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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR JORGE RODRIGUES

BIANCA OLIVEIRA
EMILLY RODRIGUES
ANANDA GAMA
TONY ERICKSON

A HUMANIDADE E A ESCRAVIDÃO

Irecê
2024
BIANCA OLIVEIRA
EMILLY RODRIGUES
ANANDA GAMA
TONY ERICKSON

A HUMANIDADE E A ESCRAVIDÃO

Este trabalho foi solicitado e orientado pelo


professor Gustavo, na disciplina de Iniciação
Científica no requisito da nota (parcial) para
avaliação trimestral.

Irecê
2024
SUMÁRIO

1. Introdução ...........................................................................................04
2. Antiguidade..........................................................................................04
3. Idade Média.........................................................................................06
4. Idade Moderna.....................................................................................08
5. Idade Contemporânea.........................................................................08
6. Considerações finais............................................................................10
7. Referências Bibliográficas....................................................................11
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INTRODUÇÃO

O presente trabalho se propõe a estudar e apresentar: causas, consequências, e


informações sobre a escravidão. Para tanto, este trabalho contempla um material
escolhido e escrito cuidadosamente para englobar um cenário geral a respeito da
escravidão e produzir entendimento sobre o assunto.
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HISTÓRICO

A escravidão permeia a história por todos os períodos até a idade contemporânea.


Na idade antiga existiam os escravos de guerra, na idade média os escravos por
dívidas (servos), no renascimento e idade moderna os escravos por etnias
(discriminados pela cor da pele) e, por fim, na idade contemporânea manteve-se
essa discriminação e exploração de pessoas vulneráveis e só veio ser abolida
legalmente no Brasil, com a Lei Áurea, em 1888.

“O Brasil, último país a acabar com a escravidão, tem uma


perversidade intrínseca na sua herança, que torna a nossa classe
dominante enferma de desigualdade, de descaso.”

Darcy Ribeiro

ANTIGUIDADE

A escravidão é uma forma de trabalho que existe ao longo da história da


humanidade. Nos tempos antigos, o Código de Hammurabi era o conjunto de
leis escritas da civilização babilônica que incluía disposições sobre o
relacionamento entre escravos e seus senhores. Não apenas babilônios,
egípcios, assírios, hebreus, gregos e romanos também usavam a escravidão.
Assim, pode-se ver que é um fenômeno histórico amplo e variado.

Em Atenas, a maioria dos escravos vinha da Ásia Menor e da Trácia.


Geralmente é obtido travando guerras contra pessoas de várias origens
estrangeiras. Os contrabandistas compravam inimigos capturados e tentavam
fornecê-los em horários lucrativos de comércio. Apesar de seu baixo status
social, os escravos ocupavam várias posições na sociedade ateniense.
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No caso da cidade-Estado de Esparta, a escravidão tinha uma organização


distinta. Os escravos, ali chamados de hilotas, eram conseguidos por meio
das vitórias militares empreendidas pelas tropas espartanas. Não dando
grande importância às práticas comerciais, por causa de sua cultura xenófoba,
a escravidão não articulava um comércio de seres humanos no interior desta
sociedade. Os escravos eram de propriedade do Estado e ninguém poderia
ser considerado proprietário de um determinado escravo.

O Império Romano foi uma das sociedades antigas onde a utilização da mão-
de-obra escrava teve sua mais significativa importância. Em geral, os
escravos trabalhavam nas propriedades dos patrícios, grupo social romano
que detinha o controle da maior parte das terras cultiváveis do império. Assim
como em Atenas, o escravo romano também poderia exercer diferentes
funções ou adquirir a sua própria liberdade. A única restrição jurídica contra
um ex-escravo impedia-o de exercer qualquer cargo público.

No primeiro século as relações entre o escravo e o seu senhor começaram a


sofrer algumas alterações impostas pelo governo romano. Uma das
obrigações essenciais do senhor consistia em dar uma boa alimentação ao
seu escravo e mantê-lo bem vestido. No século I, os senhores foram proibidos
de castigar seus escravos até a morte e, caso o fizessem, poderiam ser
julgados por assassinato. Além disso, um senhor poderia dar parte de suas
terras a um escravo ou libertá-lo sem nenhuma prévia indenização.

Essas medidas em favor dos escravos podem ser vistas como uma
conseqüência imediata a uma rebelião de escravos, liderada por Espártaco,
que aconteceu em Roma no ano em 70 d. C.. Nos séculos posteriores, as
invasões bárbaras e a redução dos postos militares fizeram com que o
escravismo perdesse sua força dentro da sociedade romana. Com a
ascensão da sociedade feudal, a escravidão perdeu sua predominância
dando lugar para as relações servis.
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IDADE MÉDIA

A consolidação do sistema feudal na Alta Idade Média e a participação política da


nova classe social que surgia naquele momento - os grandes proprietários - criou a
dependência financeira de uma classe mais baixa que estava subordinada a esses
proprietários: os servos.

Os servos eram trabalhadores das grandes terras comandadas pelos 'senhores' e


viviam nas redondezas da propriedade. Estavam vinculados à terra pelo trabalho e
não tinham direito de salário ou benefícios; trabalhavam para morar no local e
recebiam os suprimentos necessários para se alimentarem e sobreviverem.

Diferente dos escravos, os servos não podiam ser vendidos pelos senhores feudais.
Eram responsáveis pela mão-de-obra da propriedade, cuidando da parte agricultora.
Algumas mulheres cuidavam do serviço doméstico do proprietário e, ao mesmo
tempo, da plantação local.

O fortalecimento político e econômico dos feudos cresceu mormente através da


distribuição de terras dos reis, em troca de favores e conselhos durante o Império
Romano. Por volta do século X, a servidão se tornou frequente no território europeu,
graças ao desenvolvimento da atividade agrária no período.

Durante séculos os servos formaram o alicerce principal da ascensão fundiária. Os


indícios de seu desaparecimento só surgiram no século XVII na Ingletarra, com a
Revolução Industrial, e no século XVIII com o levante da Revolução Francesa. A
Rússia foi o último país próximo à Europa a decretar o fim da servidão, em 1861.

A Revolução Burguesa, que deu origem ao capitalismo na Baixa Idade Média, fez
com que a servidão diminuísse nas propriedades agrícolas, devido ao interesse dos
antigos servos em mudar para as grandes cidades para trabalhar nas indústrias.

Alguns países ainda mantêm servos nas propriedades feudais. No Brasil, a


Constituição proíbe a servidão nos latifúndios, apesar da persistência de alguns
proprietários em manter trabalhadores sem salários e benefícios em suas terras.
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IDADE MODERNA

Uma característica importante do comércio transatlântico moderno é a troca de


trabalho escravo africano com as colônias européias nas Américas. A escravidão
moderna baseava-se na troca desses trabalhadores por mercadorias produzidas nas
colônias e, além de criar as condições para o desenvolvimento de um mercado
capitalista global, era uma importante fonte de lucro e acumulação de capital para os
capitalistas europeus.

A escravidão moderna difere em alguns aspectos da escravidão da antiguidade


(como Grécia, Roma e Egito), que se baseava diretamente na captura de grupos de
populações aprisionadas por guerra e/ou dívida entre os povos.

A adoção do trabalho forçado deixou uma marca profunda na sociedade cultural,


econômica e socialmente. É o caso, por exemplo, do Brasil e dos Estados Unidos,
onde grande parte da população é formada por afrodescendentes cujos
antepassados imigraram para terras americanas e se destacaram pela música,
culinária, etc.

Como não há produção sem trabalhadores, o comércio de escravos foi uma


parte importante do uso do Oceano Atlântico para criar uma rede de comércio global.
A produção agrícola e a mineração nas colônias americanas dependiam dessa mão
de obra, e os investidores europeus aproveitaram o comércio triangular entre a
África, a Europa e o continente americano para drenar a produção das colônias e
fornecer mão de obra onde quer que fosse necessária. Para manter intacta esta
troca, foram construídos portos, cidades e rotas marítimas, que ainda hoje são
utilizadas para o comércio internacional. Além disso, gerou grandes lucros para os
comerciantes, garantindo os investimentos industriais necessários ao
desenvolvimento dos modos de produção capitalistas.

IDADE CONTEMPORÂNEA

A face da escravidão contemporânea: Embora a escravidão tenha sido formalmente


abolida no Brasil em 1888, ainda nos dias de hoje é possível encontrar no país
trabalhadores submetidos a condições análogas a de escravos.

Existe um ciclo do trabalho escravo que inclui: a miséria em que muitas pessoas
encontram-se; o aliciamento dessas pessoas com promessas de mudança de vida; e
o trabalho que elimina as condições de desligamento entre o trabalhador e o patrão.
Esse ciclo somente pode ser encerrado com a denúncia e a fiscalização.

Dentro desse cenário do trabalho escravo moderno encontramos alguns elementos


que o caracterizam, por exemplo: alimentação inadequada, dívida legal, falta de
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assistência médica, alojamento precário, falta de saneamento básico e higiene,


isolamento geográfico e muitos outros.

Assim sendo, é extremamente importante a atuação de órgãos públicos, como o


Ministério Público do Trabalho, a Polícia Federal e as polícias civis, bem como a
atuação de ONGs contra o trabalho escravo e a favor dos Direitos Humanos.
Também há uma importante atuação de organismos internacionais, como a ONU e a
OIT, para a erradicação das práticas de escravização no mundo.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de todos os esforços constata-se a existência em pleno século XXI de


trabalho escravo contemporâneo em nosso território nacional constatamos que mais
de 125 anos após a abolição da escravatura, o Brasil ainda combate uma versão
contemporânea de escravidão.
Percebe-se, portanto, que a escravidão sempre esteve presente na história da
humanidade. Por conseguinte, sempre de formas variádas e vitimizando diferentes
povos em prol de uma ideia de ‘’sociedade’’ que surgia em determinadas épocas.
Entretanto, há sempre o mesmo cenário, pessoas em estado de vulnerabilidade e
trabalho forçado.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BEZERRA LEITE, Carlos Henrique. A Ação Civil Pública e a Tutela dos Interesses
Individuais Homogêneos dos Trabalhadores em Condições de Escravidão.
FIGUEIRA, Ricardo Rezende; PRADO, Adonia Antunes; JUNIOR, Horário Antunes
de Sant'Ana (Orgs.).
Trabalho Escravo Contemporâneo: um debate transdisciplinar. Rio de
Janeiro: Mauad, 2011.
PIOVESAN, Flávia. Trabalho escravo e degradante como forma de violação aos
direitos humanos.
In: NOCCHI, Andre Saint Patous; VELLOSO, Gabriel Napoleão; FAVA,
Marcos Neves (Coords.). Trabalho Escravo Contemporâneo. 2. ed. São Paulo: LTr,
2011.
A história da escravidão - Livro por Olivier Grenouilleau

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