ae_penbg11_prova_2022
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GRUPO I
Texto 1
Durante o Paleozoico, ocorreu na região algarvia sedimentação marinha, que terminou há
cerca de 299 milhões de anos (Ma) – final do Carbonífero. Mais tarde, no final do Paleozoico,
devido à colisão dos continentes Gondwana e Laurásia, que deu origem à formação do super-
continente Pangeia, os sedimentos sofreram dobramento, fraturação e metamorfismo.
Durante o Mesozoico (252 a 66 Ma), a fragmentação generalizada do supercontinente
levou à formação da Bacia Lusitaniana (na zona oeste de Portugal), à formação da Bacia do
Algarve, cuja área emersa se estende, atualmente, desde o Cabo de S. Vicente até ao rio
Guadiana, e à progressão do Mar de Tétis para oeste. Por vezes, estabeleceu-se uma conti-
nuidade geográfica entre estas bacias de sedimentação, em especial durante o Jurássico (201
a 145 Ma), permitindo que a fauna marinha vinda do norte (boreal) e a fauna do Mar de Tétis
(tetisiana) se misturassem.
Ao longo do Mesozoico, depositaram-se na Bacia do Algarve sedimentos essencialmente
marinhos, que assentaram sobre rochas do Paleozoico. A unidade geológica mais antiga da
bacia, designada como Argilas de S. Bartolomeu de Messines, é constituída sobretudo por
argilas vermelhas, depositadas em ambientes fluviais ou lacustres. O afundimento de algumas
zonas da região favoreceu a progressão do Mar de Tétis para oeste e possibilitou, há cerca de
200 Ma, a formação de gesso e do sal-gema explorado em Loulé.
Durante uma fase de rifting intracontinental, ocorreu ascensão de magma que deu origem
ao Complexo Vulcano-Sedimentar, que aflora entre Sagres e Vila Real de Sto. António. Este
complexo, formado por lavas essencialmente basálticas, cinzas vulcânicas, piroclastos e frag-
mentos da rocha encaixante, está incluído na chamada Central Atlantic Magmatic Province
(CAMP). Apresenta uma idade de aproximadamente 200 Ma e aflora em quatro continentes:
América do Norte, América do Sul, Noroeste de África e Sudoeste da Europa.
Há cerca de 92 Ma, a movimentação da África levou à subdução da litosfera oceânica sob
a Eurásia, que culminou com o fecho do Mar de Tétis.
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BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS
Figura 1
Baseado em: P. Teixeira, «O Diapiro de Loulé, Estudo Geofísico do Sal-gema da Mina Campina de Cima», Dissertação
de Mestrado em Geologia, Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, 2017; em: P. Terrinha et al. «A Bacia do
Algarve: Estratigrafia, Paleogeografia e Tectónica», Geologia de Portugal, Vol. 2, Escolar Editora, 2013;
e em: https://pubs.usgs.gov/gip/dynamic/historical.html (consultado em outubro de 2021).
3. A deformação que afetou os depósitos de sal-gema de Loulé esteve associada aos pro-
cessos tectónicos que levaram
(A) ao alargamento do Mar de Tétis.
(B) ao deslocamento do continente africano para sul.
(C) à formação das montanhas dos Alpes.
(D) à fragmentação do supercontinente Pangeia.
3
BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS
8. Durante a fase distensiva que afetou a Bacia do Algarve, identificaram-se três episódios
de inversões tectónicas de curta duração (com 1 a 5 milhões de anos). Durante estes
episódios compressivos, terá havido
(A) formação de falhas normais que levaram à redução da coluna de água.
(B) formação de falhas inversas que levaram ao aumento da coluna de água.
(C) levantamento de algumas zonas da bacia, o que dificultou a migração das espécies
boreais e tetisianas.
(D) abatimento de algumas zonas da bacia, o que intensificou a migração das espécies
boreais e tetisianas.
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BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS
* 10. Explique de que modo os contextos tectónico e climático contribuíram para a formação
do sal-gema explorado na região de Loulé.
Texto 2
O Parque Natural da Ria Formosa, no Algarve, corresponde a uma zona litoral constituída
por praias, dunas, zonas de sapal, canais fluviais e canais de maré. O sistema lagunar da ria,
limitado a sul por um conjunto de ilhas-barreira arenosas que o separam do oceano, apre-
senta uma profundidade média de 10 metros e é alimentado, quase exclusivamente, por água
do mar. A pequena profundidade, a boa penetração da luz e as águas calmas favorecem a
desova, a alimentação e o refúgio de muitas espécies que ali passam os estádios larvares e
juvenis, algumas das quais migram depois para o mar, onde completam o seu ciclo biológico.
Na Ria Formosa, a maior área nacional de pradaria marinha, podem ser encontradas ervas
marinhas nativas, como a Zostera marina, plantas vasculares que vivem submersas e que
apresentam folhas, geralmente finas, em forma de fita. Possuem rizomas bastante desenvolvi-
dos, que se fixam em substratos essencialmente arenosos.
Nas pradarias marinhas, encontram-se as duas únicas espécies europeias de cavalos-
-marinhos: o cavalo-marinho-de-focinho-comprido (Hippocampus guttulatus) e o cavalo-mari-
nho-de-focinho-curto (Hippocampus hippocampus). Estes peixes alimentam-se de pequenos
crustáceos e fixam-se com a sua cauda preênsil à cobertura vegetal. Entre as suas peculiari-
dades, está o facto de ocorrer a transferência dos óvulos da fêmea para o macho, sendo então
fecundados na bolsa incubadora deste.
Estudos genéticos recentes identificaram as semelhanças existentes entre as várias espé-
cies de cavalos-marinhos atuais, demonstrando uma relação entre os dados moleculares e a
sua distribuição geográfica.
A Figura 2 representa um excerto da árvore filogenética do género Hippocampus, relativo
a quatro espécies existentes no oceano Atlântico.
Figura 2
Baseado em: P. Teske et al., «Signatures of seaway closures and founder dispersal in the phylogeny of a circumglo-
bally distributed seahorse lineage», in BMC Evolutionary Biology, 7 (138), 2007;
em: www.ocean-alive.org/pradarias-marinhas (consultado em outubro de 2021); e em: www.ualg.pt/ualg-hippocampus
(consultado em outubro de 2021).
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BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS
* 16. Um relatório publicado no dia 17/09/2021 mostra que a Terra caminha para um aqueci-
mento de 2,7 oC até ao fim do século, longe do objetivo definido no Acordo de Paris, isto
é, 1,5 oC acima dos valores médios da era pré-industrial.
Explique de que modo o aumento da temperatura global poderá diminuir o efeito prote-
tor das ilhas-barreira, alterar o hidrodinamismo do sistema lagunar da Ria Formosa e
comprometer a atividade piscatória na região do Algarve.
* 17. Muitas espécies de aves aquáticas migratórias fazem da Ria Formosa um ponto de
paragem, repouso e alimentação.
Explique de que forma a penetração da luz no sistema lagunar contribui para a diversidade
de relações tróficas existentes na Ria Formosa, fazendo desta um importante ponto de
paragem para as aves migratórias, antes de retomarem os seus longos trajetos.
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BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS
3A 3B
Figura 3
Baseado em: J. Palma et al., «Effects of anthropogenic noise as a source of acoustic stress in wild populations of Hip-
pocampus guttulatus in the Ria Formosa, south Portugal», in Aquatic Conserv: Mar Freshw Ecosyst, 2019.
18. Selecione, de entre as afirmações relativas à investigação descrita, as três afirmações corretas.
Transcreva para a folha de respostas os números selecionados.
I. Nos ensaios efetuados na Ria Formosa, foi possível controlar a temperatura.
II. A hipótese testada foi: «O aumento da poluição sonora é letal para os cavalos-marinhos.»
III. Uma das variáveis dependentes é o número de movimentos operculares por minuto.
IV. O ruído produzido pelo motor dos barcos é uma das variáveis independentes.
V. No canal de Olhão, nos machos, registaram-se valores de MOPM superiores e infe-
riores a 50.
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BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS
* 20. Associe a cada uma das etapas da respiração aeróbia, apresentadas na Coluna I, as
características da Coluna II que lhe correspondem.
Cada um dos números deve ser associado apenas a uma letra, e todos os números
devem ser utilizados.
Escreva na folha de respostas cada letra da Coluna I, seguida do número ou dos núme-
ros (de 1 a 7) correspondente(s).
Coluna I Coluna II
* 21. Além da variação dos MOPM, observou-se que, no habitat natural, cerca de 37,5% dos
cavalos-marinhos fugiram dos locais de observação.
Relacione os resultados obtidos no estudo, relativos à frequência dos movimentos oper-
culares, com uma maior capacidade de fuga.
GRUPO II
O microscópio petrográfico permite observar aspetos das rochas e dos minerais que
não podem ser observados em amostras de mão. As observações feitas com o microscó-
pio petrográfico de luz transmitida apenas são possíveis em rochas cortadas em lâminas
muito finas – «lâminas delgadas» – que se deixam atravessar pela luz. Os minerais que
não são atravessados pela luz, como os que têm como propriedade o brilho metálico,
apresentam cor negra, não podendo, por isso, ser identificados usando o microscópio
petrográfico de luz transmitida, pelo que se designam genericamente como «minerais
opacos».
Na Figura 4, apresentam-se as microfotografias de quatro rochas observadas com o
microscópio petrográfico de luz transmitida, em que Y (rocha A) é um cristal de olivina, mineral
que dá origem a superfícies côncavas quando se parte e que tem dureza 6,5-7,0. No Quadro
I, apresentam-se algumas informações relativas às rochas observadas.
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BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS
Rocha C Rocha D
Figura 4
Quadro 1
ROCHA Caracterização Outras informações Local de colheita
CPEN-BG11-24 9
BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS
A B C D E
* 2. A rocha D é um mármore.
Justifique a classificação atribuída à rocha D, utilizando os dados fornecidos no Quadro I.
Na sua resposta, deverá referir as composições química e mineralógica e a textura da
referida rocha.
GRUPO III
A malária, causada por protistas parasitas intracelulares obrigatórios do género Plas-
modium, é uma doença infecciosa que atinge anualmente mais de 200 milhões de pes-
soas. Estes parasitas têm um ciclo de vida complexo que inclui dois hospedeiros, o homem
e os mosquitos do género Anopheles, como se representa na Figura 5.
Após a transmissão por picada de um mosquito infetado, os esporozoítos alojam-se no
fígado e infetam as células deste órgão, chamadas hepatócitos, onde se reproduzem.
Nos últimos anos, investigadores do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes
(IMM), em Lisboa, têm tentado conhecer as várias estratégias usadas pelo parasita para inva-
dir as células humanas. Recentemente, verificaram que os esporozoítos segregam uma pro-
teína, a EXP2, capaz de criar poros na membrana dos hepatócitos, tornando-a permeável à
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BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS
Gametócitos – células ingeridas pelo mosquito, onde ocorre a maturação dos gâmetas. Resultam da diferenciação
dos merozoítos.
Esporozoítos – células haploides formadas no sistema digestivo do mosquito, resultantes da divisão do zigoto, que
se reproduzem assexuadamente no fígado, originando merozoítos.
Merozoítos – células libertadas para a corrente sanguínea, que se reproduzem assexuadamente dentro das hemácias.
Figura 5
Baseado em: J. Mello-Vieira et al., «Plasmodium translocon component EXP2 facilitates hepatocyte invasion», in
Nature Communications, 11 (5654), 2020; e em: https://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/malaria.htm
(consultado em outubro de 2021).
1. Considerando os processos de divisão celular que têm lugar no ciclo de vida represen-
tado, pode referir-se que ocorre
(A) diferente ploidia entre gâmetas e gametócitos.
(B) recombinação genética, no interior das hemácias.
(C) mitose dos merozoítos, nos hepatócitos.
(D) meiose para a formação de esporozoítos.
11
BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS
Coluna I Coluna II
(a) Organismos unicelulares, heterotróficos por absorção, sem organelos (1) Reino Animalia
membranares.
(2) Reino Fungi
(b) Organismos exclusivamente multicelulares, sem cloroplastos, heterotróficos por (3) Reino Monera
ingestão. (4) Reino Plantae
(c) Organismos eucariontes, autotróficos, com elevada diferenciação. (5) Reino Protista
Figura 6
Cotações
As pontuações obtidas nas I I I I I I I I I I
respostas a estes 20 itens da 1. 2. 5. 7. 9. 10. 11. 12. 14. 15.
prova contribuem Subtotal
obrigatoriamente para a I I I I II II II III III III
classificação final. 16. 17. 20. 21. 1. 2. 5. 2. 3. 4.
Cotação (em pontos) 20 × 8 pontos 160
Destes 10 itens, contribuem I I I I I I I II II III
para a classificação final da 3. 4. 6. 8. 13. 18. 19. 3. 4. 1.
prova os 5 itens cujas Subtotal
respostas obtenham melhor
pontuação.
Cotação (em pontos) 5 × 8 pontos 40
TOTAL 200
12
Propostas de solução
propostas de solução
xo hidrodinamismo, o que invalida as opções B e C;
exame final nacional 2022 (1.ª fase)
• A datação absoluta é um processo, tipicamente, realizado em
Grupo I rochas magmáticas, enquanto as argilas são rochas sedimen-
Texto 1 tares detríticas. Por outro lado, trata-se de um processo que
1. Afirmações II, III e V. não permite inferências acerca de paleoambientes, pelo que a
• I é uma afirmação falsa, uma vez que durante o Mesozoico opção D é incorreta.
(252 Ma a 66 Ma) ocorreu a fragmentação da Pangeia o que 5. B – A – C – E – D
implica a anterior formação deste supercontinente; • Deposição de sedimentos nos mares paleozoicos. (B);
• A análise do segundo parágrafo do texto permite classificar a • Formação do supercontinente Pangeia. (A);
afirmação II como verdadeira; • Formação da unidade geológica Argilas de S. Bartolomeu de
• A afirmação III é validada pelo conteúdo textual da quarta linha Messines. (C);
do primeiro parágrafo do texto; • Ocorrência do vulcanismo da CAMP. (E);
• De acordo com a descrição do primeiro parágrafo do texto, a • Fecho do Mar de Tétis. (D).
sedimentação marinha na região situada entre os continentes 6. Opção (D)
Gondwana e Laurásia cessou no final do Carbonífero, não se • As sondagens são um método direto de estudo da estrutura
tendo prolongado até ao final do Pérmico, último período do interna da Terra o que invalida a opção A;
Paleozoico, o que invalida a opção IV. • A opção B encontra-se incorreta, pois a transição entre a crusta e
• V é uma afirmação verdadeira, pois de acordo com o conteúdo do o manto ocorre, à profundidade média de 40 km; ora, a sonda-
texto, a formação do supercontinente Pangeia resultou da colisão gem “Corvina” alcançou a profundidade máxima de 2020 m;
dos continentes Gondwana e Laurásia, fenómeno que provocou • O facto de se terem encontrado sedimentos com idades per-
dobramento de sedimentos, fraturação e metamorfismo, proces- tencentes ao Oligocénico (Cenozoico) e ao Cretácico Inferior
sos associados à formação de cadeias montanhosas. (Mesozoico Médio) invalida a opção C e valida a opção D.
2. Opção (A) 7. Opção (B)
• Durante o processo de rifting intracontinental ocorrido há • A crusta oceânica, mais densa do que a crusta continental, é
200 Ma, deu-se a ascensão de magma que originou lavas ba- constituída maioritariamente por rochas de natureza basáltica
sálticas, tipicamente associadas a processos de formação de ricas em minerais ferromagnesianos, o que torna as opções A
oceanos, nomeadamente, do oceano Atlântico. Do que decor- e C incorretas e a opção B correta;
re que a opção C corresponde à alternativa correta; • A opção D encontra-se incorreta, pois as rochas da crusta
• A opção B encontra-se incorreta, pois a formação de lavas continental são ricas em quartzo e ortóclase e, por isso, apre-
basálticas não se associa a processos de colisão; sentam maior percentagem de sílica e alumínio.
• A ascensão de magmas com elevado teor em sílica não origi- 8. Opção (C)
na lavas basálticas, o que invalida a opção C; • Durante uma fase distensiva, é típico dar-se a ocorrência de
• A opção D encontra-se incorreta, pois a fusão de rochas da falhas normais o que conduz ao aumento da coluna de água;
crusta continental não resulta na formação de magmas basál- tal invalida a opção A;
ticos (pobres em sílica). • Durante uma fase distensiva, o contexto tectónico não concorre
3. Opção (C) para a formação de falhas inversas, o que invalida a opção B;
• A deformação dos depósitos de sal-gema de Loulé desenvol- • O levantamento de algumas zonas da bacia referida, ao criar
veu-se na sequência da movimentação da África que levou à zonas emersas, dificulta a migração de espécies marinhas
subducção da litosfera oceânica sob a Eurásia, que culminou boreais e tetisianas. A ascensão de magmas com elevado teor
com o fecho do Mar de Tétis o que é incompatível com os em sílica não origina lavas basálticas. Tal valida a opção C e
processos de alargamento do Mar de Tétis, de deslocamento contraria a opção D.
do continente africano para sul ou da fragmentação do super- 9. Opção (A)
continente Pangeia. Tal invalida as opções A, B e D; • A sobre-extração das águas de aquíferos litorais resulta do
• A opção C é validada pela afirmação do texto “Este processo avanço da cunha salina, o que pode conduzir à descida dos
causou as deformações alpinas na Eurásia, que se propaga- níveis freáticos, pelo que a opção A corresponde à alternativa
ram de este para oeste, vindo a afetar os depósitos de sal-ge- correta e invalida as opções C e D;
ma de Loulé” e apoiada pelo contexto tectónico descrito no • A opção B encontra-se incorreta, pois as zonas de recarga,
penúltimo parágrafo do Texto 1. genericamente, não são influenciadas pela sobre-extração, o
4. Opção (A) que invalida a opção B;
• Da informação que “Nas Argilas de S. Bartolomeu de Messi- 10. Elementos de resposta:
nes, foram encontrados ossos de estegocéfalos fossilizados. (A) A fragmentação da Pangeia levou à formação da Bacia do
Trata-se de anfíbios primitivos que viveram no Paleozoico e Algarve, cujo afundimento permitiu a entrada de água do
no início do Mesozoico e que apresentam afinidades anatómi- mar (OU favoreceu a progressão do Mar de Tétis para
cas com os répteis” decorre a inferência enunciada na afirma- oeste).
ção A, tornando esta correta; (B) Um clima quente e seco promoveu a evaporação da água
• Os ossos de estegocéfalos encontram-se fossilizados em ar- do mar e a precipitação do cloreto de sódio dissolvido, for-
gilas, sedimentos de grão fino, depositados em meios de bai- mando o sal-gema.
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BIOLOGIA E GEOLOGIA – 10.º E 11.º ANOS
propostas de solução
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Propostas de solução
propostas de solução
19. Opção (A) 5. Opção (B)
• De acordo com o gráfico da Figura 3B, a posição do barco no • As amostras B e C são rochas sedimentares que se encon-
3.º minuto gera os valores mais elevados de MOPM em ma- tram tipicamente em estruturas designadas camadas ou es-
chos e fêmeas. Tal invalida a opção B; tratos, o que invalida as opções A e C, que referem estruturas
• A diferença de valores de MOPM EER/Canal de Olhão prova que o tipicamente encontradas em afloramentos de rochas magmá-
movimento habitual de barcos induz alterações na frequência ticas, e valida a opção B;
respiratória dos cavalos-marinhos. Tal invalida a opção C; • A opção D é incorreta, uma vez que as amostras B e C são
• De acordo com o gráfico da Figura 3B, nos machos, o maior rochas carbonatadas que envolvem precipitação química, en-
número de MOPM registou-se ao fim do 3.º minuto dos en- quanto os sedimentos constituintes das dunas são, tipica-
saios experimentais. Tal invalida a opção D. mente, material detrítico.
• A diferença de valores de MOPM na comparação EER/Canal
de Olhão é superior nas fêmeas, o que fundamenta a opção A. Grupo III
20. (a) – (2); (5); (b) – (3); (6); (c) – (1); (4); (7). 1. Opção (D)
21. Elementos de resposta: • Gâmetas e gametócitos são haploides, apresentando, por is-
(A) O aumento dos movimentos operculares conduz a uma so, a mesma ploidia. Tal invalida a opção A;
maior oxigenação do sangue. • No interior das hemácias ocorre reprodução assexuada dos
(B) A maior quantidade de oxigénio que chega às células permi- merozoítos, pelo que não se verificam fenómenos de recom-
te produzir maior quantidade de energia (durante a respira- binação genética. Tal invalida a opção B;
ção celular), o que facilita a fuga. • A mitose dos merozoítos ocorre no interior das hemácias e
Grupo II não dos hepatócitos. Tal invalida a opção C;
1. a) – 2: apresenta bioclastos ligados por carbonato de cálcio que • Os esporozoítos são células haploides resultantes da divisão
faz efervescência com os ácidos) | b) – 2: mineral constituinte do zigoto (diploide), pelo que terá ocorrido meiose para a sua
das rochas carbonatadas | c) – 1: sedimento de grão fino com- formação. Tal fundamenta a escolha da opção D.
patível com a microfotografia | d) – 1: apresenta cor escura | e) 2. E – C – A – B – D
– 3: mineral ferromagnesiano abundante neste tipo de rochas. • A maturação da EXP2 no Complexo de Golgi dos esporozoítos
2. Elementos de resposta: torna a proteína funcional (E);
(A) A rocha é constituída por CaCO3 (OU por carbonato de cál- • A EXP2 funcional cria poros na membrana dos hepatócitos (C);
cio), uma vez que faz efervescência com os ácidos. • A membrana celular torna-se, por isso, permeável à entrada
(B) A rocha é constituída por cristais de calcite, porque faz de Ca2+, alterando-se a sua concentração intracelular (A);
efervescência com os ácidos. • A fusão de lisossomas com a membrana dos hepatócitos
(C) A rocha apresenta uma textura não foliada, uma vez que é permite a exocitose da esfingomielina ácida, envolvida no
constituída por cristais sem orientação preferencial. processo de reparação da membrana celular (B);
3. Opção (A) • O processo de reparação ativa a endocitose dos esporozoítos
• A análise da microfotografia da rocha A apresenta um cristal de (D).
dimensões consideráveis, formado lentamente num primeiro 3. (a) – (3); (b) – (1); (c) – (4).
tempo de cristalização, incluído numa pasta microcristalina con- 4. Elementos de resposta:
solidada posteriormente sob condições de arrefecimento rápido, (A) A substituição da base nitrogenada do décimo quinto deso-
do que decorre que opção A corresponde à alternativa correta; xirribonucleótido (adenina) por uma citosina dá origem a um
• Na atividade vulcânica com caráter explosivo, o magma original é codão de terminação (OU ao codão UAG).
rico em sílica, muito viscoso, pelo que não se formam minerais (B) A substituição interrompe a síntese da proteína EXP2 (OU o
tais como a olivina. Tal invalida as opções B, C e D. processo de tradução).
4. Opção (B) (C) A ausência da proteína EXP2 diminui (OU impede) a capaci-
• De acordo com o último parágrafo do texto, a olivina apresen- dade de entrada dos esporozoítos nos hepatócitos, reduzindo a
ta fratura, o que invalida a opção A; capacidade infeciosa do Plasmodium.
• A afirmação do texto “Os minerais que não são atravessados
pela luz, como os que têm como propriedade o brilho metáli-
co, apresentam cor negra, não podendo, por isso, ser identifi-
cados usando o microscópio petrográfico de luz transmitida,
pelo que se designam genericamente como «minerais opa-
cos», valida a opção B já que a olivina é distinguível ao mi-
croscópio petrográfico pelo que apresenta brilho não
metálico.
• A dureza da olivina é 6,5-7,0. Tal invalida a opção C;
• A opção D é incorreta uma vez que a olivina é um mineral fer-
romagnesiano (máfico).
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