da conjuntura atual e
por intermédio de premissas e hipóteses condizentes com a realidade econômica. Com isso,
é possível prover às demais áreas da entidade análises que contribuam para a condução dos
processos de alocação e tomada de decisão de investimento.

A projeção dos indicadores econômicos é parte essencial na formulação do estudo de


macroalocação que define as diretrizes de investimentos, por conduzir a expectativa de
retorno dos recursos financeiros.

Para estabelecer as expectativas dos indicadores econômico-financeiros, o Infraprev contou


com o apoio da Aditus Consultoria Financeira, que possui expertise em análises de
investimentos e de risco. A prestação do serviço de consultoria proporciona ao Instituto a
robustez e independência na definição dos referidos indicadores, tendo como referência as
perspectivas político-econômicas tanto do cenário doméstico quanto externo.

Neste contexto, as premissas utilizadas e cenários considerados passam por análises técnicas
que conduzem às expectativas para os indicadores a serem considerados no estudo de ALM.

As premissas financeiras, destacadas no quadro abaixo, foram definidas com base nas
expectativas vislumbradas em agosto de 2024.

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*Para os anos posteriores, os benchmarks tornam-se constantes, utilizando os valores projetados no décimo ano para a perpetuidade.
Elaboração: Aditus Consultoria Financeira

As premissas macroeconômicas definidas são tratadas dentro do estudo de ALM. Na


modelagem são realizadas simulações estocásticas de 1.000 cenários considerando a
volatilidade histórica de cada um desses indicadores.

Essas simulações objetivam verificar a tendência de longo prazo das expectativas traçadas
observando os choques relacionados às incertezas do mercado.

9. RENTABILIDADE E BENCHMARK

9.1 Rentabilidade Auferida por Plano e Segmento de Aplicação:


A tabela a seguir apresenta a rentabilidade agregada do Plano e a segregada pelos segmentos
de aplicação, nos últimos 5 (cinco) exercícios:

*Rentabilidade auferida até outubro/2024.

9.2 Metas de Rentabilidade do Plano:


O objetivo maior da gestão dos investimentos do Plano CV será a Meta Atuarial em vigor
(variação do INPCt-1 + 5,06% a.a.).

9.3 Metas de Rentabilidade por Segmento de Aplicação:

As metas de rentabilidade são inputs para a realização do estudo de macroalocação dos


investimentos. O Infraprev define metas de rentabilidade para os mandatos estabelecidos,
tendo como base: (i) as projeções dos principais indicadores econômicos; (ii) as expectativas

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de retorno dos ativos já investidos; e (iii) a expectativa de retorno das ofertas observadas no
mercado dos ativos que compõem cada segmento de alocação.

Desta forma, o processo se inicia com as equipes de investimentos do Instituto realizando um


levantamento de projeção de retorno de cada ativo investido. O indicativo do retorno esperado
é o primeiro referencial para meta de rentabilidade por segmento.

A carteira de investimentos é dinâmica, com a necessidade de reavaliações de alocações,


bem como de realização de novos investimentos, diante do recurso disponível, seja pelas
novas contribuições dos participantes/patrocinadoras ou pelo vencimento dos ativos e suas
amortizações.

Diante disso, define-se através de mapeamento de mercado, a expectativa média de retorno


dos novos produtos disponíveis para investimento, compatível ao perfil de risco do Plano, bem
como ao seu passivo atuarial. Nessa etapa, o Infraprev realiza alinhamento de perspectivas
com a sua Consultoria de Risco, sendo uma definição conjunta das percepções de mercado.

Destaca-se que o principal objetivo é o atingimento da Meta Atuarial estipulada através do


estudo de Avaliação Atuarial. Nesse sentido, as metas de rentabilidade consideram as
expectativas de retorno alinhadas ao referencial da Meta Atuarial.

As metas de rentabilidade definidas por segmento são as seguintes:

META DE
SEGMENTO
RENTABILIDADE

Renda Fixa INPCt + 5,06% a.a.


Renda Variável IBOVESPA
Estruturado CDI +2%a.a.
Imobiliário2 IGP-M
Operações com Participantes INPCt + 5% a.a.
Investimentos no Exterior (RV) MSCI World
Investimentos no Exterior (RF/MM) Global Agg Bond

Nota-se que cada segmento de investimento é direcionado por uma meta específica, dado
que possuem características particulares e risco próprio associado.

10. MACROALOCAÇÃO E ADEQUAÇÃO AO PASSIVO ATUARIAL


O estabelecimento da diretriz de macroalocação dos investimentos do Plano CV foi baseado
nos estudos de ALM e Otimização de carteiras realizados com o apoio da Consultoria de Risco
Aditus através de seu modelo proprietário. Para a realização dos estudos, o Infraprev fez a
segregação gerencial dos investimentos da submassa Benefício Definido (BD) e da submassa
Contribuição Definida (CD). Cumpre destacar que a segregação das massas tem por
finalidade proporcionar uma gestão mais eficiente ao perfil de risco de cada grupo, sendo a
Parcela BD os assistidos e a Parcela CD os participantes ativos e assistidos que optaram pela
modalidade de renda certa. Dessa forma, para a parcela BD foi realizado o Estudo de Asset

2
Segmento Imobiliário: compreende os imóveis da carteira própria, Fundos Imobiliários e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).

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Liability Management - ALM (ANEXO II), já para a parcela CD foi utilizado o Estudo de
Otimização (ANEXO X).

O modelo de ALM da Aditus é parametrizado com o objetivo principal de obter uma carteira
ótima de ativos que maximize as possibilidades de liquidez adequada à carteira; do
cumprimento dos objetivos atuariais; e, da geração de resultados compatíveis em termos de
risco e retorno. Para isso, é considerado o perfil do passivo do plano e a distribuição temporal
deste fluxo de pagamentos.

A carteira indicada pelo modelo foi aquela que na média das simulações realizadas apresentou
os melhores índices de rentabilidade e solvência para a Parcela BD do Plano, sem
comprometimento do fluxo de caixa.

O Estudo de Otimização de Carteira tem como objetivo verificar a composição com melhor
relação de retorno ajustado ao risco. A otimização se dá através do estudo de Fronteira
Eficiente de Markowitz3, que simula diversas combinações de carteira dentro dos mandatos
selecionados, resultando em uma fronteira eficiente com carteiras otimizadas com diferentes
níveis de risco para se avaliar a carteira mais adequada na relação de risco e retorno. O Estudo
de Otimização utiliza como base as mesmas premissas de retorno e volatilidade do Cenário
Base do Estudo de ALM.

Desta forma, a combinação do Estudo de Otimização, referente à Parcela CD, com a carteira
resultante do Estudo de ALM da Parcela BD resultam na alocação ótima de investimentos
(“Alocação Objetivo”) deste Plano, considerando os retornos projetados, bem como as
relações de risco e retorno entre as diferentes classes de ativos e suas respectivas
correlações, parametrizado pela estrutura do fluxo do passivo do Plano. Para estabelecimento
da alocação objetivo, foi considerada a carteira de referência nº 2 do Estudo de Otimização
(ANEXO X). Para definição de limite superior do segmento de Renda Variável, foi utilizado o
percentual máximo indicado para esse segmento considerando todas as carteiras
apresentadas no estudo, enquanto que para o segmento de Exterior e Estruturados foi
indicado o limite legal. Contudo, deve-se observar que os limites superiores estabelecidos não
devem ser considerados e utilizados nessas classes de forma concomitante. Ao realizar
movimentos táticos deverão ser considerados os impactos das alocações nos demais
segmentos, conforme carteiras propostas no estudo.

A tabela a seguir apresenta a Alocação Objetivo para o Plano CV, bem como os limites de
alocação por segmento de aplicação:

ALOCAÇÃO LIMITES LIMITE ALOCAÇÃO LIMITE


SEGMENTO
OUT/24 REGULATÓRIOS INFERIOR OBJETIVO SUPERIOR

Renda Fixa 74,7% 100% 60% 71,9% 100%

Renda Variável 5,9% 70% 0% 7,0% 10%

Estruturado 9,7% 20% 0% 9,9% 15%

Imobiliário 2,9% 20% 0% 3,0% 5%

3
A Fronteira de Markowitz ou Teoria Moderna do portfólio estabelece que decisões relacionadas à seleção de investimentos devam ser tomadas com base
na relação risco-retorno, buscando da otimização da composição de uma carteira para um dado nível de risco atingir o maior retorno possível. O trabalho
pioneiro na área de otimização de portfólio foi à proposição do modelo media variância por Markowitz (1952).

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Operações com
1,6% 15% 0% 1,7% 3%
Participantes
Investimentos no Exterior 5,2% 10% 0% 6,5% 10%

A alocação objetivo estabelecida no quadro acima representa uma referência de longo prazo.
Entretanto, existe a flexibilidade para a realização de investimentos táticos, que são
posicionamentos de curto prazo, com o propósito de proteger a carteira ou de aproveitar
oportunidades de mercado, que poderão variar entre os limites inferiores e superiores das
faixas, devendo-se sempre consultar as carteiras geradas no estudo para estabelecer os
segmentos que servirão como fontes de recursos para o posicionamento tático.

Mensalmente são realizadas reuniões ordinárias do Comitê de Gestão de Investimentos em


que são avaliados os resultados dos investimentos e o alinhamento com a alocação objetivo
proposta. Por oportuno, nessa ocasião são debatidas diretrizes táticas a serem estudadas
pelas equipes técnicas, baseadas nos resultados do estudo de ALM e Otimização de Carteira,
de forma a propor alterações que se fizerem necessárias ao portfólio, dentro dos limites
inferiores e superiores, principalmente em observância aos movimentos de cenário no curto
prazo.

Em contrapartida, o Comitê de Gestão de Riscos também se reúne mensalmente, de forma


independente, para avaliar se as alocações de investimentos estão respeitando os limites
estabelecidos nos normativos e, quando necessário, realizando ponderações ao Comitê de
Gestão de Investimentos.

Outrossim, quando da propositura de novos investimentos, os processos, quando aplicável,


deverão ser apreciados pelos dois órgãos colegiados de assessoramento do Instituto, em
conformidade com as atribuições de cada órgão, estabelecidas em seus regimentos internos,
para garantir um processo sólido, e uma análise ampla e especializada antes da efetivação
de qualquer alocação a ser realizada, resultando em uma maior segurança, transparência e
confiabilidade do processo de tomada de decisão.

Desta forma, a gestão de investimentos do Infraprev é monitorada pelo Comitê de Gestão de


Riscos, garantindo a conformidade das alocações com os limites estabelecidos na Política de
Investimento aprovada pelo Conselho Deliberativo.

11. LIMITES DE ALOCAÇÃO E RESTRIÇÕES


As diretrizes dos investimentos, limites de alocação e vedações são definidos na Resolução
CMN nº 4.994/2022 e complementares. No entanto, em observância às características
específicas do Plano, como maturidade, necessidade de liquidez e perfil de risco, o Infraprev
pode adotar limites mais restritivos aos contemplados na legislação.

Cabe ressaltar que ainda que elegíveis, todos os novos investimentos a serem realizados são,
conforme os normativos internos, obrigatoriamente objeto de análise técnica e devem possuir
registro de deliberação favorável pela instância competente, em observância à Política de
Governança de Investimentos e Alçadas (ANEXO I) do Instituto.

A seguir, são apresentados os limites de alocação por modalidade, seguidos dos limites de
alocação por emissor e de concentração no ativo:

Política de Investimentos 2025/2029 – Plano de Contribuição Variável 9


11.1 Limites por modalidade
LIMITES
ART. INCISO ALÍNEA MODALIDADES DE INVESTIMENTO
LEGAL PI

- - Renda Fixa 100% 100%

a Títulos da dívida pública mobiliária federal interna 100%


I ETF renda fixa composto títulos da dívida pública mobiliária federal 100%
b 100%
interna
Ativos financeiros de renda fixa de emissão com obrigação ou
a 50%
coobrigação de instituições financeiras bancárias
II Ativos financeiros de renda fixa de emissão de sociedade por ações 80%
b 50%
de capital aberto, incluídas as companhias securitizadoras
c ETF Renda Fixa 80%
21 a Títulos das dívidas públicas mobiliárias estaduais e municipais 0%

b Obrigações de organismos multilaterais emitidas no País 0%


Ativos financeiros de renda fixa de emissão, com obrigação ou
c coobrigação, de instituições financeiras não bancárias e de 0%
III cooperativas de crédito, bancária ou não bancárias 20%
Debêntures emitidas por sociedade por ações de capital fechado
d 20%
nos termos do art. 2º da Lei nº 12.431, de 24 de junho de 2011
e FIDC e FICFIDC, CCB e CCCB 20%

f CPR, CDCA, CRA e WA 20%

- - Renda Variável 70% 10%


Segmento Especial de Listagem: Ações, bônus, recibos,
certificados de depósito + ETF de sociedade de capital aberto
I - 70% 10%
admitidas à negociação em segmento especial que assegure
práticas diferenciadas de governança.
22 Segmento não Especial: Ações, bônus, recibos, certificados de
II - 50% 10%
depósito + ETF de sociedade de capital aberto

Brazilian Depositary Receipts – BDR classificados como nível II e


III - 10% 10%
III.
Certificados representativos de ouro físico no padrão negociado em
IV - 3% 3%
bolsa de mercadorias e de futuros.
- - Estruturado 20% 15%

I a FIP (cotas de fundos de investimento em participações) 15% 15%

FIM (cotas de fundos de investimento classificados como


23 I b multimercado) e FICFIM (cotas de fundos de investimento em cotas 15% 15%
de fundos de investimento classificados como multimercado)

FAMA (cotas de fundos de investimento classificados como “Ações


I c 15% 15%
– Mercado de Acesso”)
II - COE (Certificados de Operações Estruturadas) 10% 15%

24 - - Imobiliário 20% 5%

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FII (cotas de fundos de investimento imobiliário (FII) e FICFII (cotas
I - de fundos de investimento em cotas de fundos de investimento 5%
imobiliário))

II - CRI (certificados de recebíveis imobiliários) 20% 5%

III - CCI (cédulas de crédito imobiliário) 5%

- - Estoque imobiliários -

- - Operações com Participantes 15% 3%


Empréstimos pessoais concedidos com recursos do plano de
25 I - 3%
benefícios aos seus participantes e assistidos
15%
Financiamentos imobiliários concedidos com recursos do plano de
II - 0%
benefícios aos seus participantes e assistidos

- - Exterior 10% 10%

I - FI e FICFI classificados como “Renda Fixa – Dívida Externa” 10%

II - ETF índice do exterior negociado em bolsa de valores do Brasil 10%

III - FI e FICFI com o sufixo “Investimento no Exterior” – 67% 10%


26
IV - FI e FICFI com o sufixo “Investimento no Exterior” 10% 10%

Brazilian Depositary Receipts – BDR classificados como nível I e FIA - BDR


V - 10%
nível I (cotas dos fundos da classe “Ações – BDR Nível I”)

Outros ativos financeiros no exterior pertencentes às carteiras dos fundos


VI - 10%
constituídos no Brasil, que não estejam previstos nos incisos anteriores.

11.2 Limites de Alocação por emissor


LIMITES
ART. INCISO ALÍNEA LIMITES DE ALOCAÇÃO POR EMISSOR
LEGAL PI

I - Tesouro Nacional 100% 100%

27 II - Instituição financeira bancária autorizada a funcionar pelo Bacen 20% 20%

III - Demais Emissores 10% 10%

11.3 Concentração por emissor


LIMITES
ART. INCISO ALÍNEA LIMITES DE CONCENTRAÇÃO POR EMISSOR
LEGAL EFPC
Capital total e do capital votante, incluindo os bônus de subscrição
I - e os recibos de subscrição, de uma mesma sociedade por ações de 25% 25%
capital aberto admitida ou não à negociação em bolsa de valores
Instituição financeira (bancária, não bancárias e cooperativas de
II a 25% 25%
28 crédito autorizada pelo BACEN)
b FIDC e FIC-FIDC* 25% 25%
ETF, negociado em bolsa, referenciado em índices de Renda Fixa
c 25% 25%
ou Renda Variável

Política de Investimentos 2025/2029 – Plano de Contribuição Variável 11


FI classificado no segmento estruturado, FICFI classificado no
d 25% 25%
segmento estruturado*, FIP5
e FII e FIC-FII* 25% 25%
FI constituídos no Brasil de que tratam os incisos II, IV e VI do art.
II4
26 e
f 25% 25%
FIC-FI constituídos no Brasil de que tratam os incisos II, IV e VI do
art. 26*
g Demais emissores, ressalvado o disposto nos incisos III e IV 25% 25%
Patrimônio separado constituído nas emissões de certificado de
III - 25% 25%
recebíveis com a adoção de regime fiduciário6
Fundo de investimento constituído no exterior de que trata o inciso
a 15% 15%
III do art. 26
IV
b Do emissor listado na alínea “d” do inciso III do art. 21 15% 15%
De uma mesma classe ou série de títulos ou valores mobiliários de
- §1º 25% 25%
renda fixa.

Importante observar que os limites atribuídos nas tabelas 11.1 e 11.3 para os instrumentos
FIDC, CCB e CCCB são para comportar as alocações neste ativo já existentes no plano e/ou
para comportar eventual alocação dos fundos não exclusivos nos quais o Instituto tem seus
recursos investidos, onde cabe a discricionariedade do gestor. Dessa forma, este limite visa
apenas atender a questão de enquadramento não contemplando novos investimentos do
Instituto diretamente nesse tipo de ativos.

12. OPERAÇÕES COM PATROCINADORAS:


O Infraprev não vislumbra realizar operações com ativos financeiros de suas Patrocinadoras
ou Instituidoras, quais sejam:

Patrocinadora CNPJ
Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária - Infraero (patrocinador-fundador) 00.352.294/0001-10
NAV Brasil Serviços de Navegação Aérea S.A. 42.736.102/0001-10
Aeroportos Brasil Viracopos S/A 14.522.178/0001-07
Concessionaria do Aeroporto Internacional de Guarulhos S/A 15.578.569/0001-06
Inframérica Concessionária do Aeroporto Internacional de Brasília S/A 15.559.082/0001-86
Instituto Infraero de Seguridade Social – Infraprev 27.644.368/0001-49
Concessionária do Aeroporto Internacional de Confins S/A 19.674.909/0001-53
Concessionária do Aeroporto do Rio de Janeiro S/A 19.726.111/0001-08
Concessionária do Aeroporto de Salvador S.A. 27.950.582/0001-23

Instituidora CNPJ
Associação Nacional dos Empregados da Infraero – ANEl 10.554.578/0001-43
Sindicato Nacional dos Aeroviários - SINA 33.814.401/0001-34
Associação Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Infraero – ANAPI 33.286.613/0001-96

Associação Brasileira de Pilotos de Aeronaves Leves - ABUL 28.672.673/0001-07


Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar - 50.258.623/0001-37
ABRAPP

4 Em relação ao limite estabelecido nas alíneas “b”, “d”, “e” e “f” do inciso II, não se aplica o limite de 25% nos FIC-FI se as suas aplicações observarem
os limites do art. 28.
5 Não se aplica o limite de 25% nos FIP que invistam pelo menos 90% do PL em cotas de outros FIP, desde que suas aplicações observem os limites do

art. 28.
6 Emissões de certificados de recebíveis com a adoção de regime fiduciário, considera-se como emissor cada patrimônio separado constituído com a

adoção do referido regime.

Política de Investimentos 2025/2029 – Plano de Contribuição Variável 12


13. RESTRIÇÕES
É vedado ao Plano a aquisição em carteira própria ou através de fundos de investimentos
exclusivos de:

1. Títulos das dívidas públicas mobiliárias estaduais e municipais;


2. Novas CCBs e CCCBs (exceto reestruturação ou repactuação de ativos já existentes
na carteira);
3. CCI (cédulas de crédito imobiliário);
4. Fundos de Investimentos em Participações; e
5. Fundos de Direitos Creditórios.

14. OPERAÇÕES COM DERIVATIVOS


As operações com derivativos são permitidas, respeitando os limites e restrições
estabelecidas na Resolução CMN nº 4994/2022. Essas operações, quando ocorrerem, podem
ser realizadas nos fundos de investimentos ou na carteira própria, com o objetivo de proteção
(hedge) ou aposta direcional, buscando reduzir os riscos dos investimentos ou aumentar a
eficiência da gestão dos ativos.

A EFPC poderá realizar operações de derivativos, desde que tais operações observem,
cumulativamente, os seguintes critérios:

1. Observância dos quesitos legais relacionados à depósito de margem e a gasto com


prêmio de opções;
2. Análise prévia de cenários, riscos e impactos na carteira, considerando-se a posição
isoladamente e em conjunto com ativos da carteira; e
3. Não será permitida alavancagem.

15. APREÇAMENTO DOS ATIVOS FINANCEIROS


Os títulos e valores mobiliários integrantes dos fundos de investimentos, exclusivos ou não,
nos quais o Instituto aplica recursos, devem ser marcados à valor de mercado, de acordo com
os critérios estabelecidos pela CVM e pela ANBIMA.

Entretanto, os títulos e valores mobiliários nos quais o Instituto aplica recursos diretamente
através da carteira própria podem ser marcados a valor de mercado, de acordo com os
critérios da CVM e ANBIMA, ou contabilizados como títulos mantidos até o vencimento,
corrigidos pela taxa de compra do papel, método usualmente chamado de “marcação na
curva”, prevista pela Resolução CNPC nº 43 de 06 de agosto de 2021 e Resolução Previc nº
23 de 14 de agosto de 2023.

O Instituto adota como prática apenas contabilizar na curva Títulos Públicos Federais
objetivando a imunização do passivo, ou seja, a determinação do volume financeiro que
observa esse critério contábil é definida pelo estudo de ALM, respeitando a necessidade de
liquidez do Plano.

Política de Investimentos 2025/2029 – Plano de Contribuição Variável 13


Os demais ativos investidos são contabilizados à valor de mercado, sendo o Custodiante
responsável por realizar o devido apreçamento, conforme os critérios previamente
estabelecidos em seu manual de precificação, seguindo as normas de mercado.

Contudo, o Infraprev em seu dever de diligência, realiza, através da Gerência de


Controladoria, a conferência diária das precificações das carteiras, conforme disponibilizadas
pelo Custodiante. Atualmente, o Custodiante do Infraprev é o Banco Bradesco.

Todas as negociações realizadas pelo Instituto devem ser operacionalizadas através de


plataformas eletrônicas e em bolsas de valores, mercadorias e futuros, primando pela
segurança e transparência, observando as métricas de preços.

16. GESTÃO DE RISCOS


Em linha com o que estabelece a Resolução CMN nº 4.994/2022 e a Resolução PREVIC
Nº23/2023, este tópico aborda quais serão os critérios, parâmetros e limites para a gestão de
riscos dos investimentos no Infraprev.

O objetivo deste capítulo é demonstrar a análise dos principais riscos, destacando a


importância de se estabelecer regras que permitam identificar, avaliar, mensurar, controlar e
monitorar os riscos aos quais os recursos do plano estão expostos, dentre eles os de mercado,
de crédito, de liquidez, operacional, legal e sistêmico.

Conforme orienta o “Código de Autorregulação em Governança de Investimentos” da Abrapp,


o Instituto utiliza como diretriz para avaliação e monitoramento dos riscos, os critérios
estabelecidos nas Políticas de Riscos internas: Política de Governança de Investimentos e
Alçadas (ANEXO I); Política de Riscos Financeiros (ANEXO V);Política de Controles Internos
(ANEXO VI) e Política de Riscos Corporativos (ANEXO VII observando os princípios de
segurança, rentabilidade, solvência, liquidez, adequados à natureza de suas obrigações.

16.1 Risco de Mercado


Risco de mercado é caracterizado por oscilações nos preços dos ativos devido à volatilidade
de fatores de riscos, como taxa de juros, câmbio, índice de preços entre outros, ou seja, é
relacionado com o impacto no preço dos ativos afetado pelas incertezas provenientes das
oscilações inesperadas em variáveis econômicas e financeiras.

O acompanhamento do risco de mercado é realizado através das metodologias Value-at-Risk


(VaR) e de testes de stress.

Para tal, o Infraprev segue como metodologia de cálculo o modelo paramétrico observando as
seguintes condições:

1. Distribuição: Normal
2. Parametrização: EWMA - Exponentially Weighted Moving Average
3. Fator de decaimento (  ): 0,94
4. Nível de Confiança: 95%
5. Horizonte: 21 dias úteis

Política de Investimentos 2025/2029 – Plano de Contribuição Variável 14


Contudo, em cenários de turbulência de mercado, as volatilidades tendem a ficar elevadas,
distorcendo o padrão histórico de comportamento dos retornos. Diante desses cenários
adversos, para maior eficiência da gestão de riscos, é proposta a utilização de uma
modelagem mista, que ceteris paribus, observa a parametrização EWMA e, em momentos de
grande volatilidade de mercado, poderão ser adotadas outras formas conjugadas de controle
e monitoramento de risco de mercado do portfólio, a depender do cenário apresentado.

Adicionalmente, são definidos valores percentuais, que servem de referência para o


monitoramento do risco de mercado em cada mandato específico. Tais valores percentuais
estipulam, com base em um cenário presente avaliado, o risco que se está disposto a assumir
em determinado mandato e não têm caráter mandatório, apenas indicativo. Isso quer dizer
que esses percentuais tratam de valores desejáveis, aconselháveis, sobretudo por serem de
difícil mensuração, diante da natureza incerta do mercado. Contudo, a extrapolação desses
valores pode indicar mudança das tendências de mercado, havendo, assim, a necessidade
de um estudo de caso para a alteração desses parâmetros, objetivando torná-los mais
aderentes e condizentes com cenários que se apresentem. Em caso de extrapolação, deverá
ser avaliada a redução ou não da posição conforme condição de mercado, enquanto se realiza
o estudo de caso.

Tais valores de referência foram estimados de maneira aderente ao cenário atual e


disponibilizados a seguir:

MANDATO VaR Percentuais de Referência de Risco

Renda Fixa VaR 3,00%


Renda Fixa Crédito CDI VaR 4,00%
Renda Fixa Crédito IPCA VaR 6,00%
Multimercado Institucional VaR 5,00%
Renda Variável VaR 28,00%
Multimercado Estruturado VaR 15,00%
Investimento no Exterior/Renda Variável VaR 20,00%
Investimento no Exterior/RF e Multimercado – Com hedge VaR 10,00%
Investimento no Exterior/RF e Multimercado – Sem hedge VaR 10,00%

Em atenção aos mandatos definidos e carteira ótima projetada, foi definido o estabelecimento
do VaR do Plano, a respeitar o seguinte parâmetro de referência:

VaR consolidado – PLANO

Percentual de Referência de Risco 3,00%

Nota-se que embora as projeções considerem as variações históricas dos indicadores, os


cenários de stress não precisam apresentar relação com o passado, uma vez que buscam
simular futuras variações adversas.

Sem prejuízo de outras simulações de valor futuro com cenários diversos, o controle de análise
de stress será feito com base nos seguintes parâmetros:

1. Cenário: B3
2. Periodicidade: mensal

Política de Investimentos 2025/2029 – Plano de Contribuição Variável 15


O modelo adotado para as análises de stress é realizado por meio do cálculo do valor a
mercado da carteira, considerando o cenário atípico de mercado e a estimativa de perda que
ele pode gerar.

Apesar de o cenário de stress poder ser aplicado a cada segmento individualmente, a Entidade
acompanha os valores referentes à carteira total de investimentos e complementará as
análises de valor em risco com a análise de stress.

A Entidade considera valores de perda de até 8% normais para essa análise. O percentual
definido não configura limite restrito, podendo novas análises serem feitas quando houver
extrapolação desse referencial.

16.1.1. Monitoramento e Providências


Os mandatos do plano, bem como o limite de risco de mercado atribuído ao próprio plano, são
monitorados de acordo com os controles e percentuais de referência de risco aqui
estabelecidos, cabendo observar que eventuais extrapolações desses balizadores devem:

1. Ser analisadas em relação ao contexto de mercado à época das extrapolações;


2. Ser analisadas em relação à postura do gestor, especialmente no que tange ao fato
gerador de tal extrapolação: se posicionamento ativo por parte do gestor ou se situação
atípica de mercado;
3. Ser avaliados em contexto mais amplo, considerando-se a carteira total de
investimentos, e potenciais impactos nessa carteira.

Nesse sentido, o tratamento dado a cada eventual extrapolação dos percentuais de referência
de risco depende das análises mencionadas acima, assim como as providências a serem
tomadas, que serão determinadas pelo Comitê de Gestão de Investimentos após ser
notificado pela equipe de risco quanto à extrapolação identificada, sendo certo que não existe
obrigatoriedade, a priori, de zeragem e/ou redução de exposição e nem mesmo de interrupção
das operações.

16.2. Risco de Crédito


O risco de crédito se caracteriza pela probabilidade de descumprimento das obrigações por
parte da contraparte tomadora de recursos. O limite do risco de crédito será traçado
considerando a nota de risco atribuída por agências internacionais, sem prejuízo às análises
realizadas em relação à estrutura dos ativos.

Para novos ativos de crédito da carteira própria apenas serão elegíveis aqueles que
apresentarem rating elaborado por, no mínimo, 01 (uma) agência internacional classificadora
de risco, devidamente autorizada a operar no Brasil e se o rating, de longo prazo, em escala
nacional, for igual ou inferior a faixa 4 (Ser Grau: Investimento) apresentada na tabela abaixo:

Política de Investimentos 2025/2029 – Plano de Contribuição Variável 16


TABELA DE RATINGS
Fitch S&P Moody's Faixa Grau
AAA (bra) brAAA Aaa.br 1
AA+ (bra) brAA+ Aa1.br
AA (bra) brAA Aa2.br 2
AA- (bra) brAA- Aa3.br
A+ (bra) brA+ A1.br
Investimento
A (bra) brA A2.br 3
A- (bra) brA- A3.br
BBB+ (bra) brBBB+ Baa1.br
BBB (bra) brBBB Baa2.br 4
BBB- (bra) brBBB- Baa3.br
BB+ (bra) brBB+ Ba1.br
BB (bra) brBB Ba2.br 5
BB- (bra) brBB- Ba3.br
B+ (bra) brB+ B1.br
B (bra) brB B2.br 6
B- (bra) brB- B3.br
CCC(bra) brCCC+ Caa1.br
brCCC Caa2.br
Especulativo
brCCC- Caa3.br 7
CC(bra) brCC Ca.br
C(bra) brC C.br
DDD(bra) R
DD(bra) SD
8
D(bra) D
RD
SEM RATING 9

Cabe observar que:

1. Títulos emitidos por Instituições Financeiras serão analisados pelo rating do emissor.
Nos demais casos serão considerados o rating da emissão;
2. Os investimentos são divididos em 9 faixas classificadas como grau de investimento ou
grau especulativo, como indicado na tabela acima;
3. Caso mais de uma agência elegível vier a classificar o mesmo papel, será considerado,
para fins de enquadramento, o rating que estabelece a maior probabilidade de default;
isto é, o de menor nota;
4. O enquadramento dos títulos será feito com base no rating vigente na data da
verificação da aderência das aplicações à Política de Investimentos; e
5. No caso específico de Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE), esses títulos
são considerados na categoria grau de investimento, desde que o investimento observe
o limite da garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Para tanto, o fluxo dos
DPGE’s com as taxas acordadas deve observar o limite de exposição coberto pelo
FGC.

Além dos critérios de rating, novas alocações em ativos de crédito emitidos por Instituições
Financeiras só serão permitidas se estiverem enquadradas nos limites financeiros por emissor
estabelecidos em relatório interno produzido pela Gerência de Riscos. O referido relatório tem
seus critérios e diretrizes de elaboração normatizados na Política de Riscos Financeiros
(ANEXO V).

Política de Investimentos 2025/2029 – Plano de Contribuição Variável 17


Adicionalmente, em termos de monitoramento, é observada exposição a crédito privado no
portfólio de investimentos, assim como considerada a categoria de risco dos papéis (grau
especulativo – nos termos adotados pelo Infraprev), conforme a tabela abaixo:

CATEGORIA DE RISCO LIMITE MÁXIMO


Crédito Privado Total (Grau de Investimento + Grau Especulativo) 50%
Grau Especulativo 12%

O limite para títulos classificados na categoria Grau Especulativo visa comportar eventuais
rebaixamentos de ratings de papéis já integrantes da carteira de investimentos, papéis que já
se enquadram nesta categoria e eventuais ativos presentes em fundos de investimentos
condominiais (mandato discricionário) que são considerados na consolidação da alocação
para efeito de enquadramento aos limites legais. É vedada a aquisição de investimentos
realizados através da carteira própria em ativos considerados como grau especulativo.

O procedimento de monitoramento do risco de crédito é normatizado e pode ser verificado na


Política de Riscos Financeiros (ANEXO V).

16.3. Risco de Liquidez e Solvência


O limite de índice de liquidez visa mitigar o risco de eventual escassez de recursos para fazer
frente ao pagamento de obrigações do Plano de Benefícios. Adicionalmente aos limites
estabelecidos, o Infraprev monitora o risco de liquidez e de solvência associado ao
descasamento entre os fluxos dos ativos e do passivo, através dos resultados provenientes
dos estudos de ALM.

O Infraprev estabelece percentuais mínimos de liquidez dos investimentos em determinados


horizontes de tempo (no mês e no ano), ou seja, o Instituto deverá manter investimentos que
o permita transformá-los em recursos com liquidez imediata (caixa) em percentuais acima dos
limites citados abaixo:

HORIZONTE PERCENTUAL MÍNIMO DO PLANO


21 dias úteis 8%
252 dias úteis 20%

Importante salientar que a metodologia empregada de forma conservadora considera que os


ativos “marcados na curva” não possuem liquidez imediata.

Além do horizonte de liquidez, também são observadas de forma gerencial as velocidades de


venda dos ativos do plano. Sendo segmentado em 05 (cinco), janelas distintas, que são elas:

1. Até 1 dia;
2. De 1 a 21 dias;
3. De 22 a 180 dias;
4. De 181 a 365 dias; e
5. Liquidez Restrita / Liquidez Não disponível / Baixa Liquidez.

Os mandatos do plano serão monitorados de acordo com os controles e percentuais de


referência de risco aqui estabelecidos, cabendo observar que eventuais extrapolações desses
números devem:

Política de Investimentos 2025/2029 – Plano de Contribuição Variável 18


1. Ser analisadas em relação ao contexto de mercado à época das extrapolações;
2. Ser analisadas em relação à postura do gestor, especialmente no que tange ao fato
gerador de tal extrapolação: se posicionamento ativo por parte do gestor ou se situação
atípica de mercado; e
3. Ser avaliados em contexto mais amplo, considerando-se a carteira total de
investimentos, e potenciais impactos nessa carteira.
Nesse sentido, o tratamento dado a cada eventual extrapolação dos percentuais de referência
de risco depende das análises mencionadas acima, assim como as providências a serem
tomadas que serão determinadas pelo Comitê de Gestão de Investimentos após ser notificado
pela equipe de risco quanto a extrapolação identificada.

O procedimento de monitoramento de liquidez é normatizado e pode ser verificado na Política


de Riscos Financeiros (ANEXO V).

16.4. Risco Operacional


O Risco Operacional corresponde ao risco de perda resultante de processos internos
inadequados ou falhos, de pessoas e sistemas e eventos externos. Portanto, está associado
às perdas inesperadas resultantes dos quatro principais tipos de fatores de risco: (i) falhas
humanas; (ii) falhas nos sistemas de informação; (iii) procedimentos e controles inadequados;
(iv) eventos externos.

Entre os procedimentos de controle podem ser destacados:

1. A definição de rotinas de acompanhamento e análise dos relatórios de monitoramento


dos riscos;
2. O estabelecimento de procedimentos formais para tomada de decisão de
investimentos; e
3. Identificação de risco operacional externo existente nas propostas a serem analisadas
bem como nas operações financeiras já adquiridas pelo Instituto.

Nos processos de seleção de fundos de investimentos, em especial, são avaliados critérios


de risco operacional nas diligências presenciais.

Identificada a necessidade de melhoria em qualquer dos fatores de risco mencionados acima,


o assunto, no que couber, será avaliado pelo Comitê de Gestão de Investimentos e/ou Comitê
de Gestão de Riscos, que indicarão as ações de correção necessárias para alçada
competente.
16.5. Risco Legal
O risco legal está relacionado às perdas financeiras decorrentes de autuações de processos
judiciais ou administrativos relacionados à não execução de contratos, possíveis
questionamentos jurídicos e do não cumprimento dos dispositivos legais. O controle dos riscos
dessa natureza, que incidem sobre atividades e investimentos que envolvam a elaboração de
contratos específicos, será feito por meio:

1. Da verificação interna das cláusulas dos contratos com terceiros, incluindo


regulamentos;
2. Da avaliação do investimento e de suas eventuais garantias, realizado internamente
e/ou por escritórios externos contratados; e

Política de Investimentos 2025/2029 – Plano de Contribuição Variável 19


3. Do acompanhamento do enquadramento dos investimentos em relação à política de
investimentos e legislação em vigor.

Pareceres da área jurídica serão encaminhados para o Comitê de Gestão de Investimentos


e/ou Comitê de Gestão de Riscos, que indicarão as providências a serem seguidas.

16.6. Risco Sistêmico


O risco sistêmico contempla o conjunto de condições internas e externas que podem levar ao
colapso ou contágio, culminando em dificuldade de pagamentos e cumprimento de obrigações
que sustentam a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro dos planos.

É importante que este seja considerado em cenários, premissas e hipóteses para análise e
desenvolvimento de mecanismos de antecipação de ações aos eventos de risco, e em caso
de impossibilidade em antever, para estabelecer procedimentos a serem adotados de forma
imediata a sua ocorrência.

Para o monitoramento do risco sistêmico é elaborado o teste de stress da carteira consolidada


conforme parâmetros supracitados.

Como forma de mitigação desse risco, reduzindo a suscetibilidade dos investimentos ao


cenário externo bem como suavizando a intensidade de seus efeitos, a alocação dos recursos
deve primar pela diversificação de setores e emissores, bem como a de gestores externos e
de prestadores de serviço, sempre que possível.

16.7. Risco de Imagem/Reputacional


O risco reputacional está associado à percepção de impacto ao Instituto quanto a
repercussões negativas na imagem dos diversos grupos de interesse com os quais este se
relaciona, podendo ter um resultado adverso sobre os investimentos e expectativas dos
negócios.

Quando de novos investimentos, contratações, negociação com terceiros (locação/venda de


imóveis) e prestadores de serviços de investimentos, as informações relativas aos processos
são encaminhadas para a área de Compliance e Risco para avaliação do risco reputacional
dos agentes envolvidos, bem como a possibilidade de eventuais conflitos de interesses que
possam afetar a reputação do Instituto. A análise é realizada tanto de forma preventiva quanto
por meio de monitoramento das partes relacionadas com o Instituto e, para casos predefinidos
conforme regido na Política de Riscos Corporativos (ANEXO VII).

16.8. Risco Atuarial


O Risco Atuarial em um Plano de Benefícios pode ser entendido por qualquer evento que
possa trazer variação nas Provisões Matemáticas e, consequentemente, no Resultado do
Plano. Como exemplo, podemos citar o risco de descasamento das hipóteses atuariais e
valores de ocorrência observados, ou a inconsistência da base de dados.
O Infraprev, tem constantemente buscado desenvolver mecanismos para monitorar e controlar
o risco atuarial dos planos. Uma medida importante é a realização do Estudo de Adequação
das Hipóteses, conduzido por consultoria atuarial contratada. Apesar de a legislação permitir

Política de Investimentos 2025/2029 – Plano de Contribuição Variável 20


que o estudo tenha validade de três anos, o Infraprev, quando necessário, realiza o estudo
em períodos menores.

Além disso, a Gerência de Atuária realiza um acompanhamento interno das principais


hipóteses atuariais, de forma independente da consultoria contratada, para assegurar a
aderência ao longo do tempo. Outros processos também estão integrados ao fluxo de trabalho
ajudando a mitigar os riscos atuariais, como a revisão frequente dos regulamentos dos planos
e análises de consistência dos dados.

Em 2024, o Infraprev contratou uma nova consultoria que, além de prestar serviços de
assessoramento atuarial, disponibiliza um sistema para simulações de impacto e análises
internas, facilitando a visualização dos impactos.

17. CONFLITO DE INTERESSES


Segundo a Resolução CMN nº 4.994/2022, configuram-se como conflitos de interesses, as
situações que não estejam alinhadas aos objetivos e ao dever fiduciário das Entidades de
Previdência Complementar, independentemente se essas ações visam obtenção de vantagem
para si ou para outrem.

O Infraprev busca identificar e mitigar as possíveis situações que possam vir a configurar
eventual conflito de interesses envolvendo os agentes que participam do processo decisório
e os prestadores de serviços.

A fim de mitigar eventuais conflitos e riscos envolvidos nos processos de tomada de decisão,
e garantir uma maior transparência, o Instituto implementou práticas líderes de governança
corporativa e utiliza a segregação das atividades de riscos e de investimentos, além de possuir
um Canal de Denúncias para recebimento de relatos de irregularidades e um Comitê de Ética
independente, responsável pelo acompanhamento e definição de práticas de aprimoramento
no que tange a mitigação de conflitos do Instituto.

Adicionalmente, cabe evidenciar que o Código de Conduta e Ética possui capítulo específico
que aborda o tema em questão; sendo o referido documento disponível de maneira pública no
website do Instituto; para conhecimento dos padrões éticos de conduta, atitudes e
compromissos, bem como, zelar pela primazia das relações internas e externas, consolidando
a reputação da Entidade na condução dos seus negócios e processos.

Por oportuno, o Instituto destaca que possui uma metodologia específica voltada para uma
melhor análise e tomada de decisão. Dessa maneira, é realizada a verificação de conteúdo
de fontes públicas, incluindo jornais de circulação nacional e internacional, bem como
utilização de relatórios de consultorias, sistemas terceirizados de Background check e
mineração de dados. Tais ferramentas visam auxiliar no processo de controle e prevenção
dos riscos envolvidos.

18. DEVER DE FIDÚCIA E LEALDADE


A pessoa, física ou jurídica, que participe de algum modo dos processos de seleção, avaliação
ou monitoramento de investimentos ou riscos, em qualquer de suas etapas,
independentemente de cargo, mesmo que não possua qualquer poder deliberativo, atuando
direta ou indiretamente no processo, deve:

Política de Investimentos 2025/2029 – Plano de Contribuição Variável 21


1. Observar atentamente a segregação de funções;
2. Comunicar de imediato seus superiores quando da ciência de fatos que possam
resultar em potencial conflito de interesses;
3. Não participar do processo de análise ou decisório de matérias que possam
afetar de alguma forma a independência ou gerar decisões parciais; e
4. Não participar do processo de investimentos e riscos quando houver potencial
conflito de interesses e que possam de alguma forma – direta ou indiretamente
- beneficiá-lo.

De forma não exaustiva, são exemplos de situações que possam gerar potenciais conflitos de
interesses:

1. Relacionamento próximo com pessoas físicas ou jurídicas que pertençam à posição


chave na empresa investida, distribuidora, assessora, gestora, administradora,
custodiante ou corretora - que possam ser beneficiadas – direta ou indiretamente – com
a decisão;
2. Relacionamento próximo com pessoas físicas ou jurídicas que possam ter interesse em
informações confidenciais do Infraprev; e
3. Ter sido empregado, contratado ou ter exercido posições chaves na empresa investida,
distribuidora, assessoria, gestora, administradora, custodiante ou corretora. Como
prazo mínimo a ser respeitado para participação do processo estabelece-se a
quarentena de 24 meses.

Ao identificar a potencial relação de conflito de interesses, em caso de dúvida, deverá ser


encaminhada a situação para avaliação prévia do Comitê de Ética e Conduta.

19. RELACIONAMENTO COM PRESTADORES DE SERVIÇOS E GESTÃO DE FUNDOS


DE INVESTIMENTOS
Para realizar a seleção, o acompanhamento e a avaliação de Fundos de Investimentos
Mobiliários e de Agente Custodiante, são estabelecidos os critérios específicos (quantitativos
e qualitativos), a metodologia aplicada, bem como as etapas envolvidas no Manual de
Investimentos Mobiliários (ANEXO III) e no Manual de Monitoramento e Desinvestimentos de
FIPs (ANEXO IV).

Adicionalmente aos critérios estabelecidos na Resolução Previc nº 23, de 14 de agosto de


2023, os gestores de recursos deverão ser preferencialmente associados à ANBIMA,
observando os princípios e regras do Código de Regulação e Melhores Práticas.

20. PRINCÍPIOS DE RESPONSABILIDADE AMBIENTAL, SOCIAL E DE GOVERNANÇA


A adoção dos princípios socioambientais e de governança relacionada à incorporação dos
fatores ESG (“Enviromental, Social and Governance”), ou Ambientais, Sociais e de
Governança, às análises de investimentos e processos de tomada de decisão está associada
à criação de valor e de mitigação de riscos no longo prazo e à criação de um sistema financeiro
global economicamente eficiente e sustentável.

Como signatário do PRI – Princípios para Investimentos Responsáveis (Principles for


Responsible Investments), a Entidade se compromete a pautar seu entendimento sobre a

Política de Investimentos 2025/2029 – Plano de Contribuição Variável 22


responsabilidade ambiental, social e de governança, observando prioritariamente os
elementos e critérios estabelecidos na Política de Riscos Corporativos (ANEXO VII), segundo
a qual as análises são convertidas em um rating interno focado nestes princípios, integrando,
desta forma, os fatores ESG às decisões de investimentos.

Além disso, também estão inseridos nos processos de seleção, acompanhamento e avaliação
de Fundos de Investimentos Mobiliários, conforme Manual de Investimentos (ANEXO III),
ações de análise e monitoramento dos gestores quanto à aplicação desses critérios no seu
processo decisório, com a inclusão de um capítulo específico no questionário de avaliação,
além da implementação de iniciativas que visam o engajamento dos gestores na busca pela
aplicação de ações e alternativas quanto ao tema em seus processos decisórios de
investimento.

Com o compromisso contínuo com as melhores práticas de governança e transparência, o


Instituto conquistou o Selo de Autorregulação em Governança Corporativa e está em
processo de renovação do Selo de Autorregulação em Governança de Investimentos.
Outrossim, o Infraprev aderiu no ano de 2024 ao Instituto Ethos e ao Pacto Global da ONU,
alinhando suas práticas aos princípios de ética, direitos humanos, sustentabilidade e combate
à corrupção. Essas ações evidenciam o compromisso com a gestão responsável dos recursos
e o fortalecimento das práticas institucionais.

21. PROCEDIMENTOS E CONTROLES INTERNOS


Para garantir a observância dos limites e requisitos da Resolução CMN nº 4.994/2022, o
Infraprev utiliza os relatórios de enquadramento dos investimentos, relatórios de risco e
monitoramento, elaborados por consultoria externa, cujo acompanhamento é realizado
internamente pela área de Compliance e Risco e reportado mensalmente ao Comitê de Gestão
de Investimentos e Comitê de Gestão de Riscos para os devidos registros e ações, caso
necessário. Caso haja algum fato relevante que demande uma ação, o mesmo será informado
às instâncias competentes, após a identificação junto às áreas responsáveis, podendo ser
convocadas reuniões extraordinárias para tratar do tema.

ANEXOS
ANEXO I
POLÍTICA DE GOVERNANÇA DE INVESTIMENTOS E ALÇADAS

ANEXO II
ESTUDO DE ASSET LIABILITY MANAGEMENT - ALM

ANEXO III
MANUAL DE INVESTIMENTOS MOBILIÁRIOS

ANEXO IV
MANUAL DE MONITORAMENTO E DESINVESTIMENTOS DE FIPs

ANEXO V
POLÍTICA DE RISCOS FINANCEIROS

Política de Investimentos 2025/2029 – Plano de Contribuição Variável 23


ANEXO VI
POLÍTICA DE CONTROLES INTERNOS

ANEXO VII
POLÍTICA DE RISCOS CORPORATIVOS

ANEXO VIII
REGIMENTO INTERNO DO COMITÊ DE GESTÃO DE RISCOS – CGR

ANEXO IX
REGIMENTO INTERNO DO COMITÊ DE GESTÃO DE INVESTIMENTOS

ANEXO X
ESTUDO DE OTIMIZAÇÃO

Política de Investimentos 2025/2029 – Plano de Contribuição Variável 24

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