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O papel da educação na reconstrução

nacional da República de Angola

SAMUEL CARLOS VICTORINO1

RESUMO ABSTRACT
A República de Angola conquistou a sua independência The Republic of Angola gained its independence on
a 11 de Novembro de 1975. Nesta altura a taxa geral November 11, 1975. At this point the overall rate of
de analfabetismo era de 85% da população. Com a illiteracy was 85% of the population. With the passage of
aprovação da Lei de Bases do Sistema de Educação, the Basic System of Education, Law 13/01 31 December
Lei 13/01 de 31 de Dezembro de 2001, foi lançado um 2001, launched a reform of the education system,
processo de reforma do sistema de educação, cujo whose impact on the socio-economic development of
impacto no desenvolvimento socioeconómico do país the country is notorious. The end of the armed conflict,
é notório. O fim do conflito armado, concretizado achieved with the signing of peace agreements to April
com a assinatura dos acordos de paz a 04 de Abril de 4, 2002, enabled a rapid development of education
2002, possibilitou um rápido desenvolvimento da throughout the country. The school network was
educação em todo o país. A rede escolar foi ampliada expanded with the new construction of mainstream
com a construção de novas escolas do ensino geral e schools and Medium Polytechnic Institutes in all the
Institutos Médios Politécnicos em todas as províncias, provinces, which provides vocational training for young
o que possibilita a formação profissional de muitos people. In the period 2001 to 2010, a period of peace,
jovens. No período de 2001 a 2010, período de paz, 34,580 new classrooms were built which represents an
construíram-se 34.580 novas salas de aulas que average of 3,842 classrooms built / year. The number of
representa uma média/ano de 3.842 salas de aula students enrolled in education has tripled, from 2 million
construídas, o n.º de alunos matriculados no sistema in 2001 to 6 million in 2010. The number of teachers
de educação triplicou, passando de 2 milhões em employed increased from 58,000 in 2001 to 200,000
2001 a 6 milhões em 2010. O n.º de professores in 2010. In higher education there was the creation of
empregados passou de 58 000 em 2001 a 200 000 em six new public universities in 2009, resulting from the
2010. No ensino superior registou-se a criação de 6 downsizing of the only public university existed until
novas Universidades públicas em 2009, resultantes then. The opening of higher education to the private
do redimensionamento da única universidade pública sector enabled the creation of 22 Institutions of Higher
existente até então. A abertura do ensino superior ao Education, tutored by private entities. This expansion
sector privado possibilitou a criação de 22 Instituições of higher education enabled a tripling of the Number of
de ensino Superior, tuteladas por entes privados. Esta students enrolled in higher education. The number of
expansão do ensino superior possibilitou a triplicação young graduates is every year increasing, with strong
do n.º de estudantes matriculados no ensino superior. positive implication in the lives of many families. Under
O número de jovens graduados é, a cada ano, cada vez the policies of reconstruction and development of
maior, com forte implicação positiva na vida de muitas Angola, the development of the Education Sector is of
famílias. No âmbito das políticas de reconstrução crucial importance, constituting a strategic fight against
e desenvolvimento da República de Angola, o poverty and illiteracy, promoting health, reducing
desenvolvimento do Sector da Educação assume social inequalities and gender in socio-economic
uma importância crucial, constituindo um vector recovery and the consolidation of a democratic society
estratégico no combate à pobreza e ao analfabetismo, and law.
na promoção da saúde, na redução das desigualdades
sociais e de género, na recuperação socioeconómica e KEYWORDS: Peace Accords, Education System,
na consolidação de uma sociedade democrática e de Higher Education, Development.
direito.
PALAVRAS-CHAVE: Acordos de Paz, Sistema de
1 Reitor da Universidade Lueji A´Nkonde (ULAN), Lunda Norte, Lunda Sul,
Educação, Ensino Superior, Desenvolvimento. Malanje – República de Angola. Email: samuel.victorino@ulan.ac

Revista Dialogos: pesquisa em extensão universitária. IV Congresso Internacional de


Pedagogia Social: domínio sociopolítico. Brasília, v.17, n.1, jun, 2012
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reconstrução nacional da República de Angola, p . 9 - 16

RESUMO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO EM Luanda – Engenharia Mecânica, Engenharia Civil,


ANGOLA Engenharia Electrónica, Engenharia de Minas,
Engenharia Química, Engenharia Geográfica,
Quando a República de Angola conquistou a Biologia, Geologia, Medicina e Matemática;
Independência Nacional a 11 de Novembro de 1975, a Nova Lisboa (Huambo) – Letras, Ciências
taxa geral de analfabetismo era de 85% da população, Pedagógicas, Matemática, Geografia, História e
o que revela a dimensão qualitativa e quantitativa Filologia Românica.
dramática da situação sócio - educativa do povo
Em 1976, depois da independência, passou
angolano, cujos efeitos negativos ainda estão presentes
a chamar-se Universidade de Angola (Portaria n.º
quer na estrutura económico-social do País quer nas
77-A/76, de 28 de Setembro).
condições de vida das populações, não obstante os
consideráveis progressos registados no período Pós – Em 1985 (DR n.º 9 – I Série, de 24/10/85),
a Universidade de Angola passou a designar-se
Independência e fundamentalmente após o alcance da
Universidade Agostinho Neto (UAN), em homenagem
paz definitiva a 04 de Abril de 2002.
ao seu primeiro Reitor da Angola Independente e
Na essência, o ensino colonial era Fundador da Nação Angolana.
manifestamente discriminatório para os angolanos,
pois a política educativa colonial não permitia o acesso
O SISTEMA DE EDUCAÇAO EM ANGOLA
democrático das populações aos serviços educativos,
o que explica os elevados índices de subescolarização Com a aprovação da Lei de Bases do Sistema
geral da população. de Educação, Lei 13/01 de 31 de Dezembro de 2001, o
O ensino missionário, quer católico quer país passou a viver uma etapa de transição do Antigo
protestante, teve grande relevância sócio - educativa no Modelo de Sistema de Educação implementado a partir
aumento e na melhoria das condições de escolaridade de 1978, para o Novo Modelo de Sistema de Educação.
de muitos cidadãos, particularmente das regiões rurais O Sistema de Educação está estruturado da
e peri-urbanas. seguinte maneira:
1. Educação Pré-Escolar
O colonialismo português começou a realizar
Jardim de Infância e similares
investimentos razoáveis no domínio da educação
2. Ensino primário
somente a partir da década de 60 em consequência da
1.ª a 6.ª classe
pressão política e militar dos Movimentos de Libertação 3. Ensino Secundário
Nacional e do intenso trabalho político e diplomático 1.º Ciclo – 7.ª a 9.ª classe
da comunidade internacional, alargando assim a rede 2.º Ciclo – 10.ª a 13.ª classe
escolar e permitindo o acesso de angolanos na função 4. Ensino Superior
docente-educativa. 5. Graduação
6. Pós-graduação
Em consequência, o ensino universitário foi
instituído em 1962 (Decreto-Lei 44530 de 21 de O ensino secundário de Angola encontra-se em
Agosto de 1962) com a criação dos Estudos Gerais fase de reformulação, na sequência da Lei n.º 13/01 de
Universitários de Angola, integrados na Universidade 31 de Dezembro de 2001, que prevê a implementação
de um novo sistema de educação em substituição do
Portuguesa.
sistema de 1978.
Em 1968 (Decreto-Lei n.º 48790, de 23 de
No sistema de educação em implementação,
Dezembro), os Estudos Gerais foram transformados o ensino secundário é o estágio seguinte ao ensino
em Universidade de Luanda. Na altura, encontrava-se primário, correspondendo internacionalmente
representada geograficamente apenas em duas das 18 aos níveis 2 e 3 do ISCED (International Standard
Províncias do País, com os seguintes cursos: Classification of Education).

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Organiza-se em dois ciclos sequenciais, com a No ano lectivo de 2002 verificou-se uma
duração total de seis ou sete anos. verdadeira explosão escolar. Este fenómeno de
O 1.º ciclo divide-se em ensino geral e em explosão escolar que teve lugar após o fim do conflito
formação profissional, compreendendo as 7ª, 8ª e 9ª armado (a 04 de Abril foi celebrado um acordo de paz
classes, cada qual correspondendo a um ano escolar. entre as partes), determinou uma grande evolução
O 2.º ciclo divide-se em ensino geral que dos efectivos discentes e docentes no Sistema de
compreende as 10ª, 11ª e 12ª classes, em formação Educação em todos os níveis, com maior incidência no
média normal e em formação média técnica, estas ensino primário. Fontes do GEPE (Gabinete de Estudos
últimas compreendendo as 10ª, 11ª, 12ª e 13ª classes. Planeamento e Estatística) do Ministério da Educação
mostram que, em dez anos, Angola triplicou o n.º de
alunos matriculados (Tabela 1 e Gráfico1).
DESENVOLVIMENTO DA
EDUCAÇÃO EM ANGOLA Este fenómeno de explosão escolar deveu-se,
fundamentalmente, a três factores:
Ensino geral 1. O fim da guerra
Em 1976, com a democratização do ensino após 2. O investimento em infra-estruturas
a independência nacional, registou-se um aumento 3. O recrutamento e inserção de muitos novos
significativo do n.º de alunos no sistema escolar. professores no sistema de educação.

Evolução  dos  alunos  matriculados  nos    diferentes  subsistemas  2001-­‐2010


Antigo  Sistema  de  Educação Novo  Sistema  de  Educação
NIVEIS 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
ALFABETIZAÇÃO 311.373 321.003 404.000 323.470 334.220 366.200 389.637 502.350 517.421 532.943
INICIAÇAO 237.208 278.347 537.378 678.780 895.145 842.361 938.389 711.025 690.375 663.015
PRIMÁRIO 1.472.874 1.733.549 2.492.274 3.022.461 3.119.184 3.370.079 3.558.605 3.851.622 3.967.886 4.189.853
Iº CICLO SECUNDÁRIO 102.301 115.475 164.654 197.735 233.698 270.662 316.664 363.210 406.795 507.125
IIº CICLO SECUNDÁRIO 89.427 109.762 117.853 159.341 171.862 179.249 194.933 212.347 231.695 253.208
GERAL 20.472 24.283 26.030 30.397 34.442 37.676 41.945 46.698 50.953 55.684
TÉCNICO PROFIS. 31.508 53.018 56.833 67.328 74.235 76.363 85.903 96.635 105.440 115.230
FORMAÇÃO PROF. 37.447 32.461 34.990 61.616 63.185 65.210 67.085 69.014 75.302 82.294
ENSINO ESPECIAL 4.357 7.406 10.939 11.710 12.661 14.171 16.213 18.439 20.282 22.310
TOTAL 2.217.540 2.565.542 3.727.098 4.393.497 4.766.770 5.042.722 5.414.441 5.658.993 5.834.454 6.168.454
 
Tabela 1: Evolução do n.º de alunos matriculados nos vários níveis de 2001 a 2010.
Fonte GEPE/MED (compilação de J. Cabral)

 
Gráfico 1: Evolução do n.º de alunos matriculados nos diferentes subsistemas

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1. O fim da guerra O número de salas de aula nos níveis do Ensino


Primário e Secundário era de 19.012 em 2002, passando
O impacto do fim da guerra no Sector da
para 53.592 salas de aula em 2010 (Tabela 2 e Gráfico
Educação, no primeiro ano após conflito, traduziu-se
2), o que significa uma taxa de crescimento de 165,71%.
num aumento de efectivos escolares de 1.158.023 Neste período, construíram-se 34.580 novas salas de
alunos (Cabral, J. 2010). A liberdade de movimentação aulas que representa uma média/ano de 3.842 salas de
facilitada pelo fim da guerra, nos dois primeiros anos, aula construídas (Cabral, J. 2010).
2003 e 2004, provocou a expansão significativa destes
Deve-se referir que não houve apenas uma
números, ilustrados na Tabela 1 e Gráfico 1. evolução no n.º de salas de aula, como também
registou-se uma melhoria significativa na qualidade
2. O investimento em infra-estruturas
das infraestrturas escolares como ilustram as Imagens
Com o fim da guerra em 2002, no âmbito do 1 e 2.
Programa de Investimentos Públicos do Governo e com Notável foi também o desenvolvimento a
o apoia das comunidades e participação dos parceiros nível do ensino técnico profissional. Ao todo foram
nacionais e estrangeiros, foram erguidas, reabilitadas e construídos 34 Institutos Médios Politécnicos em todas
apetrechadas escolas em todas as províncias. as províncias, como ilustra o Quadro 1.

Evolução  de  salas  de  aula  nos  níveis  de  ensino  2001-­‐2010  
Antigo  Sistema  de  Educação Novo  Sistema  de  Educão  
Ano 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Nivel
Primário 17.236 25.436 33.950 35.665 37.380 41.343 45.608 46.976 48.386
Secundário,  1º  Ciclo 1.225 1.269 1.421 1.809 2.197 2.796 3.467 3571 3678
Secundário,  2º  Ciclo 551 571 640 814 995 1.194 1.441 1484 1529
Total  Geral 19.012 27.276 36.011 38.288 40.572 45.333 50.516 52.031 53.592  
Tabela 2: Evolução do n.º de salas de aula no período de 2001 a 2010
Fonte GEPE/MED (compilação de J. Cabral)

 
Gráfico 2: Evolução do n.º de salas de aula no período de 2001 a 2010

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O Estado angolano implementou, nos últimos


anos, consideráveis melhorias no salário dos
professores, o que tem facilitado também o processo
de recrutamento de novos professores.

3.2 Ensino superior


O sistema universitário passou, essencialmente
desde 2000, por uma expansão muito notável.
A Universidade Agostinho Neto – UAN - (única
Imagem 1: Crianças estudando numa escola Universidade pública) passou a dispor de cerca de 40
destruída na cidade do Kuito faculdades, espalhadas pelas principais cidades do país.

3. Evolução do corpo docente (professores) Em 2009, a UAN sofreu um processo de


redimensionamento (Decreto 5/09), do qual resultou
De 2001 a 2010 os efectivos de docentes
a criação de seis novas Universidades Públicas, de
cresceram apresentando taxa média de crescimento carácter regional (Decreto 7/09, de 12 de Maio). Assim
anual de 14,54%. a UAN deixou de ser a Universidade nacional com
Em 2001 o número total de docentes era de presença em todas as províncias do país, passando
58.439, em 2010 o Ministério da Educação contava com a exercer a sua acção na região de Luanda e Bengo.
200.698 efectivos em todo o território nacional. (Tabela 4 e Mapa 1)

Ao longo do período de 2001 a 2010, o quadro de O panorama de Instituições de Ensino Superior


crescimento dos efectivos docentes é o espelhado na ficou enriquecido com o surgimento do ensino
Tabela 3 e no Gráfico 3. superior privado. Em 1998 foi fundada a primeira, a

Imagem 2: Infraestrutura escolar moderna na Província da Lunda Norte.

Criação de 34 Institutos nas 18 províncias com 9 áreas de formação e 36 cursos;

17 Institutos Médios Politécnicos:


§ 2 (dois) – Benguela § 1 (um) – Huambo
§ 1 (um) – Bié § 1 (um) – Kwanza Sul
§ 1 (um) – Huíla § 1 (um) – Bengo
§ 1 (um) – Cabinda § 1 (um) – Lunda Norte
§ 1 (um) – Lunda Sul § 1 (um) – Namibe
§ 1 (um) – Uíge § 5 (cinco) – Luanda

11 Institutos Médios de Administração e Gestão:


§ 1 (um) – Huambo § 1 (um) – Bié
§ 1 (um) – Benguela § 1 (um) – Namibe
§ 1 (um) – Uíge § 1 (um) – Moxico
§ 1 (um) – Zaire § 1 (um) – Kuando Kubango
§ 1 (um) – Cunene § 2 (dois) – Luanda

6 Institutos Médios Agrários:


§ 1 (um) – Bié § 1 (um) – Malange
§ 1 (um) – Kwanza Norte § 1 (um) – Kwanza Sul
§ 1 (um) – Uíge § 1 (um) – Huambo
Fonte: GEPE
 
Quadro 1: Institutos Médios Politécnicos

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Ano lectivo 2.001 2.002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Primário 43.304 44.243 73.107 73.192 75.569 77.869 79.939 80.977 89.977 89.977
Secundário, 1º Ciclo 8.096 8.313 34.325 34.889 35.663 36.200 39.920 43.719 43.719 53.012
Secundário, 2º Ciclo 5.038 5.486 5.353 5.442 8.482 10.946 19.493 21.997 21.997 57.709
Total Geral 58.439 60.044 112.785 113.523 119.714 125.015 139.352 146.693 155.693 200.698
Tabela 3 - Evolução do Corpo Docente, 2001-2010
Fonte GEPE/MED (compilação de J. Cabral)

Gráfico 3: Evolução do corpo docente (n.º de professores) no período de 2001 a 2010

Universidade Católica de Angola a qual se seguiram praticamente uma triplicação do n.º de estudantes
várias outras, perfazendo, actualmente 22 Instituições universitários. Este é, sem dúvidas, um reflexo claro
de Ensino Superior Privadas (Universidades e Institutos dos efeitos da paz alcançada em 2002.
Politécnicos).
Deve-se notar, no entanto, que apesar disto, o
A expansão do ensino superior em todo o país número de candidatos ao ensino superior, que fica sem
originou consequentemente o crescimento significativo acesso por falta de vaga é ainda considerável. No ano
do n.º de estudantes a frequentarem o ensino superior. académico 2012, só na UAN, participaram nos exames
Estatísticas do Ministério do Ensino Superior e da de acesso cerca de 40 000 candidatos tendo sido
Ciência e Tecnologia (MESCT) apontam para 139 500 o absorvidos apenas 10%. Nas outras Universidades, a
número de estudantes matriculados no ensino superior capacidade d absorção dos candidatos não excede os
em todo o país. Este valor, se comparado com os 50 477 50%. Significa que, no geral, metade dos candidatos
estudantes existentes na UAN em 2008 (relatório da que tenta uma vaga numa Instituição de Ensino
UAN 2008), na altura Universidade nacional, representa Superior não consegue entrar.
Região  académica  (RA)  e  suas  províncias   Nome  da  Universidade    
RA  I  (Luanda  e  Bengo)   Universidade  Agostinho  Neto  
RA  II  (Benguela  e  Kuanza  Sul)   Universidade  Katyavala  Buila  
RA  III  (Zaire  e  Cabinda)   Universidade  Onze  de  Novembro  
RA  IV  (Lunda  Norte,  Lunda  Sul  e  Malanje)   Universidade  Lueji  A´Nkonde  
RA  V  (Huambo,  Bié  e  Moxico)   Univ  José  Eduardo  dos  Santos  
RA  VI  (Huíla,  K.  Kubango,  Namibe  e  Cunene   Univ  Mandume  ya  Ndemufayo  
RA  VII  (Uíge  e  Kuanza  Norte)   Universidade  Kimpa  Vita)  
 
Tabela 4: Distribuição das Universidades por região académica

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Mapa 1: Distribuição geográfica das regiões académicas

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS na promoção da saúde, na redução das desigualdades


sociais e de género, na recuperação socioeconómica e
No âmbito das políticas de reconstrução
na consolidação de uma sociedade democrática e de
e desenvolvimento da República de Angola, o
direito.
desenvolvimento do Sector da Educação assume
uma importância crucial, constituindo um vector A expansão da rede escolar no subsistema do
estratégico no combate à pobreza e ao analfabetismo, ensino geral e a expansão do ensino superior a todas
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as províncias originaram o aumento dos efectivos


estudantis nestes níveis de ensino, corporizando uma
verdadeira massificação do ensino.
Depois desta fase de massificação deverá
impreterivelmente ter lugar um processo de melhoria
gradual da qualidade da formação nos vários níveis.
Actualmente está a decorrer o processo de avaliação
dos resultados da implementação da reforma do
sistema de educação. No ensino superior está em
curso a preparação da avaliação preliminar dos
cursos ministrados pelas várias Instituições de Ensino
Superior. Para tal foi já criado o Instituto Nacional de
Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (INAAES).
Todos os esforços que estão a ser empreendidos
têm como pano de fundo a criação de condições
propícias para a formação do novo homem angolano,
consciente das suas responsabilidades para com a
nação e comprometido com a consolidação da paz, da
democracia e do respeito pela dignidade humana.

MATERIAL CONSULTADO

1 - Relatório da fase de experimentação do Ensino


Primário e do 1º Ciclo do Ensino Secundário. Comissão
de Acompanhamento das Acções da Reforma Educativa
(CAARE). Setembro de 2010 Joaquim Cabral – Coordenador.
Ministério da Educação da República de Angola.

2 – Universidade Agostinho Neto (2008): Relatório anual.


EDUAN Editora.

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