Associativismo - Sociologia 2

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 30

ASSOCIATIVISMO

Caio Barbosa Pedro Allef Antonio Francisco Lucas de Sousa Luiz Vinicius

Utilizou-se a expresso associativismo para dar conta, de maneira genrica, de todas as possibilidades de cooperao organizada entre pessoas fsicas para a realizao de um determinado objetivo. Isso implica, portanto, a hiptese de que tal cooperao organizada possa ter ou no correspondncia com as figuras organizacionais de associao entre pessoas (fsicas e jurdicas) previstas em lei. Ademais, o associativismo identificado poder ter ou no sua existncia legalizada. Associativismo uma organizao resultante da reunio legal entre duas ou mais pessoas com ou sem personalidade jurdica, para a realizao de um objectivo comum. Associativismo qualquer iniciativa formal ou informal que rena pessoas ou outras sociedades jurdicas com objectivos comuns, tendo em conta superar dificuldades e gerar benefcios para os seus associados.

A vida associativa um instrumento de exerccio da sociabilidade. Por meio dela voc conquista novos amigos, expande seus conhecimentos, exercita a liderana e atua como agente transformador da sociedade. (Tom Coelho)

Ncleo ou grupo de produo: Associao: Centrais de associaes:


Uma sociedade civil, sem fins lucrativos, cujo objetivo bsico efetuar a coordenao de associaes de produtores rurais de reas oficiais de reforma agrria.

Grupo(em assentamento):
Grupo coletivo envolvendo parcela dos trabalhadores de um assentamento Grupo semi-coletivo envolvendo parcela dos trabalhares de um assentamento Grupo de produo envolvendo parcela dos trabalhadores de um assentamento

Coletivo:
Todos, ou apenas parte dos trabalhadores rurais do assentamento, participam em atividades integralmente coletivas

Condomnio:
Forma de apropriao da terra. Ainda que haja parcelamento da terra esta apenas usufruda a partir de um plano global de explorao de todo o assentamento. H, tambm , condomnios por ramo de atividade, como o de produo de leite. Nestes casos no est implcita a apropriao da terra mas, apenas, a gesto da comercializao do produto e ou subproduto.

Cooperativa: Caixa agrcola:


Considerada vulgarmente como uma pr-cooperativa. Essa forma de cooperao financeira, uma espcie de caixa de auxlio mtuo, foi adotado como alternativa para a cooperativa, esta muito desgastada desde a dcada de 60 por terem sido criadas inmeras delas a partir de programas polticos de agncias financeiras, em particular nos Estados do Maranho e Par. Adota os princpios institucionais de uma cooperativa.

Mutiro: Troca de dias de servio:


Forma simples de cooperao em que membros de uma famlia singular ajudam, numa atividade determinada, outra famlia singular, ficando a famlia que foi beneficiada com a ajuda de terceiros devendo a eles fora de trabalho similar recebida. Forma de ajuda mtua tradicional em todas as regies do pas.

Cooperao entre famlias vizinhas, famlias com afinidades e ou com relaes de consanguinidade. Em mdia, cada grupo produo constitudo de 5 a 15 famlias.

Entre parte dos trabalhadores de um assentamento, seja para a realizao de determinadas atividades produtivas, seja por localizao geogrfica como as linhas de assentamentos (norte) ou comunidades e ou povoados de um assentamento (nordeste); Entre todos os trabalhadores rurais de um mesmo assentamento (Presentes em todos os assentamentos do pas, menos naqueles em que a representao do assentamento perante seu ambiente d-se atravs de cooperativas e caixas agrcolas)

De prestao de servios - CPS, De prestao de servios regionais De crdito De produo e de prestao de servios - CPPS De produo agropecuria - CPA Centrais de cooperativas - CCA

Forma simples de cooperao entre pessoas ou famlias para a realizao de um atividade, seja para benefcio de uma famlia individualmente ou para a concretizao de infraestrutura econmico ou social de uso coletivo, para no estando presente a diviso tcnica do trabalho cooperado. Uma forma de ajuda mtua que ocorre em todas as regies do pas. No h remunerao pelo trabalho realizado mas, sim, compromisso moral de reciprocidade.

O associativismo nasceu da necessidade de os homens somarem seus esforos para alcanar um objetivo comum. No princpio este objetivo era a sobrevivncia da espcie humana. Posteriormente, transformou-se na necessidade de enfrentar as mudanas impostas pelo sistema econmico mundial. Nas sociedades primitivas, nossos ancestrais se utilizavam da caa para conseguir sua alimentao e, devido aos poucos recursos, organizavam-se em grupos que, posteriormente, originaram as famlias. Portanto, a cooperao no ato irracional, produzido por instinto. Ela uma resposta criativa do homem frente aos desafios da natureza.

O processo de colonizao do Brasil teve a participao ativa do ndio e dos negros provenientes do continente africano. Tanto uns como os outros tinham sua organizao social baseada na tribo e praticavam o comunitarismo agrrio, onde havia o respeito mtuo, o sentido de justia e a liberdade era atitude que fortalecia a participao de todos no processo de constituio da tribo. A violncia do colonizador obrigou-os ao trabalho escravo, base da economia do Brasil Colnia. No caso dos negros, foram capturados ou comprados na frica e transportados em navios negreiros para o Brasil. Foram muitas as reaes dos ndios e negros a este tipo de dominao e em decorrncia surgiram diferentes formas de cooperao organizada, descritas a seguir.

As relaes das associaes dos trabalhadores rurais nos assentamentos, nas suas diversas formas de mediao, com o mercado, so muito precrias em mais de 90% dos assentamentos do pas. Isso deve-se inexistncia de produto excedente em quantidade e qualidade que sustente essas relaes. A nvel nacional, muito pequeno o nmero de assentamentos que mantm relaes frequentes e estveis com o mercado. Essas relaes, quando frequentes do-se de forma bastante elementar, sendo que em 50,35 % dos casos no pas (Censo, 1996) os trabalhadores rurais entregam seus produtos a atravessadores. Na regio sul essa percentagem alcana apenas 27,72, na sudeste 30,26 %, enquanto que na regio nordeste atinge 60,98 %, na regio norte 57,09 % e na centro-oeste 41,06%. Os baixos rendimentos das famlias assentadas no lhes proporciona excedentes comercializveis e quando h algum excedente da produo de subsistncia a venda d-se episodicamente e pelo prprio trabalhador rural, ou seja, sem mediao de alguma associao.

Portanto, as relaes dos trabalhadores rurais assentados com o mercado de produtos e insumos s ocorre em condies,face mdia geral, muito especiais e que necessitam reunir: assentamentos em locais com condies edafo-climticas favorveis produo agropecuria, o que no o caso de mais de 80% dos assentamentos no pas. sabido que os projetos de assentamentos tem sido implantados em terras de baixa qualidade (s a regio do nordeste brasileiro responde por 41,75 dos projetos e por 39,68 % dos beneficirios do pas); produo para o mercado e possibilidades fsicas e econmicas de acesso ao mercado competitivo (no norte do pas os mercados para os assentados so regidos por condies oligopsnicas e ou monofnicas). A regio norte e centrooeste do pas respondem por 36,84 % dos projetos e por 49,03 % do total de beneficirios do pas.; nveis de associativismo que permitam a alocao tima dos recursos captados externamente ao assentamento e que desenvolvam a potencializao da foras produtivas.

Onde as relaes com o mercado ocorrem de forma mais intensa so naqueles assentamentos onde aquelas pr-condies acima citadas esto reunidas. E onde as organizaes mediadoras j exercitam a profissionalizao das suas atividades. Isso evidente em todas as CPAs, CPPS e CPS no sul e no sudeste do pas. As associaes gerais de assentamentos, os grupos semi-coletivos e as associaes de grupos de produtores, entre tantos outros, tendem a profissionalizar seus quadros para darem conta das exigncias de competio no mercado. H vrias situaes em que a cooperativa do assentamento ou uma associao de trabalhadores rurais apenas orienta os produtores na comercializao do produto mas, ela mesma, no assume a tarefa da comercializao. Em outros casos a cooperativa do assentamento apenas realiza uma etapa da comercializao, por exemplo, secar e guardar o arroz para garantir qualidade, mas a comercializao realizada pelo trabalhador rural assentado isoladamente.

As relaes dos trabalhadores rurais das reas oficiais de reforma agrria com o Estado d-se atravs de duas mediaes bsicas: do lado do Estado, ou seja, do espao pblico da questo agrria, apresentam-se os organismos governamentais, em especial o MEPF, o INCRA, os organismos dos governos estaduais ligados questo fundiria, os bancos repassadores dos recursos dos programas especiais dos governos e as EMATERs; do outro lado, o da sociedade civil, as associaes gerais e as cooperativas dos assentamentos, os sindicatos de trabalhadores rurais, a CONTAG, o MST e a CONCRAB. Nessas relaes atuam, indiretamente, as ONGs. Essas mediaes abordam, de maneira geral, dois temas bsicos: a questo da terra e os financiamentos para a produo e para a infraestrutura social nos assentamentos. Outros temas so decorrentes desses dois, como os servios de assistncia tcnica, o equacionamento do conflito social, o reassentamento de trabalhadores rurais excedentes, etc.

Nessas relaes Estado - sociedade civil as mediaes desempenham papel imprescindvel, pois, no h possibilidade efetiva do cidado atomizado relacionar-se com o Estado: sempre necessria uma mediao e dos dois lados. Nesse sentido, essas relaes so sempre polticas e, supostamente, entre dois sujeitos. Sendo essa relao poltica a histria de cada assentamento tem peso fundamental. As alternativas so: o assentamento produto de uma luta direta dos trabalhadores rurais sem terra pela obteno de terra (ocupao da terra ociosa) ou a iniciativa partiu do governo no processo desapropriao / aquisio e depois assentamento.

Cooperao Financeira
A necessidade de recursos financeiros um dos principais problemas que se deparam s empresas, principalmente s recentemente criadas. Os recursos financeiros determinam as limitaes, as oportunidades, e as possibilidades de qualquer empresa, sendo especialmente relevantes quando se implementa um projeto ou uma iniciativa. As dificuldades financeiras so particularmente relevantes no caso das PME, o que obriga as empresas a procurar novas frmulas para resolver, ou pelo menos atenuar, as mesmas. Entre outras opes, destaca-se a possibilidade de fazer um acordo de cooperao
A cooperao financeira pode surgir sob a forma de:

a) b) c)

"Joint venture" ; "Leveraged Buy-Out"; Sociedade de intermediao financeira

a)

"Joint-venture"

Urna "joint-venture" resulta de um compromisso entre duas ou mais empresas, economicamente independentes, com o objetivo de realizar uma operao empresarial, geralmente complementar em relao sua atividade. Consiste, portanto, num acordo entre vrias empresas para investigar, fabricar e/ou vender um ou vrios produtos e tcnicas, no base do qual: Os cooperantes contribuem com participaes de capital, bens, clientes, tcnicas ou conhecimentos; Cria-se uma entidade econmica ou uma sociedade jurdica independente, na qual os parceiros sero as empresas-me (que participaro no capital social dessa entidade); A "joint-venture" controlada conjuntamente pelas empresas cooperantes que tambm determinam a sua atividade.

b) "Leveraged buy-out"
Um "leveraged buy-out" (LBO) consiste na aquisio de uma empresa com poucos fundos prprios e com a cooperao financeira de outros scios que pode representar uma percentagem muito elevada do total da dvida. O apoio financeiro externo garantido pela capacidade de endividamento da empresa adquirida, pelas suas disponibilidades e/ou ativos facilmente realizveis, e pela capacidade de gerar fundos em exerccios futuros.

c) Sociedade de intermediao financeira


A denominao de sociedade de intermediao financeira abrange diversas modalidades de cooperao entre empresas (pblicas e privadas), organismos pblicos, entidades financeiras, etc. Destina-se a fomentar novos projetos (especialmente os das PME). Esta cooperao consiste na participao financeira no capital social da empresa, na concesso de capital de risco ou, apenas, na concesso de garantias, a fim de facilitar o acesso ao crdito.

Pode surgir sob a forma de: a) "Franchising" b) "Piggy-back" c) Consrcio de empresas para a comercializao d) Grupo de exportadores e) Clube de empresas f) Antena coletiva

a) "Franchising
Uma das principais formas de cooperao comercial o "franchising". Consiste num contrato entre duas empresas atravs do qual uma empresa ("franchisador") concede a outra ("franchisado") o direito de explorar uma marca, produto ou tcnica de sua propriedade num determinado territrio sob determinadas condies. Em troca, a empresa "franchisada" compromete-se a cumprir as suas obrigaes e a remunerar financeiramente a empresa "franchisadora", direta ou indiretamente.

b) O "Piggy-back
O "Piggy-Back" permite a uma empresa (suporte) colocar a sua infra-estrutura de vendas no estrangeiro disposio de outra ("suportada" ), em determinadas condies. Esta modalidade facilita o acesso das PME (que actuam como empresas "suportadas") aos mercados externos, atravs da sua prpria marca, aproveitando a rede de comercializao - distribuio de empresas mdias e sobretudo grandes. Em troca, estas ltimas recebem uma comisso e, em certos casos, o pagamento de um direito de entrada.

c) Consrcio de empresas para a comercializao


Os consrcios de empresas para a comercializao so uma forma de cooperao tradicional, em que um grupo de empresas se associa para desenvolver uma ao conjunta, atravs da criao de uma nova empresa cujo objetivo a prospeco de mercados para, posteriormente levar a cabo uma ao de comercializao conjunta.

d) O Grupo de exportadores
Um grupo de exportadores consiste numa associao de tipo horizontal que envolve vrias empresas do mesmo setor, com o objetivo de criar instalaes de venda comuns. Os objetivos pretendidos com a criao de grupos de exportadores so a procura, estudo, introduo e acompanhamento de mercados de exportao e facilitar o acesso aos mesmos.

Cooperao tecnolgica: a) Licena de explorao de patentes e marcas b) Contratos de assistncia tcnica

a)

Licena de explorao de patentes e marcas

A licena de explorao um dos expedientes legais mais usados hoje pelos titulares de direitos de propriedade industrial (sobretudo os relativos a patentes, desenhos ou modelos, e marcas), seja como um meio para rentabilizar os seus investimentos em proteo e defesa dos seus direitos, seja como meio de viabilizao de uma explorao mais deslocalizada territorialmente, permitindo um estreito controle sobre a utilizao dos bens protegidos.

Obrigado!

Você também pode gostar