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Psicologia do desenvolvimento e infância (1)

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Psicologia do desenvolvimento e infância

História do conceito infância

A ideia de infância surge no contexto histórico e social da modernidade, com a


redução dos índices de mortalidade infantil graças ao avanço da ciência e a
mudanças econômicas e sociais.

Obviamente, isso não significa negar a existência biológica destes indivíduos.


Significa, em realidade, reconhecer que antes do século 16, a consciência social
não admite a existência autônoma da infância como uma categoria diferenciada
do gênero humano. Passado o estrito período de dependência física da mãe,
esses indivíduos se incorporaram plenamente ao mundo dos adultos (Levin,
1997).

“O trabalho infantil no Brasil após a escravidão era uma realidade bastante


presente nas zonas urbanas, assim como o aumento de crianças desassistidas nas
ruas e da violência urbana. Essas características mobilizaram a sociedade e o
Estado brasileiro a discutir medidas de proteção das crianças. Somente em 1927,
com a aprovação do 2º Código de Menores, é que o Brasil estabelece a proteção
integral desse setor dentro de sua legislação. Contudo, a lei da época ainda
considerava que crianças e adolescentes eram inferiores aos adultos em termos
de cidadania.”

Desenvolvimento Físico nos 3 primeiros anos


incluir algo aqui

TEÓRICOS DO DESENVOLVIMENTO: D. WINNICOTT

Winnicott evidenciou a importância da relação mãe-bebê e sua relevância nos


primeiros anos de vida da criança principalmente no que se refere ao seu
desenvolvimento emocional.

A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA MATERNIDADE


Para Winnicott, a mãe tem um lugar central em sua teoria por ser o a primeira
forma de contato do bebê com o mundo.

INÍCIO DA RELAÇÃO MÃE-BEBÊ

As primeiras relações materno-infantis, vão se constituir desde o nascimento do


bebê até os primeiros anos de vida. É uma relação na qual o par mãe-bebê se
comunicará pela relação recíproca que foi desenvolvida desde a concepção,
passando pelo desenvolvimento do bebê em útero, até o instante do nascimento.
A partir daí, uma relação de confiança e mutualidade vai se estabelecendo, caso
tudo corra bem. O bebê reconhecerá a voz da mãe e o calor do seu corpo, assim
como já vivenciava tudo o que se passava na interioridade do corpo materno. A
mãe, por sua vez, desenvolverá uma relação simbiótica com seu bebê e
estabelecerá, com ele, uma comunicação pautada em experiências não verbais,
oferecendo-se como o primeiro ambiente do qual o bebê precisa para se
desenvolver emocionalmente. É essa relação que constituirá o psiquismo do
bebê, seu mundo interno, seu interior e seu self.

O self surge apenas como um potencial a ser desenvolvido, pois se encontra


completamente fundido tanto ao self quanto ao ego da mãe.

b) O verdadeiro e o falso self

Segundo Winnicott (1960/1983), o verdadeiro self surge assim que há qualquer


organização psíquica na pessoa. Logo, o conceito de verdadeiro self remeteria aos
rudimentos - antes de haver uma separação entre interior e exterior - do que
posteriormente constitui a realidade interna da criança.7

O verdadeiro self refere-se ao gesto espontâneo da criança, ou seja, o conjunto de


expressões criativas do bebê desde o início da vida. Uma "mãe suficientemente boa"
buscaria, em certa medida, se adaptar a estes "gestos" a partir de sua sensibilidade aos
movimentos (físicos e afetivos) da criança (Winnicott, 1960/1983).

O falso self, por sua vez, aludiria a uma organização decorrente das ameaças ao
verdadeiro self. Quando a função materna não é suficientemente boa, o gesto
espontâneo do bebê não é continuado, sendo este submetido à necessidade de se
adaptar ao ambiente (Winnicott, 1960/1983)

Desenvolvimento do bebê

“ser conhecido e reconhecido pelo outro confere à criança pequena


um sentimento de integração, na medida em que o cuidador, de
certa maneira, junta seus pedaços por meio da técnica do cuidado
infantil: o bebê é manipulado, banhado, embalado e nomeado, e
também vive experiências pulsionais que tendem a tornar a
personalidade una a partir do interior.” (p.80) - O bebê não existe
sozinho, sem os cuidados dos adultos

RELAÇÃO MÃE-BEBÊ
Indiferenciação: “Para a mãe, o bebê e ela mesma são
experimentados como a mesma coisa.” (p.84)
Esse movimento materno de descentramento de si mesma em prol
de uma identificação fina com o bebê, a ponto de a mãe estar num
“estado sem sujeito” faz pensar que tem-se nesse momento inicial
do relacionamento mãe-bebê vivências de indiferenciação entre
ambos. Para a mãe, o bebê e ela mesma são experimentados como
a mesma coisa. Embora seja conhecido que diferentemente do bebê
em estado de não integração e indiferenciação em relação ao
ambiente, a mãe, adulta, já atingiu um grau de maturação e de
integração do self que a constitui enquanto um sujeito singular, a
mãe em estado de preocupação materna primária se encontra
regredida a esse estágio primitivo da vida psíquica no qual se
encontra o bebê, experimentando ela mesma vivências de não
integração e de indiferenciação em relação a seu bebê.

Assim, “uma das principais funções do holding físico e psicológico


inicial da mãe inclui o isolamento do bebê em seu estado de
continuar a ser da alteridade implacável, inalterável do tempo”
(Ogden, 2010, p. 122).

Dessa maneira, a sustentação suficientemente boa do


sentimento de continuidade do ser do bebê somente será possível,
no princípio, se a mãe se encontrar nesse estado de preocupação
materna primária.

Em seu holding mais precoce do bebê, a mãe, com um alto custo


emocional para si mesma, absorve o impacto do tempo (por
exemplo, privando-se do sono de que necessita, do tempo de que
necessita para renovação emocional oriunda de estar com outrem
que não o bebê, e do tempo de que necessita para fazer alguma
coisa sozinha que não envolva o bebê). (Ogden, 2010, pp. 122-123)
Como se pode imaginar, essa não é uma tarefa fácil, pois representa
uma anulação de si própria no esforço inconsciente de não
atrapalhar o bebê. A constituição subjetiva se realiza, desse modo,
no silêncio da dimensão subjetiva da mãe, na qualidade de uma
presença materna discreta e silenciosa, fundamental para que o
potencial inato da criança possa se desdobrar em seu gesto
espontâneo

“para que o potencial inato se desenvolva física e emocionalmente,


é preciso um ambiente de facilitação que se adapte às necessidades
cambiantes do bebê.” (p.81)
• “Quando a mãe fornece uma adaptação suficientemente boa, a
própria linha de vida do bebê é pouco perturbada pela necessidade
de ter que reagir à invasão ambiental, o desenvolvimento do ego
não sofre perturbações excessivas, e a criança tem o sentimento de
continuidade do ser, adquirindo uma sensação de segurança e de
ser amado.” (p.82)

“MÃE SUFICIENTEMENTE BOA”


• Pode-se afirmar então, de acordo com a teoria winnicottiana, que
é só na presença de uma “mãe suficientemente boa”, que a criança
consegue iniciar um processo de desenvolvimento emocional. Para
definir o que seria “a mãe suficientemente boa”, o autor desenvolve
esse conceito também o nomeando de “a mãe dedicada comum”.

•A dedicação pode ser entendida como uma adaptação sensível e


ativa às necessidades do bebê que a mãe possui sem que isso
precise lhe ser ensinado. (Winnicott, 1948/1952)

• FUNÇÕES DE CUIDADO NA MATERNAGEM


• Para que o bebê se desenvolva de maneira saudável, o ambiente
também precisa ser “suficientemente bom”, de modo que suas
necessidades sejam atendidas no momento adequado

• “É através da identificação da mãe com o seu bebê que é possível


que ela se torne um ambiente favorável e se adapte às demandas
do filho, percebendo o que auxilia em seu desenvolvimento.”
● Holding (segurar);
- Se relaciona com proteção, com os cuidados de “sustentar”,
segurar esse corpo.
- Disponibilidade afetiva. - Através dessa função a mãe proporciona
ao seu bebê a sensação de estabilidade, segurança e amparo,
aspectos essenciais ao desenvolvimento humano.
- Cuidados concretos com o bebê, que necessita estar fisicamente
seguro, contido e psicologicamente acolhido ou sustentado para
desenvolver-se de maneira satisfatória.
- “Em seu holding mais precoce do bebê, a mãe, com um alto custo
emocional para si mesma, absorve o impacto do tempo (por
exemplo, privando-se do sono de que necessita, do tempo de que
necessita para renovação emocional oriunda de estar com outrem
que não o bebê, e do tempo de que necessita para fazer alguma
coisa sozinha que não envolva o bebê)

● Handling (manipular);
“manipulação corporal que auxilia na formação da parceria
psique-soma, que favorecerá bebê a começar o processo de
identificação do próprio corpo.” - Quando as necessidades do bebê
são atendidas de forma adequada, isso favorece o fortalecimento da
relação psique-soma. - Quando ocorrem falhas por parte do
ambiente em corresponder a essas necessidades, a criança não é
capaz de integrar as experiências corporais relacionando-as com a
psique.

● Apresentação de objetos.
-À medida em que o bebê se desenvolve, ele é estimulado a
relacionar-se com objetos. - Isso só ocorre de maneira efetiva
quando o mundo é apresentado a ele de maneira adequada. -“A
mãe devotada tem a sensibilidade de agir de acordo com as
necessidades do bebê, apresentando a ele os objetos que são
necessários em cada momento. (Winnicott, 1965/2001)”
TEORIA DO APEGO

Mary Ainsworth e John Bowlby desenvolveram uma das teorias


psicológicas que mais ajudaram a compreender o desenvolvimento
social inicial: a teoria do apego

MODELO FUNCIONAL INTERNO


- Bowlby criou esse termo para se referir à “representação mental e
sugeriu que ele inclui elementos como a confiança das crianças (ou
a falta dela) de que a figura de apego estará disponível ou será
confiável, a expectativa de rejeição ou afeição e a convicção de que
a figura de apego é realmente uma base segura para exploração.”
(p.308)
- Começa a ser formado no final do primeiro ano de vida - “Uma vez
formados, esses modelos formam e explicam experiências e
memória e atenção afetivas” (p.309)
- “[...] o modelo afeta o comportamento da criança: ela tende a
recriar, em cada novo relacionamento, o padrão com o qual ela está
familiarizada.” (p.309)

Pais e bebê vão se conhecendo através de pequenos gestos


- “O bebê sinaliza suas necessidades chorando ou sorrindo; ele olha
para seus pais quando eles olham para ele. Os pais, por sua vez,
entram nessa dança interativa com seu próprio repertório de
comportamentos de cuidados. Eles pegam o bebê no colo quando
ele chora, aguardam e respondem a seus sinais de fome ou de
alguma outra necessidade, e assim por diante.” (p.309)
Consequências de longo prazo

Crianças com relação de apego seguro


- “crianças seguramente apegadas a suas mães na fase de bebê são
mais sociáveis no futuro, mais positivas em seu comportamento
com amigos e irmãos, menos "aderentes" e dependentes dos
professores, menos agressivas e disruptivas, mais empáticas e mais
emocionalmente maduras em suas abordagens a ambientes
escolares e outros ambientes fora de casa.”(p.319)
• Crianças com experiência de apegos inseguros
- “Aqueles com apegos inseguros – particularmente aqueles com
apegos evitantes – não apenas têm menos amizades positivas e
apoiadoras na adolescência, mas também têm mais probabilidade
de tornarem-se sexualmente ativos cedo e de praticarem sexo mais
arriscado (Carlson, Sroufe e Egeland, 2004; O’Beirne e Moore,
1995).
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO: PIAGET

Teoria desenvolvida por Piaget: Epistemologia genética


Era cognitivista, pois buscou estudar o desenvolvimento cognitivo,
dividindo em fases/estágios.

PRINCIPAIS CONCEITOS PIAGETIANOS

ESQUEMA
PARA QUÊ SERVEM OS ESQUEMAS? - “Os esquemas organizam
nosso pensamento de acordo com categorias para nos ajudar a
determinar que tipos de atitudes tomar em resposta a variações nas
características ambientais.”

■ ESQUEMAS FIGURATIVOS - ■ ESQUEMAS OPERATIVOS -


“esquemas figurativos são “permitem que as crianças
representações mentais das entendam as associações
propriedades básicas dos lógicas entre objetos no
objetos no mundo. Por mundo e raciocinem ou
exemplo, uma criança usa atuem sobre eles. Por
esquemas figurativos quando exemplo, esquemas
rotula corretamente cães e operativos entram em ação
gatos, lista suas quando as crianças
características (por exemplo, entendem que poodles são
narizes úmidos, pelo, cães, cães são mamíferos,
bigodes) e descreve seus mamíferos são animais, e
comportamentos típicos (por assim por diante.” (p.169)
exemplo, latir, abanar o rabo,
miar).” (p. 168)
ADAPTAÇÃO
Adaptação refere-se ao processo de mudança dos esquemas que
não estão ajustados diante dos “desafios oferecidos por nossos
ambientes” (p.169)
■ Desdobra-se em três subprocessos:
- ASSIMILAÇÃO
“Assimilação é o processo de assimilar, de absorver algum evento e
torná-lo parte de um esquema.”
■ É um processo ativo
■ A assimilação relaciona-se à “absorção de novas experiências ou
informações aos esquemas existentes. Entretanto, a experiência não
é assimilada ‘como é’, mas é um pouco modificada (ou interpretada)
a fim de se ajustar aos esquemas preexistentes.
- ACOMODAÇÃO
“[...] envolve mudar um esquema como resultado de informação
nova absorvida por assimilação.” (p.169) ■ “Portanto, na teoria de
Piaget, o processo de acomodação é o segredo da mudança do
desenvolvimento. Através da acomodação, reorganizamos nossos
pensamentos, melhoramos nossas habilidades e mudamos nossas
estratégias.”
- EQUILIBRAÇÃO
“A terceira parte do processo de adaptação proposto por Piaget,
envolvendo uma reestruturação periódica de esquemas para criar
um equilíbrio entre assimilação e acomodação.
” ■ “[...] o processo de por em equilíbrio assimilação e
acomodação.” (p.169)

ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO
■ SENSÓRIO-MOTOR - Durante o estágio sensório-motor, do
nascimento aos 24 meses, o bebê usa seus esquemas sensoriais e
motores para influenciar o mundo em torno deles.
■ PRÉ-OPERACIONAL/PRÉ-OPERATÓRIO - No estágio
pré-operacional, dos 24 meses até aproximadamente os 6 anos, as
crianças adquirem esquemas simbólicos, como linguagem e
fantasia, que elas usam para pensar e se comunicar.
■ OPERACIONAL CONCRETO/OPERATÓRIO CONCRETO - Em
seguida, vem o estágio de operações concretas, durante o qual
crianças de 6 a 12 anos começam a pensar de forma lógica.
■ OPERACIONAL FORMAL/OPERATÓRIO FORMAL - A última
fase é o estágio de operações formais, no qual os adolescentes
aprendem a pensar de forma lógica sobre idéias abstratas e
situações hipotéticas.

O DESENVOLVIMENTO DA MORAL NA CRIANÇA

ANOMIA
- Primeiro período do desenvolvimento moral do ser humano.
- Ainda não há compreensão de regras sociais
- Presença do egocentrismo - Importância da relação interpessoal
para aprendizagem das regras (escola, família)
- O brincar como construção dessas regras

HETERONOMIA
- Há uma abertura de contato para o outro - Respeito
“unilateral”: a regra ainda vem do outro - “[...]
quando os adultos impõem à criança certos valores como devendo
ser respeitados, ela pode compartilhar os valores de sua cultura e,
mais tarde, organizar a sua própria escala de valores.”

AUTONOMIA
- “Há autonomia moral quando a consciência considera como
necessário um ideal como, por exemplo, a justiça, a liberdade...
independentemente de qualquer pressão exterior.
- “A autonomia só aparece com a reciprocidade, quando o respeito
mútuo é bastante forte para que o indivíduo experimente
interiormente a necessidade de tratar os outros como ele gostaria
de ser tratado.” (PIAGET, 1992, p. 155)
- Capacidade do sujeito de propor normas próprias.

SENSÓRIO-MOTOR
■ Bebês de 0 a 2 anos
■ Visão do Piaget - “Piaget insistia que no período sensório-motor, o
bebê ainda não é capaz de manipular essas primeiras imagens
mentais ou memórias.” (p.171)
- “É a nova capacidade de manipular símbolos internos, tais como
palavras ou imagens, que marca o início do estágio seguinte, o
estágio de pensamento pré-operacional, que surge na maioria das
crianças em algum momento entre 18 e 24 meses.” (p.171)

PERÍODO PRÉ-OPERACIONAL/PRÉ-OPERATÓRIO
■ Dos 2 aos 6 anos de idade
■ Maior possibilidade do uso de símbolos, como por exemplo,
palavras
■ Aparecimento das brincadeiras de “faz de conta”
■ Ampliação dos esquemas
■ Entrada na escola
■ Conceito de Egocentrismo: “todos vêm o mundo como eu vejo”
PERÍODO OPERATÓRIO CONCRETO/ OPERACIONAL
CONCRETO

Crianças de 6 anos aos 12 anos


■ “Piaget definiu as operações concretas como um conjunto de
esquemas poderosos e abstratos que são blocos construtores
fundamentais do pensamento lógico, fornecendo regras internas
sobre objetos e seus relacionamentos.” (p.182)
■ Para que o conceito de CONSERVAÇÃO apareça, a noção de
REVERSIBILIDADE também precisa ser desenvolvida: - “Uma das
operações mais críticas que Piaget identificou como parte do período
de operações concretas: o entendimento de que ações e operações
mentais podem ser revertidas.” (conceito de REVERSIBILIDADE)
■ “Crianças do ensino fundamental são cientistas observacionais
bastante bons e gostam de catalogar, contar espécies de árvores ou
pássaros, ou imaginar os hábitos de aninhamento de porquinhos da
índia.” (p.182)
■ DECALAGEM HORIZONTAL: “tendência das crianças de serem
capazes de resolver alguns tipos de problemas operacionais
concretos mais cedo que outras.” (p.183

LEV VYGOTSKY

A aprendizagem requer experiências, somente com experiências


sociais e que se tem a aprendizagem social.

criança vista por vygotsky


“é reconhecida como ser pensante, capaz de vincular sua ação à
representação de mundo que constitui sua cultura, sendo a escola
um espaço e um tempo onde este processo é vivenciado, onde o
processo de ensino-aprendizagem envolve diretamente a interação
entre sujeitos.
Instrumentos culturais: objetos que medeiam nossa interação,
como por exemplo, um livro que nos permite acessar o
conhecimento sistematizado ao longo dos tempos
► Signos: expressos pela linguagem
► “A função do instrumento é servir como um condutor da
influência humana sobre o objeto da atividade [...]; deve
necessariamente levar a mudanças nos objetos. Constitui um meio
pelo qual a atividade humana externa é dirigida para o controle e
domínio da natureza. O signo, por outro lado, não modifica em nada
objeto da operação psicológica. Constitui um meio da atividade
interna dirigido para o controle do próprio indivíduo; o signo é
orientado internamente. Essas atividades são tão diferentes uma da
outra, que a natureza dos meios por elas utilizados não pode ser a
mesma” (VYGOTSKY, 1991, p. 40).

Exemplos de signos:
linguagem, símbolos algébricos, escrita, diagramas, desenhos,
mapas,etc. (p.51)
► “Com a utilização desses signos, a criança passa a regular seu
próprio comportamento por meio de atividades mediadas,
tipicamente humanas, como, por exemplo, a criança através de um
desenho da sua família, consegue expressar um determinado
sentimento (medo, saudade, etc).” (p.52)

Zona de desenvolvimento proximal

Vygotsky em sua teoria achava que para cada indivíduo em seu


desenvolvimento em cada nível de capacitação existe uma zona de
desenvolvimento proximal, ou seja um conjunto de habilidades que
a pessoa pode exercitar com assistência mas ainda não consegue
executar de modo independente. Sobre esse conceito ele funciona
assim, vygotsky teria considerado três zonas de desenvolvimento,
começando pelo nível de desenvolvimento real ( que é a capacidade
de resolver um problema sem ajuda, pois é determinado por aquilo
que a criança é capaz de fazer sozinha, pois já tem um
conhecimento aprendido. Um exemplo disso é quando a criança
sabe andar de bicicleta sozinha. Já no nível de desenvolvimento
potencial para se resolver algum problema precisa de uma
colaboração de um adulto ou criança mais velha para fazer a
orientação para o processo de conhecimento que ainda não foi
adquirido, por isso precisa do auxílio de pessoas experientes, assim
como em um jogo de cartas ou uma atividade escolar. Na zona de
desenvolvimento proximal está no meio, especificamente e a
distância entre o desenvolvimento real e potencial, durante esse
meio tempo a criança está com funções que ainda não
amadureceram totalmente, mas que estão em amadurecimento

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