Trabalho Pratico
Trabalho Pratico
Trabalho Pratico
Departamento de Psicologia
Curso de Desenvolvimento e Educação de Infância
Disciplina de Práticas Profissionais de Saúde Infantil
Discente: Docente;
Ermelinda Uamba Moisés Cassilote
3.0. Relato do diálogo com a mãe com filho menor de cinco anos........................................5
4.2. Análise e Interpretação da Entrevista com a Mãe de uma Criança Menor de Cinco
Anos 8
5.0. Conclusão......................................................................................................................10
6.0. Recomendações.............................................................................................................10
Referências Bibliográficas.......................................................................................................11
Apêndices.................................................................................................................................12
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1.0. Introdução
A atividade proposta, que consistiu na realização de entrevistas com duas mulheres, sendo
uma gestante e outra mãe de uma criança menor de cinco anos, teve como finalidade
desenvolver habilidades de coleta de informações relevantes, análise crítica e interpretação de
dados relacionados ao desenvolvimento e à saúde infantil. Além disso, buscou-se promover a
correlação entre os dados obtidos nas entrevistas e os referenciais teóricos da literatura
científica, contribuindo para o fortalecimento das competências profissionais dos estudantes
na área da saúde e desenvolvimento infantil.
Gestante: Boa tarde! Claro, eu estou no sexto mês, ou seja, com 24 semanas. Já está bem
avançado, né?
Entrevistadora: Sim, está sim. E como você descreveria a experiência da gestação até
agora? Tem sido tranquila ou houve algum desafio?
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Gestante: Olha, está sendo uma mistura de emoções. No início eu senti muitos enjoos,
principalmente nas manhãs, e isso durou até o terceiro mês. Depois foi melhorando, mas
agora tenho sentido bastante cansaço. Ah, e os pés têm inchado bastante também!
Entrevistadora: Entendo, essas mudanças no corpo são comuns. Você tem realizado
consultas pré-natais regularmente?
Gestante: Sim, faço direitinho. Desde que descobri a gravidez, já fiz umas cinco consultas. A
enfermeira do centro de saúde me explicou que é importante ir uma vez por mês. Elas sempre
verificam a minha pressão arterial, fazem exames de sangue e pedem para eu acompanhar o
crescimento do bebê com ultrassons.
Entrevistadora: Que bom! E o que você achou das orientações recebidas durante essas
consultas?
Gestante: Achei bem úteis, sabe? Eles explicam bastante coisa, como a importância de tomar
as vitaminas, especialmente o ácido fólico e o ferro, que não podem faltar. Também me
orientaram sobre o que devo evitar comer e a importância de beber muita água e contando
com apoio do meu esposo e a minha sogra torna me segura.
Entrevistadora Que bom ouvir isso, é realmente essencial ter pessoas próximas para ajudar
nesse momento tão especial. Muito obrigada por compartilhar sua experiência comigo.
Desejo muita saúde para você e seu bebê!
3.0. Relato do diálogo com a mãe com filho menor de cinco anos
3.1. Breve descrição da entrevistada
Ana da Silva nasceu no dia 22 de julho de 1993, na cidade de Maputo, onde reside
atualmente com seu filho, de dois anos e três meses, e com sua mãe biológica.
Mãe: Boa tarde! Claro, meu filho tem dois anos e três meses. Ele é súper ativo, adora correr
pela casa e brincar com tudo que encontra.
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Entrevistadora: Que fase divertida, mas também desafiadora, não é? E como tem sido a sua
experiência como mãe até agora?
Mãe: Olha, é uma mistura de alegria e cansaço, viu? Ser mãe é incrível, mas exige muito.
Tem dias que me sinto tão cansada, principalmente quando ele fica doente ou quando não
quer dormir. Mas quando ele sorri ou faz algo novo, como aprender uma palavra, tudo vale a
pena.
Mãe: Sim, levo sim. Desde que ele nasceu, sempre acompanho o cartão de vacinação e faço
questão de levá-lo ao centro de saúde para pesar e medir. Agora que ele já é maiozinho, as
consultas são mais espaçadas, mas ainda vou pelo menos a cada seis meses.
Entrevistadora: Isso é ótimo! E como foi o acompanhamento nos primeiros meses de vida?
Mãe: Ah, foi bem intenso. Ele nasceu com um peso bom, mas os médicos explicaram que era
importante monitorar o crescimento. Nos primeiros seis meses, eu o levava todos os meses
para pesar, e eles verificavam também a cabeça, o comprimento e perguntavam sobre a
alimentação.
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Esse comportamento está em conformidade com as recomendações da Organização Mundial
da Saúde (OMS), que estabelece a necessidade de pelo menos oito consultas durante a
gestação para assegurar o monitoramento adequado da saúde materna e fetal (WHO, 2016).
Ao ser questionada sobre sua preparação emocional para o parto, a entrevistada revelou
sentimentos de medo e ansiedade, mas também demonstrou confiança: "Estou com medo,
mas confiante de que vai dar tudo certo." Esses sentimentos são comuns e refletem uma
ambivalência emocional característica do período gestacional (Leahy-Warren et al., 2012).
A literatura destaca que o suporte emocional oferecido por familiares e profissionais de saúde
desempenha um papel crucial na redução do estresse pré-natal. Segundo Beck et al. (2015),
mulheres que recebem apoio consistente apresentam menores índices de ansiedade, o que
favorece desfechos positivos para mãe e bebê. No caso analisado, a entrevistada mencionou a
presença ativa do pai da criança e da mãe, indicando uma rede de apoio sólida:
A adesão ao esquema vacinal, enfatizada pela mãe ao afirmar que "sempre achei que era
prioridade," também reflete a conscientização sobre a importância da imunização. Essa
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prática é corroborada por Oliveira e Silva (2019), que apontam que a vacinação reduz
significativamente a mortalidade infantil por doenças preveníveis, como sarampo e
poliomielite. Estudos em diferentes contextos, como os realizados por Chaturvedi et al.
(2018) na Índia, demonstram que campanhas de vacinação bem estruturadas têm impacto
direto na redução das desigualdades em saúde infantil.
A introdução alimentar foi outro tema de destaque. A mãe relatou dificuldades iniciais, mas
conseguiu superar os desafios gradualmente:
Ele começou a andar com um ano e dois meses, o que todo mundo
disse que era normal. Agora, ele já fala várias palavras, embora
ainda misture algumas coisas.
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5.0. Conclusão
A realização desta entrevista foi uma experiência enriquecedora, permitindo uma
compreensão mais profunda dos desafios e das conquistas enfrentados pelas mães no cuidado
e no desenvolvimento de seus filhos pequenos. O diálogo trouxe à tona não apenas aspectos
técnicos, como a importância do acompanhamento de saúde, da imunização e da nutrição,
mas também fatores emocionais e sociais, como o papel da rede de apoio e as dificuldades
impostas por limitações estruturais nos serviços de saúde.
Refletindo pessoalmente, este exercício despertou uma empatia maior pelas mães que
enfrentam rotinas exaustivas e, ainda assim, priorizam o cuidado de seus filhos. Compreendi
que o desenvolvimento infantil não é apenas um processo biológico, mas também
profundamente influenciado pelas condições sociais, econômicas e emocionais que cercam a
criança e sua família. Além disso, percebi o valor do papel dos profissionais de saúde e
educadores na orientação e suporte às mães, que frequentemente precisam equilibrar
múltiplas responsabilidades.
6.0. Recomendações.
Melhorar a infraestrutura dos centros de saúde, reduzir os tempos de espera e ampliar
campanhas de conscientização sobre saúde infantil.
Promover parcerias entre serviços públicos e organizações para suporte adicional às famílias,
como distribuição de alimentos e acompanhamento psicológico.
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Referências Bibliográficas
Almeida et al. (2019) - Almeida, C., Souza, A., & Martins, R. (2019). Educação em saúde no
pré-natal: Desafios e práticas de comunicação. Revista de Saúde Pública.
Barreto et al. (2017) - Barreto, M. L., Silva, M. L., & Nogueira, A. (2017). Desafios no
acesso à saúde pública em áreas urbanas periféricas: O impacto das longas esperas. Revista
Brasileira de Saúde Pública
Beck et al. (2015) - Beck, C. T., Gable, R. K., & Jansson, L. (2015). Suporte emocional
durante a gestação e seus efeitos sobre a ansiedade. Journal of Obstetric, Gynecologic &
Neonatal Nursing.
Chaturvedi et al. (2018) - Chaturvedi, S., Sharma, S., & Mishra, M. (2018). Eficácia das
campanhas de vacinação em áreas rurais da Índia: Um estudo longitudinal. Indian Journal
of Public Health.
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Apêndices
Guião de Entrevista com a Gestante
1. Em que mês de gestação você está atualmente?
2. Como você tem se sentido até agora? Poderia descrever um pouco sobre sua
experiência?
3. Houve algum sintoma ou situação que tenha sido mais difícil para você, como enjoos,
cansaço ou outras dificuldades?
4. Como tem sido o seu acompanhamento médico durante a gestação?
5. Com que frequência você tem realizado consultas pré-natais?
6. Você já tomou todas as vacinas recomendadas durante a gestação? Quais foram as
vacinas que você recebeu até agora?
7. Teve alguma dificuldade ou dúvida sobre as vacinas?
8. Como está se preparando emocionalmente para o parto?
9. O pai do bebê ou outros familiares têm ajudado em suas consultas ou em outras
atividade
10. Há algo que você gostaria de compartilhar sobre a sua gestação ou a sua experiência
que não tenha sido abordado nas perguntas anteriores?
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