TRATAMENTO DE GUA

ANLISE DE PARMETROS
QUMICOS PARA SELEO DE
TECNOLOGIA DE TRATAMENTO
 INTRODUO
Portaria MS N 2914 DE 12/12/2011 (Federal)
GUA POTVEL: gua que atenda ao padro de
potabilidade estabelecido nesta Portaria e que no
oferea riscos sade;
PADRO DE POTABILIDADE: conjunto de valores
permitidos como parmetro da qualidade da gua
para consumo humano, conforme definido nesta
Portaria;
PADRO ORGANOLPTICO: conjunto de parmetros
caracterizados por provocar estmulos sensoriais que
afetam a aceitao para consumo humano, mas que
CARACTERSTICAS DA GUA
Principais parmetros da gua
 CARACTERSTICAS DA GUA
COR
consequncia de substncias em suspenso;
Pode ser aparente ou verdadeira;
Relao com pH;
Coagulao x Oxidao Qumica
Filtrao Lenta x Coagulao/Filtrao Rpida x Pr-
Oxidao/Coagulao/Filtrao
Determinao Remoo Importncia

Centrifugao (a 3500 rpm por 30

min);
Coagulao; Geralmente, no
Filtrao da amostra em filtro de
Cor residual indica toxidade;
papel;
processos Repulsa do
Em algumas ETA do Pas, disco
oxidativos consumidor
comparador e, nos sistemas de maior
POA
porte, por espectrofotometria (Standard
Methods) confirmado com o pH.
CARACTERSTICAS DA GUA - COR
 Sabor e Odor
Fenis, Clorofenis, Resduos Industriais e Gases dissolvidos;
Aerao x Carvo Ativado x Oxidao

Obs. 1: Sabores devido a clorofenis;

Obs. 2: Baixa Eficincia de Filtros Lentos e Coagulao;
Obs. 3: Oxidante timo
 Condutividade Eltrica
Capacidade de transmitir a corrente eltrica;
ons: K+, Cl-, Na+, Ca2+, Mg 2+
Correlao com Concentrao Inica e Salinidade
Identificao de Lanamentos de Efluentes Relao com [STD]
Tratamento: Membranas, Plantas de Destilao etc.
 pH
Condies cidas ou Alcalinas da Soluo;
Parmetro de maior frequncia de monitoramento;

Influncia: Solubilidade, Cor, Distribuio das Espcies, Potencial

de Toxicidade de vrios elementos;
Relevncia na Desinfeco;
Relevncia na Coagulao;
Relevncia no controle de Corroso;
Relevncia na formao de subprodutos;
Relevncia na Oxidao de Cianetos Evitar Formao de ClCN
Faixa recomendada 6,0 a 9,5
Elevao de pH: soda custica (hidrxido de sdio), a cal
hidratada (hidrxido de clcio) e a barrilha (carbonato e
bicarbonato de sdio).
Diminuio: cido clordrico ou sulfrico
 Dureza
Ctions Multivalentes: Ca2+, Mg2+ e outros;
Dureza Carbonato (No Permanente):

Dureza no carbonato (Permanente): Presena de ons metlicas

ligados a sulfatos, cloretos ou nitratos.

Dureza Total Alcalinidade = Dureza no Carbonato

Tratamento: Aerao (baixa eficincia) x Correo dureza e

filtrao rpida

Obs 1: A Coagulao com sulfato de alumnio converte a dureza

carbonato em dureza de sulfato (permanente).
 OD
Parmetro mais importante para expressar a qualidade de uma
ambiente aqutico.
Reao Qumica MO consome O2 para sua mineralizao.
Teores mnimos de 2 a 5 mg/L para biota
 Fenis e Detergentes
Presena de resduos industriais;

Soluo: Amonioclorao ou Dixido de cloro para desinfeco

 Fe e Mn

guas Subterrneas x guas Superficiais

Mn - forma dissolvida (Mn+2) e insolvel (Mn+3 e Mn+4) em

menores concentraes quando comparado ao ferro.

Remoo Oxidao x Aerao

 Fe e Mn
guas subterrneas - aerao em pH apropriado + filtrao
Mananciais com MO - oxidante forte e um sistema de
separao slido lquido (reteno dos precipitados)

Obs: Na presena de MO observa-se a formao de

subprodutos e compostos coordenados de ferro muito
estveis que dificultam a precipitao subseqente remoo
dos metais.
 Fe e Mn
Cleasby (1983) Remoo de 1 mg de Fe++ so necessrios
0,64 mg de Cl2 e, para a oxidao de 1 mg de Mn++ so
necessrios 1,29 mg do mesmo oxidante.

A oxidao do ferro conduz a formao do precipitado

de hidroxido de ferro (facil sedimentabilidade ou retencao no
meio filtrante). J as formas de dioxido de manganes
decorrentes da oxidacao deste metal apresentam-se como
flocos muito pequenos (menor sedimentabilidade maior
dificuldade em ser retidos no meio filtrante.)
Fe e Mn
Tecnologias de Remoo:
Aerao + Sedimentao (+++)
Aerao + Filtrao Lenta (++++)
Aerao + Coagulao + Filtrao Rpida (+
+++)
Sistemas que empregam a troca inica,
microfiltrao ou nanofiltrao tambm
podem ser utilizados porm, necessrio
uma anlise de custo para avaliao da
melhor alternativa.
Obs: Desinfeco direta pode remover o
Ferro mas com efeito na cor.
 Nitrognio
Nitrognio

Fsforo, Fluoretos e Metais Pesados

Flor
Fsforo
Fsforo
Cromo
Precipitao - Reduo cromo +6 para
cromo +3 (pH<2,5) e precipitao como
hidrxido
Resumo
TRATAMENTO DE GUA

PR-OXIDAO
 Introduo
- Remoo de matria orgnica em processos de
tratamento de gua potvel e guas residurias industriais.

- As ETAs utilizam a pr-clorao da gua bruta, em funo do

poder oxidante dos derivados de cloro, como hipoclorito de
sdio (NaClO), hipoclorito de clcio [Ca(ClO)2] e o cloro (Cl2),
ser bastante eficiente visando a reduo de sabor e odor.

- Esta tcnica tem sido questionada quando utilizada em guas

que apresentam substncias hmicas e algas devido
possibilidade de formao de trialometanos.

- Dixido de cloro, permanganato de potssio, oznio, perxido

de hidrognio e combinao de perxido de hidrognio e oznio
(peroxnio).
 Pr-Oxidao ClO2
O dixido de cloro no produz quantidades significativas de
Sub-Produtos (SP) exceto a formao de ons clorito e clorato
em determinadas condies de pH, pois cerca de 50 a 70% do
dixido de cloro consumido reduzido a clorito.
 Pr-Oxidao ClO2
- Reao com a membrana celular com aumento da
permeabilidade e conseqentes danos fisiolgicos;

- Interferncia na biossntese e no crescimento, principalmente

pelo prejuzo sntese das protenas.

- O ClO2 reage rapidamente com os aminocidos cistena,

triptofan e tirosina, mas no com o RNA dos vrus.
 Pr-Oxidao ClO2
- mais efetivo que o cloro e cloraminas na inativao de
vrus, Criptospordio e Giardia;

- Oxida ferro, mangans e sulfetos;

- Pode melhorar a operao de clarificao;

- No produz compostos halogenados, na ausncia de excesso

de cloro;

- Formao de subprodutos inorgnicos (clorito e clorato);

- Elevado custo de anlises laboratoriais para quantificao de

cloritos e cloratos;
Pr-Oxidao ClO2
 Pr Oxidao - KMnO4
- Pr-oxidao para controle de gosto e odor, cor ou algas
pode levar a reduo da formao de subprodutos da
desinfeco.

- Pode inativar vrias bactrias e vrus, porm no

empregado como desinfetante porque seria necessrio o uso
de uma dosagem elevada, resultando em custo elevado

- sucesso para oxidao de ferro e mangans, controle de algas

em decantadores e diminuio do potencial de formao
de trialometanos, DANIEL et al. (2001).
 Pr Oxidao - KMnO4
- O permanganato (Mn7+) reduzido a dixido de mangans
(MnO2) (Mn4+) que precipitado na soluo atravs de uma
reao qumica exotrmica.
 Pr Oxidao - KMnO4
O permanganato de potssio como pr-oxidante (USEPA, 1999):
- Oxida ferro, mangans e compostos causadores de gosto e
odor;
- Eficiente no controle da formao de TAMs e de outros
subprodutos;
Controla organismos indesejveis e efetivo contra certos
vrus;
Necessita de longo tempo de contato;
O residual pode causar colorao rsea na gua;
txico e irritante pele e mucosas;
Pode ser fatal se ingerida a soluo 1% utilizada na soluo a
ser dosada.
 Pr Oxidao - Oznio
O oznio o oxidante e o desinfetante mais efetivo usado em
tratamento de gua, necessita de menor tempo de contato,
porm, sua ao desinfetante se d por meio do residual de
oxignio molecular remanescente, o qual instvel e
raramente encontrado na gua aps alguns minutos do oznio
ter sido aplicado.
Pr Oxidao - Oznio
 Pr Oxidao H2O2
O perxido de hidrognio um forte oxidante e o seu potencial
de oxidao, E, igual a +1,76V
 Pr Oxidao - Peroxnio
O uso do oznio em conjunto com o perxido de hidrognio
denominado peroxnio. Nesse processo, h um acrscimo na
concentrao de *OH em relao ao processo de ozonizao.
Com a adio do perxido, a produo do radical hidroxila
de 1:1 de oznio, aumentando o potencial de oxidao e de
desinfeco.
A eficincia de oxidao aumentada pela
converso de molculas de oznio em radical hidroxila
Pr Oxidao
Pr Oxidao
TRATAMENTO DA GUA

SUSPENSES COLOIDAIS
Suspenses Coloidais
 Suspenses Coloidais
ORGNICOS Protenas, amidos e etc

INORGNICOS Argilas,

Macromolculas de alto
MOLECULARES
peso molecular

TIPOS DE NO-MOLECULARES
Micelas (AgBr,
surfactantes e etc)

COLOIDE LIOFLICOS Solveis em gua

S
LIOFBICOS Insolveis

DIUTURNOS Estveis

CADUCOS Instveis
Suspenses Coloidais
CLASSIFICAO DOS COLOIDES TAB.13.9
Propriedades e Caractersticas
Gerais das Suspenses Coloidais
PROPRIEDADE CINTICA DOS COLOIDES
No movimento browniano, velocidade mdia das
partculas aumentam como o AUMENTO DA
TEMPERATURA e com a DIMINUIO DA MASSA

Propriedades e Caractersticas
Gerais das Suspenses Coloidais
CTION E NIONS EM SOLUO

CAMADA DE HIDRATAO: trata-se da camada de molculas de gua

em torno do on. Denomina-se NMERO DE HIDRATAO o nmero
total de molculas que compem essa camada. Em geral, quanto menor
o dimetro do on e maior a carga, maior ser NMERO DE
HIDRATAO
Propriedades e Caractersticas
Gerais das Suspenses Coloidais
Movimento Browniano: Bombardeamento pelas
molculas de gua;

Efeito Tyndall: Propriedade de dispersar a luz.

A quantificao desta propriedade de um
sistema coloidal denominada nefelometria;

Comportamento Eltrico: Existncia de cargas

negativas e positivas na superfcie do coloide
(Eletroforese).
 Propriedades e Caractersticas
Gerais das Suspenses Coloidais
Dissoluo de ons:
So ons que determinam a carga eltrica das
partculas.
So chamados de DETERMINANTES DO POTENCIAL
DO COLOIDE;
EX.:Reao do Ag(NO)3 em excesso([Ag(aq)] = 3,2.10-6 M)
e o KI (kps = 8,5.10-17);
O equilbrio vai depender: Importante pois
Balano de cargas; definem a carga final
Reao cido-base de Lewis; resultante da micela !
Interaes de Van der Waals ;
Foras de repulso (coulmbicas);
Valor do k
 Propriedades e Caractersticas
Gerais das Suspenses Coloidais
Foras nos coloides carregados eletricamente

VAN DER WAALS FORA DE COULOMB

Atrao Repulso

No dependem da carga do coloide Dependem da carga do coloide

No vaia com o pH e nem com outras Sofrem interferncia do meio, segundo
caractersticas da gua o valor de k
Responsveis pela ADSORO das
PARTCULAS NEUTRAS

Propriedades e Caractersticas
Gerais das Suspenses Coloidais
TRATAMENTO DE GUA

COAGULAO
COAGULAO
Definio:

Operao unitria responsvel pela

desestabilizao das partculas
coloidais em um sistema aquoso,
preparando-as para a sua remoo
nas etapas subsequentes do processo
de tratamento.
 COAGULAO
No ponto Isoeltrico:
n n

[c arg as (+) das micelas] = [c arg as (-) das micelas]

i =1 i =1

2 tipos de coloides: os que j existem

(causando turbidez) e os que so
formados pelas substancias qumicas
adicionadas
Fases da coagulao
Hidrlise e desestabilizao da dupla camada
1 fase difusa

Precipitao e formao de compostos qumicos

2 fase polimerizantes

Adsoro das cadeias polimricas na superfcie

3 fase dos coloides

Adsoro mtua entre coloides

4 fase

Ao de varredura
5 fase
Suspenses Coloidais
 COAGULAO
Compresso da camada difusa:
Introduo de um eletrlito de carga oposta a do coloide,
aumentando a densidade de cargas na camada difusa;
ocorrendo a coagulao por compresso da camada
difusa;
Aspectos: quantidade de eletrlitos independente da
concentrao de coloides e no possvel a reverso do
processo;
Efeito eletrosttico;
Mecanismo associado principalmente aos sais de Al e Fe.
 COAGULAO
Adsoro e neutralizao de cargas:

Espcies qumicas capazes de adsorver na superfcie do

coloide, resultando em interaes (ligaes);
Estes fenmenos so superiores aos eletrostticos;
Aspectos: dosagens menores para desestabilizao;
quantidades estequiomtricas;
possibilidade de reverso;
Importante quando remoo de partculas desestabilizadas
ocorre em meio filtrante.
 COAGULAO
Varredura:

Dependendo do pH, dosagem do coagulante poder

ocorrer a formao de precipitados (Al(OH)3 e Fe(OH)3) ;
Mecanismo utilizado quando a floculao seguida de
decantao ou flotao antes da filtrao;
Aspectos: dosagens maiores, faixa de pH mais estreita; o
potencial zeta mnimo no corresponde s regies
timas de coagulao.
COAGULAO
COAGULAO
Adsoro e formao de pontes:

Mecanismo baseado na adsoro dos coagulantes

superfcie das partculas coloidal, seguida pela
reduo da carga ou pelo entrelaamento das
partculas pelos polmeros ;

Coagulantes so polmeros naturais ou sintticos de

cadeia longa (polieletrlitos).
COAGULAO
TRATAMENTO DE GUA

COAGULANTES E AUXILIARES
Coagulantes e auxiliares
Auxiliam na remoo de turbidez e cor
Dois tipo:
COAGULANTES - hidrxidos metlicos;
AUXILIARES DE COAGULAO polieletrlitos
Coagulantes Polieletrlito
Sulfato de alumnio (slido ou Catinico
lquido)
Cloreto frrico (lquido)

Sulfato frrico (lquido) Aninico

Cloreto de polialumnio (slido

ou lquido)
Coagulantes orgnicos Sem carga
catinicos (slido ou lquido)
Polieletrlito
SULFATO DE ALUNNIO
Coagulante
Sulfato
de alumnio
Obtido atravs da reao:
2Al(OH)3+3H2SO4 Al2SO4)3 + 6H2O
EM GUA (Ruptura do retculo e solvatao):
Al2SO4)3 2Al3+(aq) + 3SO42-(aq)

Reagir com a alcalinidade do

meio (HO-,CO32- e HCO-) base de
Lewis

Forma um precipitado gelatinoso

e transparente
 Diagrama
de
coagulao
do sulfato
de
alumnio
UNIDADES DE MISTURA
RPIDA
PROCESSO DE COAGULAO
CALHAS PARSHALL
PROCESSO DE COAGULAO
CALHAS PARSHALL
PROCESSO DE COAGULAO
CALHAS PARSHALL
PROCESSO DE COAGULAO
CALHAS PARSHALL
PROCESSO DE COAGULAO
CALHAS PARSHALL
ETA CAMPOS DO JORDO
PROCESSO DE COAGULAO

Dispositivos mecnicos
Agitadores mecnicos
Turbinas
Hlice propulsora
UNIDADES DE MISTURA
RPIDA
UNIDADES DE MISTURA
RPIDA
UNIDADES DE MISTURA
RPIDA
FLOCULAO
TRATAMENTO DE GUA
FLOCULAO
FLOCULAO
FLOCULAO
UNIDADE HIDRULICA DE
FLOCULAO
UNIDADE MECANIZADA DE
FLOCULAO
TRATAMENTO DA GUA

FILTRAO
FILTRAO
FILTRAO
FILTRAO
FILTRAO

mecanismos mecanismos
de transporte de aderncia

Sedimentao Interceptao Van Der Wall

Impacto Foras
Difuso
inercial eletrostticas

Pontes
qumicas