Tosi PPT Liberdade Igualdade Fraternidade
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1 Mdulo
LIBERDADE, IGUALDADE E
FRATERNIDADE
NA CONSTRUO DOS DIREITOS
HUMANOS
Giuseppe Tosi
Professor do Departamento de Filosofia e membro do Ncleo de
Cidadania e Direitos Humanos da Universidade Federal da Paraba.
Doutor em Filosofia pela Universidade de Pdua, Itlia.
O Estado de natureza
E uma poca real ou imaginria onde os homens viviam
naturalmente, antes de formar uma sociedade civil
organizada.
Segundo Hobbes os homens no estado de natureza
viviam em uma condio de guerra permanente, cada
um querendo os seus direitos e se chocando com os
direitos dos outros.
Por isso, preciso sair do estado de natureza para
formar o Estado civil, onde os direitos, teoricamente
ilimitados, mas praticamente inviabilizados, seriam
garantidos.
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As leis de natureza
So os princpios racionais que indicam ao homem
como sair do estado de natureza e garantir a paz.
Se o homem fosse um ser somente de razo
seguiria estas leis sem preciso de ser forado a
tanto, mas como ele tambm um ser de paixo
preciso que intervenha uma fora para obrig-lo a
seguir essas leis.
O Pacto Social
um acordo entre os indivduos livres para a
formao da sociedade civil que, desta maneira,
supera o estado de natureza. O preo a pagar a
perda da liberdade absoluta que cada um gozava no
estado natural para entreg-la nas mos do soberano.
O poder que se constitui a partir do pacto tem sua
origem no mais em Deus ou na natureza, mas no
consenso entre os indivduos. Nasce a idia do
povo ou da nao como origem e fundamento do
poder.
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O Estado
Os filsofos jusnaturalistas admitem vrias formas de Estado;
Hobbes defende o poder nico do soberano, sem diviso dos
poderes e com a controle da religio por parte do Estado
(concepo absolutista);
Locke o modelo da diviso dos poderes entre o Rei o e
Parlamento, sendo o parlamento a fonte originria do poder e
admite a tolerncia religiosa, ou seja a existncia de mais
religies no mesmo Estado (monarquia constitucional ou
parlamentar de tipo liberal);
Rousseau defende um modelo de Estado em que a
Assemblia Geral representa diretamente a vontade geral
(modelo democrtico);
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Os direitos naturais
Todos os jusnaturalistas modernos afirmam que o
Estado nasce da associao dos indivduos livres para
proteger e garantir a efetiva realizao dos direitos
naturais inerentes aos indivduos, que existiam antes
da criao do Estado e que cabe ao Estado proteger.
Para Hobbes trata-se, sobretudo, do direito vida,
para Locke do direito propriedade, para Rousseau e
Kant do nico e verdadeiro direito natural, que inclui
todos os outros, isto , a liberdade entendida como
autonomia do sujeito.
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A tolerncia
A idia de tolerncia religiosa, proposta por Locke na Carta sobre a
tolerncia e divulgada pelos iluministas, muda progressivamente a relao
entre Estado e Igreja, tornando a religio um assunto no mais pblico,
mas privado.
Ao mesmo tempo, a liberdade de religio impulsiona tambm a liberdade
pensamento, de expresso, de imprensa fortalecendo assim a esfera
privada do cidado e o mbito dos direitos civis.
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As Revolues burguesas
Essas doutrinas surgiram nos sculos XVII e XVIII,
no perodo de ascenso da burguesia que estava
reivindicando uma maior representao poltica
frente nobreza e ao clero.
Elas forneciam uma justificativa ideolgica aos
movimentos
revolucionrios
que
levariam
progressivamente dissoluo do mundo feudal e
constituio do mundo moderno.
Todas as grandes revolues liberais dos sculos
XVII e XVIII proclamaram os direitos humanos:
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http://rinnaldoalves.blogspot.com/
http://ceticismo.files.wordpress.com/
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http://www.historianet.com.br
http://www.historianet.com.br
Os excludos
Apesar da afirmao de que os homens nascem e so livres
e iguais, uma grande parte da humanidade permanecia
excluda dos direitos.
Os escravos no tinham direitos.
As mulheres no sujeitas de direitos iguais aos dos homens.
Em todas estas sociedades liberais europias s podiam votar
os homens adultos e ricos, os pobres e os analfabetos no
podiam participar da vida poltica.
Enquanto na Europa proclamavam-se os direitos universais,
tomava um novo impulso o grande movimento de colonizao
e de explorao dos povos extra-europeus; assim, a grande
parte da humanidade ficava excluda do gozo dos direitos.
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Igualdade: o socialismo
A tradio liberal dos direitos do homem - que vai do
Sculo XVII at a metade do Sculo XIX, aboliu os
privilgios do Antigo Regime, mas criou novas
desigualdades.
http://www.anarchistblackcross.org
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http://blogdoziggy.blogspot.com/
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Socialismo revolucionrio
Em relao aos direitos do homem, o movimento
socialista se dividiu: uma corrente, a partir da crtica
radical de Marx aos direitos humanos enquanto direitos
burgueses, vai privilegiar os direitos econmicos e
sociais em detrimento dos direitos civis e polticos.
http://www.pco.org.br
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As revolues comunistas
A corrente do marxismo-leninismo revolucionrio se
tornar ideologia oficial dos regimes comunistas e
totalitrios do sculo XX:
Unio Sovitica e Leste Europeu;
China, Vietn, Coria;
Cuba.
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O socialismo reformista
A outra corrente doutrinria o socialismo reformista
ou social-democrtico que procurar
conciliar os
direitos de liberdade com os direitos de igualdade
mantendo-se no marco do sistema capitalista e do
estado liberal de direito, aprofundando a democrtica.
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http://derechodirittodroit.tripod.com/id11.html
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http://www.fourletterword.org.uk/
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Fraternidade:
a doutrina social da Igreja Catlica
A mensagem bblica contm um forte chamamento
fraternidade universal: o homem foi criado por Deus,
sua imagem e semelhana, e todos os homens so
irmos porque filhos de um nico Pai; por isso, o
homem possui uma intrnseca dignidade.
A doutrina cristos direitos naturais, considera como
naturais alguns direitos e deveres fundamentais que
Deus imprimiu no corao de todos os homens
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http://raizculturablog.files.wordpress.com
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http://www.rumoatolerancia.fflch.usp.br
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http://www.boingboing.net
http://i143.photobucket.com
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http://www.allied.com.br/
A teologia da libertao
No podemos esquecer a contribuio aos direitos
humanos, da teologia da libertao latino-americana com
as obras, entre muitas, dos telogos Gustavo Gutierrez no
Peru, Leonardo Boff e Jos Comblin no Brasil e do filsofo
e historiador argentino Enrique Dussel.
A partir do Conclio Vaticano II e das Conferncias
Episcopais de Medelln e Puebla, onde foi proclamada a
opo pelos pobres, setores da Igreja catlica iniciaram um
movimento de ruptura da antiga aliana, que durava desde
os tempos coloniais, com a estrutura tradicional do poder
para se engajar na luta de libertao dos pobres e dos
oprimidos.
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http://rogeliocasado.blogspot.com/
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http://www.redhbrasil.net/
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