HISTÓRIA 1 Ano - Aula 04
HISTÓRIA 1 Ano - Aula 04
HISTÓRIA 1 Ano - Aula 04
NOME DO ESTUDANTE:----------------------------------------------------------------------
ÁREA DO CONHECIMENTO: CIÊNCIAS HUMANAS
COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA PROFESSORA: BÁRBARA LOUZADA
TURMA: 1024 e 1025 TURNO: Manhã DATA:
CIDADANIA:
Cidadania [latim civitas, significa "cidade"], é um conjunto de liberdades e obrigações políticas, sociais e
econômicas ao qual um cidadão está sujeito em relação à sociedade em que vive. Cidadão "[De cidade + -ão], indivíduo
no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado, ou no desempenho de seus deveres para com este. (Dicionário
Aurélio)".
1-. O conceito de cidadão grego – a partir do ano 594 a.C. - associa-se ao modelo de organização política ateniense
no qual os nascidos em seu território tinham a prerrogativa de participar diretamente das decisões políticas da cidade.
Esta fórmula, entretanto, não entendia como iguais todos os moradores daquela cidade-estado restringindo a cidadania
aos homens livres. Em Roma o termo cidadão não apresentava o mesmo princípio de igualdade observada na Grécia
existindo uma separação de ordem social reservando aos chamados patrícios o direito de ocupar cargos de
governo.
2-. O cidadão moderno – A partir do enfraquecimento do estado absolutista observaremos a ideia de cidadania
associada ao princípio da igualdade entre as pessoas ao contrário do fundamento de privilégios característica dos regimes
monárquicos europeus até o final do século XVIII. A ideia de igualdade, presente, sobretudo no chamado pensamento
iluminista, nasce amparada nos princípios do liberalismo econômico baseada, portanto, na ação do indivíduo em busca
das melhores condições para a sua sobrevivência.
3-. O termo cidadania, em nossos dias, está associado ao exercício pleno dos direitos políticos, econômicos e
sociais da pessoa cuja aplicação está associada diretamente a forma de organização do estado.
REFLITA:
1- Sobre o texto acima marque as afirmativas verdadeiras.
a) Em Atenas todos os moradores da cidade eram considerados cidadãos.
b) Em Roma só os patrícios tinham direito de ocupar cargos políticos.
c) O termo cidadania associado a igualdade de direitos só surgiu com o pensamento iluminista, no mundo
moderno.
d) Hoje cidadania está associado ao exercício de todas as formas de direito (político, econômico e social)
2- Você acha que o povo brasileiro realmente tem seus direitos políticos, econômicos e sociais assegurados?
Justifique?______________________________________________________________________________
Quando se pensa na história dos direitos civis e políticos é unânime pensar na Declaração dos Direitos do Homem
e do Cidadão, aprovada em 26 de agosto de 1789, em plena efervescência da Revolução Francesa, apenas seis semanas
depois da queda da Bastilha. Esse documento tem sido exaltado na história ocidental como fundante dos direitos civis e
políticos. De fato, a Declaração de 1789 teve forte impacto no desenvolvimento das ideias de democracia e liberdade
individual na Europa e no mundo. Contudo, ela não foi a primeira declaração dos direitos e nem foi plenamente respeitada
ao longo da revolução. Encontrou oposição, já que democracia e direitos individuais foram frequentemente considerados
sinônimos de anarquia e subversão. Declaração dos Direitos do homem e do Cidadão A Declaração de Direitos do Homem
e do Cidadão tem um preâmbulo e 17 artigos. O preâmbulo declara que “a ignorância, o esquecimento ou o desprezo
dos direitos do homem são as únicas causas das desgraças públicas e da corrupção dos Governos” contrapondo-se ao
Antigo Regime centrado no absolutismo monárquico e na sociedade de ordem, responsável por usurpar os direitos
naturais do homem. Os 17 artigos combinam direitos de várias categorias concentrando-se nos direitos civis que garantem
a liberdade individual e nos direitos políticos, relativos à participação política. A declaração define os direitos “naturais e
imprescritíveis” como a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão. Reconhece a igualdade,
especialmente perante a lei e a justiça. Por fim, reforça o princípio da soberania popular e da separação entre os poderes.
A Declaração representava um grande avanço pelos direitos básicos do ser humano, apesar de ignorar os direitos sociais
(direito à educação, à saúde, à moradia, ao trabalho etc.). Estes, que servem para garantir mais igualdade (ou menos
desigualdade) entre os cidadãos, seriam conquistados em sucessivos movimentos dos trabalhadores nos dois séculos
seguintes.
Influência da Revolução Americana (1775-1783) A Revolução Americana, que precedeu a Revolução Francesa
(1789-1799), influenciou os debates na Assembleia Nacional francesa em torno da declaração de direitos. A Declaração
de Independência dos Estados Unidos, de 4 de julho de 1776, cujo principal autor foi Thomas Jefferson, baseou-se nas
ideias de governo contratual de John Locke bem como no filósofo iluminista Montesquieu. Seu famoso preâmbulo
declarava que todos os homens são criados iguais e têm direitos inalienáveis à vida, à liberdade e à busca da felicidade.
A constituição foi ratificada pelos treze estados americanos em 1790. Somente depois disso, em 1791, uma
Declaração de Direitos foi incorporada ao texto constitucional como emendas (10 no total). Baseada nos princípios do Bill
of Rights, de 1689, ela garantia a liberdade de expressão, de imprensa, de culto, de reunião e de petição. Os cidadãos
americanos tinham direito a um julgamento rápido e justo, a uma fiança razoável e de portar armas. Não podiam ser
forçados a incriminar a si próprios ou sofrer busca e apreensão injustificada ou punições cruéis e incomuns.
Art.1.º - Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem ter como fundamento a
utilidade comum.
Art. 2.º - A finalidade de toda associação política é a preservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem.
Esses direitos são a liberdade, a prosperidade, a segurança e a resistência à opressão.
Art. 3.º - O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhuma operação, nenhum indivíduo
podem exercer autoridade que dela não emane expressamente.
Art. 4.º - A liberdade consiste em poder fazer tudo o que não prejudique o próximo: assim, o exercício dos direitos
naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos
mesmos direitos. Estes limites só podem ser determinados pela lei.
Art. 5.º - A lei não proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo o que não é vedado pela lei não pode ser
obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene.
Art. 6.º - A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou
através de mandatários, para a sua formação. Ela deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para punir. Todos
os cidadãos são iguais a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo
a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e dos seus talentos.
Art. 7.º - Ninguém pode ser acusado, preso ou detido senão nos casos determinados pela lei e de acordo com as
formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrárias devem ser
punidos; mas qualquer cidadão convocado ou detido em virtude da lei deve obedecer imediatamente, caso contrário
torna-se culpado de resistência.
Art. 8.º - A lei só deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão
por força de uma lei estabelecida e promulgada antes do delito e legalmente aplicada.
Art. 9.º - Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, caso seja considerado indispensável
prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá ser severamente reprimido pela lei.
Art. 10.º - Ninguém pode ser molestado por suas opiniões, incluindo opiniões religiosas, desde que sua
manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei.
Art. 11.º - A livre comunicação das ideias e das opiniões é um dos mais preciosos direitos do homem; todo cidadão
pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos dessa liberdade nos termos
previstos na lei.
Art. 12.º - A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública; essa força é, portanto,
instituída para benefício de todos, e não para utilidade particular daqueles a quem é confiada.
Art. 13.º - Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração é indispensável uma
contribuição comum que deve ser dividida entre os cidadãos de acordo com suas possibilidades.
Art. 14.º - Todos os cidadãos têm direito de verificar, por si mesmos ou pelos seus representantes, a necessidade
da contribuição pública, de consenti-la livremente, de observar o seu emprego e de lhe fixar a repartição, a coleta, a
cobrança e a duração.
Art. 15.º - A sociedade tem o direito de pedir contas a todo agente público pela sua administração.
Art. 16.º - A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos
poderes não tem Constituição.
Art. 17.º - Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser privado, a não ser quando
a necessidade pública legalmente comprovada o exigir e sob condição de justa e prévia indenização