S Tanatologia Forense
S Tanatologia Forense
S Tanatologia Forense
Tanatologia forense
Conceito - é o ramo da Medicina que estuda a
morte seu diagnóstico, o período de tempo
decorrido entre a morte e os sinais encontrados,
assim como suas repercussões jurídicas.
Morte
É a cessação dos fenômenos vitais, pela parada da função
cerebral, respiratória e circulatória e o surgimento de
fenômenos abióticos lentos e progressivos que lesam
irreversivelmente os órgãos e tecidos.
Morte
Quanto à rapidez
Cadáver
• Inviolabilidade,
• Constitui coisa apesar de nossa piedade;
• De natureza extrapatrimonial;
• Não pode ser utilizado de maneira contrária à dignidade
humana;
• Não faz parte da sucessão
Exame tanatológico
Direitos do indivíduo
Direitos da família
Consentimento do doador;
Consentimento da família;
Cessão de órgãos ou tecidos de doadores vivos (pessoa
capaz, consentimento, histocompatibilidade,
compatibilidade)
Lei 9434, de 04 de fevereiro de 1997 pelo decreto lei
2.268, de 30 de junho de 1997.
Centrais de captação, recepção e distribuição de órgãos
Exame tanatológico
Lesões Reação vital (intra vitam)
a) Abióticos:
1. Imediatos: perda da consciência, da respiração, da
circulação, insensibilidade, imobilidade, abolição do
tônus muscular, palidez, midríase.
b) transformativos:
Divide-se em:
Perinecroscopia
Necroscopia ou necrópsia
Exames complementares
PERINECROSCOPIA
PERINECROSCOPIA
Coleta de material
Vestígio Material Procedimento
Máquina fotográfica
Marcas no cadáver Fotografia em escala
e escala
Fenômenos cadavéricos
1) Abióticos, avitais ou vitais negativos
Imediatos
Consecutivos
2) Transformativos
Destrutivos
Conservadores
Fenômenos abióticos imediatos
A - Perda da consciência
C - Perda da sensibilidade
E - Cessação da respiração
Fenômenos abióticos imediatos
F - Cessação dos batimentos cardíacos
G – Ausência de pulso
H – fácies hipocrática
Q = K x S X (T-t)
Q= resfriamento
K= constante, própria de cada corpo inerte
S= sua superfície
T= temperatura do cadáver
t = temperatura ambiente
Fenômenos abióticos consecutivos
Fatores que influenciam no resfriamento
Temperatura do ambiente
Arejamento do local
Estado nutricional
Espessura do panículo adiposo
Vestes
Fenômenos abióticos consecutivos
Rigidez cadavérica ( “Rigor mortis”)
Espasmo cadavérico
.
Sinal de Sommer e Larcher: triangular, nas
extremidades e com a base para a íris
Rigidez de membros inferiores
Fenômenos abióticos consecutivos
C - Manchas de hipóstase cutâneas (“Livor mortis”).
Ocorrem na superfície em virtude do acúmulo de sangue
nas partes mais em declive do cadáver, por atuação da
força da gravidade. (surgem em 1- 2- 3h, fixando em 8-12
horas)
.
Fenômenos abióticos consecutivos
G - Conteúdo gástrico Se o conteúdo estomacal do
cadáver exibe alimentos não digeridos, suspeita-se de
que alguma refeição foi realizada nas últimas 2 h. antes
do óbito.
Conteúdo no estômago
Tempo de permanência
Tipo de alimento ingerido
no estômago (h.)
1a2 Água café, chá, leite
massas, carnes cozidas, biscoitos,
2a3
legumes, frutas
Pão, arroz, carne assada,
3a4
verduras, legumes, presunto
4a5 Carne de porco
Conteúdo estomacal
Fenômenos abióticos
consecutivos
H - Nível de potássio no humor vítreo
Conservadores
mumificação
saponificação
Fenômenos transformativos
destrutivos
• Autólise
– Mais intensa em tecidos ricos em enzimas.
• Putrefação
– Período cromático (de coloração);
– Período gasoso (enfisematoso);
– Período coliquativo (de liquefação);
– Período de esqueletização.
• Maceração
Fenômenos transformativos
destrutivos
A – Autólise
Período de coloração
Tonalidade verde enegrecida dos tegumentos, originada
pela combinação de hidrogênio sulfurado nascente com
a hemoglobina (sulfoxihemoglobina) surge, no nosso
meio, entre 24 e 36 h. em clima frio em clima quente 18-
24 h e dura , em média, 7 dias.
Fenômenos transformativos
destrutivos
Períodos da Putrefação
Mancha verde abdominal: mais de 20-24 h. de morte
Fenômenos transformativos
destrutivos
Períodos da Putrefação
Mancha verde abdominal: mais de 20-24 h. de morte
Fenômenos transformativos
destrutivos
Períodos da Putrefação
Período gasoso:
cristais de sangue putrefeito em forma de lâminas
cristaloides – 3 dia surge permanecem até 35 dias) cor
castanha pelo iodo e azulada pelo ferrocianeto de
potássio.
Período gasoso:
Líquido cefalorraquidiano: 3 elementos do líquido
cefalorraquidiano podem ser medidos: Ac. Lático,
Nitrogênio não proteico e ácidos aminados – método
impreciso
Fenômenos transformativos
destrutivos
Fase gasosa flictenas com conteúdo líquido hemoglobínico
Fenômenos transformativos
destrutivos
Fase gasosa - exoftalmia
Fenômenos transformativos
destrutivos
Fase gasosa protusão da língua
Fenômenos transformativos
destrutivos
Períodos da Putrefação – dilatação abdomen
Fenômenos transformativos
destrutivos
Períodos da Putrefação
Distensão gasosa genital – “pseudo-ereção”
Fenômenos transformativos
destrutivos
Fase gasosa - Posição de boxeador
Fenômenos transformativos
destrutivos
Períodos da Putrefação :Fase gasosa - distensão intestinal
Fenômenos transformativos
destrutivos
Períodos Putrefação Fase gasosa – descolamento da pele
Fenômenos transformativos
destrutivos
Períodos da Putrefação fase gasosa – larvas de dípteros
(1 leva)
Fenômenos transformativos
destrutivos
Períodos da Putrefação
Circulação póstuma (de Brouardel): mais de 24 h. de
morte.
Fenômenos transformativos
destrutivos
Períodos da Putrefação
Período de esqueletização:
A ação do meio ambiente e da flora cadavérica destrói
os resíduos tissulares, inclusive os ligamentos
articulares, expondo ossos e deixando-os
completamente livres. Os cabelos e os dentes
resistem muito tempo à destruição
Período de esqueletização
Fenômenos transformativos
destrutivos
Fauna Entomológica
A)Tanatognose
Faz-se o reconhecimento e registro de sinal
de certeza de morte ou de pelo menos dois
sinais positivos de morte.
Necrópsia
B) Cronotanatognose
Estima-se o tempo de morte e, em sendo este
maior ou igual a seis h., pode-se prosseguir no
exame.
Necrópsia –
Evaporação – fenômenos oculares - mais de 8 h. de morte
.
Necrópsia Evaporação – fenômenos oculares
Sinal de Sommer e Larcher
Necrópsia Hipóstase livores cadavéricos
Necrópsia cronotanatognose
Rigidez cadavérica
• Mumificação:
– Natural
• Clima quente e seco.
– Artificial
– Misto
• Saponificação:
– Ocorre após mais de 6 semanas de morte;
– Assimétrico
– Condições especiais
• Calcificação
• Corificação, congelação e fossilização.
Mumificação
Mumificação
Mumificação
Mumificação
Reinumação
Saponificação
CALENDÁRIO - CRONOTANATOGNOSE
2 h. de morte: Corpo flácido, temperatura quente, ausência de livores
2 a 4 h.: Rigidez de nuca e mandíbula, início dos livores, alterações
oculares (fundo de olho)
4 a 6 h.: Rigidez de membros superiores, nuca e mandíbula, livores ,
alterações oculares (fundo de olho)
8 a 16 h.: Rigidez generalizada, manchas de hipóstase, alterações
oculares (fundo de olho)
16 a 24 h.: Rigidez generalizada, início da mancha verde abdominal,
alterações oculares (fundo de olho)
24 a 48 h.: Início da flacidez, mancha verde abdominal, alterações
oculares (fundo de olho)
48 a 72 h.: Disseminação da mancha verde abdominal, fase gasosa,
alterações oculares (fundo de olho)
2 a 3 anos: Desaparecimento das partes moles do corpo, presença de
insetos
Após 3 anos: Esqueletização completa.
CALENDÁRIO DE CRONOTANATOGNOSE
pelas legiões de insetos
1ª - Musca Doméstica, Muscina Stabulans E Calliphora Vomitória
2ª - Lucilia Coesar, Sarcophaga Arvensis, Sacophaga Latricius E Cynomia
Mortuorum
3ª - Desmester Lardarium, Desmester Frichii, Deesmester Undulatuss E Aglossa
Pinguinalis
4ª - Pyophila Patasionis, Pyophita Casei, Antomya Vitina E Coleópteros
(Nacrobvia Cueruleus E Rifocoliis)
5ª - Tyreophora Cynophila, Furcata E Anthropophaga, Lanchea Nigrimina, Ophira
Cadaverica, Phorra Aterrina, Necrophorus Humator, Silpha Littoralis E Obscura,
Hsita Cadaverinus E Sapriinus Rotondatus
6ª - Uropoda Nummularia, Tyroglifus Cadavérinus, Clyciphagus Cursos, Spinipes,
Trachinotus Cadavérinus, Clyciphagus Cursos E Spinipes, Trachinotus Siro,
Serrator Necrophagus, Caepophagus E Achinopus
7ª - Anglossa Cuorealis, Tineola Biselliela, Tinea Pellionela, Attagenus Pellio E
Anthrenus Museorum
8ª - Tenebrius Obscurus, Tenebrio Molitor, Ptinus Bruneus
CAUSAS JURÍDICAS DA MORTE
HOMICÍDIO
SUICÍDIO
ACIDENTE
Importante observar: marcas de defesa, mordidas, escoriações, sede
dos ferimentos, direção da ferida, direção do projétil de arma de fogo,
distancia do tiro, residuograma, número de ferimentos, exame do
indiciado, exame das manchas de sangue e das vestes, exame da
arma, mudança do local da vítima, perfil psicológico da vítima, exame
do local.
CAUSAS JURÍDICAS DA MORTE