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Trabalho Pratico

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Faculdade de Educação

Departamento de Psicologia
Curso de Desenvolvimento e Educação de Infância
Disciplina de Práticas Profissionais de Saúde Infantil

Relatório das aulas praticas

Discente: Docente;
Ermelinda Uamba Moisés Cassilote

Maputo, Dezembro 2O24


Índice
1.0. Introdução.......................................................................................................................3

2.0. Relato do diálogo com a gestante....................................................................................3

2.1. Breve descrição da entrevistada..................................................................................3

2.2. Relato da entrevista.....................................................................................................3

3.0. Relato do diálogo com a mãe com filho menor de cinco anos........................................5

3.1. Breve descrição da entrevistada..................................................................................5

3.2. Relato da entrevista.....................................................................................................5

4.0. Discussão e análise..........................................................................................................6

4.1. Análise e Interpretação da Entrevista com a Gestante................................................6

4.2. Análise e Interpretação da Entrevista com a Mãe de uma Criança Menor de Cinco
Anos 8

5.0. Conclusão......................................................................................................................10

6.0. Recomendações.............................................................................................................10

Referências Bibliográficas.......................................................................................................11

Apêndices.................................................................................................................................12

Guião de Entrevista com a Gestante....................................................................................12

Guião de Entrevista com a Mãe com Filho Menor de Cinco Anos.....................................12

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1.0. Introdução

A disciplina de Prática Profissional de Saúde Infantil tem como objetivo principal


proporcionar aos estudantes uma compreensão aprofundada sobre os processos de monitoria,
avaliação e interpretação do desenvolvimento infantil, capacitando-os para aplicar
conhecimentos teóricos em situações práticas. Neste contexto, as aulas práticas desempenham
um papel essencial ao permitir que os estudantes vivenciem a realidade das dinâmicas de
saúde materno-infantil, especialmente no que diz respeito às consultas pré-natais, ao
acompanhamento da saúde de crianças menores de cinco anos e aos cuidados relacionados à
maternidade.

A atividade proposta, que consistiu na realização de entrevistas com duas mulheres, sendo
uma gestante e outra mãe de uma criança menor de cinco anos, teve como finalidade
desenvolver habilidades de coleta de informações relevantes, análise crítica e interpretação de
dados relacionados ao desenvolvimento e à saúde infantil. Além disso, buscou-se promover a
correlação entre os dados obtidos nas entrevistas e os referenciais teóricos da literatura
científica, contribuindo para o fortalecimento das competências profissionais dos estudantes
na área da saúde e desenvolvimento infantil.

2.0. Relato do diálogo com a gestante

2.1. Breve descrição da entrevistada

Maria João nasceu no dia 12 de março de 1996, no bairro de Malhangalene, na cidade de


Maputo. Aos 28 anos de idade, é gestante de seu segundo filho.

2.2. Relato da entrevista


Entrevistadora: Boa tarde! Antes de começarmos, agradeço por dispor do seu tempo para
responder às nossas perguntas. Para iniciar, poderia me contar em que fase da gestação você
está?

Gestante: Boa tarde! Claro, eu estou no sexto mês, ou seja, com 24 semanas. Já está bem
avançado, né?

Entrevistadora: Sim, está sim. E como você descreveria a experiência da gestação até
agora? Tem sido tranquila ou houve algum desafio?

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Gestante: Olha, está sendo uma mistura de emoções. No início eu senti muitos enjoos,
principalmente nas manhãs, e isso durou até o terceiro mês. Depois foi melhorando, mas
agora tenho sentido bastante cansaço. Ah, e os pés têm inchado bastante também!

Entrevistadora: Entendo, essas mudanças no corpo são comuns. Você tem realizado
consultas pré-natais regularmente?

Gestante: Sim, faço direitinho. Desde que descobri a gravidez, já fiz umas cinco consultas. A
enfermeira do centro de saúde me explicou que é importante ir uma vez por mês. Elas sempre
verificam a minha pressão arterial, fazem exames de sangue e pedem para eu acompanhar o
crescimento do bebê com ultrassons.

Entrevistadora: Que bom! E o que você achou das orientações recebidas durante essas
consultas?

Gestante: Achei bem úteis, sabe? Eles explicam bastante coisa, como a importância de tomar
as vitaminas, especialmente o ácido fólico e o ferro, que não podem faltar. Também me
orientaram sobre o que devo evitar comer e a importância de beber muita água e contando
com apoio do meu esposo e a minha sogra torna me segura.

Entrevistadora Que bom ouvir isso, é realmente essencial ter pessoas próximas para ajudar
nesse momento tão especial. Muito obrigada por compartilhar sua experiência comigo.
Desejo muita saúde para você e seu bebê!

Gestante. Obrigada a você! Foi bom poder conversar sobre isso.

3.0. Relato do diálogo com a mãe com filho menor de cinco anos
3.1. Breve descrição da entrevistada
Ana da Silva nasceu no dia 22 de julho de 1993, na cidade de Maputo, onde reside
atualmente com seu filho, de dois anos e três meses, e com sua mãe biológica.

3.2. Relato da entrevista


Entrevistadora: Boa tarde! Antes de tudo, quero agradecer por reservar um tempo para
conversar comigo. Para começarmos, você poderia me contar um pouco sobre o seu filho?
Quantos anos ele tem?

Mãe: Boa tarde! Claro, meu filho tem dois anos e três meses. Ele é súper ativo, adora correr
pela casa e brincar com tudo que encontra.

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Entrevistadora: Que fase divertida, mas também desafiadora, não é? E como tem sido a sua
experiência como mãe até agora?

Mãe: Olha, é uma mistura de alegria e cansaço, viu? Ser mãe é incrível, mas exige muito.
Tem dias que me sinto tão cansada, principalmente quando ele fica doente ou quando não
quer dormir. Mas quando ele sorri ou faz algo novo, como aprender uma palavra, tudo vale a
pena.

Entrevistadora: Entendo perfeitamente. E em relação ao acompanhamento de saúde dele,


você tem levado o seu filho às consultas de rotina?

Mãe: Sim, levo sim. Desde que ele nasceu, sempre acompanho o cartão de vacinação e faço
questão de levá-lo ao centro de saúde para pesar e medir. Agora que ele já é maiozinho, as
consultas são mais espaçadas, mas ainda vou pelo menos a cada seis meses.

Entrevistadora: Isso é ótimo! E como foi o acompanhamento nos primeiros meses de vida?

Mãe: Ah, foi bem intenso. Ele nasceu com um peso bom, mas os médicos explicaram que era
importante monitorar o crescimento. Nos primeiros seis meses, eu o levava todos os meses
para pesar, e eles verificavam também a cabeça, o comprimento e perguntavam sobre a
alimentação.

4.0. Discussão e análise


4.1. Análise e Interpretação da Entrevista com a Gestante
A entrevista realizada com a gestante revelou aspectos fundamentais relacionados à saúde
pré-natal, ao suporte emocional e às condições socioeconômicas que influenciam a
experiência gestacional. Esses elementos estão intrinsecamente ligados às discussões teóricas
sobre saúde materno-infantil, destacando a importância de uma abordagem multidimensional
na análise desse período crítico.

A entrevistada relatou realizar consultas pré-natais regularmente, enfatizando que já


participou de cinco encontros no centro de saúde:

Desde que descobri a gravidez, já fiz umas cinco consultas. A


enfermeira do centro de saúde me explicou que é importante ir uma
vez por mês.

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Esse comportamento está em conformidade com as recomendações da Organização Mundial
da Saúde (OMS), que estabelece a necessidade de pelo menos oito consultas durante a
gestação para assegurar o monitoramento adequado da saúde materna e fetal (WHO, 2016).

O relato da gestante também evidencia a relevância do acompanhamento sistemático de


indicadores como pressão arterial e exames laboratoriais. Segundo Costa (2018), essas
práticas são fundamentais para identificar precocemente complicações como pré-eclâmpsia,
diabetes gestacional e anemias, condições que podem comprometer o desfecho gestacional.

Ao ser questionada sobre sua preparação emocional para o parto, a entrevistada revelou
sentimentos de medo e ansiedade, mas também demonstrou confiança: "Estou com medo,
mas confiante de que vai dar tudo certo." Esses sentimentos são comuns e refletem uma
ambivalência emocional característica do período gestacional (Leahy-Warren et al., 2012).

A literatura destaca que o suporte emocional oferecido por familiares e profissionais de saúde
desempenha um papel crucial na redução do estresse pré-natal. Segundo Beck et al. (2015),
mulheres que recebem apoio consistente apresentam menores índices de ansiedade, o que
favorece desfechos positivos para mãe e bebê. No caso analisado, a entrevistada mencionou a
presença ativa do pai da criança e da mãe, indicando uma rede de apoio sólida:

4.2. Análise e Interpretação da Entrevista com a Mãe de uma Criança


Menor de Cinco Anos
A entrevista conduzida com a mãe revelou aspectos cruciais do cuidado infantil, desde o
acompanhamento da saúde até os desafios relacionados à rotina familiar.A mãe destacou o
acompanhamento frequente da saúde do filho desde o nascimento, com ênfase no controle do
peso, medidas antropométricas e imunização. Ela relatou:

Desde que ele nasceu, sempre acompanho o cartão de vacinação e


faço questão de levá-lo ao centro de saúde para pesar e medir.

Esse relato confirma a adesão às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS),


que considera o monitoramento regular essencial para garantir um crescimento saudável e
identificar precocemente desvios no desenvolvimento (WHO, 2016).

A adesão ao esquema vacinal, enfatizada pela mãe ao afirmar que "sempre achei que era
prioridade," também reflete a conscientização sobre a importância da imunização. Essa

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prática é corroborada por Oliveira e Silva (2019), que apontam que a vacinação reduz
significativamente a mortalidade infantil por doenças preveníveis, como sarampo e
poliomielite. Estudos em diferentes contextos, como os realizados por Chaturvedi et al.
(2018) na Índia, demonstram que campanhas de vacinação bem estruturadas têm impacto
direto na redução das desigualdades em saúde infantil.

A introdução alimentar foi outro tema de destaque. A mãe relatou dificuldades iniciais, mas
conseguiu superar os desafios gradualmente:

Eu amamentei exclusivamente até os seis meses, como


recomendaram no centro de saúde, mas quando comecei a oferecer
outros alimentos, ele rejeitava muita coisa.

Esse relato ilustra a transição complexa da amamentação exclusiva para a alimentação


complementar, um processo que é amplamente discutido na literatura.

De acordo com Monteiro e Victora (2015), a alimentação complementar inadequada é um dos


principais fatores de risco para desnutrição em crianças menores de cinco anos. Em
contrapartida, práticas adequadas, como a introdução de alimentos variados e ricos em
nutrientes, contribuem para um desenvolvimento saudável. Nesse sentido, o progresso
relatado pela mãe, culminando na aceitação de uma dieta diversificada, reflete a importância
da persistência e da orientação adequada por parte dos profissionais de saúde.

Ao avaliar o desenvolvimento do filho, a mãe expressou confiança nos progressos


alcançados:

Ele começou a andar com um ano e dois meses, o que todo mundo
disse que era normal. Agora, ele já fala várias palavras, embora
ainda misture algumas coisas.

Essas observações estão alinhadas com os marcos de desenvolvimento descritos por


Vigostsky (1978), que enfatiza a interação social como elemento fundamental para o
aprendizado e o desenvolvimento cognitivo.

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5.0. Conclusão
A realização desta entrevista foi uma experiência enriquecedora, permitindo uma
compreensão mais profunda dos desafios e das conquistas enfrentados pelas mães no cuidado
e no desenvolvimento de seus filhos pequenos. O diálogo trouxe à tona não apenas aspectos
técnicos, como a importância do acompanhamento de saúde, da imunização e da nutrição,
mas também fatores emocionais e sociais, como o papel da rede de apoio e as dificuldades
impostas por limitações estruturais nos serviços de saúde.

Refletindo pessoalmente, este exercício despertou uma empatia maior pelas mães que
enfrentam rotinas exaustivas e, ainda assim, priorizam o cuidado de seus filhos. Compreendi
que o desenvolvimento infantil não é apenas um processo biológico, mas também
profundamente influenciado pelas condições sociais, econômicas e emocionais que cercam a
criança e sua família. Além disso, percebi o valor do papel dos profissionais de saúde e
educadores na orientação e suporte às mães, que frequentemente precisam equilibrar
múltiplas responsabilidades.

6.0. Recomendações.
Melhorar a infraestrutura dos centros de saúde, reduzir os tempos de espera e ampliar
campanhas de conscientização sobre saúde infantil.

Criar programas comunitários de suporte às mães e políticas que incentivem a participação


ativa dos pais no cuidado infantil.

Investir na formação contínua e na humanização do atendimento, garantindo orientações


claras e acessíveis às mães.

Promover parcerias entre serviços públicos e organizações para suporte adicional às famílias,
como distribuição de alimentos e acompanhamento psicológico.

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Referências Bibliográficas
Almeida et al. (2019) - Almeida, C., Souza, A., & Martins, R. (2019). Educação em saúde no
pré-natal: Desafios e práticas de comunicação. Revista de Saúde Pública.

Barreto et al. (2017) - Barreto, M. L., Silva, M. L., & Nogueira, A. (2017). Desafios no
acesso à saúde pública em áreas urbanas periféricas: O impacto das longas esperas. Revista
Brasileira de Saúde Pública

Beck et al. (2015) - Beck, C. T., Gable, R. K., & Jansson, L. (2015). Suporte emocional
durante a gestação e seus efeitos sobre a ansiedade. Journal of Obstetric, Gynecologic &
Neonatal Nursing.

Bronfenbrenner (1979) - Bronfenbrenner, U. (1979). The ecology of human development:


Experiments by nature and design. Harvard University Press.

Chaturvedi et al. (2018) - Chaturvedi, S., Sharma, S., & Mishra, M. (2018). Eficácia das
campanhas de vacinação em áreas rurais da Índia: Um estudo longitudinal. Indian Journal
of Public Health.

Costa (2018) - Costa, R. (2018). Saúde materna e a importância do acompanhamento pré-


natal. Editora Saúde e Vida.

Davis-Floyd (2001) - Davis-Floyd, R. E. (2001). The birth of technocratic childbirth in the


United States: The social construction of childbirth in urban hospitals. Social Science &
Medicine.

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Apêndices
Guião de Entrevista com a Gestante
1. Em que mês de gestação você está atualmente?
2. Como você tem se sentido até agora? Poderia descrever um pouco sobre sua
experiência?
3. Houve algum sintoma ou situação que tenha sido mais difícil para você, como enjoos,
cansaço ou outras dificuldades?
4. Como tem sido o seu acompanhamento médico durante a gestação?
5. Com que frequência você tem realizado consultas pré-natais?
6. Você já tomou todas as vacinas recomendadas durante a gestação? Quais foram as
vacinas que você recebeu até agora?
7. Teve alguma dificuldade ou dúvida sobre as vacinas?
8. Como está se preparando emocionalmente para o parto?
9. O pai do bebê ou outros familiares têm ajudado em suas consultas ou em outras
atividade
10. Há algo que você gostaria de compartilhar sobre a sua gestação ou a sua experiência
que não tenha sido abordado nas perguntas anteriores?

Guião de Entrevista com a Mãe com Filho Menor de Cinco Anos


1. Quantos anos tem o seu filho? Como você descreveria sua personalidade e seus
principais interesses?
2. Como você tem lidado com as mudanças que ele está passando (como o aprendizado
de novas habilidades ou mudanças no comportamento)?
3. Você tem levado seu filho regularmente ao centro de saúde para consultas? Com que
frequência?
4. Como foi o acompanhamento nos primeiros meses de vida do seu filho?
5. Quais exames ou consultas de rotina foram feitas? E como você avalia esse
acompanhamento?
6. Você tem mantido o esquema vacinal do seu filho em dia?
7. Alguma vez houve algum desafio para cumprir as vacinas ou seguir o cronograma?
8. Como foi a introdução alimentar do seu filho? Ele teve dificuldades em aceitar os
alimentos?
9. Você tem seguido as orientações dos profissionais de saúde sobre alimentação? Há
alguma recomendação que tenha sido mais difícil de seguir?
10. Seu filho tem frequentado o médico com frequência por questões de s
11. Você gostaria de compartilhar algo mais sobre a sua experiência de ser mãe e cuidar
do seu filho? Alguma reflexão ou aprendizado importante?

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