Evaporadores Aulas 2014
Evaporadores Aulas 2014
Evaporadores Aulas 2014
• Equipamentos
F = alimentação – feed
V – vapor produzido – vapor
L – solução concentrada –
Vs – vapor de aquecimento – steam
Lc – líquido condensado
EVAPORAÇÃO
• Problemas que podem acontecer na evaporação
• Concentração
• Na evaporação a concentração aumenta com o conteúdo de
sólido. Esse aumento de concentração pode levar à saturação
ou a soluções muito viscosas, deixando a transferência de calor
comprometida.
• O ponto de ebulição também pode aumentar
consideravelmente com o aumento de do conteúdo sólido e a
temperatura de ebulição da solução concentrada pode ser bem
maior que a temperatura de ebulição da água na mesma
pressão.
EVAPORAÇÃO
• Problemas que podem acontecer na evaporação
• Formação de espuma
• Compostos orgânicos podem formar espumas durante a evaporação. As
espumas podem levar junto com o vapor o material sólido.
• Sensibilidade à temperatura
• Alguns produtos alimentícios ou farmacêuticos podem ser decompostos
quando aquecidos à temperaturas moderadas por um tempo curto.
• Escamas (crostas)
• Algumas soluções podem formar escamas (crostas) na superfície do
trocador de calor.
• Há necessidade de limpeza periódica ou mesmo a reposição do trocador
de calor.
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO
De maneira a selecionar um trocador de calor apropriado, os projetistas de
sistemas (ou fornecedores dos equipamentos) em primeiro lugar consideram as
limitações de projeto para cada tipo de trocador de calor. Embora o custo seja
muitas vezes o primeiro critério avaliado, há vários outros importantes critérios de
seleção que incluem:
• Campos de aplicação:
• Líquidos com alta tendência a sujeira,
altamente viscosos, como os de alta
concentração depois de passarem por
evaporadores de múltiplo efeito.
• Evaporadores de circulação forçada são
ótimos para serem usados com
evaporadores de cristalização para
soluções salinas.
EVAPORADOR DE PRATOS
CARACTEÍSTICAS PARTICULARES
Campos de aplicação:
Para baixas e médias taxas de evaporação.
Para líquidos que contêm pequenas quantidades de
sólidos não dissolvidos e com tendência a formar
sujeira.
Para produtos sensíveis a temperatura, produtos
altamente viscosos e condições extremas de
evaporação.
EQUIPAMENTOS AUXILIARES
• Capacidade:
• É a quantidade de água vaporizada por hora
• Economia:
É a quantidade de água vaporizada pela quantidade de vapor
alimentado no evaporador.
• Consumo:
O consumo de vapor é igual a capacidade dividida pela
economia.
EVAPORAÇÃO
• Capacidade dos evaporadores
• Onde:
• po = pressão do vapor sobre a fase líquida pura
• p = pressão de vapor da solução
• pt = pressão total
• xb = concentração do solvente
• xa = concentração do soluto
EVAPORAÇÃO
• Admitindo-se que as curvas sejam retas paralelas nas
vizinhanças do ponto de ebulição, o abaixamento da
pressão de vapor (po – p) será proporcional à elevação do
ponto de ebulição (EPE), ou seja:
• Onde,
• K = constante para um determinado solvente
• Essa relação é restrita às soluções que obedecem a Lei de
Raoult e que seja estreita a vizinhança do ponto de
ebulição.
EVAPORAÇÃO
Considerações para o cálculo de evaporadores
ms e Hs e Hc = massa e entalpia do
vapor (s) e de condensado (c)
mf e Hf = massa e entalpia da
alimentação (f)
m e H = massa e entalpia do
concentrado (solução evaporada)
• Onde:
• qs = taxa de transferência de calor que ocorre na superfície
de aquecimento do vapor
• Hs = entalpia específica do vapor entrante
• Hc = entalpia específica do condensado
• s = calor latente de vaporização
• ms = vazão mássica do vapor
EVAPORADORES
• Consideremos que não há vazamento nem arraste e que o
fluxo de não condensados e a perda de calor no evaporador
são negligenciados.
• O balanço de entalpia para o vapor que entra no evaporador
pode ser descrito por:
• Onde:
• qs = taxa de transferência de calor que ocorre na superfície
de aquecimento do vapor
• Hs = entalpia específica do vapor entrante
• Hc = entalpia específica do condensado
• s = calor latente de vaporização
• ms = vazão mássica do vapor
EVAPORADORES
O balanço de entalpia para a solução que será evaporada pode
ser descrito por:
• Onde:
• q = taxa de transferência de calor que ocorre na superfície
de aquecimento para a solução
• Hv = entalpia específica do vapor que sai do líquido
• Hf = entalpia específica do líquido diluído
• H = entalpia específica do líquido concentrado
• mf = vazão mássica da alimentação
• m = vazão mássica da solução concentrada
EVAPORADORES
• Na ausência de perda de calor, o calor transferido do vapor
aos tubos de aquecimento é igual ao calor transferido para
os tubos do líquido e qs = q. Então, combinando-se as
equações 4 e 5 temos:
EVAPORADORES
Balanço de entalpia negligenciando
o calor de diluição
2
x= 1,93
y= 124,93
1120
1110
1100
100 120 140
Temperatura (ºF)
EXERCÍCIOS
2) Um evaporador de efeito simples é utilizado para concentrar 7 kg/s
de uma solução de NaOH a 10-50% de sólidos. Tem-se
disponibilidade de vapor a 205 kN/m2 e a evaporação ocorre a 13,5
kN/m2. Se o coeficiente global de transferência de calor é de 3
kWm2K, estime a superfície de aquecimento necessária e a
quantidade de vapor utilizado se a alimentação do evaporador está
a 294 K e o condensado deixa o espaço de aquecimento a 352,7 K. O
calor específico de solução a 10 e 50 % são: 3,76 e 3,14 kJ/kg.K,
respectivamente.
EXERCÍCIOS
3) Dispôe-se de um evaporador de simples efeito cuja superfície é de
800 ft2. Deseja-se ocupar esse equipamento para concentrar uma
solução de NaOH de 15% até 40%, utilizando vapor de aquecimento
a 30 psi. A carga alimentada está na temperatura de 120 ºF. A
pressão no interior da câmara de evaporação é de 2 psi e pode-se
estimar um coeficiente global de transferência de calor para este
sistema de 300 BTU/hft2ºF. Calcular a produção de solução
concentrada efluente e a economia do evaporador sabendo-se que
o evaporador evapora 15.000 lb/h.
EXERCÍCIOS
4) Uma solução de colóides orgânicos deve ser concentrada de 10 a
50% de sólidos em um evaporador de simplex efeito. O vapor de
aquecimento disponível está numa pressão de 15 psi e a
temperatura é de 259 ºF. Uma pressão de 2 psi é mantida na
câmara de evaporação, o que corresponde a uma temperatura de
ebulição da água de 125 ºF. A taxa de alimentação do evaporador é
de 55.000 lh/h. A solução tem a EPE de calor de dissolução
desprezíveis. Calcular o consumo de vapor, a economia e a
superfície de necessária se a temperatura da alimentação for: a) 70
ºF e b) 125 ºF. O calor específico da solução de alimentação é de
0,90 BTU/lbºF e o calor latente de vaporização pode ser considerado
igual ao da água. O coeficiente global de transferência de calor pode
ser estimado em 500 BTU/hft2ºF.
EXERCÍCIOS
5) Deseja-se projetar um evaporador para concentrar uma solução de
NaOH de 50 % para 70 % , com uma produção contínua de 6.560
lb/h de NaOH em base seca. Dispõe-se de vapor de aquecimento a
100 psi e a pressão da câmara de evaporação é de 1,3 psi. A
alimentação entra a 100 ºF e o concentrado deixa o evaporador na
temperatura de ebulição da solução. As perdas de calor atingem
6,5% do calor fornecido pelo vapor de aquecimento e ocorrem na
câmara de evaporação. O coeficiente global de transferência de
calor foi estimado em 350 BTU/hft2ºF. Deseja-se saber o consumo
de vapor de aquecimento, a economia e a área de troca térmica.
EVAPORADORES DUPLO ESTÁGIO
• Os evaporadores duplo estágios são construídos para
que o vapor que sai de um efeito sirva como
aquecimento médio para o próximo.
• Um condensador e um ejetor de ar estabelece um
vacum no terceiro efeito da série e retira não
condensáveis do sistema.
• O primeiro efeito de um evaporador de múltiplos
efeitos é o efeito no qual o vapor de partida é
alimentado e no qual a pressão na câmara de
evaporação é o maior.
• A pressão na câmara de evaporação do último efeito
é menor.
• A pressão em cada efeito vai diminuindo de acordo
com o número de efeitos.
EVAPORADORES DUPLO ESTÁGIO
• Cada efeito age como se fosse um evaporador
individual.
• A temperatura e a pressão vai caindo conforme vai se
passando de um efeito para o outro.
• Os evaporadores são conectados um ao outro através
de tubulação.
• A alimentação entra no primeiro efeito onde é
parcialmente concentrada e passa para o segundo e
assim sucessivamente até chegar na concentração
desejada.
• No funcionamento contínuo, os efluentes e as taxas de
evaporação são tais que nenhum solvente ou soluto se
acumulam ou esgotam em nenhum dos efeitos.
EVAPORADORES DUPLO ESTÁGIO
EVAPORADORES DUPLO ESTÁGIO
• A temperatura, concentração e a taxa da
alimentação são fixas, a pressão do vapor de
entrada e no condensador são estabelecidas, e todo
o nível do condensado é mantido em cada efeito em
separado.
• As concentrações internas, os fluxos, pressões e
temperaturas são automaticamente mantidas
constantes pelo processo por si só.
• A concentração do concentrado pode ser mudada
variando-se a taxa da alimentação no primeiro
efeito.
• Se estiver muito diluída a taxa de alimentação é
reduzida e se estiver muito concentrado é
aumentada.
EVAPORADORES DUPLO ESTÁGIO
• A superfície de aquecimento no primeiro efeito
transmitirá por hora uma quantidade de calor dada pela
equação:
q1 = A1U1T1
• Se parte desse calor é usado para aquecer a alimentação
ao ponto de alimentação é negligenciado, todo esse calor
tem que aparecer como calor latente no vapor que deixa o
primeiro efeito.
• A temperatura do condensado deixa o segundo efeito é
muito perto da temperatura T1 do vapor do líquido em
ebulição no primeiro efeito.
• Na operação constante praticamente todo o calor que foi
gasto na criação de vapor no primeiro efeito deve ser dado
quando esse mesmo vapor condensa no segundo efeito.
EVAPORADORES DUPLO ESTÁGIO
• O calor transmitido do segundo efeito, no
entanto, é dada pela equação:
q2 = A2U2T2
• q1 e q2 são praticamente iguais então:
A1U1T1 = A2U2T2
• Isso é válido para o terceiro efeito também:
q1 = q2 = q3 = q
Assim:
q = AUT
EVAPORADORES DUPLO ESTÁGIO
• Não importa quantos efeitos são usados, desde que os
coeficientes gerais sejam os mesmos, a capacidade não será maior
do que o de um único efeito desde de que a área de cada efeito
de unidade múltipla seja igual.
• A elevação do ponto de ebulição tende a diminuir a capacidade
dos evaporadores de múltiplos efeitos;
EVAPORADORES DUPLO ESTÁGIO
Efeito do líquido aquecido e elevação do ponto de ebulição
• O líquido aquecido e a elevação do ponto de ebulição influencia a
capacidade dos evaporadores de múltiplos efeitos muito mais que
nos evaporadores de efeitos simples.
• Essa redução não pode ser estimada quantitativamente.
• O aquecimento do líquido bem como a elevação do ponto de
ebulição reduzem a queda de temperatura disponível em cada
efeito.
• A economia de um evaporador de múltiplo efeito não é
influenciada pela elevação do ponto de ebulição se a temperatura
da alimentação e variações nos calores de vaporização são
negligenciados.
• Um quilograma de que entra no primeiro efeito, gerará um
quilograma de vapor da solução que condensa no 2 º efeito e gera
outro quilograma de vapor e assim sucessivamente.
EVAPORADORES DUPLO ESTÁGIO
• A economia de um evaporador de efeito múltiplo depende de
considerações de equilíbrio de calor e não sobre a taxa de
transferência de calor.
• A capacidade é reduzida pela elevação do ponto de ebulição.
• A capacidade de um evaporador de duplo efeito, concentrando-se
a solução com uma elevação do ponto de ebulição é geralmente
inferior a metade da capacidade de dois efeitos individuais, cada
um operando com uma mesma temperatura global.
• A capacidade de um triplo efeito é geralmente menor três efeitos
simples com a mesma temperatura terminal.
EVAPORADORES DUPLO ESTÁGIO
• No designing de um evaporador de múltiplo efeito os resultados
desejados são :
q = U A T
EVAPORADORES DUPLO ESTÁGIO
• Para um evaporador de efeito triplo, por exemplo, existem 7
equações que podem ser escrita:
– O balanço de energia para cada efeito
– A equação da capacidade para cada efeito
– A evaporação total desconhecida (diferença entre as vazões da solução
diluída e a da concentrada).