TECNOLOGIAS EM UTI

NEONATAL:
PROFESSORA:CECLIA FARTURA

INTRODUO:

A mortalidade neonatal representa

atualmente 60% das mortes, sendo a maioria
causas evitveis

As principais causas de morte neonatal

incluem: infeces (32%), asfixia (29%),
prematuridade (24%), malformaes
congnitas (10%) e outros (7%)

INTRODUO:

O Baixo peso ao nascer estreitamente

associado maior morbidade neonatal, e
calcula-se que entre 40% e 80% de recmnascidos que morrem no perodo neonatal
sejam a ele associados.

Outras causas indiretas incluem fatores

socioeconmicos como a pobreza, a educao
deficiente, principalmente a educao
materna, a falta de empoderamento, acesso
precrio e prticas tradicionais

INTRODUO:

Essa reduo da morbimortalidade neonatal

esta atrelada a uma srie de intervenes que
buscam a melhoria das condies do pr-natal
e da ateno ao parto e nascimento

A configurao epidemiolgica da sade do

recm-nascido, principalmente baixo peso e
prematuro, faz com que a ateno sade do
neonato precise de uso de tecnologias no
somente para aumentar a taxa de sobrevida,
mas tambm de prestar um cuidado baseado
no desenvolvimento

INTRODUO:

As unidades de terapia intensiva neonatais

representam uma das reas de sade de maior
desenvolvimento tecnolgico.

Essa sobrevivncia significativa e progressivamente

aumentada em resposta melhora dos padres de
qualidade de vida, avanos na nutrio, e no
crescente desenvolvimento tecnolgico em sade.

Todos os avanos tem sido acompanhados por

complicaes, iatrogenias nos cuidados intensivos, no
atraso no desenvolvimento dos neonatos
sobreviventes, e dos efeitos da dor a longo prazo

INTRODUO:

A populao neonatal constitui hoje um

grupo estratgico no que se refere
diminuio da mortalidade infantil, um dos
indicadores de qualidade de vida, do nvel
de sade e do grau de desenvolvimento de
um pas.

Intervenes de carter preventivo, curativo

e de reabilitao, com estratgias de
alcance coletivo dotadas de suporte
financeiro, tecnologia e investimento em
recursos humanos.

INTRODUO:

inquestionvel como a evoluo

tecnolgica modificou o prognstico e a
sobrevida dos recm-nascidos de alto risco,
mas sabe-se que apenas atender a aspectos
fsicos no suficiente

Neste sentido, destacam-se as tecnologias

que abrangem o cliente em sua
integralidade.

INTRODUO:

O final da dcada de 80 e o inicio da dcada de 90,

torna-se um marco importante para assegurar os
direitos do recm-nascido, a partir da Constituio
do Brasil de 1988, Estatuto da Criana e do
Adolescente e da Resoluo no. 41/95 dos Direitos
da Criana e do Adolescente Hospitalizado. No
artigo 7, refere que toda criana tem o direito de
no sentir dor, quando existe meios para evit-la.

As teorias de enfermagem surgem para sistematizar

o cuidado. Comea a existir uma populao
emergente da ps-terapia intensiva: as crianas
dependentes de tecnologia

O que se entende por

Tecnologia do Cuidado??

Entende-se por tecnologia como um

conjunto de conhecimentos, especialmente
princpios cientficos, aplicados a
determinado ramo de atividade.

A tecnologia do cuidado est inserida na

classificao das tecnologias especficas de
Enfermagem, que significa todas as
tcnicas, procedimentos e conhecimentos
utilizados pelo enfermeiro no ato de cuidar
(NIETSCHE; LEOPARDI, 2011)

O principal objetivo da
tecnologia:

aumentar a eficincia da atividade humana nas

mais variadas esferas, e para isso a tecnologia
produz os mais variados objetos para atender s
necessidades da demanda, ou aperfeioa objetos
tornando-os mais durveis ao passo que melhora
a produo ao reduzir o tempo ou o custo.

Podemos dizer assim, que o trabalho tecnolgico

intencional e racional, envolve raciocnio terico
e prtico, conhecimentos sistemticos e
especializados e o resultado s pode ser
alcanado mediante um planejamento eficiente e
o uso cuidadoso de ferramentas.

Como Tudo Comeou:

Entre 1960 e 1970, do sculo passado, a

neonatologia foi desenvolvida como uma
especialidade na Academia Americana de
Pediatria, sendo a tecnologia responsvel
pelos grandes avanos na assistncia aos
recm-nascidos prematuros e de alto risco

Como Tudo Comeou:

A evoluo da forma de cuidar da sade do

recm-nascido se deu com os conhecimentos:
da obstetrcia, pediatria, fisiologia perinatal
consolidando a sua assistncia.

Ate o final do sculo XIX, o recm-nascido era

um ser no valorizado; seu corpo era exibido
junto a um equipamento e gerava curiosidade. O
conhecimento do corpo biolgico do recmnascido prematuro levou a criao de unidades
especializadas para o atendimento de crianas
com maior risco de morte.

admisso na

Admisso na UTI neonatal:

Consiste em receber o RN que apresentar

dificuldades para adaptar se vida extra-uterina
ou patologias que interfiram em sua sobrevida no
primeiro ms. O trabalho em equipe de extrema
importncia devido aos cuidados e s intervenes
que levam estabilidade do RN

O sub-sistema mais fcil de se reconhecer na vida

extra-uterina o autonmico (significa a
manifestao fisiolgica nos neonatos: alterao
da FC, cor da pele, saturao de oxignio), ou seja,
que se correlaciona com a estabilidade do beb.

Admisso na UTI Neonatal:

O segundo subsistema o motor que

envolve atividade e o movimento motor do
prprio beb.

O outro subsistema o estado de percepo

e alerta (uma leve excitao do neonato) e o
interativo que ocorre quando os
profissionais de sade, interagem com o
neonato para mant-los estveis.

Admisso na UTI Neonatal:

Se todos esses sub-sistemas estiverem

equilibrado, tem se a autorregulao

A maior parte destes neonatos to

vulnerveis esto sujeitos a inmeros
procedimentos invasivos e a terapias
necessrias para sua sobrevivncia

Cuidado com Tecnologia:

Quando valorizamos o cuidado meramente

tcnico dicotomizamos o corpo biolgico do
social, deixamos de ver, sentir e adentrar
pelo campo da subjetividade.

Um cuidar que refuta a emoo no processo

de interao com criana, feito atravs de
procedimentos tcnicos, j cuidar que inclui
a afetividade demonstra o carter humano
de ser relacionado com o mundo e com
pessoas

Tipos de Tecnologias:

A tecnologia se faz presente nas diversas

maneiras de cuidar, podendo ser
classificadas em: leve (quando se refere s
relaes, acolhimento, gesto de servios);

Leve-duras (relacionadas aos saberes bem

estruturados, como o processo de
enfermagem);

Dura quando envolvem os equipamentos

tecnolgicos , as normas

TECNOLOGIA LEVE
DO CUIDADO

Tecnologias do cuidado
empregadas no alvio da dor

O sistema neurobiolgico necessrio

nocicepo encontra-se formado entre a 24 e
28 semana de gestao, ou seja, as estruturas
perifricas e centrais necessrias percepo da
dor esto presentes e funcionais nos pr-termos
j ao nascimento.

Os recm-nascidos podem perceber a dor mais

intensamente do que as crianas mais velhas e
os adultos, porque os mecanismos de controle
inibitrio so imaturos, limitando sua capacidade
para modular a experincia dolorosa

Como reconhecer a Dor do RN:

H evidncias de que os neonatos possuem

capacidade neurolgica para perceber a dor, mesmo
os neonatos pr-termo.

As mudanas na atividade facial, associadas aos

estados comportamentais de viglia e sono e ndices
fisiolgicos de batimento cardaco e saturao de
oxignio, tm sido as medidas utilizadas como
indicadores de dor em neonatos acima de 28
semanas de idade gestacional. Recomenda-se que a
avaliao da dor em recm-nascidos seja
multidimensional, utilizando-se medidas fisiolgicas
e comportamentais, envolvendo, portanto,
diferentes parmetros.

Como reconhecer a Dor do RN:

O alvio da dor uma preocupao

constante no sentido de melhorar a
qualidade do cuidado neonatal

A dor, quando intensa, deve ser manejada

com agentes farmacolgicos; os
desconfortos e a dor de menor intensidade,
com medidas no farmacolgicas para
alvio e preveno

Medidas no farmacolgicas
para alvio da dor:

Audio: a resposta neurolgica ao estmulo

auditivo provoca a busca de um senso de
ordem, de uma lgica harmnica nos sinais
recebidos, surgindo assim a sensao de
bem estar

Quando o crebro no consegue processar

de forma lgica um estmulo auditivo de um
simples rudo, entra em fadiga, produzindo
repulsa

Audio

Aliado a audio temos: musicoterapia,

reduo dos rudos ambientais que ajudam
na distrao que desviam o foco de ateno
do RN da dor, reduzindo o estresse

Viso:

A viso o ltimo sistema a se desenvolver

nos fetos (23/30 semana), com 4 horas de
vida os Rn so capazes de reconhecer o
rosto da me numa distncia de 20cm

Com isso estmulos de luz intensos podem

ocasionar danos e alteraes
comportamentais, ritmo biolgico alterado,
sono, diminuio de saturao e dor

Tato:

Includas como medida no farmacolgica

de alvio da dor esto: toque
teraputico/massagem, mudana de
decbito, e me canguru

O toque teraputico pode ser suave

(contato ritmo, pode reduzir as sensaes
dolorosas e promover relaxamento
muscular)

Tato:

A massagem profunda promove

eficazmente alvio da dor.

O toque teraputico e a massagem

teraputica recomendada apenas para
crianas de mais de 30 semanas, pois ainda
no existem trabalhos que comprovem a
efetividade do toque teraputico em RN.

Tato:

O toque com massagem teraputica estimula o

sistema sensorial perifrico e a mielinizao dos
nervos, por aumentar a atividade do hipotlamo
e a produo do hormnio do crescimento

A mudana de decbito uma tcnica eficaz no

controle e na reduo da dor, principalmente
em casos de dor de moderada a intensa. Alvio
da presso sobre proeminncias sseas ou
reas edemaciadas, promover acelerao da
circulao, relaxamento muscular e conforto
generalizado.

Tato:

A mudana de decbito, necessria para

uma postura teraputica, objetiva reduzir a
dor, promover o equilbrio fisiolgico, a
organizao do corpo, o aumento da
atividade da linha mdia e do tnus
muscular.

Esses benefcios amenizam a dor e

promovem desenvolvimento harmonioso do
RN

Tato:

Cuidado tipo Canguru:

Com o objetivo de contribuir para a

mudana de postura dos profissionais e
visando humanizao da assistncia ao
recmnascido, o Ministrio da Sade
lanou, por meio da Portaria n 693, de 5 de
julho de 2000, a Norma de Ateno
Humanizada ao Recmnascido de Baixo
Peso (Mtodo Canguru).

Cuidado tipo Canguru:

Tem como proposta melhorar os cuidados

prestados ao recmnascido prtermo,
visando reduzir os custos da assistncia
perinatal e promover, atravs do contato
pele a pele precoce entre a me e o seu
beb, maior vnculo afetivo, maior
estabilidade trmica e melhor
desenvolvimento

Cuidado tipo Canguru:

Paladar:

suco no nutritiva e chupeta de glicose a

25% para o alvio da dor em RN sendo
evidenciado que a chupeta de glicose a
25% interfere, diminuindo a dor do RN,
liberando serotonina durante qualquer
procedimento doloroso.

Dedo enluvado X Chupeta de

Glicose:

A suco da chupeta libera serotonina

durante os movimentos rtmicos e suco;
isto inibiria a hiperatividade, modularia o
desconforto do RN, diminuindo a dor do RN
a termo e do RN pr-termo.

A suco no nutritiva eficaz na puno

capilar e circunciso, contudo no se
conhece a provenincia desta medida aos
mltiplos estmulos dolorosos.

Dedo enluvado X Chupeta de

Glicose:

Amamentao:

A chupeta influencia o desmame precoce, e

tem mais efeitos deletrios do que
benficos no uso deste artefato.

A questo atualmente pensar se vale a

pena o risco da criana ter o desmame
precoce, e se possvel banalizar o uso da
chupeta como algo incuo.

Amamentao:

Aos pais deve ser oferecido o direito de

escolha, uma deciso assistida aps
esclarecimentos quanto aos riscos, quanto
ao uso da chupeta.

RN amamentados durante procedimentos

dolorosos, como exemplo temos a vacinas,
suportam com maior tranquilidade essas
injrias.

Amamentao:

Olfato:

Os sentidos do olfato e tato juntos

compem um mtodo no farmacolgico de
excelncia no alvio da dor de RN, uma vez
que, quando os pais esto presentes UTIN,
em especial a me, o RN sente seu cheiro e
seu toque carinhoso e afetivo
concomitantemente.

Olfato:

Os pais deparam com um ambiente agressivo,

hostil e frio da UTIN, com aparelhos e
equipamentos modernos, estranho ao
conhecimento dos pais, podendo causar medo.

Tambm preciso lembrar que, quando os pais

encontram uma criana diferente do que foi
idealizado e uma equipe atarefada, pouco
disponvel ao dilogo, podem aflorar o tanto
sentimento de culpa como a experincia de
desamparo.

Olfato:

Esse RN doente inspira cuidados especiais,

e, para assistncia especializada,
separado bruscamente de sua me,
submetido rotina da UTIN, sujeito dor
pelos procedimentos invasivos, ao odor dos
tecidos da incubadora, ao cheiro forte das
substncias usadas nos procedimentos,
alm da manipulao por vrios
profissionais a qualquer momento e nos
horrios definidos das medicaes.

Olfato:

O fato de os pais tocarem seu filho RN

possibilita que sintam o seu cheiro, o que
certamente auxilia o desenvolvimento do
apego, minimiza o estresse decorrente da
separao e, ademais, alivia a dor do RN
em razo de procedimentos invasivos

Vnculo Familiar:

A rede de suporte familiar determinante e,

neste sentido, o estmulo permanncia
dos pais e realizao de visitas pelos
demais parentes pode contribuir de forma
positiva na recuperao do recm-nascido.

Insero da me no cuidado prestado ao

neonato so primordiais, desde que sejam
respeitadas as condies de sade do
binmio me e filho e o desejo da me

Vnculo Familiar:

Incluir a famlia na unidade uma

demanda positiva!!

Tecnologias de preveno das interferncias ambientais

Apesar da importncia para os recm-nascidos

doentes, as UTIN, que deveriam zelar pelo seu
bem-estar em todos os aspectos, muitas vezes
tornam-se um ambiente agressivo, de difcil
adaptao e repleto de interferncias.

Em algumas unidades, os nveis de rudo e luz

so maiores que os permitidos, e a exposio
dos recm-nascidos a esses estmulos
excessivos pode acarretar alteraes tanto
fisiolgicas quanto comportamentais no seu
desenvolvimento.

Tecnologias de preveno das

interferncias ambientais:

O rudo intenso apontado como

responsvel por distrbios comportamentais
nos recm-nascidos, influenciando na
personalidade e diminuindo a capacidade
de enfrentamento, o que leva ao isolamento
social (SOUZA; SILVA; ARAUJO, 2011)

Tecnologias de preveno das

interferncias ambientais:

Tecnologias de preveno das

interferncias ambientais:

A incidncia de luz intensa e contnua na

incubadora pode ser deletria, pois diminui
a saturao de oxignio, podendo causar
estresse, apneia, taquicardia, retinopatia
(CHAVES, 2011).

O controle pupilar do recm-nascido, para

regulao da quantidade de luz incidida na
ris, no existe antes da 30 semana de
gestao.

Tecnologias de preveno das

interferncias ambientais:

A influncia tanto do rudo intenso como da

luz no padro sono/repouso do neonato,
comprometem a manuteno do ciclo
circadiano (dia-noite), prejudicando a
produo cclica de hormnios como o
cortisol, a melatonina e a gonadotrofina; a
regulao da temperatura; a funo
cardiorrespiratria

Tecnologias de preveno das

interferncias ambientais:

Novas tecnologias aplicadas no

cuidado neonatal

Banho de ofur: visa o ganho de apetite e,

consequentemente, ganho de peso, pois o
relaxamento do recm-nascido facilita a
amamentao. H tambm um ganho nas
questes afetivas.

Banho de Ofur:

Realizado com o recm-nascido na posio

vertical imerso em num balde, sendo uma
opo diferente do banho tradicional,
porque oferece uma oportunidade de
relaxamento, proporcionando tambm
segurana e estmulos vivenciados no tero
materno, na posio fetal, alm de
transmitir limites ao corpo, auxiliando em
sua organizao sensorial

Novas tecnologias aplicadas no

cuidado neonatal

BOM DIA!!!

Cuidados Avanados a Clientes

Neonatal e Peditrico::

O profissional de sade devido a sua

prtica diria, a categoria mais capacitada
para analisar de forma crtica e construtiva
a qualidade de artigos e produtos para a
sade, assim como os efeitos colaterais dos
medicamentos e o desempenho de
equipamentos biomdicos presentes no
mercado (ANVISA, 2003).

Cuidados Avanados a Clientes

Neonatal e Peditrico:
Sabemos que a tecnovigilncia est para a
tecnologia, assim como o cuidado est para
a qualidade.
Uma proposta investigativa relacionada
tecnologia e tecnovigilncia emerge da
necessidade da consolidao da
integralidade do cuidado a partir da
dimenso terica associado dimenso
prtica do cuidado realizado no ambiente
hospitalar de alta complexidade.

Cuidados Avanados a Clientes

Neonatal e Peditrico:

A prtica da assistncia neonatal apresenta

atualmente significativo impulso para a
realizao de estudos que visam a sua
eficcia, possibilitando um maior
conhecimento quanto fisiopatologia dos
recm-nascidos, propiciando mudanas nos
conceitos relativos aos cuidados intensivos
na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
(RICHARDSON, 1998).

Cuidados Avanados a Clientes

Neonatal e Peditrico:

Os cuidados intensivos neonatais, segundo

a Academia Americana de Pediatria (IN
BUDETTI, 1980), so todos os cuidados
constantes e contnuos prestados aos
recm-nascidos criticamente doentes

Cuidados Avanados a Clientes

Neonatal e Peditrico:

objetivo dos cuidados intensivos

neonatais promoverem o melhor resultado
para o maior nmero possvel de recmnascidos. No entanto, o alcance de tal
objetivo encerra riscos decorrentes da
probabilidade de um evento inesperado,
implicando tanto em bitos quanto em
perdas econmicas, o que pode, e deve ser
minimizado pela equipe de profissionais
atuantes neste ambiente (STAVIS, 1980).

Cuidados Avanados a Clientes

Neonatal e Peditrico:

De acordo com Leape in Lener (2005) um

recm-nascido internado na unidade de terapia
intensiva neonatal, recebe cerca de 178
intervenes por dia. Assim, devido a essa
grande necessidade de intervenes, os recmnascidos se apresentam extremamente
vulnerveis e, o efetivo desempenho
tecnolgico e profissional, que vai garantir maior
segurana e qualidade na prestao desses
cuidados. Para isso, a equipe deve estar
preparada e possuir alta proficincia nos
cuidados aos recm-nascidos enfermos.

Cuidados Avanados a Clientes

Neonatal e Peditrico:

Atualmente, recursos tecnolgicos vm sendo

empregados no sentido de facilitar a execuo de
procedimentos, sendo uma grande aliada ao
desenvolvimento da assistncia de enfermagem
aplicada aos pacientes/ clientes sob nossos cuidados.

Nas ltimas dcadas, ocorreram significativos avanos

na rea neonatal propiciando uma quantidade
crescente de recursos tecnolgicos para o
atendimento das necessidades de demanda dessa
clientela, permitindo maior sobrevida de recmnascidos extremamente enfermos e com patologias
cirrgicas.

Tecnologia no ambiente
hospitalar:

Afirma que h uma tecnologia menos dura, do que o

aparelho e as ferramentas de trabalho, e que est
sempre presente nas atividades de sade, que pode
ser chamada de tecnologia leve-dura.

leve ao ser um saber que as pessoas adquiriram e

est escrita na sua forma de pensar os casos de
sade, e na maneira de organizar uma atuao
sobre eles, mas dura na medida em que um
saber-fazer bem estruturado, bem organizado, bem
protocolado, normalizvel e normalizado.

Cuidados Avanados a Clientes

Neonatal e Peditrico:

Portanto, a tcnica no se confunde com a

tecnologia, porque esta destituda de base
cientfica.

Tipos:Tecnologia de apoio cincia (so as

tecnologias que apoiam o desenvolvimento
cientfico nos grandes centros de pesquisa)

Tecnologias de inovaes (refere-se ao emprego

do conhecimento cientfico de modo imbricado nas
suas mltiplas facetas sintetizado numa inveno)

Cuidados Avanados a Clientes

Neonatal e Peditrico:

Tecnologia para o desenvolvimento de produtos e

processos (constitui-se no emprego de tecnologias
existentes ou na aplicao de novos conhecimentos
para a criao ou o aperfeioamento de bens,
processos e servios)

Atende tanto categoria de produtos:

equipamentos, instalaes fsicas e materiais,
quanto aos processos que constituem as tcnicas,
mtodos e procedimentos e servem tanto para gerar
conhecimentos a serem socializados, como para
reconhecer processos e produtos, transformando sua
utilizao emprica em uma abordagem cientfica

Cuidados Avanados a Clientes

Neonatal e Peditrico:

Afirma que h uma tecnologia menos dura, do que o

aparelho e as ferramentas de trabalho, e que est
sempre presente nas atividades de sade, que pode
ser chamada de tecnologia leve-dura.

leve ao ser um saber que as pessoas adquiriram e

est escrita na sua forma de pensar os casos de
sade, e na maneira de organizar uma atuao
sobre eles, mas dura na medida em que um
saber-fazer bem estruturado, bem organizado, bem
protocolado, normalizvel e normalizado

Cuidados Avanados a Clientes

Neonatal e Peditrico:

A tecnovigilncia um sistema de vigilncia de eventos

adversos e queixas tcnicas de produtos para a sade na
fase de ps - comercializao, com vistas a recomendar a
adoo de medidas que garantam a proteo e a promoo
da sade da populao.

Tem como principal funo estabelecer estratgias de

preveno ou minimizao de riscos, a fim de evitar que
riscos equivalentes possam ser produzidos em outros locais
pelas mesmas coisas. E seu objetivo principal o de
organizar a vigilncia e assegurar uma garantia de
qualidade dos equipamentos e produtos utilizados nos
cuidados dos pacientes/clientes (ANVISA, 2003, p.13).

Cuidados Avanados a Clientes

Neonatal e Peditrico:

Realizar uma avaliao e vigilncia continua

do equipamento tecnolgico tendo como
objetivo a reduo da probabilidade de
ocorrncia dos incidentes.

Cuidados Avanados a Clientes

Neonatal e Peditrico:

Quando ocorre substituio de tecnologias duras ou

incorporao de novas tecnologias deve ser
assegurado um efetivo treinamento dos profissionais
quanto a sua utilizao e identificao e resoluo de
possveis problemas que possam surgir, no entanto
observamos que na prtica ocorre uma incorporao
de tecnologias nas unidades sem ocorrncia
concomitante de treinamentos efetivos, o que vemos
apenas uma apresentao da tecnologia incorporada
em turno nico, sem atingir a totalidade de
profissionais que utilizaro a tecnologia disponvel.
Pode-se observar esse processo descrito atravs do
grfico do ciclo de vida das tecnologias

Cuidados Avanados a Clientes

Neonatal e Peditrico:

Donabedian (1984, p.99) afirma que uma

boa estrutura, isto , recursos e ambiente
apropriado so provavelmente o meio mais
importante de proteger e promover a
qualidade da assistncia.

Cuidados Avanados a Clientes

Neonatal e Peditrico:

A questo de recursos humanos influencia

diretamente na reduo da qualidade do processo de
assistncia e na segurana dos pacientes; a escassez
de profissionais de enfermagem implica o aumento da
carga de trabalho para os profissionais disponveis.

O fato de no haver uma equipe dimensionada

adequadamente, conforme resolues vigentes e
caractersticas da clientela, compromete diretamente
a qualidade do cuidado/conforto de enfermagem. No
qual, o profissional sente-se desmotivado, por falta de
condies de trabalho e administrativas

Cuidados Avanados a Clientes

Neonatal e Peditrico:

Importncia da execuo de relevantes estratgias

para obteno de resultados favorveis a preveno
de riscos, minimizao de infeces e a melhor
promoo do cuidado/conforto, do tipo: ampliao do
ambiente visando propiciar maior conforto e bem
estar para a equipe e para os RN; proviso de
equipamentos adequados e funcionais para usar em
nmero suficiente para os recm-nascidos internados;
manuteno de estoque e armazenamento seguro dos
equipamentos; implementao efetiva de resolues
(documentos legtimos) e monitoramento de
programas de gerenciamento dos equipamentos.

Cuidados Avanados a Clientes

Neonatal e Peditrico:

Fazer o melhor, uma questo de

perfectibilidade, tentar manter a
qualidade mesmo em situaes adversas e
buscar as oportunidades para promover o
melhor cuidado possvel. Para Figueiredo
(1997, p.14) a Enfermagem a arte e a
cincia de cuidar do ser humano,
procurando sua individualidade. A
satisfao da clientela, que o objetivo
principal, e a assistncia.

Cuidados Avanados a Clientes

Neonatal e Peditrico:

O cuidado o objeto de trabalho da

profisso enfermagem. Caracteriza-se pelo
sentimento de proteo, conforto, ajuda e
troca de energia (...). Prosseguindo, diz
tambm que o cuidado um conjunto de
medidas sistematizadas e baseadas em
princpios cientficos, adaptados pela equipe
de enfermagem, para promover uma
assistncia eficiente e de qualidade

Cuidados Avanados a Clientes

Neonatal e Peditrico:

Neste ambiente no qual desenvolvido o

cuidado de enfermagem, so realizadas
diversas aes voltadas para
cuidado/conforto. Nesta linha de
pensamento, relacionar a utilizao
adequada dessas tecnologias com o
ambiente do cuidado fundamental para
manter o binmio: qualidade e segurana.

Cuidados Avanados a Clientes

Neonatal e Peditrico:

A ausncia de um evento adverso uma

meta a ser cumprida pelos servios de
sade e a enfermagem exerce grande
participao na preveno, deteco e
notificao do evento ocorrido.

A ANVISA (2008) informa que se deve

realizar um levantamento de dados
referentes ao produto/ equipamento
notificado como: identificao ou
especificao do produto, fabricante,
nmero de lote, nmero de srie, data de
fabricao, histrico de manuteno,
nmero de eventos, gravidade do evento,
dentre outros.

Para Silva, Porto e Figueiredo (2008, p. 159),

o emprego da tecnologia no
cuidado/conforto de enfermagem, no deve
ser vista como um absurdo, pois se ela
em muitos casos mantm o cliente vivo,
isso s possvel porque direta ou
indiretamente cuidamos delas tambm.

Vamos Construir:

Imagine que voc esta como enfermeiro (a)

da educao continuada e precisa padronizar os
procedimentos da UTI neonatal para que
diminuam as iatrognias, necessrio para que
voc se realize a Sistematizao do Cuidado sendo
assim, necessrio que se rena com sua equipe
e monte um POP de admisso, continuidade da
assistncia e alta hospitalar, implemente os
cuidados usando os tipos de tecnologia existente!!
No esquea de citar todos os materiais e todo os
procedimentos a serem realizados

OBRIGADA!!!

Os profissionais demonstraram ter uma

preocupao com os procedimentos
adequados para instalar uma tecnologia dura
no RN. O estudo mostrou, atravs dos
depoimentos, que 71,4% (20) dos
profissionais preocupam se com o adequado
funcionamento das tecnologias duras, 53,6%
(15) demonstraram preocupar-se, tambm,
com a desinfeco do equipamento e 17,9%
(5) com os ajustes dos alarmes e parmetros
para instalao no RN.

Outras preocupaes em relao instalao

do equipamento so: ter conhecimento
adequado para usar o equipamento; avaliar o
paciente pr instalao do equipamento;
efetuar observao continua do
equipamento, enquanto estiver em uso;
avaliar os acessrios dos equipamentos;
ajustar os parmetros do equipamento;
avaliar a necessidade e condies de uso do
equipamento

fica claro que os profissionais atuam da

melhor maneira possvel para manter o
mnimo de qualidade nas prticas
assistenciais, entendendo a importncia de
cuidados especficos relacionados
tecnologia dura/equipamento com vista a
prevenir ocorrncias de eventos adversos.

Em relao s condies de uso dos

equipamentos encontramos 75% de
conformidades parciais, j que a maioria
antiga e se encontram com falta de
sensores, cabos, painel soltos, dentro outras
caractersticas que evidenciam uma
condio de uso precria.

O adequado armazenamento da tecnologias

duras/equipamentos, assim como o cumprimento
dos requisitos fornecidos pelo fabricante
primordial para um bom desempenho das
mesmas, pois, se esses requisitos no forem
cumpridos podem gerar desgaste dos
equipamentos e diminuio do seu ciclo de vida e
at mesmo ocasionar eventos indesejveis no
decorrer de sua utilizao, como exemplo a no
infuso de medicaes no tempo programado, o
funcionamento interrompido em situaes de
transporte ou falta de energia eltrica

Pontos positivos no uso da Tecnologia

Dura e ao Cuidado de Enfermagem

Agilizar o processo de cuidado

Identificao de distrbios hemodinmicos e
monitorizao precoce
Dar suporte a vida
Contribui para a qualidade do servio e
melhora a assistncia
Promove reduo da assistncia
Promove assistncia com segurana
Auxilio diagnstico
Direciona o cuidado

Pontos positivos no uso da Tecnologia

Dura e ao Cuidado de Enfermagem
Os dados evidenciam que as tecnologias
duras contribuem para continuidade do
cuidado
A tecnologia dura tanto pode gerar
benefcios, quanto malefcios para o paciente
e toda equipe de sade. O que vai determinar
se sua utilizao ser favorvel, ou no, a
forma com que o profissional vai lidar com
cada tecnologia disponvel, ou seja, se ao
manuse-la ele possui conhecimento e
habilidade para tal.

Pontos negativos no uso da Tecnologia

Dura e ao Cuidado de Enfermagem:

Tornar o cuidado mecanizado

No ter preparo para usar o equipamento
Falha do equipamento atrapalha o cuidado e tem
aumento da carga de trabalho
Confiana no equipamento e diminuio da
observao do paciente
Uso de forma inadequada, sem conhecimento
Serem barulhentos
Necessidade de maior espao fsico para instalao
e armazenagem
No relacionar a clnica do paciente com o que
mostra o equipamento

Pontos negativos no uso da Tecnologia

Dura e ao Cuidado de Enfermagem:

As enfermeiras das UTIs podem realizar

avaliaes rotineiras dos equipamentos,
empregando protocolos estabelecidos em
comum acordo com o setor de manuteno

O fato de a maioria dos profissionais

verificar o estado clnico do RN, valida a
importncia do cuidado sobreposto ao
equipamento. Por outro lado, tanto o
cuidado dispensado ao RN, como o cuidado
dispensado ao equipamento so
complementares para uma prtica
assistencial segura na UTIN, tendo sempre o
RN como eixo central desse cuidado

Ao cuidar dos recm-nascidos hospitalizados, o objetivo

fundamental primar pela vida, pela segurana, pela
restaurao do seu desvio de sade. Neste sentido, vale
ressaltar que os equipamentos tecnolgicos, de alguma forma
apresentam continuidade do corpo desses recm-nascidos
bem como so utilizados tambm para manter e dar suporte a
vida, dessa maneira fundamental que seja avaliado a
eficcia, efetividade, confiabilidade das tecnologias
duras/equipamentos, tendo como objetivo identificar qualquer
no conformidade que possa ocasionar desvios de sade,
buscando a causa raiz dessas no conformidades e a partir da
estabelecer condutas eficazes para miniminizar
probabilidade de ocorrncia de evento adverso, promovendo,
assim as melhorias contnuas da qualidade no processo do
cuidado/conforto para o RN.

as prticas de cuidar no ambiente de UTIN

implicam inicialmente a responsabilidade do
profissional em apresentar conhecimentos
sobre tecnologia e tecnovigilncia
suficientes para garantir um cuidado seguro
ao RN. Esses conhecimentos so
fundamentais para a efetiva qualidade do
cuidado e devem estar relacionados
especialmente ao processo de cuidar; de
reduzir riscos, de prevenir leses e de
manter condies de segurana

tanto a tecnologia como a tecnovigilncia so

elementos facilitadores na promoo do
cuidado ao RN na medida em que contribui para
oferecer subsdios para avaliao do estado
clnico e identificao dos desvios de sade.

o cuidado de enfermagem efetivamente a

base de sustentao para a assistncia em
sade preventiva e corretiva do aporte
tecnolgico utilizado na UTIN para cuidar do RN
hospitalizado.

Responda:

qual o seu entendimento sobre tecnologia

de cuidado? Quais as tecnologias utilizadas
na prtica cotidiana? Quais as tecnologias
julgadas indispensveis na prtica e qual a
dimenso de seu uso frente condio
eminentemente humana da profisso?