Multiplicador Da Base Monetária

Mecanismo multiplicador da oferta de
moeda
• O sistema bancário pode criar moeda num
valor múltiplo de uma injeção monetária
inicial.
• Ex.:
• Suponha que existe um único banco na
economia, a razão dos depósitos que o banco
deve manter como reserva é 40% e o depósito
inicial neste banco é de R$ 100,00.
moeda
• Destes R$ 100,00, destina-se 40,00 para
reservas e empresta R$ 60,00.
• Estes R$ 60,00 retornam ao banco na forma

de novo depósito; destes, R$ 24,00 viram
reservas e R$ 36,00 são reemprestados.
• Estes voltam como depósito e reinicia-se o

ciclo.
moeda
• Percebe-se que os R$ 100,00 iniciais de depósitos
multiplicaram-se, gerando uma sequência de
depósitos nos valores: R$ 60,00; R$ 36,00; R$
21,60; R$ 12,96; ...
• Essa sequência constitui-se numa progressão

geométrica decrescente de razão 0,6 que
corresponde à fração livre dos depósitos
bancários, isto é, o depósito adicional menos as
reservas.
moeda
• Para avaliarmos o total de depósitos do banco
com base no depósito inicial, basta
realizarmos a soma dos termos da P.G. com
razão menor que 1.
• ∑PG = α 1 .
1-q
moeda
• Onde:
∑PG = soma dos termos de uma progressão

geométrica
α = Primeiro termo da progressão geométrica
q = razão da P.G.
Nesse exemplo teríamos:

D = R$ 100,00 1 = R$ 250,00
1 – 0,6
moeda
• Onde:
Ou seja, um depósito inicial de R$ 100,00 gerou um total

de depósitos no banco de R$ 250,00, isto é, foi
multiplicado por 2,5.
Como (1 – 0,6) é exatamente a parcela de reservas, isto

é, 0,4 (40%), notamos que o multiplicador bancário
corresponde ao inverso da taxa de reservas.
Assim, quanto menor a taxa de reservas, maior o poder

de multiplicação de moeda pelo sistema bancário.
moeda
Como o nível de reservas dos bancos comerciais
depende fundamentalmente dos depósitos
compulsórios, a determinação da taxa de
reservas compulsórias é uma forma do Banco
Central controlar a oferta de moeda.
O valor do multiplicador depende também, além da

taxa de reservas dos bancos, da taxa de retenção
do público, que é a razão entre a moeda que fica
em mãos do público e o saldo dos depósitos a
vista.
moeda
Se o público, por algum motivo, decide aumentar a
quantidade de moeda em seu poder e deixar menos
dinheiro nos bancos, diminui a capacidade de os
bancos emprestarem e, portanto, o volume de meios
de pagamento.
Ou seja, os bancos terão menos dinheiro para aplicar em

empréstimos.
Observa-se então que o valor do multiplicador varia na

razão inversa da taxa de reservas dos bancos
comerciais e da taxa de retenção de moeda pelo
público.
moeda
Existem vários tipos de multiplicadores
monetários. Por exemplo, temos o
multiplicador de depósitos, que se refere ao
aumento múltiplo dos meios de pagamento,
derivado de um aumento nos depósitos a
vista.
O multiplicador mais geral, entretanto, é o

chamado multiplicador da base monetária.
moeda
Por Base Monetária entende-se o total de moeda
com o público (PP) mais as reservas dos bancos
comerciais (R), isto é:
B = PP + R
As reservas dos bancos comerciais são a soma dos

caixas dos bancos comerciais, dos depósitos
voluntários e dos depósitos obrigatórios dos
bancos comerciais junto ao Banco Central.
moeda
Assim, a base monetária consiste em todo o
montante de moeda emitida em mãos do
setor privado, inclusive bancos.
É todo o estoque de moeda primária, também

chamada de moeda de alta potência, ou
ainda, passivo monetário das autoridades
monetárias.
moeda
Por um mecanismo de multiplicação, via empréstimos
bancários, essa moeda primária dá origem ao total de
meios de pagamento.
Existe uma relação bastante estável e previsível entre

base monetária e meios de pagamento, assim:
M=m ou M = mB
B
Sendo M o saldo dos meios de pagamento, B a base
monetária e m o multiplicador da base monetária.
moeda
Observa-se, então, que a diferença entre M e B
é dada pela diferença entre o total de
depósitos DV e o total de reservas Rf, o que
corresponde ao montante de empréstimos
bancários. Isto é:
E = DV – R
moeda
Discriminando um pouco mais os parâmetros
que afetam a expansão ou contração
monetária da economia para chegar à fórmula
de multiplicador, baseada nesses parâmetros:
Por definição:
M = PP + DV
B = PP + R
moeda
Dividindo a primeira equação pela segunda temos:
PP + DV
M = PP + DV = DV DV
B PP + R PP + R
DV DV
Chamemos:
c = PP = taxa de retenção do público, que é a
DV relação entre moeda com o público e os
depósitos a vista.
r = PP = taxa de reservas bancárias, que é o total de

DV encaixes e reservas em relação aos depósitos a
vista.
moeda
Então:
M=c+1
B =c+r
ou
M=1+c .B
c+r
moeda
Sendo:
m= 1+c
c+r
Dessa forma, as expansões e contrações dos meios
de pagamentos dependem de três parâmetros
básicos:
a)De variações na base monetária B;
b)De variações na taxa de retenção do público c;
c) De variações na taxa de reservas bancárias r.
moeda
Tomando como exemplo os dados para o Brasil em
dezembro de 1998, temos:
M = R$ 50.707 milhões
Qual era o
B = R$ 36. 203 milhões multiplicador da Base
PP = R$ 21.185 milhões Monetária do Brasil
DV = R$ 29.522 milhões naquele ano?
R= R$ 15.018 milhões

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• Estes R$ 60,00 retornam ao banco na forma

• Estes voltam como depósito e reinicia-se o

• Essa sequência constitui-se numa progressão

∑PG = soma dos termos de uma progressão

Nesse exemplo teríamos:

Ou seja, um depósito inicial de R$ 100,00 gerou um total

Como (1 – 0,6) é exatamente a parcela de reservas, isto

Assim, quanto menor a taxa de reservas, maior o poder

O valor do multiplicador depende também, além da

Ou seja, os bancos terão menos dinheiro para aplicar em

Observa-se então que o valor do multiplicador varia na

O multiplicador mais geral, entretanto, é o

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É todo o estoque de moeda primária, também

Existe uma relação bastante estável e previsível entre

r = PP = taxa de reservas bancárias, que é o total de

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