Psicologia do desenvolvimento e infância (1)
Psicologia do desenvolvimento e infância (1)
Psicologia do desenvolvimento e infância (1)
O falso self, por sua vez, aludiria a uma organização decorrente das ameaças ao
verdadeiro self. Quando a função materna não é suficientemente boa, o gesto
espontâneo do bebê não é continuado, sendo este submetido à necessidade de se
adaptar ao ambiente (Winnicott, 1960/1983)
Desenvolvimento do bebê
RELAÇÃO MÃE-BEBÊ
Indiferenciação: “Para a mãe, o bebê e ela mesma são
experimentados como a mesma coisa.” (p.84)
Esse movimento materno de descentramento de si mesma em prol
de uma identificação fina com o bebê, a ponto de a mãe estar num
“estado sem sujeito” faz pensar que tem-se nesse momento inicial
do relacionamento mãe-bebê vivências de indiferenciação entre
ambos. Para a mãe, o bebê e ela mesma são experimentados como
a mesma coisa. Embora seja conhecido que diferentemente do bebê
em estado de não integração e indiferenciação em relação ao
ambiente, a mãe, adulta, já atingiu um grau de maturação e de
integração do self que a constitui enquanto um sujeito singular, a
mãe em estado de preocupação materna primária se encontra
regredida a esse estágio primitivo da vida psíquica no qual se
encontra o bebê, experimentando ela mesma vivências de não
integração e de indiferenciação em relação a seu bebê.
● Handling (manipular);
“manipulação corporal que auxilia na formação da parceria
psique-soma, que favorecerá bebê a começar o processo de
identificação do próprio corpo.” - Quando as necessidades do bebê
são atendidas de forma adequada, isso favorece o fortalecimento da
relação psique-soma. - Quando ocorrem falhas por parte do
ambiente em corresponder a essas necessidades, a criança não é
capaz de integrar as experiências corporais relacionando-as com a
psique.
● Apresentação de objetos.
-À medida em que o bebê se desenvolve, ele é estimulado a
relacionar-se com objetos. - Isso só ocorre de maneira efetiva
quando o mundo é apresentado a ele de maneira adequada. -“A
mãe devotada tem a sensibilidade de agir de acordo com as
necessidades do bebê, apresentando a ele os objetos que são
necessários em cada momento. (Winnicott, 1965/2001)”
TEORIA DO APEGO
ESQUEMA
PARA QUÊ SERVEM OS ESQUEMAS? - “Os esquemas organizam
nosso pensamento de acordo com categorias para nos ajudar a
determinar que tipos de atitudes tomar em resposta a variações nas
características ambientais.”
ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO
■ SENSÓRIO-MOTOR - Durante o estágio sensório-motor, do
nascimento aos 24 meses, o bebê usa seus esquemas sensoriais e
motores para influenciar o mundo em torno deles.
■ PRÉ-OPERACIONAL/PRÉ-OPERATÓRIO - No estágio
pré-operacional, dos 24 meses até aproximadamente os 6 anos, as
crianças adquirem esquemas simbólicos, como linguagem e
fantasia, que elas usam para pensar e se comunicar.
■ OPERACIONAL CONCRETO/OPERATÓRIO CONCRETO - Em
seguida, vem o estágio de operações concretas, durante o qual
crianças de 6 a 12 anos começam a pensar de forma lógica.
■ OPERACIONAL FORMAL/OPERATÓRIO FORMAL - A última
fase é o estágio de operações formais, no qual os adolescentes
aprendem a pensar de forma lógica sobre idéias abstratas e
situações hipotéticas.
ANOMIA
- Primeiro período do desenvolvimento moral do ser humano.
- Ainda não há compreensão de regras sociais
- Presença do egocentrismo - Importância da relação interpessoal
para aprendizagem das regras (escola, família)
- O brincar como construção dessas regras
HETERONOMIA
- Há uma abertura de contato para o outro - Respeito
“unilateral”: a regra ainda vem do outro - “[...]
quando os adultos impõem à criança certos valores como devendo
ser respeitados, ela pode compartilhar os valores de sua cultura e,
mais tarde, organizar a sua própria escala de valores.”
AUTONOMIA
- “Há autonomia moral quando a consciência considera como
necessário um ideal como, por exemplo, a justiça, a liberdade...
independentemente de qualquer pressão exterior.
- “A autonomia só aparece com a reciprocidade, quando o respeito
mútuo é bastante forte para que o indivíduo experimente
interiormente a necessidade de tratar os outros como ele gostaria
de ser tratado.” (PIAGET, 1992, p. 155)
- Capacidade do sujeito de propor normas próprias.
SENSÓRIO-MOTOR
■ Bebês de 0 a 2 anos
■ Visão do Piaget - “Piaget insistia que no período sensório-motor, o
bebê ainda não é capaz de manipular essas primeiras imagens
mentais ou memórias.” (p.171)
- “É a nova capacidade de manipular símbolos internos, tais como
palavras ou imagens, que marca o início do estágio seguinte, o
estágio de pensamento pré-operacional, que surge na maioria das
crianças em algum momento entre 18 e 24 meses.” (p.171)
PERÍODO PRÉ-OPERACIONAL/PRÉ-OPERATÓRIO
■ Dos 2 aos 6 anos de idade
■ Maior possibilidade do uso de símbolos, como por exemplo,
palavras
■ Aparecimento das brincadeiras de “faz de conta”
■ Ampliação dos esquemas
■ Entrada na escola
■ Conceito de Egocentrismo: “todos vêm o mundo como eu vejo”
PERÍODO OPERATÓRIO CONCRETO/ OPERACIONAL
CONCRETO
LEV VYGOTSKY
Exemplos de signos:
linguagem, símbolos algébricos, escrita, diagramas, desenhos,
mapas,etc. (p.51)
► “Com a utilização desses signos, a criança passa a regular seu
próprio comportamento por meio de atividades mediadas,
tipicamente humanas, como, por exemplo, a criança através de um
desenho da sua família, consegue expressar um determinado
sentimento (medo, saudade, etc).” (p.52)