Unidade 02 - Tratamento de Água 2021
Unidade 02 - Tratamento de Água 2021
Unidade 02 - Tratamento de Água 2021
ENGENHARIA QUÍMICA
PROCESSOS QUÍMICOS
INDUSTRIAIS I
Início do processo
25
de cloração Protozoários
resistentes a ação
20
dos agentes
desinfetantes
15 convencionais
10
0
1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000
Ano
Taxa de mortalidade de febre tifóide nos Estados Unidos da América
Fonte: Jacangelo, M. (2001)
TRATAMENTO DE ÁGUA
Água Final
Qualidade
Padrão de Potabilidade
Água Bruta
Tempo
DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Distribuição da Água no Planeta
Observa-se que da água disponível, apenas 0,8% pode ser utilizada mais
facilmente para abastecimento público. Desta pequena fração de 0,8%,
apenas 3% apresentam-se na forma de água superficial, de extração
mais fácil. Esses valores ressaltam a grande importância de se preservar
os recursos hídricos na Terra, e de se evitar a contaminação da pequena
fração mais facilmente disponível.
CICLO HIDROLÓGICO
HIDROLOGIA: segundo A. Meyer, hidrologia é a ciência natural que trata dos
fenômenos relativos à água em todos os seus estados, da sua distribuição e
ocorrência na atmosfera, na superfície terrestre e no solo, e da relação desses
fenômenos com a vida e as atividades do homem.
CICLO HIDROLÓGICO: uma vez visto como a água se distribui em nosso
planeta, é importante também o conhecimento de como a água se movimenta
de um meio para outro na Terra. A essa circulação da água se dá o nome de
ciclo hidrológico.
PRECIPITAÇÃO: A precipitação compreende toda a água que cai da atmosfera
na superfície da Terra. As principais formas são: chuva, neve, granizo e
orvalho. A precipitação é formada a partir dos seguintes estágios:
- resfriamento do ar à proximidade da saturação
- condensação do vapor d’água na forma de gotículas
- aumento do tamanho das gotículas por coalizão e aderência até que seja
grande o suficiente para formar a precipitação.
ESCOAMENTO SUPERFICIAL: A precipitação que atinge a superfície da Terra
tem dois caminhos onde seguir: escoar na superfície ou infiltrar no solo. O
escoamento superficial é responsável pelo deslocamento da água sobre o solo,
formando córregos, lagos, rios e eventualmente atingindo o mar. A
quantidade de água que escoa depende dos seguintes fatores principais:
intensidade da chuva e - capacidade de infiltração no solo.
CICLO HIDROLÓGICO
INFILTRAÇÃO: Corresponde à água que atinge o solo, formando os lençóis
d’água. A água subterrânea é grandemente responsável pela alimentação dos
corpos d’água superficiais, principalmente nos períodos secos. Um solo
coberto com vegetação (ou seja, com menor impermeabilização advinda, por
exemplo, da urbanização) é capaz de desempenhar melhor, as seguintes
importantes funções:
- menos escoamento superficial (menos enchentes nos períodos chuvosos)
- mais infiltração (maior alimentação dos rios nos períodos secos)
- menos carreamento de partículas do solo para os cursos d’água
EVAPORAÇÃO: A transferência da água para o meio atmosférico se dá através
dos seguintes principais mecanismos denominado evapotranspiração:
- Evaporação: transferência da água superficial do estado líquido para o
gasoso. A evaporação depende da temperatura e da umidade relativa do ar.
- Transpiração: as plantas retiram a água do solo pelas raízes. A água é
transferida para as folhas e então evapora. O mecanismo é importante,
considerando-se que em uma área coberta com vegetação a superfície de
exposição das folhas para a evaporação é bastante elevada.
Além do ciclo da água no globo terrestre, existem ciclos internos, em que a
água permanece na sua forma líquida, mas tem as suas características
alteradas em virtude de sua utilização.
CICLO HIDROLÓGICO
Adução de água
Manancial Captação ETA
bruta
Adução de água
Distribuição Reservação
tratada
Coagulação
Filtração
Floculação Desinfecção
rápida
Sedimentação
Qualidade da •Qualidade da água bruta
água bruta
•Qualidade da água final
•Confiabilidade em processos e
equipamentos
•Mão de obra e pessoal
Tratamento de Água •Flexibilidade operacional em lidar com
mudanças na qualidade da água
•Área disponível
•Disposição dos resíduos (Aspectos
ambientais)
•Custos de operação e construção
Qualidade da água final
•Aspectos políticos
Fluxograma de uma ETA de ciclo completo e métodos de tratamento e disposição de resíduos sólidos
gerados nas unidades de sedimentação ou flotação e filtração.
OBJETIVO
Objetivos do tratamento
▪ O tratamento de uma água tem por objetivo modificar as
características de uma água bruta (sem tratamento)
de maneira a atender à qualidade necessária a um
determinado uso. A utilização da água para
abastecimento é a que exige uma qualidade superior.
▪ No caso de abastecimento público a água deve ter sua
qualidade de acordo com os padrões de potabilidade
exigidos pelo Ministério da Saúde (Portaria 2914), com
base em recomendações internacionais.
▪ A água para abastecimento público deve prevenir o
aparecimento de doenças de veiculação hídrica, e em
condições de combater o aparecimento de cárie
dentária em crianças, através da fluoretação.
OBJETIVO
Objetivos do tratamento
▪ A água para abastecimento público deve proteger o
sistema de abastecimento de água, principalmente
tubulações e acessórios da rede de distribuição, dos
efeitos danosos da corrosão e da deposição de
partículas no interior das tubulações.
▪ Para o abastecimento industrial a qualidade da água
deve estar adaptada à sua utilização específica, seja
apenas como meio de refrigeração de equipamentos,
fabricação de medicamentos, filmes fotográficos,
bebidas alcoólicas exigem uma qualidade de água
particularmente elevada.
ETAPAS DO TRATAMENTO
▪ A retirada de água (captação) pode ser feita de
mananciais subterrâneos ou de fontes superficiais
(rios, lagos e represas).
▪ A água subterrânea, é mais imune à poluição,
apresentando por conseguinte uma qualidade
normalmente superior. A retirada de água subterrânea
no planeta é economicamente viável até
profundidades que não superem algumas poucas
centenas de metros.
▪ No Brasil, para abastecimento de grandes cidades,
lança-se mão usualmente de fontes superficiais, cujas
vazões são bastante maiores. Nestes casos a água
bruta apresenta teores de turbidez bem mais elevados,
além de estar sujeita a uma maior contaminação por
organismos patogênicos.
ETAPAS DO TRATAMENTO
Principais etapas de tratamento de água:
▪ Clarificação → remoção de turbidez de
microrganismos e de alguns metais pesados.
▪ Desinfecção → remoção de microrganismos
patogênicos.
▪ Fluoretação → proteção da cárie dentária infantil.
▪ Controle de corrosão e/ou de incrustação ações
domiciliares.
▪ Abrandamento → redução da dureza, remoção de
alguns contaminantes inorgânicos.
ETAPAS DO TRATAMENTO
Principais etapas de tratamento de água:
▪ Adsorção → remoção de contaminantes
orgânicos/inorgânicos, controle de sabor e odor.
▪ Aeração → remoção de contamin. orgânicos e
oxidação de inorgânicas, Manganês e Fe.
▪ Oxidação → remoção de contaminantes orgânicos e
de substâncias inorgânicas.
▪ Tratamento com membranas → remoção de
contaminantes orgânicos e inorgânicos.
▪ Troca iônica → remoção de contaminantes
inorgânicos.
ETAPAS DO TRATAMENTO
TRATAMENTO CONVENCIONAL EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS:
a) Aeração e Equalização
▪ Esta etapa é empregada no caso da captação de água ser feita em camadas
profundas de lagos e represas, pois apresentam baixo oxigênio dissolvido.
▪ Com a aeração ocorre a solubilização química de várias substâncias, dentre
elas os compostos de ferro e manganês: Se estes compostos não forem
removidos logo no início do tratamento eles podem passar, de forma dissolvida,
por todo o processo. Ao encontrar condições de oxidação, como por exemplo
na rede de distribuição de água, eles tornam-se novamente insolúveis e
precipitam, conferindo à água uma coloração avermelhada ou amarronzada
e provocando sua rejeição pelo consumidor.
▪ A aeração também é usada para remover alguns gases, tais como gás
carbônico, que pode contribuir para a corrosão de equipamentos e tubulações.
▪ A equalização é necessária para homogeneizar e corrigir a alcalinidade do
meio ( ph) através de alcalinizantes e oxidar a matéria orgânica (algas e
microorganismos) com adição de hipoclorito de sódio (pré-cloração).
▪ Alcalinizantes: Carbonato de sódio - Na2CO3; Soda cáustica - NaOH;
Cal hidratada - Ca(OH)2; Bicarbonato de sódio - NaHCO3;
Cal virgem - CaO.
ETAPAS DO TRATAMENTO
TRATAMENTO CONVENCIONAL EM ÁGUAS SUPERFICIAIS:
a) Aeração e Equalização
▪ O tanque de equalização é equipado com aerador/misturador que tem como
função misturar os produtos e fornecer oxigênio para oxidação da matéria
orgânica.
b) Coagulação
▪ Esta operação consiste na desestabilização dos colóides (partículas sólidas
minúsculas) presentes na água, permitindo que eles se aglutinem e possam
ser então mais facilmente removíveis. Esta etapa ocorre em um misturador,
que proporciona a rápida mistura dos reagentes com a água a ser tratada.
▪ A força de repulsão existente entre os colóides, conhecida como potencial
zeta, é reduzida mediante a adição de produtos químicos, como p.ex. sais de
ferro ou de alumínio (Sulfato de alumínio ou Cloreto férrico). A adição
destes coagulantes à água promove assim o ajuntamento ou aglutinação das
partículas coloidais.
▪ Coagulantes: Sulfato de alumínio Al2(SO4)3 . 18 H2O; Poli Cloreto de
Alumínio (PAC); Alumen amoniacal Al2(SO4)3 . (NH4)2SO4 . 24 H2O; Sulfato férrico
Fe2(SO4)3; Alumen potássico Al2(SO4)3 . K2SO4 . 24 H2O; Sulfato ferroso FeSO4 . 7
H2O; Cloreto Férrico FeCl3 . 6 H2O;
ETAPAS DO TRATAMENTO
b) Coagulação
▪Reação de formação dos flocos:
3 H2O + Al2(SO4)3 + 3 Na2CO3 2 Al(OH) 3 + 3 Na2SO4 + 3 CO2
Água Sulfato de Carbonato Hidróxido de Sulfato de Gás Carbônico
▪Quando a água bruta estiver com turbidez menor que 2 NTU, utilizar
Bentonita.
c) Floculação
▪A floculação é a operação que se segue imediatamente à coagulação. Como o
nome indica, ela consiste na formação de flocos mediante a introdução de
energia na massa líquida, capaz de favorecer o contato entre os colóides
desestabilizados e permitir a sua aglutinação.
▪Os floculadores podem ser do tipo hidráulico ou mecânico. Nos
floculadores hidráulicos a água escoa lentamente em um tanque provido de
paredes divisórias (chamadas chicanas), as quais fazem com que a água
adquira um movimento de zigue-zague, favorecendo assim a condição para um
íntimo contato entre coagulante e água e promovendo a adequada formação de
flocos. Nos floculadores mecânicos (ETA Compacta) a mistura entre
coagulante e água é efetuada com o auxilio de um dispositivo mecânico (aerador)
que movimenta lentamente a água do tanque.
COAGULAÇÃO/FLOCULAÇÃO
ETAPAS DO TRATAMENTO
TRATAMENTO CONVENCIONAL:
c) Floculação
▪ Para melhorar a velocidade de aglutinação e decantação dos sólidos,
podemos adicionar um polieletrólito, que tem a função de agregar os
pequenos flocos, formando um aglomerado de maior peso.
▪ Os polieletrólitos podem ser classificados, com base no tipo de carga da
cadeia polimérica, em catiônicos, aniônicos e não iônicos. No Brasil,
somente os aniônicos e não iônicos são eficazes, devido as características da
água e dos sólidos suspensos.
▪ Todos os polieletrólitos tem limite máximo de dosagem, acima deste
apresenta características dispersantes.
d) Sedimentação
▪ Após a formação dos flocos, estes devem ser removidos da água. Esta
eliminação é feita através do processo de sedimentação. Com uma
velocidade muito lenta de fluxo, os flocos são precipitados pela ação da
gravidade.
▪ Esta operação é realizada em grandes tanques denominados decantadores. O
material sedimentado (Lodo) é recolhido no fundo do tanque, no local
chamado poço de lodo.
ETAPAS DO TRATAMENTO
TRATAMENTO CONVENCIONAL:
e) Filtração
▪ Na operação de filtração a água passa por um leito de material
granular, com o objetivo de promover a separação das partículas
presentes no meio líquido. Esta operação é essencial para garantir uma
eficiente remoção de patogênicos e o atendimento ao padrão de
turbidez. A filtração é fundamental para garantir a qualidade exigida em
águas de abastecimento.
FILTROS DE AREIA
FILTRO EM FUNCIONAMENTO
DECANTADORES E
FILTROS
FILTROS RESÍDUO LÍQUIDO
(LODO) DOS
DECANTADORES E
FILTROS
FILTROS
FILTROS
COMPACTOS
CREPINAS
CONCEPÇÃO DE ETA’s
FILTRAÇÃO EM LINHA
CONCEPÇÃO DE ETA’s
FILTRAÇÃO EM LINHA
CONCEPÇÃO DE ETA’s
FILTRAÇÃO EM LINHA
MANANCIAL – RIO TIETÊ
TRATAMENTO CONVENCIONAL
RESERVATÓRIO GUARAPIRANGA
TRATAMENTO CONVENCIONAL
ETA ALTO DA BOA VISTA
TRATAMENTO CONVENCIONAL
ETA ALTO TIETÊ
TRATAMENTO COMPACTO
Desidratação do Lodo
- Tipos: Leito de secagem, Centrifugação e Prensagem
- Leito de secagem
Desidratação do Lodo
- Prensagem
Desidratação do Lodo
- Centrifugação
DESINFECÇÃO
Tipos: Cloração, Ultra violeta e Ozônio
ULTRA VIOLETA - UV
- Descargas elétricas em átomos de determinados elementos;
- Ativação dos átomos com deslocamento de elétrons para orbitais mais
energéticos;
- Quando os elétrons retornam para orbitais menos energéticos, o
excesso de energia pode ser liberado na forma de radiação UV.
DESINFECÇÃO
RADIAÇÃO ULTRA VIOLETA - UV
• Comprimentos de onda específicos podem atuar no material
genético do microrganismos causando danos no DNA ou RNA;
• A extensão dos danos vai depender da exposição à radiação UV,
em geral a inativação ocorre pois os microrganismos perdem a
capacidade de se multiplicar.
• Os microrganismos que não podem se reproduzir são incapazes de
infectar alguém;
• Somente a radiação que é absorvida pelo DNA ou RNA é capaz de
causar danos;
• Os microrganismos possuem mecanismos que possibilitam a
recuperação de danos ao DNA;
• A recuperação do dano pode ser feita mediante foto-reativação ou
na ausência de luz;
• A foto-reativação é feita por enzimas expostas a luz com
comprimento de onda variando entre 310 nm e 490nm.
DESINFECÇÃO
OZÔNIO - HISTÓRICO E APLICAÇÕES
• O gás ozônio começou a ser conhecido em 1781, quando pela
primeira vez seu odor característico foi detectado e somente em
1837 o ozônio foi reconhecido como uma substância química.
• Vantagens:
- Geralmente aplicado para águas com dureza elevada;
- Possibilita remover da água contaminantes tais como
metais pesados e outros.
- Tecnologia bem estabelecida.
ABRANDAMENTO
• Desvantagens:
-Utilização de produtos químicos;
- Produção de lodo;
- Necessidade de ajustes finais, pois a água abrandada
ainda possui dureza-cálcica em torno de 30 ppm de
CaCO3. (Método)
• Reações Químicas:
ABRANDAMENTO
2 - Abrandamento por Troca catiônica:
• Metodologia: Consiste em fazer a água atravessar uma
resina catiônica que captura os íons Ca2+ e Mg2+,
substituindo-os por íons que formarão compostos
solúveis e não prejudiciais ao homem, tais como o Na+.
As reações seguem abaixo:
• Vantagens:
- Alta eficiência para remoção dos íons responsáveis
pela dureza. Para remoção de Ca2+ a dureza
resultante atinge valores menores que 1mg/L de
CaCO3;
- As resinas podem ser regeneradas;
- Não há formação de lodo no processo.
ABRANDAMENTO
Desvantagens:
- Requer um pré-tratamento da água;
- Ocorre saturação da resina, exigindo a sua regeneração;
- Requer o tratamento do efluente da regeneração.
Abrandadores
DESMINERALIZAÇÃO
• A água desmineralizada é a mais pura que a água
abrandada, para ser utilizada nos processos químicos
industriais, pois esta tem grande parte dos sais minerais
naturalmente presentes em águas removidos. Somente as
substâncias que se ionizam na água podem ser removidas
•
com resinas.
• Indústrias farmacêuticas, químicas, alimentícias, de bebidas
e notadamente para geração de vapor em caldeiras de alta
pressão são utilizadas águas desmineralizadas.
• Na desmineralização de água há uma remoção total dos
cátions presentes na água bruta. Estes cátions serão
removidos numa coluna contendo resina catiônica
fortemente ácida em ciclo hidrogênio, onde os cátions
existentes na água bruta serão substituídos pelo cátion
H+ .
DESMINERALIZAÇÃO
• Em seguida esta água contendo agora apenas o cátion
H+, portanto uma água decationizada (ácida),
deverá passar por uma outra coluna contendo resina
aniônica fortemente básica que trabalhando no
ciclo hidróxido (OH-) irá remover todos os ânions
existentes, sílica e gás carbônico dissolvido,
substituindo-os pelo ânion hidroxila que, em
combinação com o cátion H+, formará uma molécula de
água H2O.
• Caso a água a ser desmineralizada contenha
cloro, a unidade deve ser precedida de um filtro
de carvão-ativo para evitar contaminação das
resinas de troca iônica.
DESMINERALIZAÇÃO
DESMINERALIZAÇÃO
REAÇÕES DE DESMINERALIZAÇÃO:
•A reação no leito catiônico é a seguinte:
R-H+ + Ca++ → R-Ca + 2H+
R-H+ + Mg++ → R-Mg + 2H+
R-H+ + Na+ → R-Na + H+
R-H+ + K+ → R-K + H+
R-H+ + Fe++ + → R-Fe + 3H+